A SANIDADE MENTAL NO BRASIL (È uma questão de Salve-se Quem souber!)
Por DAN HERMAN | 26/05/2016 | EducaçãoA SANIDADE MENTAL NO BRASIL
(È uma questão de Salve-se Quem souber!)
Se o Paraíso Tropical é uma dádiva do céu, o povo brasileiro
que o transforma num Inferno não pode ser abençoado por Deus.
Os dois são incompatíveis e contraditórios.
Nota importante: esse texto traz apenas informações básicas. Estude! Pesquise e se aprofunde mais no assunto! Não acredite cegamente em nada que está escrito neste artigo e ao mesmo tempo esteja aberto à investigação e experimentação pessoal!
A SANIDADE MENTAL é definida como sendo a capacidade de um indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as atividades e os esforços para atingir a RESILIÊNCIA psicológica. Vejamos como uma pessoamentalmente sadia, residente no Brasil, pode se tornar “resistente ao choque e ao estresse”, causados pela ansiedade e pela depressão devido à mudança brusca no estilo de vida, como consequência da transformação do Paraíso Tropical no Inferno Latinoamericano.
A RESILIÊNCIA é um conceito relativamente novo, emprestado da física (se referindo à resistência e à flexibilidade dos materiais) e na psicologia é definido como a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, superar adversidades ou resistir às pressões psicossociais (ambiente, educação, lutas e atividades) e à pressão de situações adversas (estressante, antagônica, hostil etc.), sem se render ao desânimo ou entrar em depressão.
Uma pessoa RESILIENTE tem a capacidade de se recobrar facilmente de uma crise ou se adaptar aos contratempos ou às mudanças, ganhando maturidade psicológica. De acordo com a psicologia, a RESILIÊNCIA é uma combinação de 7 fatores que propiciam ao ser humano condições (1º) para enfrentar crises e superar problemas e adversidades e (2º) para resistir ao estresse e à angústia. Estes 7 fatores são os seguintes:
1 - Administração de emoções: refere-se à habilidade de se manter sereno diante de uma situação de estresse. Pessoas resilientes quanto a esse fator são capazes de utilizar as pistas que leem nas outras pessoas para reorientar o comportamento, promovendo a autorregulação, evitando o desgaste físico e mental, diminuindo assim a possibilidade de vir a ocorrer doenças, especialmente cardiovasculares e psicossomáticas.
As doenças psicossomáticas são perturbações ou lesões orgânicas produzidas por influências psíquicas, entre as quais se destacam desejos insaciáveis e emoções desequilibradas como o medo, o ciúme, a ira, a ansiedade, obsessão etc. As emoções desequilibradas têm nascentes no egoísmo, no apego e na imaturidade psicológica.
2 - Controle dos impulsos: é a aprendizagem de não obedecer sem REFLEXÃO aos desejos insaciáveis e impulsos naturais e espontâneos como o INSTINTO. Quem age sob a influência dos instintos, atua sem RACIOCINAR e REFLETIR, como os animais subumanos. RACIOCINAR é pesar as probabilidades na balança do desejo; REFLETIR é diferente de se preocupar, é pensar maduramente sobre as próprias ideias e observações, controlando o impulso de aceitar, de modo acrítico, os primeiros insights ou conclusões. A reflexão é uma espécie de meditação, é o olho da consciência.
Liberar-se das paixões animalescas para a posse da razão é o grande desafio que temos pela frente. Quanto maior a maturidade da consciência, menor será a submissão inconsciente aos INSTINTOS e reações subumanas, tais como a agressividade, impulsividade, imprudência, o uso da força física etc.
3 - Otimismo: é a crença de que as coisas podem mudar para melhor. Há um investimento contínuo de esperança e, por isso mesmo, a convicção da capacidade de controlar o destino da vida, mesmo quando o poder de decisão esteja fora das mãos.
Sem a esperança e o otimismonão há iniciativa, sem iniciativa não há progresso, só desânimo e languidez — o equivalente a morrer lentamente. E isso é o que está ocorrendo diariamente com a grande maioria dos meus compatriotas da minha geração (a generalização aqui deve ser enfatizada): morrendo diariamente, morrendo lentamente.
4 - Análise do ambiente social: trata-se da capacidade de identificar precisamente as causas dos problemas e das adversidades presentes no ambiente. Essa possibilidade habilita a pessoa a se colocar em um lugar mais seguro ao invés de se posicionar em situação de risco.
5 – Sentir empatia: significa a capacidade que o ser humano tem de compreender os estados psicológicos dos semelhantes (emoções e sentimentos) e colocar-se no lugar do outro, garantindo assim que suas ações sejam sempre orientadas no sentido de ajudar, assistir e esclarecer.
A Empatia nos ajuda a ser mais humanos. Ela contém o conjunto de valores fundamentais para uma nova civilização planetária iluminada. É importante não confundirempatia com termos religiosos, tais como piedade, compaixão e consolação. A antítese (o contrário) de empatia é insensibilidade, indiferença, egoísmo, repulsa, afastamento, antipatia.
6 - Alcance de pessoas (networking): É a capacidade que tem um indivíduo de se vincular a outras pessoas para viabilizar soluções para as dificuldades da Escola da Vida, sem receios e medo do fracasso. Networking é tudo. Se você não conhece muitas pessoas, seu caminho será árduo.
E para ter uma rede destas, a pessoa deve cultivar ações de fomento da sua rede de contatos. Estas ações de fomento devem ser compreendidas como uma troca. Isto é, se você quer extrair valor da sua rede de network precisa também oferecer valor a esta rede de contatos. Ajude a quem aparecer no caminho que com certeza você será ajudado quando precisar.
7 - Autoeficácia/ autoeficiência: a primeira se refere à convicção de ser eficaz nas ações propostas. Ex: Um viciado em cocaína promete a si mesmo e a sua família buscar ajuda profissional imediatamente e no dia seguinte coloca em prática o prometido. A autoeficiência representa uma medida segundo a qual os recursos disponíveis são convertidos em resultados de forma mais econômica. No exemplo acima o paciente com pouco recurso financeiro busca primeiro a ajuda em uma instituição filantrópica especializada nesse tipo de tratamento, antes de visitar uma clinica privada. A definição clara de objetivos (ou de metas) é de extrema importância em várias áreas de atuação humana, a nível de administração, orientação e ação do indivíduo.
Com essas 7 atitudes iniciais, você logo vai notar que a onda virtuosa (boas vibrações energéticas) criada à sua volta terá reflexos diretos sobre a sua vida – e sobre o seu sucesso e felicidade, é claro!
A pessoa mentalmente sadia é inalienada (isto é, tem uma razoável noção da realidade da Escola da Vida e da sua realidade pessoal) e exerce atividades produtivas em seu trabalho. Possui também as 8 qualidades adicionais, adquiridas com o lento desabrochar do autoconhecimento:
a) Associa-se ao mundo com a predisposição de desejar o que for melhor para todos, não fazendo ao próximo o que não gostaria que fosse feito a você.
b) Adquire o hábito de questionar tudo que lhe for transmitido, não se deixando impressionar pelas aparências do mensageiro, pelos seus títulos acadêmicos, estilo de apresentação ou posição de autoridade.
c) Não aceita viver como animal subumano com relação à sua higiene pessoal e alimentação (não come tudo que lhe é oferecido ou que aparece na sua frente sem refletir sobre os efeitos sobre sua saúde).
d) Conscientiza-se das implicações da Lei de Causa e Efeito em todas as atividades no dia a dia: na vida colhemos o que plantamos; a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.
e) Sente-se uma consciência única, individualíssima, imortal e ao mesmo tempo, una com seus semelhantes.
f) Usa a razão para conhecer sua realidade objetivamente, não aceitando ideias e sugestões sem entendê-las completamente e nada rejeita porque não compreendeu.
g) Não se sente vítima das circunstâncias, assumindo total responsabilidade pelos seus erros e pela própria vida.
h) Tem a capacidade de se adaptar às mudanças (Flexibilidade).
Ao longo da vida, você se verá diante da tentação de procurar agarrar-se ao que é, quando de fato, “o que é”, é apenas algo temporário que está evoluindo para tornar-se o que foi. A ausência de flexibilidade rouba a oportunidade de vivenciar novas oportunidades. É uma das causas da neofobia. Para as pessoas inflexíveis a vida é uma constante batalha.
O anseio de SAÚDE MENTAL, de felicidade, bem estar, amor e produtividade é inerente a toda pessoa que não tenha renascido um idiota mental. Tendo uma oportunidade, esses anseios se manifestam naturalmente. São necessárias poderosas circunstâncias para perverter essa aspiração inata de sanidade; e, na verdade, devido ao baixo nível evolutivo dos indivíduos que habitam o planeta-escola-hospital, em toda maior parte da história da Humanidade, o uso do homem pelo homem tem produzido tal perversão.
Contudo acreditar que essa perversão seja inerente ao ser humano é desconhecer totalmente a real finalidade das múltiplas existências e a finalidade da vida humana. Que sociedade corresponde a esse objetivo de SAÚDE MENTAL e qual seria a estrutura de uma sociedade sadia?
Você concorda ou não leitor/ leitora, que uma sociedade que goza de SAÚDE MENTAL não fabrica bombas que podem levar à destruição de toda a civilização moderna, se não mesmo da própria Terra? Ou será que isso é uma utopia?
De acordo com a Psicanálise, uma boa indicação do estado de SAÚDE MENTAL de uma sociedade são os dados referentes à prática do aborto, ao índice de atos destrutivos, ao homicídio, ao alcoolismo, ao uso das drogas ilícitas (incluindo anabolizantes e esteroides) e aos números referentes àqueles preciosos indivíduos que representam o futuro de um país,
AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES POBRES que se encontram em situação de vulnerabilidade pessoal e/ou social e que, nessas condições, estão expostos a diversos riscos como: violência (física e sexual), uso de drogas ilícitas, má nutrição, doenças de todos os tipos, exploração como mão de obra infanto-juvenil etc.
Muitos psiquiatras e psicólogos se negam a aceitar a ideia de que a sociedade brasileira esteja, no seu todo, carente desanidade mental. Alegam que o problema de SAÚDE MENTAL em uma sociedade é apenas o do número de indivíduos “desajustados” e não o do possível desajustamento da própria cultura.
Você concorda ou não leitor/ leitora, que se levarmos em conta os indicadores acima, baseados na teoria da personalidade desenvolvida por Freud, podemos afirmar categoricamente que nós brasileiros vivemos num grande hospício?
Uma opinião (crença) muito popular hoje em dia, nessa Era da Desinformação, difundida por muitos psiquiatras e psicólogos que têm pouquíssima experiência de vida (i.e., são verdadeiros teoricões) nos quer fazer crer (lavagem cerebral) que a sociedade ocidental contemporânea e, de modo mais especial, o estilo de vida norte-americano, corresponde às necessidades mais profundas da natureza humana, e que a adaptação a esse estilo de vida significa SAÚDE MENTAL E MATURIDADE.
Eis uma explicação para a tendência de muitos jovens (que nunca saíram do Brasil) a julgar os gringos racistas estadunidenses superiores a nós em tudo. É o famigerado complexo de cachorro vira-lata se perpetuando na massa humana impensante.
A Psicologia Social, em vez de ser um instrumento para a crítica da sociedade, converte-se, deste modo, em uma apologia do status quo. Para esses teoricões, e para boa parte dos portavozes da grande mídia que pensam como eles, MATURIDADE CONSCIENCIAL é o mesmo que adaptação aos hábitos e costumes de nossa sociedade, sem perguntar-se nunca se essa adaptação é o ajustamento a um modo salutar ou a um modo patológico de se conduzir na Escola da Vida.
ANORMALIDADE:
OPORTUNIDADES E AMEAÇAS
Não é demonstração de equilíbrio emocional ser bem ajustado
a uma sociedade profundamente doente como a do brasil.
Normalidade é a habilidade de um indivíduo para se ajustar aos hábitos e costumes de uma sociedade; é a sua maior ou menor predisposição à aculturação — entendida aqui como a capacidade de um indivíduo de se adaptar e/ou submeter às convenções sociais.
Ou seja, ser uma pessoa “normal” é ser capaz de seguir normas estabelecidas por determinada sociedade. Pensar ou agir de modo distinto do da maioria da massa humana impensante pode ser visto como (1) algo simplesmente diferente, (2) anormalidade ou inadequação, (3) comprovante de insanidade.
A condição de anormalidade (significando não-conformidade) é imposta no Brasil a um determinado grupo ou pessoa por aqueles que se preestabeleceram “normais”. Esse processo iniciou-se no período da colonização das Américas quando os colonizadores europeus julgaram os índios “anormais” segundo os padrões europeus, e assim para torná-los “normais”, obrigaram-nos a viver de acordo com o modo de vida europeu da época.
No entanto, em algumas épocas da história, pessoas corajosas negaram por vontade própria o status quo (o que é considerado “normal”). De fato, a revolução pode ser entendida como um movimento que visa a desestruturar antigos padrões sociais; é a rejeição consciente de um modelo específico e a defesa da ideia da criação de um novo paradigma, mesmo que refute o que antes era considerado “normal”.
Nota: paradigma ou padrão é o modelo de referência que orienta uma pessoa, obra ou sistema. Exemplo: o paradigma materialista é o modelo usado pela doutrina materialista; é o sistema de orientação dos que julgam que no universo tudo é matéria. Essa doutrina é sinônimo de equilíbrio, lógica, objetividade e, portanto, de postura científica e digna de crédito, tanto para a proposta de um conceito quanto para avaliar a obra de qualquer pessoa.
Quando temos a crença materialista de que “somente o que vejo com meus olhos, cheiro com meu nariz, pego com minhas mãos é real”, não há nada mais no universo que nos leve à reflexão sobre a natureza de outras realidades e sua distinção de outros tipos de ideias. O caminho metodológico traçado pelos cientistas ateus acaba resultando em dogmática negação daquilo que não cabe em seu horizonte.
Negar a existência da consciência imortal e sua manifestação multidimensional sem pesquisas exaustivas, (1º) por medo de ter que modificar o saber já considerado como adquirido, ou (2º) por preconceitos sustentados em convicções incorretas, é exemplo de superstição científica, que tem levado pesquisadores e a pesquisa a um beco sem saída.
Nesse sentido, é possível perceber que a relação entre normalidade e anormalidade pode ser entendida como algo efêmero, que depende da crença, do ponto de vista de cada um. São conceitos subjetivos. A normalidade está frequentemente associada a um processo de estagnação. A mudança de paradigma, por outro lado, é que garante a evolução da humanidade.
O que é mais relevante para que possamos compreender e finalizar essa análise é que todas as descobertas que revolucionaram o conhecimento científico, ocorreram com o rompimento de tradições arraigadas e pensamentos arcaicos. Como exemplo desse fato, podemos citar um exemplo notável: O modelo geocêntrico, proposto por Aristóteles em IV a.C. e aceito até meados do século XVII (perdurou por cerca de 2000 anos!), quando foi substituído pelo modelo heliocêntrico, idealizado por Copérnico.
Entretanto, já na época de Aristóteles, o modelo heliocêntrico havia sido proposto por Aristarco de Samos, sem ter sido aceito pela academia, que o considerou subversivo, pois colocava abaixo muitas teorias já admitidas, e isso significava que toda a Ciência da época teria que ser reestruturada.
E o que é mais importante, a mudança de modelo ameaçaria a reputação dos poderosos, que defendiam o geocentrismo. Hoje sabemos que nem o Sol, nem a Terra são o centro do universo; mas, se o modelo de Aristarco fosse utilizado na época, muito provavelmente estaríamos mais avançados cientificamente do que estamos atualmente.
Uma das características dos países do Terceiro Mundo, como o Brasil, é que a mediocridade, a desonestidade e a incompetência se tornaram padrões de comportamentos normais. O aumento acelerado da mendicância, dos viciados em crack, de crianças famintas catando o que comer no lixo das grandes cidades brasileiras — são também aceitos como situações perfeitamente normais do cotidiano dos brasileiros. Nesses casos, é muito pior que estagnação: É DECADÊNCIA MORAL E CAOS SOCIAL.
As tomadas de posição sobre o que é considerado bom ou mal, desejável ou condenável, normal ou anormal, que formam o nosso paradigma pessoal, podem atuar como elemento limitador do pensamento livre e da busca criativa, impedindo o estudo de fenômenos e experiências que vão além da dimensão física.
O que é normal? O que é real? O que significa viver no contrafluxo da sociedade? Para muitas pessoas, o normal e o real são sinônimos. E isso é uma ilusão. Essa avaliação, quando apoiada em referenciais embasados na média da população humana, tende a ser menos exigente. Ser diferente não é errado, e diferenciar-se do normal para todos não é necessariamente ser “anormal”.
Para melhor julgarmos o outro, devemos conhecê-lo em mais que atos, em ideias, nas bases que levam a pessoa a agir do modo como age. Rituais religiosos, hábitos alimentares e práticas cotidianas que nos parecem esquisitas, são para pessoas de outras culturas consideradas normais e rotineiras.
É preciso entender antes de julgar, ou ao menos tentar. Julgar pode significar duas coisas distintas: uma é exercer as funções mentais de afirmação ou classificação; outra é ter a função de um “juiz”, referindo-se à atividade de absolver, condenar e punir. Os conceitos ou julgamentos que fazemos das outras pessoas são, não raro, questionáveis e, com frequência, inadequados. Não seriam alguns dos loucos internados nos manicômios apenas indivíduos cujas ideias são muito criativas para entendermos?
É mais fácil manter-se incluído na normalidade, sem questionar “o sistema” ou o status quo, do que ser tachado de louco e decepcionar-se ao tentar. Espantoso é perceber que essa acusação, e o receio dela, sempre foram a regra. Quando Darwin propôs sua teoria da evolução e Santos Dumont sua ideia de voar usando o mais pesado que o ar, ambos foram chamados de doidos e insensatos.
É artificiosa, no tocante ao estado mental dos indivíduos de uma sociedade, a validação consensual de seus conceitos. Supõe-se, ilusoriamente, que o fato de a maioria das pessoas compartilhar certas ideias e comportamentos prove a validade dessas ideias e comportamentos.
O fato de milhões de indivíduos compartilharem os mesmos vícios não os transforma em virtude; de praticarem os mesmos enganos não os transforma em acertos; de participar na mesma forma de patologia mental não os tona pessoas mentalmente sadias.
Pelo contrário, tendo-se em vista o grau de estupidez da massa humana impensante, é mais provável que uma opinião difundida seja mais tola do que sensata. A unanimidade é, com frequência, um reflexo de mediocridade. As pessoas aceitam os padrões de normalidade (mesmo que sejam patológicos) porque desafiá-los é muito mais difícil.
O equívoco dessa postura está, no entanto, em se ignorar que a inventividade e a crítica estão na base da evolução das sociedades. Só a imaginação, a ambição e o inconformismo permitem a criação e a inovação.
Eis uma importante advertência aos jovens da Geração Muda Brasil: É necessário jamais se esquecer de manter seu senso e raciocínio crítico, porque senão anestesiamos a nossa consciência imortal e começamos a achar tudo normal, incluído as maiores aberrações mostradas diariamente na Internet e na TV.
Ver o mundo diferente não só deve ser considerado “normal”, como deve ser estimulado nos jovens corações. É importante deixar que eles/elas imaginem, criem, se diferenciem e sejam originais. Os parâmetros da normalidade devem ser flexíveis, não para nos chamarmos uns aos outros de esquisitos ou loucos, mas para permitirmos mudanças para melhor no modo patológico em que vivemos.
Podemos então afirmar com segurança que o verdadeiro dilema para os jovens que vivem numa sociedade altamente patológica como a brasileira é decidir em que e quem acreditar. Um dos objetivos deste artigo é demonstrar que todos nós temos 2 saídas difíceis e penosas que conduzem a consequências completamente diferentes:
1º. Ser parte da massa humana impensante: é a opção para quem se preocupa com a aceitação social e deseja ser valorizado pelos outros. Não quer ser alienado por não estar na moda ou não seguir o estilo de vida adotado pela maioria. Tem pavor de se sentir desenraizado e sem importância para os semelhantes.
2º. Evoluir no contrafluxo social: é a opção para quem não pretende acomodar-se às circunstâncias (contemporização) e não tem medo de remar contra a maré. Deseja ter uma identidade própria e não ser apenas membro de grupos sociais. Quer desenvolver opiniões e valores próprios, ser autêntico, usar o senso crítico, evitando que a individualidade criativa se perca na mediocridade da coletividade.
O indivíduo que vive no CONTRAFLUXO SOCIAL é aquele cuja conduta difere da norma socialmente aceita, cuja opinião é contrária à opinião da grande maioria. Evita a todo custo acomodar-se ao comodismo, à inércia, à conformidade, à preguiça mental. Tem a coragem de desafiar a opinião pública e o senso comum (ou melhor, da insensatez comum).
Não aceita viver conforme os princípios tradicionais de qualquer doutrina que incentiva o sectarismo, a aversão e intransigência em relação ao novo (neofobia). Isso sem exaltação emocional, agressividade, posturas belicistas, respeitando as opiniões alheias.
Viver de modo contrário à massa humana impensante (80% da população) pode ser um estado de insatisfação proativa com determinado padrão cultural, não sendo necessariamente positivo em todos os casos. Quando desacompanhado da autocrítica e do bom senso pode se tornar incoerente, intolerante e intransigente.
Uma ferramenta que serve de parâmetro para que a pessoa possa confrontar seu nível de conduta e entendimento com o patamar observável nos ambientes onde atua, implicando assim na contínua busca pelo desenvolvimento dos seus pontos fortes e banimento dos seus defeitos de personalidade é aprender a definir cedo na vida um CÓDIGO DE ÉTICA PESSOAL. A razão é simples de entender.
Um conjunto lógico e racional de regras de proceder nos torna FLEXÍVEIS para as várias possibilidades de aprendizado e VIGILANTES quanto às práticas anticosmoéticas que nos são frequentemente apresentadas cotidianamente.
O problema recorrente da consciência moral, "O que devo fazer?", é um problema que recebe uma resposta mais clara e definitiva à medida que o indivíduo se torna mais apto a aplicar seu próprio Código de Princípios Pessoais Libertadores.
Nota Importante: para mais detalhes sobre a grande importância de possuir um Código de Princípios Pessoais Libertadores na atual conjuntura brasileira, leia o artigo com esse título em Tópicos Recentes no link citado abaixo.
Nem sempre o indivíduo que difere de seus semelhantes, que perturba a sociedade ou escandaliza a família, é uma pessoa psicologicamente doente. Muitas vezes, pode ser o representante do paradigma da saúde em tempos de insanidade grupal e coletiva.
O indivíduo cuja conduta difere da norma socialmente aceita e não acata passivamente o modo de agir e de pensar da maioria, pode estar defendendo o ideal de um princípio cosmoético mais avançado do que aquele praticado pelo grupo social. E, geralmente, paga caro o preço dessa defesa, enfrentando um contrafluxo ou resistência.
Quase sempre esse indivíduo é incompreendido no meio familiar ou entre amigos e o mais sensato nestes casos é respeitar os pontos de vista diferentes (posicionando-se somente quando necessário).
O que é melhor para nós pode não ser para outros. Por outro lado, quem sabe o que quer para si e tem posicionamentos cosmoéticos e universalistas, com força presencial atuante, influencia a sociedade de modo positivo, gerando novas perspectivas e soluções para os problemas sociais.
A história está repleta de indivíduos, que, viveram no contrafluxo social e de alguma maneira, contribuíram para melhorar o status quo, que era considerado imutável pelos seus contemporâneos: Galileu, Jesus de Nazaré, Sócrates, Lincoln, Martin Luther King, Malcolm X, Gandhi, Oswaldo Cruz, Paulo Freire, Anísio Teixeira, entre centenas de outros persistentes e corajosos revolucionários, que continuam inspirando outros idealistas nos dias atuais.
SALVE-SE QUEM SOUBER (SQS)!
Podemos assim afirmar com convicção que estamos vivendo um momento especialmente crítico de nossa história. Nunca o problema social foi tão grave no Brasil. Estamos nos aproximando rapidamente da rabeira do mundo!
No contexto deste artigo, a expressão SQS simplificadamente tem 2 significados:
1º. Viver uma vida equilibrada e harmonizada com o propósito de vida em um Paraíso Tropical repleto de hostilidades e desafios, que rapidamente está se transformando no Inferno Latinoamericano.
2º. Ou saber coexistir eficazmente sem estresse, ansiedade ou desespero com a desordem e a desorganização (entropia) onipresente na sociedade brasileira altamente patológica.
No nosso entender, essa vitória só será possível quando aprendermos, de um modo geral, a combater e remover os cleptocratas do poder; e, de um modo individual, a fazer prioritariamente, os 5 seguintes:
1º. A usar de modo apropriado a mente intuitiva e racional (ao invés do instinto) para superar a necessidade da crença religiosa.
2º. Entender de fato que só é possível se manter com saúde integral quando se compreende o funcionamento da Indústria da Doença e da Indústria de Alimentos.
3º. Livrar-se da pobreza e ignorância, de nossas imaturidades pessoais e dos variados tipos de lavagens cerebrais.
4º. Colocar em prática imediatamente no seu dia a dia as “21 Sugestões para o Verdadeiro Sucesso e a Felicidade” – disponibilizadas no link mencionado abaixo.
5º. Conscientizar-se de que vivemos numa CLEPTOCRACIA e não numa democracia. De que ou erradicamos os cleptocratas da gestão pública ou eles vão quebrar o Brasil.
A nossa derrocada como sociedade ou eliminação dos CLEPTOCRATAS que vivem exclusivamente da corrupção e da roubalheira do dinheiro público é uma questão de Salve-se Quem Souber! Isoladamente, pode parecer difícil, mas com o comprometimento e esforços de todos é possível detê-los.
PARA ENFRENTAR ESSA GUERRA A ARMA MAIS PODEROSA É A EDUCAÇÃO E O ESCLARECIMENTO da população. Apenas com a formação de cidadãos conscientes, comprometidos com a cosmoética, a moral, a cidadania ativa e a honestidade, poderemos construir uma sociedade livre da corrupção.
Como o leitor/leitora pode constatar, a importância do SABER patenteia-se no cotidiano, no aqui e agora de todas as situações. Para quem já morou muitos anos em um país civilizado (dito do Primeiro Mundo) e absorveu suacultura de qualidade, é fácil reconhecer de imediato quão grave e trágica é a situação sociopolítica do Brasil.
Para quem nunca vivenciou essa enriquecedora experiência (99,9% dos brasileiros aqui se enquadram), esta afirmação não tem o peso que deveria ter, uma consequência de viver diariamente sob a ação de um fenômeno que denomino de EFEITO CARANGUEJO.
Este fenômeno explica o estado de passividade, indiferença e acomodação comumente encontradas na sociedade brasileira. É um acontecimento bem conhecido por quem cozinha corretamente (ou já cozinhou) este delicioso crustáceo, que é colocado vivo mergulhado em água fria, numa panela tampada e lentamente levada à fervura. O bicho de 10 patas e unhas pontudas só percebe que está sendo “cozido vivo” quando é tarde demais.
Meus conterrâneos estão passando pela mesma trágica experiência, só que em vez de caranguejos, são 200 milhões de pessoas (dos quais 50 milhões são analfabetos funcionais) convivendo numa “panela de pressão” que contém 3 grandes válvulas de escape, que impedem (ou retardam) a percepção do que está realmente ocorrendo em tempo real nos bastidores da sociedade:
(1º) as alienantes telenovelas da TVGlobo (consideradas por psicólogos a cocaína das brasileiras);
(2º) o futebolsemanal e (3º) as festas do tipo “carnaval” que é ensaiado o ano inteiro em todo o país, durante os fins de semana, muitas financiadas com dinheiro público!
Por outro lado, você não precisa ir viver num país socialmente evoluído para entender como funciona a inexorável Lei de Causalidade (ou Lei de Causa e Efeito), uma Lei Cósmica que explica tecnicamente como o Paraíso Tropical esta lentamente se transformando no Inferno Latinoamericano.
De acordo com essa lei abrangente, profunda e pedagógica, uma sociedade que permite os 5 seguintes acontecimentos, está condenada a atingir o fundo do poço (leia-se: o caos social):
A. Não valoriza a educação de qualidade e o conhecimento.
B. Permite que suas crianças e adolescentes pobres vivam abandonadas à própria sorte.
C. A corrupção é tolerada ou até desejada e a desonestidade viceja em todas as esferas e camadas sociais.
D. Declara-se guerra diariamente aos milhões de pobres (ao invés da pobreza); e aceita que os presídios do país (abarrotados de jovens destituídos e vítimas da cleptocracia) sejam transformados em verdadeiras Universidades do Crime.
E. Transfere-se para políticos ladrões do dinheiro público, para burocratas corruptos e líderes religiosos hipócritas e arrivistas a responsabilidade pelos problemas sociais, pessoais e familiares.
A gravidade da doença da sociedade brasileira não é tanto a pobreza material e espiritual de metade da população que vive situações desesperadoras numa “terra maravilhosa em que se plantando tudo dá”, como escreveu Pero Vaz de Caminha ao chegar ao Brasil em 1500 juntamente com Cabral.
Ela pode ser observada no nosso método de governança corrupta (o modelo CLEPTOCRATA) e nas 7 práticas que levam o povo brasileiro a se afundar na própria merda.
Atenção: para entender de fato a afirmação acima, leia atentamente os 3 artigos intitulados “Evolução Exige Ação e autossuperação”, “Brasil: Democracia ou Cleptocracia?” e “7 Práticas que Levam o Povo Brasileiro a se Afundar na Própria Merda” - disponibilizados em Tópicos Recentes do site https://www.salvesequemsouber.com.br
É interessante notar que os perigos da principal causa de nosso eterno subdesenvolvimento foram claramente reconhecidos e identificados pela mente brilhante de Freud em sua obra intitulada “Futuro de uma ilusão”, quando se referiu à questão da violência originada pela INJUSTIÇA SOCIAL institucionalizada, em que ele usa indiferentemente os termos cultura e civilização:
Se uma CULTURA não foi além em que a satisfação de uma parte dos participantes depende da opressão da outra parte, a maioria, e este é o caso das sociedades violentas, é compreensível que as pessoas assim oprimidas desenvolvam uma intensa hostilidade para com uma CULTURA cuja existência elas tornam possíveis pelo seu trabalho, mas de cuja riqueza elas não possuem mais do que uma cota mínima. Não é preciso dizer que uma CIVILIZAÇÃO que deixa insatisfeito um número tão grande de seus participantes e os impulsiona à revolta, não tem nem merece a perspectiva de uma existência duradoura.
Aristóteles, um dos mais renomados pensadores da Humanidade, viu nosso problema com toda a clareza 2.300 atrás quando afirmou: “Não há paz na sociedade sem justiça social. Nunca houve e nunca haverá”.
Parece que essas duas grandes mentes que viveram séculos passados viram com clareza o que seria passível de acontecer numa sociedade, enquanto nós brasileiros, a quem isso está acontecendo a 500 anos, tornamo-nos cegos para não sermos perturbados em nossa rotina cotidiana. Poucos são os autores e sociólogos brasileiros de visão que percebem claramente o monstro que está se dando à luz.
Atualmente um gigantesco abismo separa “uma pequena parte dos participantes”, uma minoria extremamente rica “da outra parte”, a grande massa abandonada pelo poder público cada vez maispobre e/ou miserável, cada vez mais faminta e impaciente, cujo crescente descontentamento está prestes a se tornar o combustível de uma sangrenta revolta que se espalhará pelas periferias das grandes e médias cidades do Brasil.
Vivemos em nosso maravilhoso Paraíso Tropical um momento decisivo em que, afastadas as ILUSÕES (i.e., interpretação errada dos fatos ou da realidade) e AUTOENGANOS (i.e., acreditar que somos aquilo que não somos), passamos a enfrentar nossa triste realidade social, corrigindo métodos e atitudes para nos libertarmos das circunstâncias presentes e dominar nosso destino histórico. Sendo a ilusão o oposto da objetividade e o autoengano o contrário do autoconhecimento, superá-los é uma questão de Salve-se Quem Souber!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Futuro? Que futuro? O Brasil não tem futuro.
Daqui a quinze anos, estaremos no mesmo buraco de agora.
(Diego Mainardi, escritor e colunista brasileiro).
O autor da citação acima tem toda razão, pois no Paraíso Tropical o dia seguinte sempre fica um POUCO PIOR do que o dia anterior. Este é um acontecimento incontestável, apesar de pouquíssimo observado em consequência do EFEITO CARANGUEJO, como mostrado acima. Este fato levanta o problema da MALEABILIDADE (ou docilidade) dos brasileiros.
Como explicar a atitude passiva, acomodada de uma população que há séculos vem sendo governada por indivíduos desonestos, verdadeiros ladrões mafiosos — que roubam, furtam, afanam, surrupiam, se apropriam, passam a mão no bem público?
A justificativa que muitos observadores adeptos do paradigma religioso apresentam para essa DOCILIDADE é que somos um país “abençoado por Deus”, ou que “Deus é brasileiro”.
Por outro lado, o antropólogo brasileiro Roberto Albergaria defendia a seguinte tese: da mesma forma que o ser humano pode ser carnívoro ou vegetariano ou as duas coisas; pode viver no clima polar do Alaska ou no deserto tórrido da África; pode aceitar a servidão moderna, a condição de nascer livre e não viver livre; ele ou ela pode aceitar ser escravo ou livre, viver na escassez ou na abundância, tudo isso numa sociedade que prega em altos brados o amor e a compaixão de Jesus de Nazaré, mas que não dá a mínima atenção para as condições execráveis em que vivem milhões de crianças e idosos indigentes, abandonados à própria sorte.
Na verdade, um Sistema ou Estado pode fazer “quase” tudo ao ser humano se ele assim permitir. O “quase” é importante, pois haverá retaliações. Mesmo que a ordem social possa fazê-lo passar fome, forçá-lo a viver em barraco sem iluminação, água encanada e esgoto, morar próximo a depósitos de lixo, em favelas infestadas de criminosos, torturá-lo, escravizá-lo, aprisioná-lo em pocilgas denominadas de “presídios”, entre muitas e muitas outras aberrações a que são submetidos milhões de brasileiros — o custo social será extraordinário.
De acordo com a Lei de Causalidade, uma vez nascido, o efeito também se converte em causa e dá nascimento a efeitos desastrosos. Ou seja, tudo isso relatado acima não pode ser feito sem consequências trágicas para a sociedade, oriundas das próprias condições da finalidade da existência humana.
Cedo ou tarde, o indivíduo se rebelará, se tornará violento, uma grande ameaça à segurança geral, não diferindo de muitos animais irracionais, que quando livres e bem tratados não são perigosos.
Para finalizarmos essa discussão, relembremos ao leitor/leitora a necessidade de revisar o que foi ensinado sobre a cultura de um povo em outro artigo que aborda nosso atraso cultural. Para entender de verdade como nossa cultura de mediocridade, repleta de hostilidade e desconfiança entre os indivíduos, resulta em consequências trágicas para o Brasil, pois contribui para a INSANIDADE MENTAL da população, acesse o link acima mencionado.
MENSAGEM FINAL: Esse texto faz parte da contribuição de Dan Herman em prol do esclarecimento da Geração Muda Brasil. Aprovamos e publicamos comentários em que o leitor expressa suas opiniões de modo construtivo. Se você gostou desse artigo indique-o para outros de sua estima.
Dan Herman, o inconfundível e autor do revolucionário “De Paraíso Tropical a Inferno Latino americano”, sente-se obrigado a advertir seus leitores da sombria realidade de nosso país:
Para melhorar, o Paraíso Tropical ainda terá que piorar muito. O consolo é que não há bem que sempre dure, nem há mal que nunca acabe, mesmo que seja no Inferno Latino Americano.
As lições desse guia de alta-ajuda cobrem a área pessoal como profissional e são simples o suficiente para qualquer um de nós escolarizado compreendê-lo e ser capaz de enriquecer nossas vidas ao mesmo tempo. Para mais detalhes acesse agora www.salvesequemsouber.com.br