A RELAÇÃO ENTRE A LINGUAGEM E A APRENDIZAGEM DA LEITURA E ESCRITA
Por Uellingnton dos Santos Vieira | 01/11/2017 | EducaçãoVIEIRA, Uellingnton dos Santos
SCAQUETTI, Alexon Junior
SOUZA, Maria Solange Pinheiro de
Resumo: O presente trabalho busca relacionar as concepções de linguagem, da leitura e da escrita às teorias que lhe são subjacentes e a prática do professor, em termos de ensino gramática atualizada nesta nova sociedade tecnológica. Pois o professor deve estar em condições de definir, para cada caso especifico as melhores estratégias para poder prestar ajuda eficaz aos alunos em seu processo de aprendizagem e isto requer do educador estudos sobre a importância da participação de cada um no conhecimento da diversidade cultural. Buscando assim melhores condições de desempenho e participação na distribuição dos direitos e deveres de cada cidadão. Foi na busca de aprimorarmos nossos conhecimentos que desenvolvemos este trabalho acadêmico que abrange um tema tão complexo como a importância do uso da linguagem, da leitura e da escrita no processo de desenvolvimento da alfabetização dos alunos que estão inseridos nos anos inicias do ensino fundamental. Buscamos em nossas observações adquirir uma formação profissional capaz de compreender o processo de alfabetização que ocorre nas dependências da escola, e as condições de desenvolvimento educacional da criança e do adolescente em um ambiente formal e não formal.
Palavras-chave: educação, linguagem, leitura e método.
1 INTRODUÇÃO
O trabalho de pesquisa em questão vem abordando de forma holística o desenvolvimento de uma pesquisa puramente científica. Pois Ensinar a ler e a escrever continua sendo uma das tarefas mais especificamente escolar. Existe um número significativo de crianças que fracassam já nos primeiros passos da alfabetização por não serem bem estimuladas.
No capitulo I deste presente trabalho acadêmico serão abordados: vários níveis de conhecimento que entram em jogo durante o processo da linguagem, da leitura e da escrita. Este conhecimento abrange o conhecimento sobre como pronunciar os vocábulos, pelo conhecimento do vocabulário e regras da língua, chegando até o conhecimento sobre o uso da língua.
Nessa mesma visão sobre o processo de aprendizagem da linguagem, leitura e escrita nas series iniciais do ensino fundamental e sobre as diversas formas e práticas desenvolvidas no contexto escolar bem como algumas considerações de diversos autores sobre a importância do hábito da estimulação da linguagem, da leitura e escrita no desenvolvimento cognitivo do aluno, é que este trabalho será elaborado.
No capítulo II desenvolveremos a fundamentação teórica de nosso trabalho acadêmico relatando sobre a importância do desenvolvimento das atividades que devem estar presente em todos os níveis educacionais, sendo embasadas nas series inicial do ensino fundamental.
Dentro desta perspectiva será feito este estudo na tentativa de contribuir de forma significativa para que os educadores possam refletir criticamente acerca da gravidade relacionada á aquisição da linguagem, da leitura e da escrita nas series iniciais do ensino fundamental.
Refletiremos sobre as possibilidades de despertar na criança o interesse pela leitura e a escrita a partir de atividades motivadas e recreativas; Estudaremos situações para que a criança possa se comunicar corretamente com os outros.
Verificaremos se a criança é capaz de ler e interpretar o que lê com suas próprias palavras ou qualquer outra forma de expressão seja ela desenho pintura, modelagem, etc.
Avaliaremos também o domínio da técnica de leitura oral desembarcada e correta analisando na criança a capacidade de escrever de forma legível e correta;
Investigando situações favoráveis ao desenvolvimento da aprendizagem da linguagem e sua relação com a leitura e a escrita da criança também de forma natural e recreativa.
O capítulo III deste presente trabalho nos mostrará os resultados da nossa pesquisa bibliográfica e a necessidade de revermos conceitos em relação ao desenvolvimento de nosso trabalhar com a linguagem, a leitura e a escrita nas series iniciais do ensino fundamental.
Buscaremos com este trabalho de pesquisa, uma proposta que inovem e enriqueçam o contexto pedagógico das nossas escolas e por acreditarmos que o contato com a leitura e escrita já na primeira infância é fundamental para o desenvolvimento e aprendizagem do sucesso de nossos alunos.
Estudaremos sobre uma abordagem na qual a linguagem, leitura e escrita são valorizadas como pensamento e arte e todas com objetivos de alcançar um processo que auxilie no desenvolvimento da aprendizagem da alfabetização infantil.
Pois a leitura faz-se da linguagem um uso particular, explorando as potencialidades da língua, em busca de efeitos estéticos surpreendentes.
Pretendemos oferecer, nesta abordagem uma aprendizagem das capacidades linguísticas que as crianças devem desenvolver gradativamente, ou seja, daquilo que cada criança deve ser capaz de realizar a cada ano letivo. O aprendizado e a progressão da criança, entretanto, dependerão do processo por ela desenvolvido, do patamar em que ela se encontra e das possibilidades que o ambiente escolar lhes propiciar, em direção a avanços e expansões da sua aprendizagem.
Ao desenvolvermos este trabalho acadêmico daremos uma importante atenção ao uso correto da leitura e da escrita na alfabetização dos alunos que estão matriculados regulamente nos anos iniciais do ensino fundamental. Buscaremos também um conhecimento mais amplo sobre as possibilidades de orientações que possibilite aos educadores dos anos iniciais do ensino fundamentais novos métodos educacionais que efetive e abrangem a educação como um todo.
A possibilidade de desenvolvermos este trabalho acadêmico nos auxiliará uma soma muito grande de aprendizagem, representando para nós acadêmicos do curso de Psicopedagoga um ganho muito grande de conhecimentos desta modalidade de ensino, dando nos estímulos a buscarmos mais conhecimentos e informações que nos levarão a desenvolvermos futuramente um trabalho profissional que possa nos conduzir na realidade do dia a dia.
Optamos por esse tema devido a uma grande preocupação que temos como futuras psicopedagogas, sobre qual são as possibilidades de desenvolvimento de um trabalhar que desenvolva a linguagem, a leitura e a escrita da criança ainda no processo de aprendizagem. Pois como futuras psicopedagogas percebemos algumas dificuldades detectadas em alunos que já se encontram matriculados na 3ª e 4ª series do ensino fundamental e não sabem ler nem escrever o que torna ainda mais difícil a alfabetização desses alunos que já se encontram desmotivados e desinteressados pela escola.
A escola necessitará efetuar um trabalho para tornar os alunos mais confiantes pelos resultados de suas práticas, sabedoras de que a aprendizagem da criança na fase certa será benéfica para sua vida toda, podendo até obter um alcance social de grandes dimensões, conforme as ações que adotarem.
Vários estudos comprovam que o desenvolvimento infantil é um processo que depende das experiências anteriores das crianças, do ambiente em que vive e de suas relações com esse ambiente.
E o processo de desenvolvimento ocorre de forma diferente em cada criança e cada uma alcança determinados estágios em momentos infantis à diferença existe entre as crianças é possível estabelecer alguns princípios gerais que orientam a metodologia a ser adotada na execução das atividades da educação das crianças na fase de alfabetização.
No sentido de nos alertar para a diversidade, a constância e a complementaridade entre as atividades, necessárias á apropriação e elaboração das práticas sociais de escrita por nossos alunos, a construção de uma rotina torna-se relevante.
Podemos ler as atitudes de nossos alunos e entender que a leitura não é considerada por eles uma atividade tão encantadora como sugerem as propostas pedagógicas, pois muitos alunos mostram-se mais interessados em ir embora.
Pois o sucesso de um projeto pedagógico de alfabetização depende crucialmente do envolvimento dos profissionais comprometidos com a alfabetização. A esses profissionais é que cabe, afinal, perguntar e responder: quem são as crianças que termos à nossa frente e de forma devemos trabalhar com elas acreditando que toda criança pode aprender a ler e escrever com as condições que serão buscadas para garantir uma alfabetização de qualidade para todos.
O que importa é que todos os instrumentos propostos se coloquem a serviços da alfabetização. Para os profissionais que trabalham nos anos iniciais do Ensino Fundamental, tais instrumentos precisam contribuir para o fortalecimento de sua identidade, para sua valorização como alfabetizadora.
2 MATERIAS E MÉTODOS UTILIZADOS
Este trabalho será realizado totalmente de forma de revisão bibliográfica, para demonstar a importância da linguagem e escrita no processo de ensino aprendizagem, sendo uma pesquisa qualitativa documental e de campo, segundo Gil (2002, p.44), “[...] a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”, onde será realizado uma pesquisa para esclarecer e detalhar como a recreação pode ajudar no desenvolvimento físico, afetivo, motor, social, intelectual e principalmente nas interações interpessoais e na formação de um cidadão participativo dentro de sua comunidade escolar e familiar.
Neste estudo bibliográfico foi realizado a pesquisa em diversos meios, como livros, artigos de periódicos, google acadêmico e revistas, elaborando assim uma revisão bibliográfica e uma pesquisa subsequente de campo sobre “A relação entre a linguagem e a aprendizagem da leitura e escrita” e principalmente sobre a importância deste método como alicerce pedagógico no desenvolvimento integral da criança.
3 O DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO DE PESQUISA E DE CAMPO
Em uma perspectiva baseada no conhecimento histórico, o trabalho de pesquisa desenvolvido permite-nos visualizarmos, o quanto é alarmante a desatenção que sempre tem sofrido o ensino da linguagem, da leitura e da escrita, os surpreendentes baixos índices de rendimento escolar, foi o que em especial nos impulsionou a realizar o presente trabalho. É certo que o presente material não tem pretensões de sanar todas as deficiências que as escolas enfrentam, e nem sequer apresentar formulas definitivas. O que pretendemos como futuras psicopedagogas é buscar alguns subsídios teóricos e práticos para enfrentar com mais segurança o trabalho de ensinar e como ensinar. Pois para os professores parece bastante prudente o escasso êxito do ensino. O que não está claro é a causa desta carência.
A criança chega á escola com uma vasta soma de experiências, pois até o seu ingresso é escola a criança já aprendeu inúmeras coisas que deveriam servir como ponto de partida das atividades do professor apreender o que ela aprendeu a fazer, e fazendo-se com a família, com os amigos.
Devemos nos preparar para responder perguntas, reproduzir história relatar experiências. Pois a criança mesmo não reconhecendo os símbolos do alfabeto, já “lê” o seu meio, estabelecendo relações entre significante e significados, classificam e organizam junto a estas e outras aprendizagens, a criança já passou por vários processos emotivos, os quais contribuirão para levá-la a aceitar certos fatos como valores e rejeitar outros, formando seu primeiro conceito das coisas.
É na escola, que deve acontecer este maior processo de desenvolvimento da criança como ser participativo de uma sociedade moderna, que devera também continuar defendendo a livre expressão da criança com grande aventura do primeiro ano escolar que é “aprender a ler e escrever”.
É necessário, pois que as escolas e os docentes saibam seguir a sequência natural na qual o ser humano manifesta seu pleno domínio da língua: falar, ler, escrever. O que se constata, na maioria das vezes são crianças caladas, enchendo os cadernos de símbolos desconhecidos. A escrita é encarada de uma forma equivoca. Ela deve ser vista como uma técnica gráfica que representa a língua oral, dando lhe uma forma material.
Em todo o momento ouve-se falar da grande importância da criatividade da criança para o autoconhecimento e conseqüentemente da aprendizagem. Mas muito pouco se faz de criativo. A escola inclui a criança no mundo das convenções, das sistematizações, sem a menor observação das capacidades desta. Antes de fazer isto, é preciso que a criança seja incluída em seu mundo para posterior relação com um meio maior.
O processo de aprendizagem da linguagem, da leitura e da escrita é muito complexo por nele implicam não só capacidade intelectual, mas também fatores de ordem social, emocional, perceptual, física e psicológica. A tendência é de enfrentar somente as capacidades intelectuais, como: de interrogar, de procurar respostas, de repensar, de estabelecer relações, discriminar, reestruturar.
A linguagem natural da criança muitas vezes nos mostra como ensiná-las a ler. E se o professor tiver claro, isto, uma vez que o conhecimento da linguagem infantil nos fornecerá instrumentos eficazes para um trabalho mais sistemático na apresentação coerente dos elementos que o falante usa das combinações diversas em que os utilizam, os resultados serão brilhantes.
O fato de os normais de alfabetização desconhecer o papel da linguagem se torna um grande responsável do alto índice de reprovações. As maiorias dos professores desperdiçam preciosos tempos, obrigando todos os alunos da mesma turma a aprender a linguagem padrão. Neste sistema, o pensamento e expressão dialetal são totalmente esquecidos.
A criança aprende a linguagem do seu meio, por se caracterizar em experiências vividas. O professor que quer ensinar a criança a falar a linguagem convencional corrigido constantemente às manifestações. “A linguagem natural da criança nos mostra como podemos ensiná-la a ler e escrever corretamente. “Porque as escolas e os docentes submetem as crianças a seguirem um caminho tão desistido de qualquer atrativo para a sua aprendizagem?”
A gramática afasta-se daquilo que é fundamental, a linguagem enquanto expressão e comunicação. E comete um grande equivoco: não é mediante o ensino de regras que a criança aprendera melhor e mais, depressa uma linguagem tão complexa. Pelo contrario este ensino impositivo poderá afastar a criança ainda mais a fazendo perder a aventura da investigação e da tentativa. E ela não tenta mais e fica sempre esperando que lhe digam como fazer e o que e como falar. No momento em que isto ocorre, os resultados não podem ser mais desastrosos. Pois a criança que antes manejava sua língua, de forma espontânea, certamente se cala.
A criança é capaz de refletir sobre sua própria linguagem e analisá-la, pois sua linguagem é o próprio instrumento para essa reflexão.
Sendo assim, atividades de reflexões e analise sobre a língua materna, em seus diversos aspectos e em seus variados níveis, são uns recursos didáticos de muitos valores para o desenvolvimento da criança em fase de alfabetização.
Existem outras maneiras da criança perceber que há outras formas de falar. E isto é importante, pois a linguagem pode ser e é usada como meio de denominação, por outro lado, ninguém aprende a linguagem mediante as correções constantes, ou mediante o ensino de regras gramaticais.
A escola substitui a vida, por explicações, regra a pagina impressa de uma cartilha! Cartilha esta que se limita a um mero processo formal de ensino, uma vez que não se preocupa com as palavras que escolhe, não estabelece a relação entre o significante e o significado. A linguagem do meio é aprendida naturalmente. E, por isto, é durável. Esta linguagem jamais será esquecida, mesmo que a criança seja obrigada a assimilar e usar outra na escola.
A escola insere-se cada vez mais na sociedade, ampliando horizontes, levando conhecimento, criatividade e informação a lugares e pessoas cada vez mais distintas. Mas de um modo geral e em particular, a interação social depende da forma como as pessoas adquirem os novos conhecimentos, desenvolvem suas competências e assim mudam seus comportamentos. Esta ação se dá na escola como um todo, com a família, professores, alunos e a comunidade escolar. Essa atitude irá facilitar a relação social com todos os envolvidos em diferentes momentos históricos. Uma vez que esta organização se da em dois níveis: Na escola como um todo, envolvendo sua relação no contexto social e na sala de aula incluindo as ações do professor na relação com seus alunos participando juntos de seus interesses.
A linguagem e o pensamento são características inatas no ser humano e estão presentes desde muito cedo na criança; Sua aquisição inicia-se no momento em que a criança começa a usar sons diferenciados.
Estes sons vão progredindo na medida em que surgir a necessidade de se comunicar através da fala. Muitos pais se preocupam quando seu filho demora um pouco a formar sons ou silabas mais elaborada. Porém, muitas vezes, a criança ainda não está sentindo a necessidade de usar esta forma de comunicação, só de outras formas. Isto é entende e se faz entender através de gestos, movimentos, sons atitude. Estas formas não verbais devem ser respeitadas e motivadas, pois quando forem exploradas mais ricas serão as comunicações.
Segundo Vygotsky, no livro Metodologia da alfabetização na pg. 33, a idéia de aprendizagem inclui a interdependência dos indivíduos envolvidos no processo. O termo que ele utiliza em russo (obchnie) significa algo como ‘processo de ensino-aprendizagem, ’ incluindo sempre aquele que aprende aquele que ensina e a relação entre essas pessoas.
Para um bom alfabetizador desenvolver um trabalho educativo de qualidade é precisa antes de, mas nada refletir e estudar, pois tudo isso faz parte da sua missão de ser professo alfabetizador esse profissional não pode esquecer-se que, para poder propiciar situações de ensino-aprendizagem que desenvolvam as linguagens dos alunos, é preciso estuda novos conceitos.
Cabe ao adulto conversar bastante com a criança, sem pressioná-la a repetir sons, pois cada criança tem seu tempo. Ela só usara a linguagem oral, quando sentir necessidade, quando sentir que a forma que esta usando já não é mais significante, antes disso, de nada adianta.
A linguagem é desenvolvida através da vivência, é a base para o desenvolvimento da inteligência, cabe ao professor explorar esta capacidade inata da criança, de maneira natural, através da observação, da tentativa, de repetições, experimentações, associações, ideias, generalização e criação de regras próprias, aonde ela vão dominando gradativamente a linguagem verbal, como meio processo, ou seja, como comportamento de lidar com ideias.
Muitos equívocos se cometem em nome do desenvolvimento da linguagem material áudio visual sofisticado, projetor de slides, reto projetor, livros fartamente ilustrados são introduzidos sem uma observação do contexto maior que é meio em que a criança esta inserida.
E para aumentar o distanciamento da aprendizagem, são introduzidas “motivações”, historias carregada de uma ideologia estranha, moralista e repressiva.
“Segundo Marins (1990), do mesmo modo como a” leitura e escrita se completam e se relacionam, a linguagem verbal e a visual traíram diálogos intensos imemoráveis entre si a provoca outros tantos entre seus autores e leitores. “Essa interação adquire uma importância fundamental, pelas possibilidades cada vez maiores, de diferentes linguagens iluminarem-se mutuamente, ampliando os meios expressivos e as leituras”.
“Ao lermos uma pagina de um texto escrito somos levados a visualizar aspectos, detalhes que somam das palavras e configura nosso cinema mental, fruto da nossa imaginação, que nunca cessa de projetar imagens em nossa tela interior”.
Também na leitura ocorre o processo inverso, em que os olhos da imaginação vêm o que a palavra ainda não expressou (Martins 1990).
Essas considerações evidenciam a permanente interação do verbal e do visual, da importância de sua presença na vida, em sociedade e em particular, da necessidade da escola e do professor de trabalhar também essa a interação de linguagens.
O fato da escola ainda restringir a noção de leitura a um processo racional de atribuir significação a palavra escrita constituía a palavra á primeira dificuldade a enfrentar, quando a proposta for de ler uma expressão visual. Esta, pela sua natureza, pode parecer “ilegível”. Os professores de língua portuguesa, talvez mais do que qualquer outro são incubados da ideia de que os textos escritos são “para ler”, enquanto o cinema, quadros, fotografias e desenhos são para “ver”.
Na verdade a escola é a instituição social encarregada de possibilitara a todos os cidadãos o domínio da variedade padrão da escrita da língua materna, para as práticas de leituras e de produção de textos. No entanto, o aprendizado da escrita não se resume ao domínio do padrão culto, porque circulam na sociedade textos escritos também em, outras variedades linguísticas.
A linguagem, em toda a sua dimensão deve ser compreendida como produto de um trabalho coletivo e histórico da experiência entre os homens, uma vez que as decisões de escolhas de quem as produzem são regulamentados pelo outro e pela força dos grupos sociais e do momento histórico. É uma forma de ação individual orientada por uma finalidade especifica.
Sendo este um processo de interlocução que se realiza nas praticas sociais existentes nos grupos de uma sociedade, nos distintos momentos de sua história.
A linguagem verbal é uma atividade complexa que possibilita ao aluno representar a realidade física e social, desde o momento em que é aprendida, este conserva um vinculo muito estreito com o pensamento.
Um sujeito intelectualmente ativo não é um sujeito que “faz muitas coisas”, nem um sujeito que tem uma atividade observável. Um sujeito ativo é um sujeito que compara, exclui, ordena, categoriza, reformula comprova, formula hipóteses, reorganiza uma ação interrogativa. Um sujeito que está realizando algo materialmente, segundo (Ferreiro; Teberosky, 1985, p.29).
Através da linguagem verbal é possível, portanto, a representação e direcionamento do pensamento e da ação.
Os alunos, quando ingressam na escola, já possuem capacidade de uso da oralidade, que varia segundo suas experiências. São falantes da língua materna. Cabe a escola e ao professor acolher e respeitar as diferentes formas de expressão que os alunos levam de sua família para a escola. O trabalho da escola parte dessas formas de expressão trazidas pelos alunos e o professor, vai mostrando outras formas de expressão existentes, variantes e estruturadas, e vai orientando o aluno a selecioná-la e adequá-las, segundo a circunstância, de forma a dar qualidade ao uso.
A alfabetização está intimamente ligada ao ensino da linguagem. O professor que alfabetiza é um professor que ensina uma linguagem portuguesa. “Dominar uma língua como instrumento de comunicação não é apenas uma questão de poder construir e entender orações gramaticais”. “Trata-se também, em primeiro lugar, saber como usar essas orações em determinados contextos linguísticos e não linguísticos”. “(ROULET. 1978 p. 81)”.
Não se deve exigir dos alunos o domínio de conceitos gramaticais e de regras ortográficas. Pois ensino fundamental 1ª a 4ª serie, deve-se privilegiar o uso da linguagem. Aonde os resultados do trabalho com atividade de analise linguística deverão refletir-se numa leitura mais fluente e no progresso demonstrado pelo aluno na produção oral e escrito.
A fala e escuta ativa constitui-se um precipício pedagógico. Dizer que se deve partir de onde o aluno esteja, ou aceitar o aluno como ele é isto deve significar, para a escola e para o professor, o compromisso e a responsabilidade em oferecer ao aluno instrumentos para enfrentar situações onde ele não será aceito se reproduzir ás formas de expressão próprias da sua comunidade.
Se de um lado, as exigências da vida requerem do aluno aprender a expressar-se oralmente, de outro impedem esse mesmo aluno exercido da escuta ativa de textos produzidos oralmente, em particular vinculados através dos meios de comunicação de massa.
Enquanto a linguagem oral é precedida de um motivo, de uma pergunta, de uma provocação ou de um comentário do interlocutor, a linguagem escrita requer que se crie o interlocutor, imagine-o ou represente-o.
É através do uso que a língua oral e escrita se interioriza e gradativamente, estabelecendo com a criança desde muito pequena, aprende a reconhecer com facilidade nome das pessoas, animais, objetos de seu ambiente familiar, isto é reconhecer os substantivos.
Quando a criança começa a produzir suas primeiras tentativas de linguagem oral, os pais a incentivam, aprovando suas iniciativas em vez de repreenderem por não falarem corretamente.
Uma das criticas que os tradicionalistas fazem as novas perspectivas do ensino da linguagem oral é a negação da gramática. Segundo eles, as novas tendências menosprezam as posturas gramaticais, e os professores aceitam qualquer construção lingüista como correta.
A linguagem deve ser utilizada e trabalhada na escola da forma como existe na sociedade. É preciso criar situações em que falar ler e escrever seja uma finalidade especifica, e não um exercício mecânico e sem sentido.
Se procurarmos desenvolver sistematicamente atividades significativas provavelmente observará progressos nos nossos alunos. Deveremos lembrar de que o domínio da leitura e da escrita convencional não são os únicos indicadores de progresso. Ás vezes pode parecer que o aluno nada aprendeu, mas isto não é verdade, porém precisaremos dar uma atenção especial a eles.
Só é possível viver em sociedade se houver respeito, tolerância e troca, o que acontece através da linguagem. E devemos garantir na escola espaço para isso, sendo fundamental à constituição dos alunos enquanto sujeitos e ao fortalecimento do grupo classe.
A aprendizagem da leitura também é um processo que implica desde a diferenciação entre a escrita e outras formas de registro, como desenho, por exemplo, a leitura convencional: todas as tentativas que o sujeito faz para atribuir sentido ao um texto são leituras. Nesse sentido, mesmo os alunos não alfabetizados são capazes de ler apoiados em ilustrações e outras marcas de texto, bem como em sua memória. Diante de um texto desconhecido, por exemplo, o aluno é capaz de compor uma narrativa apoiando-se nas ilustrações e outros sinais. Nestas leituras podem ser utilizado o discurso próprio da escrita ou um discurso, marcado pela oralidade. ”No primeiro caso, ao ler ele usa expressões como ‘era uma vez’ ‘certo dia’ quando”, “porque”, “finalmente”, “em seguida” e outras.
Isso só ocorre quando o aluno está familiarizado com esse tipo de discurso pela escuta freqüente de leituras feitas por um leitor experiente (professor, familiares, amigos e outras).
No segundo caso a leitura traz marcas que são típicas da oralidade repetições desnecessárias e expressões tais como “é”, “ai”, “daí”, etc; isto ocorre quando o aluno não tem familiaridade com discurso escrito.
Alem disso, muitos conhecimentos de leitura que não se registram ao domínio do código alfabético como, por exemplo, ser capaz de distinguir diferentes tipos de texto (narrativos, informativos, de convencimento, poéticos, instrucionais, etc). O aluno pode adquirir esse conhecimento mesmo antes de estar alfabetizado: ouvindo leituras e sendo estimulado a observar a “silhueta” dos textos, suas características gráficas. Alias esses conhecimentos ajudarão a dominar o código alfabético, levam a pensar sobre escrita. Tais conhecimentos, aliados ao domínio do código alfabético, levam a leitura convencional. No entanto, ler convencionalmente não significa simplesmente decodificar mais sim atribuir sentido ao texto: “o leitor experimente não decodifica ele percebe as palavras globalmente e adivinham muitas outras guiadas por seu conhecimento prévio e por usar hipótese de leitura.
Antes e durante a leitura, o leitor faz antecipações (antecipa o que virá explicito) comentários prévios feitos por quem leu o texto, o titulo, o conhecimento das idéias e estilo do autor as experiências de vida e as experiências de leitura influem na antecipação e interferências.
As discussões e outras atividades feitas após as leituras do texto ajudam neste sentido a ler com eficiência sobre tudo é atingir determinados objetivos.
3.1 Avaliação do processo junto ao aluno
Avaliar quanto é aprendizagem da criança não se restringe a verificar o domínio que eles têm do sistema alfabético. Não se trata por tanto de simplesmente concluir se ela está alfabetizada ou não, se lê e escreve convencionalmente ou não.
Há muitos conhecimentos, casualmente importantes que devem ser ensinados e avaliados pela escola como: saber para que sirva a linguagem à leitura e a escrita.
Outro aspecto importante é verificar se o aluno atribuir sentido a sua escrita ainda que não convencional. Esse sentido pode ser atribuído pelo aluno durante a produção de textos, (ou seja, a uma intenção), ou pode ser dado depois da produção de texto a partir da pergunta do leitor (professor ou outro): “o que você escreveu aqui”. Da mesma forma é a leitura, estes textos produzidos não convencionais podem aproximar-se ou distanciar-se do discurso próprio da escrita.
A escrita não é uma transição da fala. No entanto no processo apropriação do sistema alfabético é fundamental perceber a diferencia entra a fala e escrita, isto é, entre som e grafia.
A escrita deve surgir do interesse e curiosidade natural da criança. E esta se manifesta pelo desejo que a criança tem de descobrir, reconhecer e a utilizar os sinais gráficos com que constantemente se depara. Inicialmente surgirá a necessidade de decifrar o meio de se apropriar dos símbolos (palavras – sinais – frases...) e, posteriormente já não bastando isso, quer utilizar-se deles reproduzindo-os.
A escrita é um movimento fluente continuo e só o traço livre da criança executado dentro de sua etapa evolutiva pode prepará-las para estes movimentos.
O professor muitas vezes passa horas fazendo desenhos para passar no mimeografo. Entusiasmado leva para seus alunos colorir. E o resultado é simplesmente frustrante.
Muitos pais e professores apressam-se em ensinar a escrita sem se preocupar se realmente aquilo que a criança escreveu foi dominado e compreendido por ele. Educadores querem ver um caderno bonito com bastantes coisas escritas. “E”, “quando a criança não consegue fazer” “aquela” almejada letra bonita (o que é muito natural que aconteça quando a criança não está madura suficiente para esta atividade), apressa-se em apresentar o famoso caderno de caligrafia, onde as saturam obrigando-as a preencherem linhas com palavras de significados isolados da realidade da criança. Essas atividades são encaradas pela criança como castigos, pois elas as define como uma execução de tarefas.
Não que sejamos contra o caderno de linhas duplas, o que se questiona é a finalidade de seu uso. É até aconselhável que a criança tenha a oportunidade de explorar a escrita em diferentes espaços. “O professor pode adorar esse caderno, como o caderno de historias”, ou “caderno de vocábulos e estudos”, onde todas as crianças usem esse tipo de material.
Também devemos trabalhar a oralidades, a leitura e escrita de forma articulada. Fixando cartazes nas paredes da sala de aula para que as crianças acompanhem o que for sendo vivenciado. Ler palavras para que elas repitam e depois escrevam, seja coletivamente ou individualmente. Confeccionando para os alunos fichas com seus respectivos nomes, em letras cursivas e em letras bastão, para proporcionar o contato deles com as letras de seus nomes e da de seus colegas. Com essas fichas deverão ser realizadas atividades como: identificar a ficha que contem o nome do colega, contar o numero de letras destacando a letra inicial e a final.
As crianças em processo de aquisição da língua materna produzem a língua diferente do padrão sonoro real seja na realização das consoantes, das vogais ou da estruturação silábica. Essas realizações são chamadas de processo “fonológico é uma operação mental que se aplica à fala para substituir, em lugar de uma classe de nos que apresentam uma dificuldade especifica comum para a capacidade de fala do individuo, uma classe alternativa idêntica em todos os outros sentidos, porem desprovida da propriedade difícil.” (YAVAS; HERNANDORENA; LAMPRECHT, 1991, p.90).
A oralidade é trabalhada, em especial, através da construção de historias, leituras dramatizadas, leituras compartilhadas, teatrinhos de fantoches, onde, em seguida as crianças são convidadas a recortarem e a escreveram as historias de seus feitos outras atividades consiste em pedir para as crianças elaborarem uma lista de personagens com os quais escrevem as historias de seus jeitos. Outras atividades consistem em pedir para as crianças elaborarem uma lista de personagens com os quais se identificam na historia.
Devemos também oferecer folhas de diferentes tamanhos e formas onde a criança possa escrever, descobrindo e explorando espaços, e só quando o professor perceber que seus alunos já adquiriram certa segurança, firmeza e noção de esquerdo e direito, inicio, meio e fim; em cima, embaixo e passaremos para outras atividades.
É necessário fornecer um grande número de atividades de escrita, mas que estas não sejam puramente mecânicas e isoladas no processo. Pensando nas aprendizagens, e necessário que o professor considere em termos de organização de seu trabalho a interação entre crianças, os conhecimentos anteriores, de qualquer natureza, a individualidade, a heterogeneidade, o nível de desafios apresentados pelas atividades e as conquistas possíveis.
Os dados obtidos durante a realização da nossa pesquisa nos levaram a concluirmos que no processo do desenvolvimento da linguagem e da leitura e escrita cabe ao professor das series iniciais do ensino fundamental trabalhar com seus alunos desenvolvendo suas capacidades de praticarem atividades diárias que o auxiliem no desenvolvimento da leitura oral e escrita.
Os professores precisam se conscientizar de que seu papel é educar seus alunos e auxiliá-los naquilo que for necessário para sua aprendizagem.
“A competência profissional do professor está pautada no seu domínio adequado da ciência, da técnica e da arte de ser professor, que não se desvincula de sua pessoa, de seus saberes e de seu trabalho”. A partir dessa concepção, portanto, a formação para professores deve voltar-se também para o desenvolvimento de uma ação educativa que propicie aos alunos uma compreensão, uma inserção crítica e reflexiva da sociedade em que vivem. Couto 2010 (pg.91).
É necessário que o professor crie motivos e despertem interesses para a realização da linguagem escrita, afim de que o aluno encontre razões para escrever da mesma forma que as encontram para falar, quando em grupos de amigos, de fazer, de trabalho.
O desenvolvimento real é determinado por aquilo que a criança consegue fazer sozinha. O mediador é quem ajuda a criança a concretizar um desenvolvimento que ela ainda não atinge sozinha na escola, o professor e os colegas mais experiente são os mediadores. O desenvolvimento potencial é determinado por aquilo que a criança não domina, mas é capaz de realizar com auxilio de alguém mais experiente.
O fundamento básico das hipóteses levantadas nesse trabalho é que os processos psicológicos superiores humanos são medidos pela linguagem e estruturados não em localizações anatômicas fixas no cérebro, mas em sistemas funcionais, dinâmicos e historicamente mutáveis.
A concepção de ensino aprendizagem segundo Vigotski inclui dois aspectos particularmente relevantes para a presente discussão. Por um lado á idéia de um processo que envolve, ao mesmo tempo, quem ensina e quem aprende não se refere necessariamente à situação em que haja um educador fisicamente presente.
A presença do outro social pode se manifestar por meio dos objetos, da organização do ambiente, dos significados que impregnam os elementos do mundo cultural que rodeia o individuo, dessa forma, a ideia de “alguém que ensina” pode estar concretizada em objetos, eventos, situações, modos de organização do real e na própria linguagem, elemento fundamental nesse processo.
Por outro lado, quando a aprendizagem é um resultado desejável de um processo deliberativo, explicita intencional. Pois a intervenção pedagógica é um mecanismo privilegiado. E a escola é o lugar, por excelência, onde o processo intencional de ensino aprendizagem ocorre: ela é a instituição criada pela sociedade letrada para transmitir determinados conhecimentos e formas de ação do mundo, sua finalidade envolve, por definição, processos de intervenção que conduzem á aprendizagem.
Percebe-se que a escola de uma maneira geral, tem conseguido ao longo dos anos fazer com que os alunos se interessem afetivamente pelas atividades propostas para que com elas se desertem e se desenvolvam prazerosamente. Para eles lerem e principalmente escrever. Pois essas costumavam serem atividades apenas escolares, e as maiorias dos alunos gostariam de se ver livres dessas atividades.
A leitura e a escrita devem caminhar juntas no processo de ensino aprendizagem, mas, no entanto, há um despreparo das instituições escolares para acompanhar o processo de aquisição do conhecimento sobre a leitura e a escrita por parte das crianças.
3.1. IMPORTÂNCIA DO USO DA ESCRITA
É importante que a criança saiba qual é o objetivo da escrita – “porque escrevemos?”. A escrita é um sistema convencional utilizado pelo homem com a finalidade de se comunicar e registrar suas historias, suas idéias, e pensamentos. È assim que deve ser encarada a escrita, só tem valor educativo quando a criança já souber o que, que está escrevendo; quando tiver condições de, antecipadamente, disser o que irá escrever. A escrita implica em prever.
Considerando que a criança só aprende a partir do todo (Percepção global), sugerimos a escrita cursiva. A criança perceba a palavra num todo. Ela não precisa levantar o lápis varias vezes numa só palavra, o que garante certa harmonia entre as letras.
No caso do script ou manuscrita, a criança levanta o lápis no termino de cada letra e se torna difícil, para ela, a leitura simultânea da palavra. Outra dificuldade que enfrenta é a de manter a mesma distancia de uma letra para outra e, de manter a mesma de uma letra para outra e, por sua vez, de uma palavra para outra, dificultando a leitura posterior.
Não importa como se escreve, mas o que se escreve. A escrita não deve acontecer imediatamente no caderno. A escrita deve se treinar explorar a escrita inicialmente em outros materiais, em outros planos e superfícies, para que ela sinta realmente o traçado da mesma.
Os educadores precisam levar em conta o pensamento e a linguagem de seus alunos bem como seus conhecimentos prévios e interesse naquele assunto, organizando situações de aprendizagem, nas quais novas experiências possam ser vivenciadas, acomodadas ás já existente. Essas experiências promoverão o crescimento necessário para que aconteça a aprendizagem. Ele deve proporcionar situações de conflito, que causam desequilíbrio nas estruturas cognitivas do aluno que precisa buscar suas reequilibrações
No processo de construção de conhecimentos, as crianças utilizam-se das mais variadas linguagens, a partir de interações que estabelecem com outras pessoas e com o seu meio. Cada faixa etária permite construções diferenciadas de aprendizagens significativas com conexões relevantes em relação aos conteúdos do cotidiano. As atividades de construção do conhecimento são mediadas pela cultura, tendo por base os conhecimentos adquiridos pelos alunos anteriormente e os conteúdos escolares organizados e planejados pelo professor, que deve ser estimulador de participação e expressão de todos os motivadores de novas aprendizagens.
A ação pedagógica precisa reconhecer que cada criança possui processos próprios e respeitá-los, trabalhando as dificuldades para que vençam as etapas em seu desenvolvimento. O professor facilitador ajuda e confronta seus alunos no processo de recuperação de conflitos.
Nesse sentido, deve ter bem claro que, para estruturar suas intervenções, é essencial distinguir o nível de desenvolvimento real em que a criança se encontrar para que ele possa agir e promover a intervenção necessária e adequada entre as crianças.
É de fundamental importância que no processo de aprendizagem da escrita, sejam renovados e as metodologias para priorizar construção de conhecimentos e a descoberta de potencialidades, competências e habilidades, principalmente em trabalhos coletivos, estimulando a participação, a autonômica e a segurança em suas capacidades. A relevância do uso da linguagem é determinada historicamente pelas necessidades de cada momento, dependendo também das exigências e demandas da sociedade contemporânea.
Para estabelecer uma boa relação entre os alunos na sala de aula devemos promover atividades que contribuem para que haja uma boa adaptação das crianças no ambiente escolar. Procurando sempre planejar as aulas, trazendo, por exemplo, brincadeiras que gerem interação e convívio em grupo.
Devemos acreditam na contribuição da leitura para a alfabetização e o letramento, pois, quando se incentiva a criança a ler, na conotação, por exemplo, ela já quer recontar a historia, quer escrever mesmo sendo pré-silaba. A partir daí vai tendo vontade e o prazer de aprender, de escrever, de falar aos colegas. Porem tudo isso não deve ser cultivado só na escola, mas também pela família e todos os segmentos político-governamentais. Deve-se ter em mente que são de fundamental importância para o desenvolvimento de um país que “chama” por uma educação de qualidade.
Devemos então quebrar os grilhões que nos aprisionam a uma pratica mecanicista de ensino, onde os alunos ainda são vistos na maioria das vezes como meros armazenadores de “determinados” conhecimentos. Devemos sair do discurso e buscar uma práxis para formarmos não apenas leitores de textos, mas leitores de mundo e agentes transformadores da realidade.
A concepção de como se produz o inicio dos produtos do ato da leitura e da escrita está em contraste claro e evidente com as praticas metodológicas que se derivam da concepção da leitura que se inicia com o processo de percepção generalizado, visualmente orientado de reconhecimento de palavras no seu todo e dos seus significados. Mas que em conjunção com a aprendizagem da diferenciação especifica de suas partes. Outro aspecto observado no contexto escolar é a pouca atenção que se dá para o desenvolvimento da leitura e da escrita. O desenvolvimento escolar é avaliado principalmente em termos de desempenho da criança na produção da escrita. Á pratica de privilegiar as atividades da escrita parece fazer supor que a produção segue-se automaticamente a ler e, consequentemente, a escrever, entretanto esta realização dever ser feita de forma contextualizada, dinâmica e democrática, fazendo com que as crianças das series iniciais do ensino fundamental sairão do ostracismo do mundo não alfabetizado.
Percebemos que o objetivo maior da escola é permitir que o aluno leia, escreva, fale e compreenda os mais variados tipos de textos escritos. Para alcançar esse objetivo, o professor, principalmente, nas series iniciais deve criar situações reais de comunicação em que o aluno possa fazer o uso do que aprende e ao entrar em contato diversos livros, revista gibis, música poesias, jornais, filmes, trocar correspondências, dramatizações, entre outros meios. Enfim, é necessário garantir o Máximo de interação com as mais variadas formas de expressões orais e escritas.
A escola tem avaliado o observável do individuo, com isso às vezes, o professor para tentar ajudar aos seus alunos, propõe-lhes tarefas fáceis menos desafiantes, usando textos simplificados absolutamente artificiais e pouco significativos, por serem descontextualizados. Essa estratégia pode aparentemente, resultar em um melhor desempenho na parte mecânica da leitura, mas, ao mesmo tempo, também pode bloquear o desenvolvimento e a aprendizagem por não oferecer desafios motivados e ir contra o objeto da verdadeira alfabetização, que é a pressão do mundo criado pela linguagem escrita.
Para aprender a ler e a escrever é preciso pensar sobre a escrita, pensar sobre o que a escrita representa e como ela represente graficamente a linguagem.
Algumas situações didáticas favorecem a analise e a reflexão sobre o sistema alfabético de escrita e a correspondência entre segmentos falados e escritos. São atividades que exigem uma atenção á analise tanto quantitativa quanto qualitativa. São situações privilegiadas de atividades epilinguistica, em que, basicamente, o aluno precisa: ler, embora ainda não saiba ler, e escrever, apesar de ainda não escrever.
Em ambas é necessário que ele ponha em jogo tudo o que sabe sobre a escrita para poder realizá-la.
Nas atividades de “leitura” o aluno precisa analisar todos os indicadores disponíveis para descobrir o significado do escrito e poder realizar a “leitura”, portanto as leituras de textos bem trabalhados e explorados troquem suas idéias e acima de tudo, conquistem sua cidadania. A escola deve tratar a leitura e escrita como instrumentos de desenvolvimento dos processos intelectuais, habilidades e crescimento afetivo.
Dessa forma, ao desencadear o processo de significação o aluno adquire o conhecimento, que é fundamental para explorar todas as possibilidades de aprender, portanto é papel da escola o lugar de mostrar aos alunos, a importância das atividades de leitura e escrita, observando a organização dos textos para proporcionar maior preocupação com coesão. Mais ampla e coerência textual, com isso o aluno terá grandes avanços na escrita.
3.2. IMPORTÂNCIA DA LEITURA
A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto a partir do que está buscando nele, do conhecimento que já possui a respeito do assunto, do autor e do que sabe sobre a língua e características do gênero, do portador, do sistema de escrita. Ninguém pode extrair informações do texto escrito decodificado letra por letra, palavra por palavra.
A leitura enquanto forma de conhecimento é aquela que assume um papel informativo e que abre as portas do saber, propicia o acesso ao conhecimento, traz informações para a vida prática, num processo sem fim.
Como a realidade das escolas atuais, principalmente da rede publica, é bastante diversificada, e é sabido que muitas não têm equipamentos suficientes ou que ofereçam condições adequadas de utilização aos alunos. É preciso que em contrapartida ofereça então á criança um acervo literário representativo, principalmente atualizado possibilitando-lhes domínio de critérios para que possam, com livros diversificados e criativos, estimular a aprendizagem e levar as crianças a escrever melhor com muito mais informações. O livro pode ser visto, vivido, ouvido, sentido, falado, contado. As crianças desde cedo devem entrar em contato com a leitura, pois ela envolve reprodução e produção de significados. Mas nem sempre a leitura foi vista dessa forma.
Portanto é fundamental que a escola rompa com o tradicional e ofereça á criança atividades de leitura que possibilitem a ela traçar seu próprio caminho para tornar-se um leitor critico, criativo e feliz, que sabe se arriscar nesta aventura que é ler.
E os textos selecionados pelo professor devem estar de acordo com a realidade dos alunos, pois serão de fácil compreensão levar em conta também o nível intelectual, os interesses e os gostos. Quanto aos tipos de leitura, variam de acordo com as estratégias e objetivos utilizados pelo leitor, averiguativa, informativa, conhecimento, entretenimento, etc.
Devemos compreender que, quanto mais à criança associar a leitura e a escrita com atividades que lhe deem prazer, maior será o seu desejo de aproximar-se delas, maior facilidade ela terá de aprendizado, pois aprendemos a ler e escrever lendo e escrevendo.
Normalmente quando pensamos em leitura primeiramente vem a nossa mente a leitura de um livro. No entanto, podemos perceber que a leitura vai muito além da escrita, pois nos encontramos lendo a todos os momentos, como: teatro, pintura, objetos, dança, a leitura do espaço e ate mesmo a leitura da mão.
O primeiro lugar para aprender a ler é através das pessoas que nos cercam, embora seja um ato solitário e que necessite apenas do intermédio do professor, sem necessitar de formulas, receitas ou etapas de aprendizagem.
Portanto é possível tratar das formas de ler, separando-as das formas de escrever. Na escola, no entanto, leitura e escrita, especialmente nas series iniciais, se configuram como gestos indissociáveis. Entre os pequenos alunos, essas atividades revelam-se como as duas faces de um fenômeno muito especial.
Conforme progride a escolaridade, a leitura e a escrita vão sendo exploradas, desenvolvidas de forma mais individualizadas ou então inter relacionadas por força de constantes operações de mão dupla que vão do ler para escrevê-lo, do escrever para lê-lo e assim por diante.
Se a leitura hoje esta em todos os lugares: nas casas, nas praças, nos trens, nos ônibus, nos outdoors de rua, o lócus próprio da leitura, da aprendizagem formal da leitura, é na escola. Como também o da escrita.
A escola e os professores, desde as series iniciais devem apoiar-se em sólidas bases teóricas e desenvolver eficientes atividades com leitura e com escrita em vários níveis de complexidade.
Um trabalho satisfatório nessa área só poderá acontecer se os professores gostarem, de escrever e se, acima de tudo, forem bons leitores. Um professore que não lê que não produz seus textos, dificilmente conseguira trabalhar a leitura e a escrita com sucesso. Além de gostar de ler e de escrever, o professor deve ler para os e com os alunos; deve organizar visitas á biblioteca, fazer com que leiam individualmente ou para os colegas ouvirem. O professor devera ainda ouvir as leituras que os alunos fazem dos textos que produzem ou de outros, de natureza diversa.
Para que isso aconteça, é preciso que a escola tenha condições mínimas de trabalho; que tenha uma biblioteca ou um canto de leitura com acervo razoável.
Em segundo lugar, é imprescindível que os professores se atualizem para poderem explorar, por exemplo, um texto literário entre crianças menores ou entre adolescentes e jovens, lançando mão de conhecimentos pertinentes e significativos. É imprescindível ainda que esses professores trabalhem também com outros textos, de natureza diversa, já que na escola e na vida a leitura acontece sob formas plurais.
Mesmo entre os menores, já será possível iniciar uma operação metalinguística simples. Eles poderão começar a refletir sobre porque das modificações feitas no texto para que ele possa ser considerado como escrito, já que a primeira versão realizada não passa de mero registro escrito da oralidade. Os alunos irão perceber que, ao se escrever, não se pode proceder da mesma forma que ao falar.
As crianças devem ler e escrever na escola não para codificar ou decodificar sons e letras e vice-versa, mas porque se lê e se escreve fora da escola e para tornar-se letrado, no sentido que vem sendo usado, ou seja, para participar das praticas sociais orais e escritas da sociedade em que vivem.
Não escrevemos para treinar habilidades de escrita, mas para registrar, comunicar, informar, entre outras funções. Não lemos para decodificar sons em letras, mas para sentir prazer, para nos informar, conhecer outros mundos e outras explicações da realidade.
É escrevendo e lendo com sentido que as crianças constroem habilidades de leitura e escrita e se constituem também como sujeitos letrados. É agindo sobre a escrita, a partir dos conhecimentos que já tem e de novas informações e reflexões, que ampliam seus conhecimentos.
Percebemos também que ainda se faz e, muito pouco, são algumas atividades que envolvem manipulação e movimento, durante o período preparatório. O que se constata é que a maioria destas atividades é ensinada como fins em si mesmo, em vez de procurar usá-las como meios de expressão.
O material fornecido em jogos pré-planejados, pré-recortados, pré-enumerados, para serem montados e pintados de acordo com a enumeração adequada, converte a criança num mero executor de ordens, e o que é mais lamentável, limitam a percepção do todo da criança. A percepção da criança não é a mesma dos adultos que se acham no direito de pensar pela criança.
Após esta breve analise de algo tão complexo como a leitura e a escrita, chegamos á conclusão de que não há formula pronta para formar leitores e escritores, mas existe influencia dessa formação, cada educadora possui sua própria metodologia, de acordo com a realidade de sua clientela. O trabalho com a leitura deve ser organizado para se instanciar das mais variadas maneiras. É preciso levar o aluno a usar efetivamente a leitura, a refletir continuamente sobre esse uso e avaliar seu próprio desempenho através da escrita.
Cabe a nos, professores tornar possível o acesso a uma gama enorme de textos variados de acordo com a faixa etária dos alunos, tais como: revistas, jornais, livros didáticos literários, gibis, receitas culinárias, textos informativos e humorísticos, poesias, musicas, etc.
É imprescindível que a leitura não seja condicionada somente no ambiente escolar. Deve-se ler para se informar e manter-se informado, estudos e até mesmo para saber agir em certas situações, a leitura também é uma forma de entretenimento.
É importante observar que nem todos os problemas que as crianças apresentam em sua escrita podem ser explicados pelos seus hábitos de pronúncias. Muitos são simplesmente consequências do caráter arbitrário das convenções da língua. Em primeiro lugar, é muito importante esclarecer que uma atividade de leitura não implica, necessariamente, que o aluno já saiba decodificar os fonemas. Sendo fundamental também entender que um aluno que não saiba ainda decodificar pode ser um bom leitor.
Também é fundamental que os alunos vivenciem diversas situações de leitura. Nesse sentido, a leitura deve fazer parte do projeto pedagógico da escola, envolvendo toda a comunidade escolar. Assim para garantir a aprendizagem de ler e escrever corretamente utilizando a leitura e a escrita como meios para a apropriação e elaboração de outros conhecimentos, sendo é imprescindível que asseguramos o acesso a educação a todas as nossas crianças e jovens.
A educação necessita de sentido, e os educadores precisam acreditar em si, nos valores que defendem, ou seja, ter convicção de suas ideias. Assim, tornando primordiais a formação e a transformação do professor, que deve estar aberto ás mudanças aos novos paradigmas, os quais o obrigarão a aceitar as diversidades, as exigências impostas por uma sociedade que se comunica através de um universo cultural cada vez mais amplo e alfabetizado.
O papel do professor passa a ser o de semeador de desejos, levando os alunos à construção de sua personalidade e exercendo efetivamente seu processo de ensino aprendizagem. Portanto, pensar em transformação na escola é considerar um universo relacional entre professor e aluno dentro desse limite real e institucional, um espaço de lutas e contradições. Pois, a educação é vista em uma construção de significado, tecida fio a fio pelos professores e alunos na grande rede do conhecimento.
Na atualidade a aprendizagem permanente deve está voltada a realidade tanto do aluno como do professor, pois ambos devem caminhar numa linha horizontal, na qual os levará a um fio condutor do conhecimento e do desenvolvimento humano,
As crianças em idade escolar estão conhecendo o mundo, sentindo, identificando-se e envolvendo-se cada vez mais com o meio em que vivem. Percebi que o professor deve despertar a curiosidade destas crianças em relação às novas descobertas, possibilitando a construção do conhecimento a partir da realidade em que esses alunos estão inseridos.
Por meio desse novo processo os alunos entrarão em contatos com novos e diferentes conteúdos e encontrarão estímulos para criar novas relações entre temas já conhecidos.
Percebemos também que existe uma grande transformação da sociedade em que o aluno está inserido, e este mais do que ninguém está interessado nesta transformação social. Refletindo sobre seus atos como ser participativo ativo com seus livres e espontâneos e ingênuos atos do aprender aprendendo de forma lúdica e sabedora de um verdadeiro amor de compartilhamento da sua aprendizagem para com seu semelhante.
3.2 Metodologia da alfabetização
A alfabetização está intimamente ligada ao ensino da linguagem e o professor que alfabetiza é um professor que ensina uma linguagem portuguesa. Não se deve exigir dos alunos o domínio de conceitos gramaticais e de regras ortográficas. No ensino fundamental 1ª a 4ª série, deve-se privilegiar o uso da linguagem. Os resultados do trabalho com atividade de analise linguística deverão refletir-se numa leitura mais fluente e no progresso demonstrado pelo aluno na produção oral e escrito.
Notamos que é necessário desenvolvermos a alfabetização das crianças logo nos primeiros anos do Ensino Fundamental. Portanto, o professor desse nível de ensino deve levar em considerações o que o aluno já tem como experiências vividas. É muito importante que o professor observe o conhecimento do aluno, incentivando-o a ser colaborativo e participativo no seu próprio processo de ensino aprendizagem. Sendo também esse professor um pesquisador do conhecimento de maneira a transmitir para seus alunos de forma que desenvolvam a aprendizagem.
“Segundo Vygotsky, no livro Metodologia da alfabetização na pg. 33, a ideia de aprendizagem inclui a interdependência dos indivíduos envolvidos no processo. O termo que ele utiliza em russo (OBCHNIE) significa algo como ‘processo de ensino-aprendizagem, ’ incluindo sempre aquele que aprende aquele que ensina e a relação entre essas pessoas.”
Neste ponto de vista o professor deixa de ser o “dono do saber” para ser um parceiro na busca de conhecimento. Pois toda a ação educativa deve se orienta no sentido de estabelecer uma relação de apoio e confiança entre ambos, em busca do desenvolvimento total do aluno e do professor transformador de conhecimento.
Para um bom alfabetizador desenvolver um trabalho educativo de qualidade é precisa antes que, reflita e estudar, pois tudo isso faz parte da sua missão de ser professo alfabetizador esse profissional não pode esquecer-se que, para poder propiciar situações de ensino-aprendizagem que desenvolvam as linguagens dos alunos, é preciso estuda novos conceitos.
Sendo o professor um semeador de desejos, levando os alunos à construção de sua personalidade e exercendo efetivamente seu processo de ensino aprendizagem. Portanto, pensar em transformação na escola é considerar um universo relacional entre professor e aluno dentro desse limite real e institucional, um espaço de lutas e contradições. Pois, a educação é vista em uma construção de significado, tecida fio a fio pelos professores e alunos na grande rede do conhecimento.
Neste enfoco da aprendizagem os profissionais da educação devem ter uma ação pedagógica inovadora, reflexiva, onde possamos dar espaço para nossos alunos realmente produzirem seus conhecimentos para a formação de um sujeito critico reflexivo e inovador e que tenha um bom relacionamento como pessoa. Pois quando o aluno realmente produz o seu conhecimento com autenticidade, criticidade, criatividade, dinamismo, ele questiona, investiga, interpreta a informação, não apenas a aceita como uma imposição.
Para que este aluno realmente tenha como meta segura a internalizarão de seus conhecimentos. Na atualidade a aprendizagem permanente deve está voltada à realidade tanto do aluno como do professor, pois ambos devem caminhar numa linha horizontal, na qual os levará a um fio condutor do conhecimento e do desenvolvimento humano. O professor deve acompanhar o processo ensino-aprendizagem de forma dinâmica e interativa, onde os alunos no processo de aprendizagem serão conduzidos a assumir a dinâmica de seu processo do qual ele próprio é agente transformador.
Para Emilia Ferreiro as crianças passam por diferentes níveis conceituais no decorrer de sua construção da escrita. Essa concepção fez com que os conceitos da escrita e de erro fossem alterados, no nível pré-silábico não se buscam correspondência com o som, às hipóteses das crianças são estabelecidas em torno do tipo e da quantidade de grafismo.
Sendo no nível silábico onde a criança compreende que as diferenças na representação da escrita com o “som” das palavras, utilizam os símbolos gráficos de forma aleatória, usando apenas as vogais ou consoantes ou letras inventadas e repetidas de acordo com o número de sílabas das palavras. No nível Silábico-Alfabético, convencem as formas de fazer corresponder os sons às formas silábicas e alfabéticas e a criança escolhe as letras ou de forma ortográfica ou fonética. Nível alfabético a criança agora consegue ler e expressar graficamente o que pensa ou fala.
Um conhecimento importante a ser ensinado na fase inicial do processo de alfabetização se refere á compreensão pelo aluno de que os símbolos da escrita obedecem a certos princípios de organização, tais como a direção da leitura da esquerda para a direita. De cima para baixo. Este conhecimento, que parecem óbvio e “natural” para quem domina a leitura e a escrita, pode ser uma novidade inimaginável para muitas crianças que chegam pela primeira vez á escola e, por isso, não são identificados como convenções a serem seguidas.
No uso falado da língua, as pessoas, em geral, cuidam apenas do assunto e não costumam dar atenção aos sons que produzem. Mas a compreensão da categorização gráfica e funcional das letras sofre variações e seguem padrões estéticos, mas são também controladas pelo valor funcional que as letras têm. As letras desempenham uma determinada função no sistema, que é a de preencher um determinado lugar na escrita das palavras.
Dominar regularidades ortográficas é compreender a natureza alfabética do sistema, seja, quando o aluno demonstrar ter compreendido que as unidades menores da fala são representadas por letras, o processo de alfabetização precisa se orientar pela abordagem sistemática das relações entre grafemas e fonemas, no sentido do domínio da ortografia do português.
E o professor deve acompanhar o processo ensino-aprendizagem de forma dinâmica e interativa, onde os alunos no processo de aprendizagem serão conduzidos a assumir a dinâmica de seu processo do qual ele próprio é agente transformador.
A alfabetização é o ponto de partida para todos os conhecimentos agregados e subseqüentes. Não é uma tarefa fácil, mas gratificante, onde devemos conciliar uma metodologia adequada, conteúdos e prática de ensino, procurando trabalhar com a realidade do aluno e até mesmo ousadia por parte do professor em inovar e fazer diferença ao ensinar. Por isso a importância de um trabalho bem feito, planejado e adequado nesta fase escolar, com materiais e ambientes adequados, profissionais capacitados, para que na futura vida escolar do aluno possa ocorrer o ensino-aprendizagem de forma natural.
Muitas vezes, sentimo-nos despreparados para entender certos comportamentos de nossos alunos em sala de aula. Por que alguns têm tanta facilidade em aprender e outros parecem não avançar na compreensão dos conteúdos desenvolvidos pelos educadores.
Na atualidade, a alfabetização vem ocupando o lugar que, na realidade, merece na preparação de professores, educadores, psicológicos e de todos os profissionais, cuja atuação se relaciona com modificações a serem operadas na personalidade humana. Tanto da criança que se acha na fase de aquisição da linguagem, como o adolescente com dificuldade de ajustamento ou o adulto passando pela fase de alfabetização.
A alfabetização é um processo tão importante para o sucesso da sobrevivência do homem que foram organizados meios educacionais e escolas para tornarem a alfabetização dos alunos mais eficientes, sendo fundamental entender que essa aprendizagem é gradativa, que devem ser respeitadas diferenças individuais.
Não devemos criticar a criança por ela não estar aprendendo como outra da mesma idade. Isso poderia atrapalhar o seu desenvolvimento, é importante também que os pais observem a evolução de todo esse processo e estejam atentos a dificuldades de seus filhos, que podem necessitar de ajuda profissional, principalmente quando a criança está em uma fase inicial do processo de alfabetização.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho de pesquisa foi muito gratificante e enriqueceu muito meu conhecimento em teoria e prática pedagógica em relação ao processo de alfabetização dando-me uma ampla visão da importância do uso da linguagem do desenvolvimento da leitura e da escrita nos anos iniciais do ensino fundamental.
Observei que trabalhar no cotidiano da escola é impossível dentro de uma concepção tradicional de educação, onde as respostas são dadas prontas, sem reflexão e sem ação, sem discussões e construção do conhecimento, já que nessa faixa-etária, a vida da criança e do adolescente se resume em dois momentos dentro e fora da escola. Pois os alunos nesta idade estão conhecendo o mundo, sentindo, identificando-se e envolvendo-se cada vez mais com o meio em que vivem. Percebi que o professor deve despertar a curiosidade do aluno em relação à aprendizagem, possibilitando a construção do conhecimento a partir da realidade vivenciada por cada um. O professor alfabetizador deve extrair de suas experiências importantes lições que possa levá-lo a um caminho de busca significante na aprendizagem do aluno e do professor.
Para que nossos alunos se tornem leitores, e para que a leitura seja uma prática social em suas vidas, é preciso que ela comece a se tornar uma prática relacionada a esta dimensão também na escola porque, para muitos alunos, a escola é o ambiente em que eles mais terão contato com materiais e ambiente de leitura.
Analisei que aprender a ler não é uma atividade natural, para qual a criança se capacita sozinha. Entre livros e leitores há importantes mediadores. Sendo o mediador mais importante o professor que é a figura fundamental na historia de cada um dos alunos.
Aprendi que a criança chega à escola com uma soma muito grande de aprendizagem e experiências, mas é na escola que deve ocorrer o mais vasto processo de aprendizagem, ampliando assim seus conhecimentos e dando espaço num processo de alfabetização sistematizada e plenamente planejada.
Devemos nos preparar para educar crianças cada vez mais evoluídas, que estão inseridas numa sociedade que busca formar cidadãos capacitados a cumprir com seus deveres e questionar seus direitos como ser participativo do processo evolutivo da humanidade.
Observei através dos meus estudos e das minhas reflexões ao desenvolver este trabalho acadêmico que é necessário assumirmos um compromisso de alfabetizador e de orientador. Pois sabemos que a construção da cidadania envolve o procedimento de consciência pessoal e social e de reconhecimento de nossos direitos e deveres.
A resolução da alfabetização é um processo complexo que deve ser realizado seguindo uma serie de passo determinados. Percebemos também que cada criança aprende em tempo e espaço diferente, daí devemos respeita-la e orienta-la no seu processo de aprendizagem.
A metodologia utilizada por nossa equipe para desenvolvermos este trabalho foi através de fundamentação teórica de materiais didáticos e várias citações de autores que estão empenhados nesta busca, priorizando o desenvolvimento integral do ser humano, defendendo a ideia de que teoria sem prática de nada adianta.
Devemos caminhar em busca de uma sociedade que priorize a escola, sendo esta um lugar privilegiado para a construção de identidades. A educação intercultural é um desafio, primeiramente pelo reconhecimento de que o povo brasileiro resulta da interação de traços linguísticos e de culturas de diferentes grupos étnicos, que foi produzido a partir de grandes fluxos de migrações.
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