A Religião como produto da consciência alienada.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 06/04/2013 | ReligiãoA Religião como produto da consciência alienada.
Disse certa vez Karl Marx, a religião é ópio do povo, uma espécie de droga que adormece a consciência humana, deixa o homem cego esperando por algo inexistente.
Cria uma ideologia fora da realidade da imaginação, o que seria Deus a não ser a mais absoluta loucura. Quem acredita realmente no céu fica louco, uma razão delírica disse Marx.
A fé leva a razão produzir uma lógica irracional negativa, reflete Nietzsche, então a razão torna negativa, consagrando a mesma a incapacidade de conhecer o mundo, uma vez que tudo que existe é a vontade de Deus.
A fé leva ao homem a passividade, ao fanatismo, a renúncia da verdadeira realidade do mundo, o homem passa desconhecer as leis que regem o mundo.
Ele não consegue entender que não existem nada além das leis da natureza e como também de leis construídas pelos homens, leis sociais.
Qual a consequência de tudo isso, que leva ao homem a renúncia pela luta da transformação do mundo, com efeito, quanto mais religioso for povo, consequentemente mais atrasado será o mesmo.
Enquanto prevalecer uma visão não científica do mundo, o povo sem dúvida comportará pela cegueira, a fé não resiste às ciências, porque a fé é produto da ignorância.
Uma pessoa exuberantemente esclarecida necessariamente ela é ateia, refiro do ponto de vista do esclarecimento interdisciplinar, o relativo domínio em todas as ciências.
A religião adormece o homem, ele espera tudo de Deus, uma vida melhor, mais justa, mais humana, esquece que a desigualdade é produção cultural do homem.
O bem estar não é um fenômeno que se vence sozinho. A religião historicamente foi conservadora em outros momentos reacionária. O Deus institucional sempre serviu os interesses políticos dos dominadores.
Evidente que a religião tem uma função prática, útil a serviço dos dominadores, colocar um freio moral aos desejos das massas, que não tendo cultura para distinguir o verdadeiro motivo do mal, imagina que o mal é uma entidade demoníaca produzida pelo demônio.
O demônio é uma ficção não tem existência real, mas está no imaginário popular e funciona como se fosse real, aliás, todas as formas de alienação residem no imaginário da pessoa e age como se fosse real.
A religião verve de consolo para camadas pobres da população, que não podendo realizar seus desejos nesse mundo, desvirtuam para outra perspectiva, ou seja, o direito do céu.
Por isso mesmo a religião é um entretimento criado pela classe dominante com objetivo de levar a pessoa ignorante aceitar pacificamente o chicote de seus capatazes.
A religião além do consolo leva a massa alienada em Deus, transformar desgraça em virtude, a compensação do mal na manifestação do bem imaginário ilusório, o pobre pensa o que adianta ter tudo na terra, mas se vier perder o céu que é eterno.
Por que o conhecimento científico é necessário, um povo culto não sujeita a dominação, a arma fundamental para construção de um país e o desenvolvimento cultural de um povo.
Quando o povo entender a verdadeira razão de tudo que existe os fundamentos do mal o mundo mudará porque na verdade, apenas uma pessoa idiota aceitará ser pobre no silêncio, como produto de alguma grande alienação.
Se os deuses não fossem opressores, mas pelo contrário libertadores eu não teria nenhum problema em ter fé. Edjar.
Edjar Dias de Vasconcelos.