A RELAÇÃO FAFAMÍLIA E ESCOLA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS DO ENSINO PRIMÁRIO EM ANGOLA

Por Manuel Martins Kidito Xavier da Gamam | 11/10/2023 | Educação

A RELAÇÃO FAMÍLIA E ESCOLA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS DO ENSINO PRIMÁRIO EM ANGOLA

 

                 Por: Eugénio de Jesus Wilson de Carvalho.- https://orcid.org/0000-0002-8239-882X

Manuel Martins Xavier Kidito da Gama.- https://orcid.org.0000-0001-9998-5871

Angélica Tatiana da Costa Andrade.-      https://orcid.org/0009-0007-3628-6265

Heráclito Ferreira Wilson de Carvalho. - https://orcid.org/0000-0002-7945-0308

 

Resumo

 

O presente artigo analisa a relação entre a família e a escola no ensino -aprendizagem das crianças, numa perspectiva de cooperação e interação entre a educação escolar e a familiar, pela necessidade de a família interagir mais com a escola complementando-a, cobrindo lacunas atender tarefas por esta indigitada. O tema versa a análise de uma realidade da sistémica educacional, cuja abordagem resulta do conhecimento e avaliação do sistema de educação angolano, com pesquisa dos conceitos, problemática, e seu entendimento. A investigação se baseia num paradigma interpretativo-qualitativo, com exploração bibliográfica e oral, tendo como referências de consulta especialistas como Marques (2000), Carvalho (2012), Leandro (2001), José (2013), Kaloustian (1988), Coelho (2001) e, fomos buscar ensinamentos e posições apresentadas por pensólogos como Diogo (1998), Nogueira (1998), Libâneo (2000), Freire (1971), Skinner (1972), Outeiral e Cerezer (2003),  Mazarakis (2004),  Piaget (1973), Freitas, Maimoni e Siqueira (1994), Di Santo (2006), Paro (2000), (Perrenoud, 2002) (López, 2000), Machado (2011), Delors (1996), Afonso (2011) Samba (2018) Freitas (1994), Formiga (1999), Lino e Macedo (1996) Zassala (2012), que suportam a doutrina, assumindo que a envolvência por complementaridade e acompanhamento do que faz a escola e a família tornou-se prática diária, havendo necessidade das instituições se relacionarem. O artigo objectiva a análise do processo de ensino-aprendizagem, considerando teorias da influência da relação família-escola. Os resultados demonstram a fraca relação, impactante no aluno.

    

Palavras-chave: Angola; Crianças; Família e Escola; Processo de ensino-aprendizagem.

Abstract

This article analyzes the relationship between the family and the school in the teaching-learning of children, from a perspective of cooperation and interaction between school education and the family, due to the need for the family to interact more with the school, complementing it, covering gaps to meet tasks for this nominee. The theme deals with the analysis of a reality of the educational system, whose approach results from the knowledge and valence of the Angolan education system, with research of concepts, problems, and their understanding. An investigation is based on an interpretative-qualitative paradigm, with bibliographical and oral exploration, having as consultation references specialists such as Marques (2000), Carvalho (2012), Leandro (2001), José (2013), Kaloustian (1988), Coelho ( 2001) and we sought teachings and sensations presented by thinkers like Diogo (1998), Nogueira (1998), Libâneo (2000), Freire (1971), Skinner (1972), Outeiral and Cerezer (2003), Mazarakis (2004), Piaget (1973), Freitas, Maimoni and Siqueira (1994), Di Santo (2006), Paro (2000), (Perrenoud, 2002) (López, 2000), Machado (2011), Delors (1996), Afonso (2011) Samba (2018) Freitas (1994), Formiga (1999), Lino and Macedo (1996) Zassala (2012), who support the doctrine, assuming that the involvement by complementarity and system of what makes the school and the family became practical daily, with the need for institutions to relate. The article aims to analyze the teaching-learning process, considering the theories of influence of the family-school relationship. The results showed a weak relationship, impacting on the student.

Keywords: Angola; Children; Family and school; Teaching-learning process.

 

Introdução

O presente artigo começa a ser reflectido a partir do entendimento da   génesis do surgimento do homem e a formação da sociedade. Porém no período após o nascimento da criança e até certa altura do seu crescimento, não é capaz de discernir com responsabilidade e decidir singular e vinculativamente sobre o seu destino.

O que ocorre com este novo membro da sociedade, vindo da união de seres de sexos opostos, com identidades próprias, que são encarregues da sua sobrevivência, conforma um primeiro momento da vivência e desenvolvimento do homem que, por regra, ocorre em família, para a sua própria protecção e garantir a sobrevivência de forma independente, quer tal esteja constituído ou não um núcleo familiar no sentido tradicional.

A família representa o primeiro espaço para a formação psíquica, moral, social e espiritual da criança. Esta, desde seu nascimento, ocupa um espaço dentro da família e nela encontra os primeiros professores e os primeiros ensinamentos, que terão reflexos e perdurarão por toda a sua vida, permitindo que se desenvolva em todos os aspectos integralmente.

O sistema deve, por isso, ser eficaz na construção e aplicação de estratégias e bases de formação com um padrão de exigência para atingir os objectivos da nação tendo-os como  seucomo seu fim.

A problemática da investigação apresentada neste artigo versa atender ao questionamento se a família na situação actual da nossa sociedade terá alguma relação produtiva na interacção com a escola, no ensino e aprendizagem da criança, capaz de influenciar de forma contributiva no desenvolvimento das crianças e na melhoria das metodologias e níveis de exigências na criação e melhorias do sistema de educação.

A problemática sobre o processo de ensino-aprendizagem não se refere a uma discussão recente, nas condições de hoje, enfrenta desafios das ingentes responsabilidades em face das dificuldades que a escola vive e a necessária e constante intervenção de pais e encarregados de educação que mingua e por tal impende sobre a gestão do ensino-aprendizagem das crianças na família e na escola e na interacção entre ambas.

A motivação que justifica a escolha da investigação está ligada a gritante falta de acompanhamento de muitos pais às crianças que frequentam o ensino primário, na fase mais efémera das suas vidas constata-se que para o bom desenvolvimento das crianças é preciso um bom acompanhamento dos pais e dos professores em complementaridade um do outro, pelo que uma avaliação da situação poderá nos mostrar os problemas, mas igualmente as soluções para a melhoria constante, para bem da família, da criança e do desenvolvimento da nação. A necessidade do conhecimento da actividade do professor e da intervenção da família, o interesse demonstrado no desenvolvimento do filho, se traduz na interação indispensável que deve existir entre os dois responsáveis pelo ensino-aprendizagem.

A história da evolução do sistema educacional de Angola mostra que as bases de transmissão de valores nacionais, foram criadas numa situação de conflito interno que tinham a influência da ideologia socialista, actuante na então governação, até as primeiras reformas e se esparrarem com a fundamentação e a criação de novas leis, onde se desponta a Lei nº 17/16, de 07 de Outubro - Lei de Bases de Educação e Ensino, que determina a existência de uma segunda fase pós colonial, definida como pós 1975, conforme defende; Carvalho (2012).

A degradação do sistema de ensino, que foi alvo fruto da prolongada guerra civil,  justificou a necessidade do processo de construção de um sistema de ensino nacional que enveredasse pela representação e promoção dos valores nacionais, mas também o reconhecimento do défice de educadores face a necessidade de buscar na sociedade, no seio familiar  a contribuição para a formação do homem novo que construiria o país, ditando um futuro com desenvolvimento criado por quadros educados, formados cada dia com melhores  condições e maiores valores.

Mais adiante e de acordo com a, Lei de Base do Sistema de Educação (Lei nº 13/01) a educação em Angola sofre um revés com a instituição de reformas e hoje é realizada por um sistema unificado em seis subsistemas de ensino, que tendo como laje a educação no nível primário.

A avaliar a evolução de Angola, o artigo tem como finalidade analisar a relação da família e escola, atendo os elementos de definição do sistema educativo, para que as deficiências que se detectarem na relação se extirpem, por correcção, da realidade com ou sem intervenção familiar.

Neste desafio, evidencia-se a interacção entre pais e filhos, para destacar a discussão sobre como envolver a família na aprendizagem na escola. Para tal se definiu três linhas de abordagem sendo uma primeira que visa discernir os aspectos conceituais sobre a família, com abordagem histórica do seu surgimento e desenvolvimento.

Objectiva-se especificamente apresentar, uma primeira linha que expõe a sua estrutura sistémica descrevendo o que foi a ordenação primária da família a sua sedimentação e base como núcleo organizacional exemplar, para o crescimento e desenvolvimento da sociedade. Uma segunda linha que aborda a problemática da real função da escola, instituição necessária para transformação da criança e da sociedade e uma terceira linha que espelha os desafios da relação estabelecida entre a família e a escola na perspectiva de interajuda e complementaridade desenvolvida com fins comuns – a formação.

Diante do exposto surge a seguinte pergunta de partida:

Que consequências podem advir da falta de interacção entre a família e a escola no processo ensino-aprendizagem?

O artigo conclui com apresentação de resultados, considerando que a falta de relação ou fraca interacção entre família-escola dificulta o ensino e aprendizagem da criança, prejudicando o aluno.

Se conclui que havendo contribuição da família ser determinante uma maior motivação, empenho e interesse, o que influencia no ensino - aprendizagem dos alunos.

Finalmente, chega-se ao entendimento de que a relação família e escola pode influenciar na aprendizagem da criança, pois antes mesmo da escola no seio familiar se oferece à criança as primeiras instruções sobre as regras morais e sociais, cabendo a ela interagir com a escola, para oferecer indicativos e soluções para a formação dos petizes.

É conclusivo também que a família e a escola são parceiras fundamentais no desenvolvimento de acções que favoreceram o sucesso escolar e social das crianças, formando uma equipa.

1. Análise conceptual sobre a família 

1.1 A formação da família

Há um entendimento subscrito por Marques (2000), que diz que “Engels, ao se propor ao estudo sobre a família, afirmou que a palavra família teria origem latina, do vocabulário “famulus” que significa, servidor, ou seja, “servo ou escravo doméstico” e que deriva desta significância dada pelos antigos romanos, na senda da estratificação e segmentação social então jacente, que se propuseram designar um novo organismo social, para diferenciar as tribos latinas, ao serem introduzidas na agricultura e na escravidão legal.”

O novo organismo com presença de um chefe que com poder de vida e de morte sobre a mulher, os filhos e um certo número de escravos, o “paterpotestas”. A noção do termo família neste entendimento apresentada com o significado de “grupo doméstico”. Em sentido restrito, o termo família designa um conjunto de pessoas que vive sob o mesmo teto com comunhão de interesses. E em sentido lato, a família é o conjunto de pessoas originária de gerações, descendentes dos mesmos antepassados. Leandro (2001)

A família é desde os tempos mais remotos da organização societária, os factores que impactam sobre a constituição e organização que define as sociedades, visto que ela desempenha um papel decisivo na vida dos indivíduos”. José (2013)

Segundo Kaloustian (1988), a família é o lugar indispensável para a garantia da sobrevivência e da protecção integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como vêm se estruturando. É a família que propicia os aportes afectivosafetivos e, sobretudo, materiais necessários ao desenvolvimento e bem-estar dos seus componentes. Ela desempenha um papel decisivo na educação formal e informal, é em seu espaço que são absorvidos os valores éticos e humanitários, e onde se aprofundam os laços de solidariedade.

Assim seguindo estas linhas de pensamento entende Coelho (2001), clarifica que a “socialização primária pode ser definida como a fase que o individuo atravessa na infância e mediante a qual se transforma em membro da sociedade.

É notório e conclusivo que há tendência em mostrar que a sociedade tem ligação no seu surgimento e desenvolvimento, no que é a existência do homem, da família com as suas relações fundadas em actos e sentimentos, hábitos, valores e regras, que se perpectuam como embolo para a sua existência e manutenção, sendo que o fracassar desta poderá inferir no fracasso da sociedade como instituição de homens, o que infere desfavoravelmente a criança.

No contexto da Constituição da República de Angola, no ponto 1º do artigo nº 35, define a família como “o núcleo fundamental da organização da sociedade e é objecto de especial protecção do Estado, quer se funde em casamento, quer em união de facto, entre homem e mulher". (CRA, 2010)

O Estado passa uma mensagem que sem famílias constituídas poderá haver o risco de se provocar precaridade da organização societária, pois preservar a sociedade ocorrerá com a criação de novas gerações para a continuidade da humanidade. Assim se releva e se eleva a promoção do futuro com o amparo das crianças, pelo Estado Angolano, tal como se dá noutras latitudes, especial destaque a garantia, segurança e protecção da criança. (ibidem)

Este dado vem na Lei 25/12, de 22 de Agosto, que no ponto 1 do artigo 55° diz que“a responsabilidade de educar a criança e de assegurar o seu desenvolvimento cabe as famílias e principalmente aos pais”; o ponto 2 dispõe que “quando não seja possível a criança ser educada e assistida pelos pais, esta responsabilidade cabe aos representantes legais ou encarregados de educação” e no ponto 3 desta lei aponta que “as famílias, os pais, representantes legais e encarregados de educação devem assegurar a direcção e orientação adequada para a criança, bem como o exercício dos seus direitos, proporcionando um ambiente de relações de confiança e afectividade com base no respeito, compreensão e procura de serviços e apoios que melhorem as condições e as oportunidades de vida para a criança”.

No entanto, a educação familiar não deve entoar só nos efeitos do desenvolvimento dos filhos, pois que ela pela sua importância deve ser considerada parte de um ecossistema da educação.

 

1.2. A família e o processo de ensino e aprendizagem da criança

Fundando-se na avaliação perspectivada de Diogo (1998), a escola e a família são os dois primeiros ambientes sociais que proporcionam a criança estímulos, ambientais e modelos vitais…”, na realidade somente os esforços da família unida a escola, darão benefícios na aprendizagem da criança, pois os professores, na interacção periódica com os encarregados de educação, além da avaliação devem informar a progressão dos seus alunos.

 Quando abordamos a intervenção da família na educação das crianças, é justo como prediz o pensamento de Silva (2002), classificar a família como elemento relevante na contribuição para o ensino e aprendizagem, representa a porta para os primeiros elementos construtores do carácter, da fala e do discurso articulado, com as primeiras expressões gramaticalmente construídas, a noção da  diferença entre o bem e o mal, das cores, das semelhanças e adversidades, do uso dos números, a  distinção das quantidades, tempos do dia, assim como as regras iniciais que constroem hábitos, valores sobre o respeito ao próximo por vezes princípios religiosos, iniciados com o baptismo, prática religiosa, com repetição de actos e comportamentos copiados,  o que permite dizer que a família encontrar-se em geral como elo de contribuição inicial para o ensino e aprendizagem.

 Segundo José (2013), “educar crianças é talvez a tarefa mais importante e desafiadora que a maior parte de nós executa. Assim o papel relevante da família é de capacitar e desenvolver percepções necessárias à captura de conhecimentos que a escola dá e de reagir a absorção de informações e desenvolver a aprendizagem contínua do que lhe é transmitido e exigido praticar. O seio familiar deve ser propenso a um bom ambiente que resulte em harmonia, a existência de uma base mínima de acomodação, provida de condições sanitárias, de alimentação, cama, mesa, vestes, calçado, outros meios de subsistência e diversão, mas também um relacionamento que pactue pelo respeito mútuo, pela hierarquia dos mais velhos, com permanente actos de interajuda e solidariedade, respeito pelo cumprimento de horários, prazos, deveres, hábitos de higiene, ordem e arrumação. Na sua intervenção Nogueira (1998) explica que a participação dos pais na vida escolar dos seus filhos, pode influenciar de modo afectivo o desenvolvimento escolar dos filhos. Tal decorre de que a paz no lar trará o bom exemplo de diálogo para resolução de problemas, e comodidade, pugnando pela compreensão, amizade, carinho, interajuda, solidariedade, sentimento de partilha, reconhecimento dos perigos e riscos da vida, respeito aos irmãos, amor ao próximo, o que representará um ambiente saudável e propício para os filhos aprenderem.

1.3. A participação dos pais e encarregados no processo de ensino - aprendizagem da criança

O processo de ensino-aprendizagem, representa nada mais que a denominação dada ao sistema de interacções comportamentais entre professores e alunos.

A esse respeito Libâneo (2000), declara na sua obra que: [...] Os educadores são unânimes em reconhecer o impacto das actuais transformações económicas, políticas, sociais e culturais na educação e no ensino, levando a uma reavaliação do papel da escola e dos professores. É por isso entendível cientes do impacto dos elementos comportamentais que a família pode enraizar nas crianças, mas a escola e seus responsáveis estarão por missão interessados na formação cultural e científica para a vida pessoal, profissional do cidadão, possibilitando uma relação autónoma, crítica e construtiva com a cultura em suas várias manifestações, como o fortalecimento da sociedade civil, das entidades, das organizações e movimentos sociais[...] O mesmo autor afirma que as tarefas de construção de uma democracia económica e política pertencem a várias esferas de actuação da sociedade, e a escola é apenas uma delas, pois tem o compromisso de reduzir a distância entre a ciência cada vez mais complexa e a cultura de base produzida no quotidiano, e a provida pela escolarização.

Não sendo o “ensino” e “aprendizagem” processos estáticos, pois não estão fixos, mas pelo contrário acompanham a progressão humana e a complexidade de absorção de informações, conhecimentos, “nem sequer pode ser dito que corre em dois organismos (pelo menos no caso de “ensinar”, uma vez que é possível “aprender” sem um professor). Os Dicionários (como o: Meu Dicionário, Infopedia.pt, pontodidatica.com.br; Priberam.org) são unânimes ao dizerem que ensinar é “dar instrução a”, “doutrinar”, “mostrar com ensinamento”, “demonstrar”, “instruir” etc. constituindo meras sinonímias ou redundâncias e não diferem muito das definições entre profissionais da educação - “transmitir conhecimento ou conteúdo”, “informar”, “preparar”, “dar consciência” etc.  

 Aferidas estas terminologias de significância, para Freire (1971) essas expressões são compatíveis com o que define uma “concepção bancária” de educação e não permitem o desenvolvimento de uma “prática educacional” adequada. Já na sua alocução, Skinner (1972) afirma que a maior parte das definições são meras ficções verbais, convenções vazias que não se referem ao que acontece e sim aos efeitos que o uso desses termos tem sobre os ouvintes. Se ensinar é uma categoria de comportamentos e, portanto, uma relação com o ambiente, estes enquanto fenómenos sociais subsistem porque têm uma intervenção grande da família, pelo que é mister reconhecer que os processos “ensino” e “aprendizagem” têm na participação dos pais e encarregados um aliado natural de simbiosidade, por isso é crucial na educação escolar dos filhos e quanto mais regular e efectivo for o acompanhamento do processo formativo maior será o impacto positivo na educação das crianças. Para José (2013) "educar crianças é talvez a tarefa mais importante e desafiadora que a maior parte de nós executa.

Segundo o autor “José (2013) é um compromisso para toda a vida - por vezes descrito como a única tarefa que temos na vida - e o facto de a executarmos bem tem a probabilidade de ter um impacto nas gerações futuras, tendo um papel significativo na modelação dos valores e atitudes que os jovens tomam até às suas próprias relações adultas e a abordagem em serem pais por sua vez”.

Apesar do formato da família como baluarte da sociedade, Nogueira (1998) explica que a participação dos pais na vida escolar dos seus filhos pode influenciar de modo afectivo o desenvolvimento escolar dos filhos. Se evidencia como os pais podem ser determinantes na educação e ressalta a influência dos encarregados para com os filhos, como suporte na construção da educação dos seus descendentes.

De acordo com a teoria de Outeiral e Cerezer (2003) a tarefa de ensinar, em nossa sociedade, não está concentrada apenas nas mãos dos professores. O aluno não aprende apenas na escola, mas também através da família, dos amigos, de pessoas que ele considera significativas, dos meios de comunicação de massa, das experiências do quotidiano, dos movimentos sociais.

De acordo com Skinner apud Barros (1998) “a aprendizagem é a conexão entre o estímulo e a resposta.” A aprendizagem, é ainda, um elemento que provém de uma comunicação com o mundo e se acumula sob a forma de uma riqueza de conteúdos cognitivos. É o processo de organização de informações e integração do material pela estrutura cognitiva. Barros (1998) propõem que “a aprendizagem é a modificação do comportamento e aquisição de hábitos. Os resultados da aprendizagem se manifestam em modificações na atividade externa e interna do sujeito, nas suas relações com o ambiente físico e social.

Para o desenvolvimento da criança principalmente na primeira infância, o que se reveste de importância primordial são as interações assimétricas, isto é, as interações com os adultos portadores de todas as mensagens da cultura. (Mazarakis, 2004)

Segundo Piaget (1973), “a criança desenvolve seu conhecimento ao passo que se relaciona com o mundo externo. Durante seu crescimento a criança passa por momentos de adaptações com as novas situações.” Pelo meio familiar, com a prática de actos que as crianças vivenciam elas tendem a imitar, quer pela curiosidade como pelo exemplo que dos pais e educadores, criam apetências em fazer o que os seus encarregados num clima influenciador de boas práticas, que mostra aos petizes os bons hábitos e exemplos e criam memórias, com recordações agradáveis, susceptíveis de serem parte do dia-a-dia da família.

Certamente percebe-se que este processo exigirá uma maior interação dos encarregados de educação com a escola, com visitas periódicas para conhecimento e controlo da evolução do filho, participação activa nos programas gizados para aproximação e conhecimento, mas igualmente no acompanhamento a passo das informações adquiridas, para reforço, ajuda e consolidação da matéria já no seio familiar.

2. A relação família e escola na interacção e interajuda à complementaridade

    2.1. A escola como instituição transformadora da criança e da sociedade

É confluente para Freitas, Maimoni e Siqueira (2001);, Maimoni e Miranda (1999), que “as famílias podem: acompanhar tarefas e trabalhos escolares, verificar se o filho fez as actividades solicitadas pelo professor, estabelecer horário de estudo, informar-se sobre matérias e provas, entre outras.

Segundo Paro (2000), podemos dizer que, além de problemas como professores malformados e outros, a escola tem falhado também e principalmente “porque que não tem dado a devida importância ao que acontece fora e antes dela, com seus educandos”. E como ponto de partida para a busca de uma solução para tal realidade, articula sua pesquisa, “...com a preocupação de estudar formas organizacionais mais adequadas de integração dos pais a propósitos escolares de melhoria de ensino...”

A escola, portanto, também necessita dessa relação de cooperação com a família, pois os professores precisam conhecer as dinâmicas internas e o universo sociocultural vivenciados pelos seus alunos, para que possam respeitá-los, compreendê-los e tenham condições de intervirem no providenciar de um desenvolvimento nas expressões de sucesso e não de fracasso diagnosticado. Precisam ainda, dessa relação de parceria para poderem também compartilhar com a família os aspectos de conduta do filho: aproveitamento escolar, qualidade na realização das tarefas, relacionamento com professores e colegas, atitudes, valores, respeito às regras. Entretanto, uma coisa é certa: ambas têm uma tarefa única: educar para a vida. O que já não é pouco (Perrenoud, 2002)

Se há um momento na história da humanidade em que família e escola precisaram trabalhar unidas, o momento é agora (López, 2000). Neste contexto há que se buscar uma solução do dilema entre família e escola. Trabalho unido ou à quatro mãos, como costumamos dizer, não é uma querendo atropelar o fazer da outra, mas dar apoio e aval às ações da outra. Da mesma forma que a escola não pode interferir na vida familiar, esta não pode e não deve interferir no âmbito da escola. Se há um tempo em que a coerência se faz necessária, esse tempo é hoje, pois nunca as pessoas estiveram tão confusas, nem tão divididas e mal resolvidas (Machado, 2011).

Na aproximação da família, à escola na busca do diálogo tem sido uma incansável actuação para conseguir estabelecer uma relação com as pessoas que intervém em ambos os lados, o que é realmente louvável, mas ainda assim insuficiente para alcançar a cooperação perfeita.

Segundo Libâneo (2000), “Os educadores são unânimes em reconhecer o impacto das atuais transformações econômicas, políticas, sociais e culturais na educação e no ensino, levando a uma reavaliação do papel da escola e dos professores. Percebe-se que a escola e seus responsáveis estão interessados na formação cultural e científica para a vida pessoal, profissional e cidadã, possibilitando uma relação autônoma, crítica e construtiva com a cultura em suas várias manifestações, como o fortalecimento da sociedade civil, das entidades, das organizações e movimentos sociais”.

Diante de tais exigências a escola deverá estar preparada para fazer a diferença buscando uma educação que valorize o conhecimento do aluno, fortalecendo uma melhor relação em que directores, equipa pedagógica, professores, funcionários, alunos, pais e encarregados de educação se envolvam, interagindo pelos bons serviços que ao final beneficiarão as crianças.

Para Formiga (1999) "O papel formal da escola é o de ser a principal responsável pela organização, sistematização e desenvolvimento das capacidades científicas, éticas e tecnológicas de uma nação. Pode-se dizer que a escola tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para a cidadania, sua qualificação para o trabalho, bem como, meios para progredir nele e em estudos posteriores. Temos de perceber que estas quatro vias do saber, tornam-se apenas uma, mas uma dependente da outra, necessitando sempre de trocas de informações entre elas, pois a escola é o centro da educação que forma o homem novo". Segundo Delors (1996), “a educação deve contribuir para o desenvolvimento total da pessoa, espírito e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, espiritualidade. Neste contexto, a escola e a família precisam caminhar na mesma linha e buscando sempre uma relação ampla e melhor que propicie a construção de um conhecimento diferenciado”.

A conceitualização dos três tipos de educação que Afonso (2011) apud Samba (2018) descreve que “historicamente existem: 1) educação formal, 2) educação informal ou familiar e 3) educação não formal” que claramente interagem e se completam, cabendo abordar aqui o papel relevante da família.

Haverá várias maneiras da família intervir na vida educacional do aluno. É confluente para Freitas et al (1994); Maimoni et al (1999), que “as famílias podem acompanhar tarefas e trabalhos escolares, verificar se o filho fez as actividades solicitadas pelo professor, estabelecer horário de estudo, informar-se sobre matérias e provas, entre outras. Há vários modelos de famílias, não existe um único tipo de família na sociedade, mas existem singularidades entre elas. É possível afirmar que cada família possui sua identidade e estão em constante evolução, constituídas com o intuito básico de prover a sua subsistência”.

Segundo Di Santo (2006) “uma relação de ajuda relata que actualmente, a família  passafamília passa para a escola a responsabilidade de educar os filhos inserindo-os na sociedade. Logo, deve haver um estreitamento das relações entre família e a escola, a busca de uma qualificação melhor, evitando uma transferência confusa de responsabilidades entre ambas as partes para alcançar um bom desenvolvimento saudável dos educandos”.

É conclusivo, em face do exposto que a situação hodierna mostra que a família observa a escola como um local onde se obriga a criança a aprender e, fornece disciplina e organização onde elas passam maior parte do tempo disponível, ou ocasionalmente se proporcionam diversas situações de saber fazer. É claro que desmitificar este jogo de responsabilidades passa necessariamente por um estreitamento da relação destas duas entidades importantes da formação da criança, a escola e a família.

2.2. Os desafios da relação família e a escola pela interajuda e complementaridade

Tendo como referência os pressupostos desse trabalho e o entendimento sobre a relação família e escola no ensino-aprendizagem da criança, nas escolas angolanas, maioritariamente, a reunião da escola é vista como uma oportunidade onde os pais procuram manter contacto com a escola. Através desta, os pais procuram conhecer melhor e participar do funcionamento da escola.

Obviamente, as reuniões de pais, são os momentos mais representativos destas intersecções entre família e escola. Lino e Macedo (1996), relata alguns dos muitos sentimentos que permeiam tal relação, quando escreve a apresentação do livro “Reunião de Pais: Sofrimento ou Prazer?”, Obra através da qual as autoras apresentam propostas para a elaboração de reuniões que conduzam a um esforço comum e recíproco entre pais e professores, para promoverem o desenvolvimento das crianças. Certa e logicamente os pais participam nas reuniões realizadas pela escola, e se não o fizerem eximindo-se do dever de contacto periódico, constante e regular, perdem um exercício normal de controlo, mas também de interacção e ajuda no conhecimento e resolução das questões da escola, cujos beneficiários finais directos são os seus filhos, o que se entende não ser benéfico.

Conhecer o professor do seu educando é sinal de interesse que o pai demonstra pela educação do seu filho e que se traduz na interacção entre os dois responsáveis pela educação da criança. É com o professor, que o pai conhecerá do comportamento do filho na escola, em termos do aproveitamento escolar, relacionamento com os outros colegas.

É na ida à escola, que os encarregados de educação conhecem a necessidade de interagir com esta, para usar o conhecimento da situação e controlo do desempenho garantir uma melhor aprendizagem dos filhos.

O nível de interacção se ressalta com a participação activa dos encarregados de uma Comissão de Pais, tradicionalmente criada como veículo de sindicância e via de comunicação, que representa de facto o elo eficiente de representatividade e de ligação entre a direcção da escola e os pais e encarregados de educação, o que é claramente insuficiente, pois que cada caso deve para além da abordagem geral incidir na análise individual dos elementos comparativos e agregadores da conduta e evolução da criança associadosaos valores vindos da família aos recebidos na escola.

Quanto a participação destes, é reforçada por Zassala (2012), ao ressaltar que “os pais devem acompanhar o desempenho escolar dos filhos continuamente e não esperar o fim do período ou fim do ano para se inteirarem do sucesso dos mesmos. É tarefa dos pais ajudar os filhos no cumprimento dos trabalhos de casa. Assim, o processo de ensino, aprendizagem da criança poderá progredir o quanto os pais desejarem e contribuírem na formação dos filhos”.

Fundando-se na avaliação perspectivada de Diogo (1998) "a escola e a família são os dois primeiros ambientes sociais que proporcionam á criança estímulos, ambientais e modelos vitais…”, na realidade somente os esforços da família unida à escola, darão benefícios na aprendizagem da criança, pois os professores, na interacção periódica com os encarregados de educação, devem além de informar sobre a avaliação falar da progressão destes.

Elemento primordial facilitador da interacção da escola com os pais, é o mecanismo de comunicação usado para mandar recado aos pais, pela caderneta ou cartas por correspondência avulsa, a convocatória normal, ou quando se pretenda fazer chegar ao conhecimento dos encarregados a inexistência de atitudes, de material escolar, ou de condutas sãs, ou para denunciar falta de assiduidade, distração ou comportamentos.

A importante participação da família no processo cria complementaridade. Daí ser crucial concluir que a relação se estabelece e se torna eficaz se ambos os lados participarem e ajudarem-se na conquista de um objectivo comum que é a construção de um novo homem.

Pois é consensual que uma relação se deve estabelecer entre a escola e a família de forma contínua, regular, periódica, para garantir desde o início até ao fim, um suporte à criança no enfrentar de desafios, visto que, integradas e atentas ambas podem detectar dificuldades de aprendizagem de crescimento e podem contribuir de maneira mais eficiente, dando “inputs” para a melhoria do sistema de educação.

CONCLUSÕES  

Este artigo tratou de investigar e proporcionar uma análise sobre a relação família e escola no processo de ensino-aprendizagem da criança e, constitui um processo reflexivo de desenvolvimento profissional.

A falta de interacção e a fraca relação família-escola, dificultaria o agir do ensino-aprendizagem da criança, o que impacta sempre em prejuízo do aluno e na melhoria das metodologias e nível de exigências que garantam a intervenção estatal na criação e melhorias do sistema de educação.

A família ao influenciar na aprendizagem escolar da criança oferecerá sua contribuição, nas primeiras instruções sobre regras morais e sociais, já que se deve considerar que a criança busca na família melhor entendimento sobre as coisas e cabe à esta oferecer espaços que contribuam para a formação, respeitando os limites e possibilidades da fase da vida.

 Para influenciar na gestão do processo de ensino-aprendizagem, é necessário que se promovam disciplinas que relevam valores morais éticos, de solidariedade e respeito interpessoal, sem desprimor da promoção ou institucionalização de fórum de debates entre representantes das famílias dos educandos e as escolas para encontrar propostas de soluções, mas e também priorizar a melhoria dos meios de difusão e comunicação, com primazia para as plataformas informáticas.

Não se tratando de uma pesquisa esgotada é uma modesta contribuição no campo académico, aportando-se quão é imprescindível que se reforce análise sobre a relacção escola-família, necessária para o sucesso do processo de ensino-aprendizagem e para o desenvolvimento intelectual dos filhos, já que o êxito do sistema educativo passa necessariamente por esta interacção que inclua a relação escola família como parte do processo e do seu desenvolvimento.

 

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