A PRAXIS DO PROFESSOR E O APRENDIZADO DO ALUNO: ESMIUÇANDO A LEITURA E A ESCRITA NA VIDA DESSES SUJEITOS

Por ALDNIR FARIAS DA SILVA LEÃO | 21/11/2017 | Educação

Esse artigo tem por objetivo apresentar uma reflexão sobre a práxis do professor bem como a relevância dessa prática no processo de ensino e de aprendizagem, visto que, quando se ensina com entusiasmo, com afetividade, mostrando o quanto é gratificante participar desse mundo de descobertas, instiga o aluno a querer mais, a sentir vontade e desejo de evoluir, fazer novas descobertas e assim, irá formulando suas próprias ideias e técnicas para melhor desenvolver esse processo de aprendizagem. Mostrando a importância em considerar a individualidade de cada sujeito, onde, em suas particularidades serão desenvolvidas suas habilidades. No trabalho, também serão abordadas de forma enfática a leitura, e sua importância na formação desses sujeitos e a escrita, como habilidade diretamente ligada à leitura, ou seja, uma está diretamente atrelada à outra, e ambas funcionam como partes desse processo. Para o desenvolvimento do artigo trabalhou-se, dentre outros, com BORDENAVE & PEREIRA (s/a), RIBEIRO(2003), KLEIMAN(1989) e CARVALHO(2006). Por fim, à guisa de conclusão, afirma-se que, independemente de origem e/ou cultura, o sujeito possui características individuais, que garantem seu crescimento intelectual e social, sendo o resultado desse processo único, de acordo com cada singularidade, para alguns, crescimento peculiar, para outros, evolução plena. Sendo o professor um dos sujeitos que funciona como parte integrante e relevante desse processo.

O professor como sujeito mediador e incentivador no processo: sua práxis e seu reflexo no mundo do aluno

Abordar essa temática é um tanto instigante, sugestivo, e ao mesmo tempo desafiador, pois falar sobre professor, aluno, leitura e escrita, abre-se um leque imensurável de informações, confrontos e ideias. Porém, são inúmeras as inquietações a respeito desses temas.
Apesar de sabermos do compromisso com a educação, com o processo de leitura e escrita, com o feedback de tudo isso que é o resultado positivo no processo de ensino e aprendizagem, ainda encontramos, em sala de aula, muitos professores que não julgam essa habilidade da leitura tão importante, por isso, não a executam como deveriam. Como diz Kleiman, (1989, p. 151) “faz-se necessário repensar o ensino de leitura na escola”, analisando como esta habilidade está sendo oferecida ao aluno, e como este a recebe.
Cabendo aqui, uma autoavaliação: Será que nós, que fazemos parte desse meio, estamos realmente cumprindo nosso papel de educadores, colaboradores para o crescimento desses sujeitos ou apenas sendo mais um no mundo do faz de conta que aprende e que faz de conta que ensina. Para contribuir para o desenvolvimento do individuo deve-se ter consciência da responsabilidade de cada um, observar que sua contribuição positiva gerará bons frutos e que contribuíram direta ou indiretamente para o mundo que pertence a todos.
Porém, para dar o ponta pé inicial a esse processo, é preciso conhecer-se como indivíduos mediadores “idealmente os professores funcionam como mediadores na aprendizagem[...]”(RIBEIRO,2003,p. 114) que investiga, escuta, discute, conhece e reconhece seu aluno, ou melhor, conhecer o sujeito que está a sua frente, cada um com suas particularidades, com sua identidade, pois como nos enfatiza SILVA(s/a, p. 39)“[...] o que temos é uma sociedade heterogênea, composta de pessoas singulares.” Quando reconhecemos essas particularidades, podemos executar nossa prática de forma mais justa. Assim, o processo de ensino aprendizagem será iniciado e desenvolvido positivamente, respeitando os limites de cada um e valorizando independentemente cada potencial. “Não podemos esquecer que o homem como totalidade envolve não só o pensar, o falar e o agir, ele é também sentimento. Portanto, compreendê-lo como ser psicológico completo implica considerar a sua base afetivo-volitiva.” (SILVA, s/a, p.40 in CARVALHO,2006) ou seja, considerar as emoções, as motivações, as vontades, enfim, os desejos e as necessidades de cada sujeito (quando digo cada sujeito, estou enfatizando a singularidade de cada um, sua essência, o que há de único no ser humano.). Como sujeito ativo no processo de ensino, o professor deve valorizar essas particularidades, compreendendo os limites do aluno, respeitando assim, seu momento, pois todo indivíduo é dotado de virtudes, por outro lado, de limitações, que dependendo da receptividade essas limitações podem ser amenizadas ou reforçadas.

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