A realidade da intolerância religiosa no Brasil

Por Tchaikovsky Johannsen Adler Pryce Jackmanfaier Ludwin Zolman Hunter Lins | 05/02/2017 | Religião

Constantemente recebemos notícias que tratam da intolerância religiosa. Conflitos, guerras, torturas e mortes são efetivadas por grupos extremistas que impõem seus dogmas como verdades absolutas e inquestionáveis, vide como exemplo os extremistas do Estado Islâmico (EI) ou os conflitos ocorridos entre a Irlanda do Norte e a do Sul. Infelizmente, esta intolerância também passou a afligir o brasil, ainda que sem a mesma intensidade.

Por ser um país laico, o Brasil possui uma extraordinária diversidade cultural e religiosa. Com grande parte de fiéis aderentes ao cristianismo, seguido de religiões afro-brasileiras, como a Umbanda, como maior atividade no estado da Bahia, e de outras religiões como o espiritismo, judaísmo, islamismo e budismo. Mesmo assim, muitas religiões no país ainda são vistas com estigma pelos próprios conterrâneos e até mesmo seus praticantes passam a sofrer discriminação, ainda que de forma sutil.

Graças a liberdade propiciada pela internet algumas pessoas passaram a confundir liberdade de expressão com ditadura ideológica, desta forma, criam e alimentam o ódio contra aquilo que é tido como diferente ou aparentemente "fora da razão". Sendo assim, passa a ser primordial a busca por caminhos que nos levem a conviver harmoniosamente com os ideais e conceitos religiosos do nosso próximo.

A base para uma melhor convivência e aceitabilidade religiosa se fundamenta primeiramente na educação. Precisamos conscientizar e ser conscientizados sobre a importância de compreendermos, sem pré-julgamentos, a forma de pensar e ideias do nosso próximo. Para tanto, desde cedo nossos jovens precisam ser ensinados a ver a vastidão cultural de nosso país como uma riqueza e a religião, de um modo geral, como uma forma de expressão e elevação ideológica, sendo esta uma livre escolha de cada indivíduo.

Seja o o cristianismo, espiritismo, umbanda, wika, islamismo, budismo, ateísmo ou demais ideologias, todas são vertentes e lentes do conhecimento, através do qual observamos e criamos nossa própria realidade. Portanto, não é por força ou violência que transformaremos nosso país, mas pelo poder da educação.