A Rua Que Ninguem Vê

Por GERALDO ANTONIO DIAS GUIMARÃES | 01/04/2011 | Poesias

Hoje,
Eu vi a rua que ninguem vê.
Nos cantos, bichos-meninos
Comendo lixo,
Outros, em casulo,
Cheirando cola.
Vi a rua que ninguem vê,
Fonte de renda dos jornais de amanhã,
Motivo de votos, de dores, de prantos.
Ratos bípedes habitam aquela rua,
Escura,
Fétida,
Imunda.
Hoje, eu vi a rua que ninguem vê,
Mas que, amanhã, se fará sentir;
Aí, todos saberão, apavorados,
Que, hoje, eu vi a rua que ninguem vê.