A Repetição da Luz.

Por Edjar Dias de Vasconcelos | 26/08/2013 | Educação

A Repetição da Luz.

Certa vez um velho filósofo.

Do século dezenove.

Disse a uma linda moça soviética.

Se afastarmos da felicidade.

Superamos as últimas ilusões.

Atingimos na tragédia.

O espírito de paz.

A vida inteira.

Briguei com Platão.

Com o Cristo helenizado.

Motivo pelo qual escrevi.

O anticristo.

Em defesa da cultura judia.

O ocidente se perdeu.

Ao reencontrar perdeu outra vez.

Um velho profeta.

Perdido nas montanhas.

Encontrou os sinais.

Inexistentes no céu.

Mas digo a você.

O meu maior segredo.

Existe além do mal.

Uma ideologia do bem.

Mas o universo inteiro.

Repete a ilusão.

O segredo dos sinais.

Não deveria saber.

As fantasias do mundo.

O erro da linguagem.

Sei que você é louca por gênios.

Quanto a mim sou um perdido.

A procura do caminho da negação.

Encontro me na inexistência.

O que é duro  vivê-la.

  Não  existindo.

Maldito o momento.

Que as cordas vocais.

Produziram a linguagem.

Inventaram as irrealidades.

Escravizamos nas fantasias.

Como se fôssemos diferentes.

Mas livrei-me dos deuses.

Das ideologias.

Consegui superar a morte.

Porque desiludi da vida.

Tornei-me sereno.

Por livrar do encanto.

Entendi a natureza do nada.

Ao sonhar em serem algumas coisas.

Entendi o castigo da matéria.

Das leis dos complexos de inferioridades.

Sei que a partícula.

Não cessa de se repetir.

Que a matéria vai e volta.

E começa.

Sem ter tido início.

Que o principio se faz.

Nos segredos profundos do tempo.

Como se algo fosse diferente.

Das multireferencialidades.  

Sei que será um instante.

 O vosso momento.

Sentirei a dor.

O objeto da solidão.

Sem ninguém compreender.

Mas metáforas do futuro.

 Mas o que vem.

Sempre repetiu eternamente.

 Como se fosse à vontade dos deuses.

O que  será, será.

Você não poderá imaginar.

 Um trilhão de anos.

A natureza do mundo.

Outros trilhões de trilhões.

Os desejos no esquecimento.

Nesse instante o momento.

Farei com você.

Linda soviética.

A noite dos sonhos.

Posteriormente poderá encontrar.

Com Freud.

Enquanto isso ele tentará entender.

O que escrevo.

A respeito de homem.

 Solitariamente  perdido.

Desejando encontrar Deus.

Mas seu único caminho

São os sinais.

Dos tempos vindouros.

Quem sabe seu nome.

Ficará nas margens da recordação.

Edjar Dias de Vasconcelos.