A relação de Allan Kardec Alberto Magno e Platão.

Por Edjar Dias de Vasconcelos | 26/02/2013 | Filosofia

A relação de Allan Kardec Alberto Magno e Platão.

Kardec nasceu em 1804 na cidade de Lyon França e morreu no ano 31 de março de 1869.  Alberto nasceu no ano 1225 e morreu 1274, foi religioso e profundamente estudioso, aplicado, conhecia profundamente a Filosofia grega, de modo particular o sistema filosófico platônico, como Kardec em outro período histórico. Ambos fizeram uso da Filosofia a serviço da Fé.

As ideias de Platão, em relação ao mundo real, para ele o verdadeiro mundo, é  outro mundo, esse mundo apenas uma participação para atingir o  mundo real, aquele que de certo modo é a perfeição, isso significa que o nosso mundo é uma cópia deformada da verdadeira realidade.

A grande ideia é libertar logo dessa realidade, para atingir a vida que realmente tem sentido para nossa existência que fica em outro lugar, na cultura do cristianismo denomina-se de céu ou paraíso, mas que Platão influenciado pelas ideais helênicas entendia o lugar de origem de todas as almas.

É obvio o homem tem uma alma, significado de natureza metafísica, a verdadeira realidade não é o corpo pensava Platão, ideias de origens dos povos indos europeus que influenciaram culturas diversas.

 Platão acreditava de certo modo na reencarnação.

Com efeito, a Filosofia de Platão e posteriormente os neoplatônicos, influenciaram duas tendências de religiosas no ocidente, uma delas o cristianismo a outra o Kardecismo, nas figuras de Alberto Magno e de Alan Kardec.

A teoria católica, o homem tem uma alma, a finalidade da alma é um dia sair do corpo, isso com a morte, dependendo da vida que teve na terra, voltar ao paraíso por meio da ressurreição e viver eternamente a gloria de Deus ou ser condenado ao inferno.

A Teoria de Kardec, o homem reencarna sucessivas vezes até atingir um estado de perfeição e chegar a aos universos paralelos onde estão os planetas de almas evoluídas.

As reencarnações a esse mundo cumprem se uma escala de elevação da alma, mas para Kardec não existem inferno ou purgatório, como forma de punição, o homem sempre terá oportunidades para atingir a perfeição e chegar a outros mundos superiores a terra.

Vamos ver como surgiu a ideia da alma, é um produto da manifestação das tribos indianas, gente muito pobre e ignorante, com o desenvolvimento da linguagem, essa gente humilde por não entender certos fenômenos físicos.

 Como os movimentos tanto do sol com da terra, quando a terra ficava um pouco perpendicular, o reflexo do sol sobre a mesma cria-se o fenômeno da sombra, uma realidade meramente astrofísica.

 Como os homens daquele tempo não tinham noção científica do fenômeno, começaram a pensar que a realidade humana tivesse duas realidades corpo e alma, a sombra a prova da existência da alma.

Então os indianos passaram a imaginar que o homem era composto por duas realidades, à sombra a essência do homem e não o corpo em seguida quando as mesmas tribos viam o reflexo do corpo exposto sobre as águas, desenvolveu a segunda prova, supostamente empírica, a verdadeira essência, o homem tem de fato uma alma.

Se o homem tem uma alma, a verdadeira realidade não é no plano terrestre. O mundo é apenas uma expiação.  A terra uma passagem, mas o conceito de alma que teve origem no plano da deturpação Geoastrofísica.

 O  não entendimento pela física do fenômeno da sombra, com isso criou se a ideia pela imaginação que o homem teria outra vida.

O outro fenômeno de deturpação nasceu do engano do entendimento geofísico, ao entendimento da percepção da verificação da imagem produzida pelo reflexo na água.

Nesse momento, reforçou se a ideologia que homem tem duas naturezas, uma física outra metafísica, a questão do corpo e da alma, esse entendimento, originalmente indiano alguns séculos antes da nossa era, passou para culturas localizadas aos vales férteis da grande mesopotâmia, a qual influenciou o mundo Árabe, como também o Egito.

Esses povos em contatos com povos gregos possibilitaram a criação da cultura helênica, sendo a mesma responsável pela formação da Filosofia na Grécia, na formação de diversas escolas, com espírito indiano.

Foi nessa lógica, que Platão criou a teoria da reminiscência, que serviu de base para construção da Filosofia da reencarnação de Kardec  isso por um lado, por outro, a transcendência metafísica de Agostinho e Alberto Magno.

Alberto Magno, na defesa da sua ideologia defendia o princípio que a razão e a fé devem viver a mais perfeita harmonia, com a finalidade de defender  Deus e o fundamento da ressurreição.

 Do mesmo modo posteriormente para Kardec a reconciliação da Filosofia com os princípios da reencarnação com objetivo ético para diminuir os ciclos de volta a esse mundo, com a finalidade de atingir mundos superiores.

Na verdade, ambos sofreram profunda influencia platônica, como o referido de culturas produzidas pelo mecanismo mimético  dos diversos povos de origem cultural indo européia.  

Edjar Dias de Vasconcelos.