A seletividade aos atendimentos às pessoas em situação de rua: Uma abordagem dialeticamente articulada
Por Giselle Monique Soares da Silva Costa | 10/06/2012 | SociedadeA Seletividade aos atendimentos às pessoas em situação de rua: Uma abordagem dialeticamente articulada.
Giselle Monique Soares da Silva Costa
Fabricía Farias Bezerra Chagas
Problematização:
Buscando essa temática de implementação da Política Nacional de Inclusão Social da população em situação de rua (2008), onde foi preconizada a implantação de Centros de Referências especializados para o atendimento a esse público no âmbito da política de Assistência Social no qual em 2009 através da tipificação nacional dos serviços sócio assistenciais teve sua implantação pela SUAS. Com a aprovação da díade: LOAS e SUAS, a população em situação de rua emerge da invisibilidade para garantia de direitos. A edificação do processo de hominização neste Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua tem como prática desafiadora contribuir para a consolidação dos direitos sociais. Grande parte desses usuários tem como principal problemática o envolvimento com drogas psicoativas, ausência de documentação, deficiência educacional, vínculos familiares destituídos. A atuação do Assistente Social depara-se com imensuráveis agravantes para a efetivação da cidadania. Havendo a necessidade de ruptura da despolitização social.
Palavras chaves: Serviço Social, hominização, práxis.
Objetivos:
Explicitar a práxis do assistente social na efetivação dos direitos como agente mediador nos espaços coletivos.
Metodologia:
A pesquisa proposta foi realizada, a partir da abordagem qualitativa; objetivando compreender todos os documentos construídos eminentemente nos fluxos das interações cotidianas no âmbito institucional a nível de relatos de experiência. Comentando a pertinência e a relevância das fontes documentais, Blumer (1969, p. 98), o documento é, na realidade, um “fixador de experiências”, como registro objetivo do vivido, principalmente se tratando de documentos pessoais.
Conclusão:
A equipe multiprofissional atua de forma ampla, de modo a construir respostas profissionais as complexas e múltiplas demandas da realidade que se objetivam nas necessidades sociais.
Os atendimentos se fundamentam nos princípios do código de ética que preconiza o reconhecimento da liberdade, autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais, a defesa intransigente dos direitos humanos. Em favor da equidade e justiça social que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços, bem como sua gestão democrática e o empenho na eliminação de todas as formas de preconceito.
Diante dos pressupostos apresentados decodificamos que a práxis hegemônica contribui para a edificação do processo de hominização reelaborando suas próprias experiências e visão de mundo quanto à sua inserção social.
Referências:
BLUMER, H. Symbolic interactionnisme: perspective and méthode. N.J.: Prentice-Hall, 1969.
BRASIL. Lei Federal 8.742/93. Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS
BRASIL. Constituição Federal. 1988.
IAMAMOTO, Marilda. (2000). Instrumentais para prática do Serviço Social.