A Psicanálise, sua Historicidade e Contribuição

A PSICANÁLISE, SUA HISTORICIDADE E CONTRIBUIÇÃO                                                                                                            

                                                                                                            Teoniza Leite  Amorim

                                                                                                         Ana Lúcia de L. M. Galvão

Para iniciar, Psicanálise é um método de investigação que busca os significados dos atos, palavras e produções imaginárias, por meio da associação livre, que é observada a partir da dedicada atenção definida como uniformemente flutuante, visando colher dados que ensejem uma interpretação. Já diz Freud: „‟É a profissão de pessoas leigas que curam almas e educam emoções, ocupa-se dos distúrbios originados no inconsciente. Seu propósito é descobrir no inconsciente dos seres humanos as necessidades, complexos, traumas e tudo o mais que perturbe o psiquismo, trazendo-os à tona da consciência, a fim de removê-los e possibilitar, assim, o equilíbrio emocional do indivíduo‟‟. Para chegar a uma conclusão, resolveu Freud estudar com o psiquiatra francês Jean-Martin Charcot, que usava na época a hipnose para o tratamento da histeria. Um ano depois, filiou-se a Josef Breuer, que levava seus pacientes à catarse, solicitando deles que falassem dos seus sintomas. De suas observações, a esse tempo, Freud deduziu que, na base da histeria, o que havia eram conflitos sexuais inconscientes e a hipnose como método de tratamento era muito pobre para alcançar a cura dos vitimados pelas doenças no nível psíquico, convicções essas, levaram Breuer a separar-se de Freud. Munido dessas experiências, começa Freud, então, a formular os métodos da associação livre (dizer, sem censura, o que quer que venha à mente) e da interpretação dos sonhos, como instrumentos técnicos de tratamento. A teoria psicanalítica foi desenvolvida pelo neurologista austríaco Sigmund Freud no fim do século XIX, início do século XX e está intimamente relacionada à prática psicoterapêutica. É uma teoria que procura descrever a etiologia dos sintomas da mente, o desenvolvimento do homem e de sua personalidade, além de explicar a motivação humana. Com base nesse corpo teórico Freud desenvolveu um tipo específico de tratamento para os transtornos mentais. Ao conjunto formado pela teoria, a prática terapêutica nela baseada e os métodos utilizados, Freud a denominou de Psicanálise. A Psicanálise é ao mesmo tempo um modo particular de tratamento do desequilíbrio mental e uma teoria psicológica que se ocupa dos processos mentais de natureza inconsciente. E, como foi que Sigmund Freud iniciou sua técnica analítica? Tudo começou na verdade com um consultório, uma cadeira, um divã e uma atitude de interesse pelo problema do paciente que ele começou a evoluir, partindo exclusivamente de observações pessoais. Ele que era um médico neurologista em Viena, especialista em doenças nervosas, na continuação do seu esquema deu-se conta de que podia descobrir muito mais do que até então, pudera presumir, já que, na verdade, a chave de tudo estava no saber ouvir o inconsciente, embora, nesse tempo, houvesse ainda muita intuição. A partir desse convencimento, tudo foi feito com o objetivo de formular um processo terapêutico. E, o que vem a ser um processo terapêutico? Um processo terapêutico é uma série de inter-relacionamentos de fatos, que, no caso, teriam de ser psíquicos, os quais, apropriadamente instigados por processos técnicos, ensejariam efeitos terapêuticos. Com os processos terapêuticos temos a ab-reação, a compreensão interna, e o resgate das lembranças antigas. Ao final do seu esforço, podemos dizer que a Psicanálise é uma forma especial de psicoterapia, embasada numa extensa teoria acerca da estrutura da personalidade (tanto normal ou como patológica), que admite que as principais forças psicodinâmicas se origina especialmente, na parte inconsciente da mente.

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