A Revolução Industrial Desencadeada pela Revolução Comercial.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 18/03/2013 | GeografiaA Revolução desencadeada pelo capitalismo comercial.
O capitalismo iniciou aproximadamente 500 anos de história, seu desenvolvimento se deve a passagem do Antigo Regime ao novo Estado, ou seja, a superação da sociedade Feudal em favor da sociedade Moderna.
Ao longo período do feudalismo, a sociedade permaneceu estática, com pouca evolução, mas aos poucos novas etapas de relações de produção foram surgindo no interior da sociedade Feudal.
O que modificou completamente o modelo de Estado e, sobretudo, a visão teocêntrica de mundo, sendo substituído por uma tendência homocêntrica.
Nasceu, com efeito, o Estado Moderno, desenvolvendo conseguintemente a sociedade capitalista, que passou pelas seguintes fases: capitalismo comercial, industrial e financeiro.
Entretanto, contemporaneamente o capitalismo se realiza na utilização das três fases simultaneamente, a divisão hoje se justifica apenas por uma questão pedagógica para o entendimento da evolução da sociedade em referência.
Nesse primeiro momento vamos entender o capitalismo comercial, onde ele nasceu especificamente, como desenvolveu e qual foi o seu papel para a revolução industrial particularmente na Inglaterra, posteriormente a outras partes do mundo.
O capitalismo comercial foi aos poucos solidificando com fundamento em trocas comerciais, que nasceram nos feudos e aos poucos foram internacionalizando.
Esse mecanismo levou ao enriquecimento das burguesias nacionais, principalmente a inglesa, num primeiro momento da revolução, por meio da colonização de outros continentes tais como: América, África e Ásia.
Quais foram os países da época responsáveis pela revolução comercial, entre eles podemos citar: Portugal, Espanha, Inglaterra, França e Holanda.
Esses países enriqueceram explorando novas terras e povos, sobretudo, num primeiro momento comercializando os escravos, posteriormente, desenvolvendo o comércio de manufaturas, metais preciosos e produtos agrícolas.
A Inglaterra financiou parte significativa desse comércio, particularmente, Portugal, concentrando maior riqueza tanto ao país como a burguesia local, motivo pelo qual ela foi à detentora do primeiro processo da revolução comercial desencadeando posteriormente a revolução industrial.
Desenvolvia-se o enriquecimento de uma nação, não pela moeda, como aconteceu nas duas outras fases do capitalismo, que estudaremos posteriormente, um país se definia como rico por meio da quantidade de seus metais preciosos.
Esse mecanismo de acúmulo de metais preciosos determinou-se o termo técnico de metalismo, o que significou a primeira fase da revolução comercial nos países em estudo.
Em um segundo momento da revolução comercial, o fenômeno do metalismo foi caracterizado como período do Mercantilismo, o que significa tecnicamente por derivação etimológica, mercado e metal.
Podemos ainda dizer que aspectos geopolíticos de diversas regiões ou da geografia particular de países em desenvolvimento por meio das revoluções importadas as burguesias locais, a comercial, industrial e financeira determinaram as economias globalizadas.
Na ultima fase do capitalismo, o financeiro em junção com a industrialização internacional, completam-se as articulações de uma burguesia não mais local, como foi no passado, eurocêntrica e americana do norte.
As burguesias são globalizadas por meio do sistema de produção comercialização e da especulação do capital financeiro, sendo que a mesma está dissolvida em diversas partes do mundo.
O que se determina de burguesia internacionalizada, dando a indústria e ao capital do mesmo modo ao comércio uma nova figuração que não se encontrava em séculos posteriores, esse fato começou a realizar se pelos anos oitenta do século passado.
Com efeito, para entender as novas formas de globalização, é necessário entender a nova articulação de desenvolvimento integrado das diversas burguesias.
Em alguns países com a participação não apenas do sistema financeiro moderno, mas, sobretudo, também de complexos setores sociais incluindo o proletariado.
Edjar Dias de Vasconcelos.