A Relação das Obras de Foucault: Vigiar e Punir com a Microfísica do Poder.

Por Edjar Dias de Vasconcelos | 21/05/2013 | Filosofia

Michel Foucault.

1926-1984.

Um grande pensador contemporâneo, no inicio do seu trabalho acadêmico era identificado com o método estruturalista.

Posteriormente desenvolveu método próprio, muito original, nasceu em Poitiers, interior da França, professor no Collège de France em 1970.

 Formulou uma análise importante a respeito do método epistemológico a respeito do desenvolvimento das Ciências humanas proporcionando importante desempenho na cultura contemporânea.

Elaborou grande crítica a respeito da ideia do sujeito tradicional, seu fundamento principal o conceito de episteme.

 Correspondente a uma rede de significados na formação do discurso, ele propõe que a fala tem diversas interpretações.  Isso significa múltiplos entendimentos ideológicos.

A respeito do seu método de análise arqueológico do saber, a compreensão epistemológica é naturalmente uma leitura crítica do discurso, levada ao seu fundamento específico a qualquer categoria de análise.

 Estabelecendo categorias não relacionadas no entendimento da linguagem, como de fato poderá ser entendido o sujeito.

As palavras as coisas, uma arqueologia do saber nas ciências humanas, sobretudo a noção construída do sujeito e a ideia das Ciências humanas que dela de certo modo originam-se tudo, a respeito do saber numa perspectiva cultural.

O homem é uma invenção da arqueologia do saber, podemos dizer da produção do pensamento, por fim aproxima das categorias de Nietzsche, nesse instante procura desenvolver sua epistemologia em outra direção, com certa influência também do marxismo.

A construção do conceito de genealogia que introduziu em outra fascinante obra escrita por Foucault, Vigiar e Punir, a genealogia para ele é naturalmente histórica e relaciona como o poder que está profundamente articulado com o saber.

O discurso passa ser visto nesse momento, a partir da realidade objetiva do mundo político, da sociedade liberal capitalista, a realidade econômica que os torna compreensível.

Entretanto, para ele o poder é visto de forma não essencialmente compreensiva, por apresentar difuso, não identificando naturalmente com o Estado, mas profundamente articulado com o mesmo em todas suas instâncias do poder da vida social a cultura.

O poder é articulado, aparece em todos os lugares de um guarda de transito ao presidente da republica, é o que denomina de microfísica do poder.  É um emaranhado de instâncias contra a liberdade do homem.

Sua obra vigiar e punir resulta da epistemologia dessa análise, a mudança da sociedade, passa necessariamente pela modificação das mudanças das microforças com o macropoder, não é possível a modificação do poder desconsiderando a temível relação dialética do domínio.

Edjar Dias de Vasconcelos.