A prática pedagógica numa perspectiva colaborativa: a importância da colaboração como mediação de uma prática crítico-reflexiva
Por Graziela Araujo da Costa | 09/07/2014 | EducaçãoA prática pedagógica numa perspectiva colaborativa: a importância da colaboração como mediação de uma prática crítico-reflexiva
Graziela Araujo da Costa[1]
Maria Graciele de Sousa Andrade[2]
Pastora Pereira Lima Neta[3]
RESUMO
A prática pedagógica do professor é permeada de questões complexas e amplas, estudadas com ênfase por pesquisadores, todavia, a prática de pesquisa colaborativa como mediação de uma prática crítico-reflexiva, ainda se expressa de forma tímida no cenário que envolve as pesquisas educacionais. Dessa forma, a pesquisa realizada teve como princípio investigativo, compreender a importância da pesquisa colaborativa como mediação de uma prática pedagógica crítico-reflexiva. A realização desta pesquisa foi impulsionada pelo interesse em compreender qual a concepção que professores das escolas e das universidades têm em torno da pesquisa colaborativa e se os mesmos a consideram importante eixo mediador de práticas mais conscientes, fortalecendo uma cultura de análise e reflexão crítica. Como fundamentação e suporte teórico, foram utilizadas as contribuições de Ibiapina (2008), Pimenta (2005), Alarcão (2003), Perrenoud (2002), Contreras (2001), Desgagné (2007), dentre outros. Devido a natureza do objeto de estudo, optou-se pela realização de uma pesquisa bibliográfica e de campo, com uma abordagem qualitativa, buscando compreender as questões que permeiam o problema investigado, e interpretar informações obtidas através da aplicação de questionários com perguntas abertas, analisados à luz do referencial teórico citado. Através da análise de conteúdo realizada e da fundamentação teórica que aqui consta, observou-se que os professores das escolas e das universidades não apresentavam conhecimento amplo acerca da pesquisa colaborativa, no entanto, concebem a reflexão crítica como um potencial para a ressignificação da prática pedagógica - ponto de partida para a concepção da colaboração na mediação de uma prática docente crítico-reflexiva.
Palavras-chave: Prática pedagógica. Pesquisa colaborativa. Reflexão crítica.
ABSTRACT
The practice of collaborative research as mediation of a critical reflexive practice, still timidly expressed in scenario involving educational research, however, teacher's pedagogical practice has been fulfilled with wide complex issues. So, this survey aimed to understand the importance of collaborative research as mediation of a critical- reflexive teaching practice. The research was driven by understanding the concept of teachers, from schools and universities, about collaborative research and whether they consider it as an important mediator of awared practices. As scientific foundation for this paper ,the contributions of Ibiapina (2008) , Pepper (2005) , Alarcão (2003) , Perrenoud (2002) , Contreras (2001), Desgagné (2007) , among others, were used. Due to the nature of the object, it was decided to conduct a literature and field researches, with qualitative approach, in order to understand the problems about the theme, information gathered through questionnaires with open questions were interpreted and analyzed through scientific foundation already mentioned. Based on content analysis and Scientific foundation , it was possible observed that teachers from schools and universities did not have extensive knowledge about collaborative research ,even so , they believe critical reflection as a potential for redefinition of teaching practice and a starting point for the design of collaboration in mediating a critical and reflexive teaching practice .
Key words: Pedagogical practice; Collaborative research; Critical reflection
INTRODUÇÃO
O campo que se refere à prática pedagógica vem cada vez mais sendo destaque em estudos e discussões devido, sobretudo, a fertilidade de conhecimentos e novos debates presentes nessa área temática, porém, ainda são poucas as transformações efetivas na realidade vivenciada pelos professores, em sua práxis pedagógica, embasadas pela perspectiva da pesquisa colaborativa.
Diante então, da inquietude presente nos desafios que envolvem a prática do professor inserido nas séries iniciais do ensino fundamental, torna-se relevante investigar a prática docente dos mesmos nesse nível de ensino, destacando a importância da criação de ambientes participativos e reflexivos, mediados pela pesquisa colaborativa.
A pesquisa colaborativa se apresenta então como um meio articulador, favorecendo a construção mútua de conhecimentos, cujos projetos de investigação baseiam-se na compreensão que o professor inserido em sala de aula, constrói juntamente com o pesquisador acerca da prática docente, tornando-se assim co-construtor e autogerenciador desse processo de formação.
Todavia, ressalta-se que “[...] A constituição de grupos de pesquisa colaborativa é um processo lento que pode se iniciar com atividades de estudo ou mesmo de pesquisa cooperativa e evoluir para relações de colaboração.” (GRIGOLLI et al., 2007, p. 86).
Dessa forma, torna-se de suma importância investigar como a pesquisa colaborativa pode subsidiar o trabalho destes professores, fortalecendo uma cultura autônoma e criando em seus espaços de trabalho, ambientes participativos, que possam ser desconstruídos, a fim de serem investigados, levando ainda os professores pesquisadores a conhecerem as práticas por eles pesquisadas, legitimando suas discussões e colaborando para que os professores inseridos nas escolas, sejam partícipes críticos do processo de ensino e formação do qual fazem parte.
Os dados foram obtidos através da aplicação de questionários com perguntas abertas e para compreensão das informações obtidas na coleta, realizou-se uma análise de conteúdo, objetivando analisar criticamente os dados coletados, tornando a pesquisa legitimada e colaborando para a compreensão ampla do problema investigado.
Diante do exposto, tornou-se de suma importância investigar como a pesquisa colaborativa pode subsidiar o trabalho destes professores, fortalecendo uma cultura autônoma e criando em seus espaços de trabalho, ambientes participativos, que possam ser desconstruídos, a fim de serem investigados, levando ainda os professores pesquisadores a conhecerem as práticas por eles pesquisadas, legitimando suas discussões e colaborando para que os professores inseridos nas escolas sejam partícipes críticos do processo de ensino e formação do qual fazem parte.
Assim, o interesse em torno da compreensão do tema em discussão, explícito na pesquisa, é intrínseco a vontade de se construir conhecimentos que colaborem para a formação de profissionais conscientes e reflexivos, instigando os educandos a reconstruírem seus saberes para que assim, possam contribuir ativamente na melhoria do meio em que vivem, questionando criticamente os conhecimentos já adquiridos.
Espera-se dessa forma que o estudo realizado possa contribuir significativamente para outras discussões e estudos posteriores e, sobretudo, na formação e aperfeiçoamento de professores e profissionais da educação, a fim de que possam repensar suas práticas cotidianas, considerando a abordagem de pesquisa colaborativa como um recurso possível e eficiente para a melhoria de seu trabalho, conscientizando-os assim, quanto o seu papel enquanto formadores críticos-reflexivos, pois, sem dúvida, este é um grande desafio.
A prática pedagógica numa perspectiva colaborativa: a importância da colaboração como mediação de uma prática crítico-reflexiva
Conceber atualmente a pesquisa como instrumento intrínseco do trabalho pedagógico, é compreender a importância de buscar novos conhecimentos, que auxiliem no tratamento das informações diárias que surgem na práxis do professor, que em muitas situações, se apresentam como incompreensíveis e até mesmo difíceis de serem trabalhadas ou superadas.
Essa possibilidade do saber mediado pela pesquisa, colabora para que a escola possa cada vez mais criar culturas autônomas, fortalecendo a vontade dos professores em conhecer de forma mais abrangente e problematizar seu próprio trabalho, identificando suas falhas e sendo instigados a pesquisar para melhor compreender sua ação docente.
[...] existem atualmente instrumentos conceituais e metodológicos bem elaborados que possibilitam analisar o trabalho pedagógico de um modo geral e o trabalho do docente em particular. Nos Estados Unidos, desde o início da década de 80, milhares de pesquisas foram realizadas [...], no intuito de estudar in loco o processo concreto da atividade profissional dos professores. No Brasil, sobretudo a partir do início dos anos 90, a pesquisa educacional passou a vislumbrar em possibilidades de investigação. (TARDIF, 2007, p. 112)
Como mencionado por Tardif (2007) apenas a partir da década de 1990, a pesquisa educacional no Brasil, começou a ser vista como um instrumento norteador para a melhoria da prática pedagógica, essa realidade, porém, tornou-se presente, a partir do momento que a sala de aula foi vista como um espaço de transformações e conhecimentos pertinentes às investigações por parte dos pesquisadores.
Todavia, a pesquisa na atividade docente, como coloca Nunéz e Ramalho (2005), passou a vislumbrar os trabalhos desenvolvidos na década de 40 pelo psicólogo Kurt Lewin, na década de 50 foram propostas mudanças curriculares envolvendo a participação de professor e meados dos anos 70 a questão da pesquisa passou a ser vista como capaz de colaborar no trabalho do professor.
O ato de pesquisar colaborativamente, coloca o professor em um papel expressivo de participação nos processos que envolvem a reconstrução dos saberes produzidos na sua práxis, para tanto, é necessário pensar na colaboração do professor de forma efetiva e contínua, levando-o a questionar seu exercício diário, transportando-o para um espaço de mútuas interações e não somente, extraindo dele as informações e conhecimentos pertinentes para realização de trabalhos de produção, sem que de fato ele esteja inserido, pois o que se pretende é a colaboração participativa, a co-produção e não meramente uma participação estreita e ineficaz.
Assim, a pesquisa colaborativa tem como principal fundamento, a colaboração entre professores e pesquisadores, que por um viés buscam a reflexão crítica da prática pedagógica e por outro a coprodução de saberes, desenvolvendo uma relação verdadeiramente intrínseca entre teoria-prática, relação esta, tão questionada pelos professores inseridos nas escolas de base.
Nesse momento, faz-se interessante ponderar a importância da formação para a pesquisa, que muitas vezes não é apresentada significativamente nos cursos de formação, nos remetendo a uma ausência de formação para a pesquisa.
Nossos cursos de formação de professores têm sofrido as consequências de um defeito congênito de sua constituição: a separação entre teoria e prática no esforço de formação, colocando, em geral, em posição precedente a teoria, vindo a prática sempre depois, por meio de estágios de duração insuficiente e, sobretudo, de concepção precária. (LÜDKE e CRUZ, 2005, p. 85)
É imprescindível então, que estes cursos instiguem os professores a se identificarem como pesquisadores, como analistas das situações por ele vivenciadas, pois uma vez iniciado o processo de investigação da própria prática, o professor se sente convidado a compreender profundamente sua práxis, construindo e desconstruindo conhecimentos, tendo em vista que “[...] a partir de concepções que colocam o professor como sujeito-ator que possui e desenvolve conhecimentos, que analisa e interpreta o seu trabalho e vai construindo sua realidade profissional” (LUSTOSA E BRITO, 2007, p. 92).
A pesquisa poderá mediar essa metamorfose, proporcionando ao professor investigar sua própria prática, haja vista que [...] o ato de pesquisar na escola se apresenta como alternativa que possibilita ao professor um papel mais expressivo nos processos de construção de seus saberes profissionais e de sua profissionalidade (NÚNEZ E RAMALHO, 2005, p. 101), tendo assim, possibilidade de legitimar seu trabalho e o conhecimento prático que o envolve.
Os docentes “[...] envolvidos na pesquisa de suas próprias práticas parecem ainda adotar modelos de ensino mais centrados nos alunos e se convencem da importância de ouvir, observar e procurar entender os alunos.” (ZEICHENER E DINIZ-PEREIRA, 2005, p. 38), isto se apresenta como um fator positivo frente às grandes dificuldades enfrentadas pelos professores em sala de aula.
A pesquisa colaborativa é, em suma, realizada com base em uma reflexão crítica, o que colabora para que o conhecimento possa ser constantemente modificado. Nessa perspectiva, Contreras (2002), apresenta as etapas que norteiam a reflexão crítica, que por sua vez, faz-se importante para mediatizar à pesquisa denominada colaborativa.
Quadro 1 - Etapas da reflexão crítica
1. DESCRIÇÃO |
O que eu faço? |
2. INFORMAÇÃO |
Qual o significado do que eu faço? |
3. CONFRONTO |
Como cheguei a ser dessa maneira? |
4. RECONSTRUÇÃO |
Como poderia fazer as coisas diferentes? |
Fonte: Contreras (2002, p. 166.)
O professor durante o processo de colaboração será instigado pelos pesquisadores a se auto questionarem, redescobrindo as práticas por ele desenvolvidas, buscando como apresenta Contreras (2002), compreender porque as desenvolve, qual a finalidade, o que o levou a praticá-las e como aprimorá-las, caso haja necessidade, em uma abordagem consciente e crítico-reflexiva, este desenvolvimento da criticidade como afirma Alarcão (2003), acontece no confronto de idéias, no diálogo, na capacidade de se ouvir e ouvir o outro e, sobretudo, na capacidade de se autocriticar para se reconstruir.
Visto que,
[...] a prática de pesquisa colaborativa envolve investigadores e professores tanto em processos de produção de conhecimentos quanto de desenvolvimento profissional interativo da própria pesquisa, haja vista que o trabalho colaborativo faz com que professores e pesquisadores produzam saberes, compartilhando estratégias que promovem desenvolvimento profissional. Nessa perspectiva é atividade de co-produção de conhecimentos e de formação em que os pares colaboram entre com o objetivo de resolver conjuntamente problemas que afligem a educação. (IBIAPINA, 2008, p. 25)
Compartilhar estratégias como coloca Ibiapina (2008), é de extrema relevância no processo de pesquisa colaborativa, visando uma inovação nas práticas escolares desenvolvidas, no sentido de que estas práticas sejam reformuladas mediante as necessidades apresentadas pelos professores, pesquisadores e, sobretudo, discentes.
É necessário para tanto, uma predisposição em aceitar opiniões, para compreender a importância de outros atores no processo de construção de saberes, sem que um se apresente em prejuízo do outro, havendo deliberada concordância para se discutir em torno do que de fato ocorre nas salas de aula, no ambiente de trabalho do professor enfim, na prática docente, haja vista que é nesse contexto de análise crítica e de entendimento mútuo, que a pesquisa colaborativa encontra espaço e cria raízes sólidas para ser executada e concretamente desenvolvida.
Dessa forma, [...] a pesquisa colaborativa pode se revelar como uma estratégia importante para compreensão e ressignificação do trabalho docente (PASSOS, 2007, p. 59), uma vez que através da colaboração desenvolvida a partir dessa pesquisa, é possível o professor compreender seu trabalho, e reconstruir sua prática, pautada em conhecimentos teóricos que o auxiliem a melhorar de fato, sua ação docente e a redirecionando, caso ainda não tenha sido assim concebida, a uma reflexão crítica sobre a prática, sobre o que acontece em sala, pois “a reflexão sobre ela só tem sentido para compreender, aprender e integrar o que aconteceu” (PERRENOUD, 2002, p.31) e essa compreensão pode ser auxiliada pela colaboração.
Todavia, uma das principais dificuldades enfrentadas ao desenvolver a colaboração, “[...] é o estabelecimento de vínculos entre os pesquisadores da universidade e os professores da escola” (PIMENTA, 2005, p. 529), mas é possível e passível de acontecer, desde que haja empenho, envolvimento e dedicação de ambas as partes, uma vez que através dela o professor e o pesquisador poderão obter resultados extremamente positivos para melhoria do trabalho vivenciado por ambos.
Assim, a oportunidade que estes profissionais podem ter, em mostrar-se como produtores de conhecimentos e autogerenciadores do processo que envolve a aquisição de novas competências profissionais, auxiliados pela colaboração de pesquisadores das universidades, cria um espaço de confiança e respeito, despertando a comunidade educacional para a valiosa contribuição daqueles que fazem, como outros atores, a educação de fato acontecer.
É importante então que a pesquisa colaborativa vislumbre o cotidiano do professor, despertando nele uma disposição para que também seja capaz de investigar, de repensar e recomeçar caso seja necessário, analisando além de outros fatores, a prática desenvolvida, confrontando e, havendo necessidade, transformando-a ou aprimorando-a, contribuindo dessa forma para uma prática de fato transformadora e crítico-reflexiva – sem dúvida um dos maiores desafios.
METODOLOGIA
Entende-se como metodologia, os procedimentos necessários para execução de determinada atividade, assim como um conjunto de processos desenvolvidos para se chegar ao conhecimento de uma determinada realidade, ou seja, ao objetivo traçado.
A pesquisa para que seja de fato satisfatória, como coloca Silva (2005), deve estar assentada em um planejamento adequado, cuidadoso e criterioso, além de estar baseada em reflexões sólidas e um embasamento teórico de conhecimentos já existentes sobre o que está sendo pesquisado.
Dessa forma, contemplando uma metodologia sistemática e para atender as necessidades da pesquisa realizada, optou-se pela execução de uma pesquisa qualitativa, uma vez que parte do pressuposto interpretativista, assim, os dados coletados não foram quantificados, e sim interpretados.
Optou-se ainda por realizar uma abordagem bibliográfica e de campo, que embasou as discussões, contribuindo para uma melhor compreensão do tema proposto, facilitando o entendimento frente às inquietações presentes, e legitimando os conhecimentos discutidos, tendo em vista que os professores das escolas e pesquisadores das universidades participaram de forma significativa do trabalho realizado.
Foram aplicados questionários com perguntas abertas, os mesmos se apresentam como uma técnica de investigação que em sua estrutura apresentam questões discursivas a serem analisadas, permitindo uma compreensão mais ampla do problema investigado, o que contribuiu para que os colaboradores tenham tido liberdade em expressar-se de forma ampla e a pesquisadora pudesse compreender com maior clareza os dados coletados.
Entende-se como colaborador aquele que se dispõe a auxiliar uma atividade que será desenvolvida. Na pesquisa qualitativa segundo Chizzotti (2003), “[...] todas as pessoas que participam da pesquisa são reconhecidas como sujeitos que elaboram conhecimentos [...]” (p. 83).
Assim, para realização da pesquisa supracitada, utilizou-se a colaboração de sete professores de três escolas da zona urbana, das séries iniciais da Rede Pública Municipal da cidade de Parnaíba-PI e quatro pesquisadores de duas Universidades Públicas Piauienses, a definição destes colaboradores foi estabelecida levando em consideração o tema da pesquisa, a hipótese levantada bem como os objetivos almejados.
Para compreensão dos dados coletados foi realizada uma análise de conteúdo, que [...] é um método de tratamento e análise de informações, colhidas por meio de técnicas de coleta de dados, consubstanciadas em um documento (Idem, p. 98), com isso objetivou-se analisar criticamente os dados coletados, trazendo as particularidades das informações obtidas, o que contribuiu para uma melhor apreciação dos dados obtidos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A pesquisa de campo utilizada, permite uma integração de dados colaborativos junto ao trabalho bibliográfico realizado. A pesquisa supracitada, buscou a informação diretamente com o público pesquisado, o que legitimou os resultados a serem apresentados e colaborou para a discussão aqui exposta.
O objetivo nesta etapa da pesquisa, é apresentar os resultados obtidos com a mesma, confrontá-lo com a hipótese formulada, assim como, discuti-los junto ao suporte teórico que permeou todo o trabalho. Para tanto, fez-se uso da análise de conteúdo, já citada, que segundo Silva (2005, p. 74), se apresenta como uma técnica de análise bem como uma ferramenta para a compreensão dos significados exteriorizados pelos colaboradores, a respeito do que lhe foi proposto, questionado.
Utilizando o questionário aplicado com os colaboradores, puderam-se extrair informações importantes, acerca de questões que colaboraram para compreensão do problema investigado. As questões supracitadas serão expostas através de tabelas e discutidas posteriormente.
Como foi acordado entre partícipes e pesquisadoras, os nomes reais dos mesmos foram preservados e estes estão identificados com nomes de estrelas do universo (Wikipédia, 2013) e constelações do universo, respectivamente. (Idem, 2013).
Destaca-se abaixo o perfil dos colaboradores das escolas e dos professores pesquisadores das universidades.
Quadro 2 - Perfil dos colaboradores das escolas
IDENTIFICAÇÃO |
FORMAÇÃO ACADÊMICA |
TEMPO DE SERVIÇO EM SALA DE AULA |
Spica |
Pedagoga. Especialista em Educação Especial |
4 anos. |
Canopus |
Pedagoga. Especialista em Docência Superior. |
17 anos. |
Vega |
Pedagoga e Economista |
5 anos. |
Capella |
Pedagoga. Especialista em Educação Especial. |
6 anos. |
Rigel |
Pedagoga. Especialista em Psicopedagogia. |
7 anos. |
Hadar |
Pedagogo. Especialista em EJA. |
5 anos |
Sirius |
Pedagogo. |
11 anos. |
Fonte: Dados da pesquisa (2013)
Quadro 3 - Perfil dos colaboradores das universidades
IDENTIFICAÇÃO |
FORMAÇÃO ACADÊMICA |
TEMPO DE SERVIÇO EM SALA DE AULA |
Lyra |
Pedagoga. Mestre em Educação. |
11 anos. |
Columba |
Socióloga. Doutoranda em Políticas Públicas. |
5 anos. |
Norma |
Administradora. Especialista em Docência Superior. |
4 anos. |
Orion |
Sociólogo. Doutor em Sociologia. |
4 anos. |
Fonte: Dados da pesquisa (2013)
As informações fornecidas pelos colaboradores na tabela como formação e tempo de serviço forneceu um conhecimento geral sobre cada um, o que colaborou para uma compreensão mais ampla, identificando as particularidades presentes nas contribuições de cada um.
Nesse momento serão apresentadas as contribuições dos professores das escolas quanto ao conhecimento que apresentam em torno da pesquisa colaborativa e o envolvimento com a abordagem trabalhada.
Quadro 4 - Conhecimento acerca da pesquisa colaborativa e envolvimento nesta área
IDENTIFICAÇÃO |
CONHECIMENTO ACERCA DA PESQUISA COLABORATIVA E ENVOLVIMENTO NESTA ÁREA |
Spica |
Sei pouco a respeito, a grosso modo sei apenas que é um trabalho desenvolvido por pesquisadores junto à um grupo de profissionais, como o objetivo de leva-los a refletir sobre o exercício de suas profissões e buscar soluções para as dificuldades enfrentadas. Nunca desenvolvi trabalhos nessa área. |
Canopus |
Somente no período de conclusão do TCC de graduação. |
Vega |
Não tenho conhecimento algum a respeito dessa forma, não realizei atividades na área. |
Capella |
Só tenho o conhecimento básico e ainda não desenvolvi nenhum conhecimento na área. |
Rigel |
Não tenho este tipo de conhecimento. |
Hadar |
Nunca tive envolvimento com este tipo de pesquisa, mas dentro da escola trabalhamos muito com a pedagogia de projetos que envolvem todo o coletivo da escola. |
Sirius |
Entendo como sendo uma produção de conhecimento teórico que se baseia na realidade de uma determinada instituição de ensino, podendo ser uma escola ou uma universidade. É colaborativa porque requer a participação de pesquisadores, da instituição e participantes. Ela visa o aperfeiçoamento da prática do professor. Enquanto acadêmico realizei diversas pesquisas colaborativas, enquanto profissional. |
Fonte: Dados da pesquisa (2013)
Através das informações acerca que os colaboradores das escolas forneceram à pesquisa, afirma-se que a maioria destes, não apresentam de fato conhecimentos acerca da pesquisa colaborativa, apenas os colaboradores Spica e Sirius, apontaram conceitos plausíveis em torno da pesquisa colaborativa, que nas palavras de Desgagné (2007) supõe a contribuição de professores em exercício no processo de investigação de um objeto de pesquisa, este frequentemente enquadrado por um ou mais pesquisadores universitários (p. 9).
Percebe-se então a necessidade de conhecimentos teóricos, que podem colaborar para a melhoria da prática docente desenvolvida pelos professores da educação básica, e a pesquisa colaborativa favorece o processo constante de reflexão crítica, o que muitas vezes implica em mudança, é preciso refletir sobre o que se vive na escola, em um diálogo permanente com os problemas e desafios enfrentados, com o pensamento e o pensamento do outro (Alarcão, 2001), e a pesquisa é uma ferramenta que fomenta essa necessidade, mas ainda como mostra as colaborações, é pouco conhecida pelos professores das escolas públicas municipais da cidade, uma razão para isso, [...] é a frequência com que eles vêem descritos de forma negativa. (ZEICHENER, 1998, p. 220), outro motivo está relacionado às pesquisas acadêmicas ainda serem consideradas abstratas e distanciadas da prática diárias dos professores (Passos, 2007), embora as colaborações de pesquisas desse suporte sejam inúmeras, a desconfiança por parte da maioria dos professores em relação a pesquisa dos professores das universidades, percebida na colaboração destes, ainda é eminente.
Buscou-se ainda nesse mesmo eixo, identificar o conhecimento dos pesquisadores, que precisam vivenciar constantemente situações de pesquisa, acerca da pesquisa colaborativa e se já desenvolveram algum projeto nessa perspectiva.
O quadro demonstrativo também apresenta estas informações, os colaboradores supracitados estão identificados com nomes de constelações do universo (Wikipédia).
Quadro 5 - Conhecimento acerca da pesquisa colaborativa e envolvimento nesta área
IDENTIFICAÇÃO |
CONHECIMENTO ACERCA DA PESQUISA COLABORATIVA E ENVOLVIMENTO NESTA ÁREA |
Lyra |
Conheci durante minhas pesquisas na pós-graduação em nível de especialização e mestrado. Realizei no mestrado uma pesquisa do tipo colaborativa. |
Columba |
O conhecimento sobre pesquisa colaborativa que possuo é pouco, pois desde a graduação trabalho com pesquisa de campo e pesquisa teórica e uso ferramentas como entrevistas e questionários sem ter como foco norteador a pesquisa colaborativa como desenvolvida neste trabalho. Então, acredito que não eu tenha desenvolvido pesquisa colaborativa ao longo de minha carreira como pesquisadora. |
Norma |
Bom, trabalho em algumas pesquisas desta maneira com outros pesquisadores. |
Orion |
Pontual. Nunca desenvolvi. |
Fonte: Dados da pesquisa (2013)
Percebe-se que os colaboradores das universidades também não apresentaram de fato, conhecimentos acerca da pesquisa colaborativa, contudo, a colaboradora Lyra, afirmou tê-la desenvolvido em cursos de pós-graduação, mas não a conceituou, todavia, em outros momentos da colaboração percebe-se a relevância que os estes pesquisadores participantes, atribuem à pesquisa colaborativa, pois segundo Zeichener (1998), pesquisadores acadêmicos vêm cada vez mais se sentindo desconfortáveis em apenas estudar o trabalho docente e apontar melhorias, essa percepção de que a pesquisa colaborativa pode contribuir significativamente para o trabalho docente, é sem dúvida, um avanço importante nos trabalhos desenvolvidos nas academias.
Na pesquisa, buscou-se ainda investigar a opinião dos professores das escolas quanto à contribuição de análises e discussões realizadas colaborativamente com pesquisadores das universidades para a construção de práticas mais crítico-reflexivas e autônomas.
Quadro 6 – Visão dos professores quanto à colaboração de pesquisadores das universidades, para práticas docentes crítico-reflexivas e autônomas
COLABORADOR |
VISÃO DOS PROFESSORES |
Spica |
Este trabalho proporciona aos professores aumento de leque de instrumentos teóricos que oferecem pistas ao gerenciamento do fazer docente e ainda amadurece nas mesmas, a capacidade de analisar, refletir e modificar, quando necessário suas práticas. |
Canopus |
Não acredito. Na minha concepção, as pesquisas ainda ficam registradas num ambiente fechado. |
Vega |
Toda intenção que se encontre em grupo, com a proposta de ajudar na melhoria da prática do ensino em aula é significativa. |
Capella |
A partir do resultado destas pesquisas poderíamos desenvolver novos métodos de trabalho na sala de aula. |
Rigel |
Todo conhecimento é bem vindo. E os pesquisadores das universidades também aprendem. |
Hadar |
Muitas pesquisas (não digo todas) das universidades se tornam teóricas demais, esquecendo que na prática é totalmente diferente. |
Sirius |
Com certeza. Sabemos que as pesquisas colaborativas apresentam modelos investigativos que rompem com a ideia comum do achismo, isto é, desfaz a idéia da prática como algo meramente empírico porque faz uso, cientificamente, da reflexão e da prática de colaboração. |
Fonte: Dados da pesquisa (2013)
Como se observa nas falas dos colaboradores Spica, Vega, Capella, Rigel e Sirius, a pesquisa colaborativa contribui para aquisição de novos conhecimentos, e a reflexão e análise crítica são importantes articuladores nesse processo.
Em contrapartida, os colaboradores Canopus e Hadar, não se posicionaram positivamente frente ao que lhe foi questionado, um fator que pode colaborar para a percepção desses últimos é a formação inicial, que indica um distanciamento do professor (ainda acadêmico) à pesquisa (Passos, 2007), ainda que a pesquisa na formação de professores seja significativa, uma vez que cria uma cultura de análise crítica, levando o professor a atuar como sujeito participante sobre sua atividade (Pimenta, 2005).
Buscou-se ainda identificar o conhecimento dos pesquisadores das universidades, em torno da contribuição de pesquisas realizadas colaborativamente com professores das escolas de base, para a construção também de práticas mais crítico-reflexivas e autônomas, e o que os leva a pensar dessa forma. Acompanhe a seguir o quadro demonstrativo com a colaboração dos pesquisadores.
Quadro 7 – Visão dos pesquisadores quanto à contribuição de pesquisas colaborativas para práticas docentes crítico-reflexivas e autônomas
COLABORADOR (A) |
VISÃO DOS PESQUISADORES |
Lyra |
Com certeza é um dos caminhos para práticas transformadoras. A colaboração nos proporciona uma relação de conflito de idéias e de autoconhecimento capaz de fazer a evolução dos sentidos e significados a todos os integrantes do grupo colaborativo, assim, levando a melhoria da prática. |
Columba |
Como a ferramenta utilizada pela pesquisa colaborativa é a apropriação do saber do outro, como sujeito atuante, é possível compreender os inúmeros desafios de determinadas práticas educativas e as condições de trabalho docente. |
Norma |
Sim, a construção do conhecimento sempre é em coletivo. |
Orion |
Sim. Trocas de experiências propiciam maiores reflexões sobre a prática. |
Fonte: Dados da pesquisa (2013)
Como citado em análise anterior, os colaboradores pesquisadores, ainda que não tenham apresentado conceitos em torno da pesquisa colaborativa, a percebem como fundamental para práticas transformadoras. Os colaboradores Lyra, Columba e Orion, demonstram isso em suas falas, identificando a pesquisa colaborativa como ferramenta somatória na melhoria da prática docente, ainda que, tratar seriamente os conhecimentos produzidos pelos professores nas escolas, seja um grande desafio por parte de pesquisadores, e é um conceito que ofende a muitos e em algumas universidades, pesquisas que trazem a colaboração de professores das escolas, não são consideradas relevantes e difíceis de obter financiamento e status (Zeichener, 1998), fator este que colabora para a tímida realização de pesquisas nesse eixo de trabalho.
De acordo com as análises e discussões realizadas, e levando em consideração a legitimidade das informações aqui expostas, observa-se que a concepção de pesquisa colaborativa ainda é prematura entre professores das escolas e professores das universidades.
O desafio de desenvolver uma pesquisa, como coloca Silva, G.F. et al. (2012), em que professores não assumam o papel apenas de cedentes de dados é claro explícito, professores ainda não possuem o embasamento teórico necessário em torno da prática de pesquisa colaborativa, embora, contraditoriamente afirmem em maioria que a mesma é importante e desenvolve papel fundamental para práticas docentes mais crítico-reflexivas.
Os professores das universidades também necessitam de maior conhecimento acerca da proposta de pesquisa colaborativa, mas afirmam enfaticamente que a mesma é imprescindível e que proporciona para ambas as partes, a aquisição de conhecimentos relevantes, a partir do trabalho de produção conjunta, participando colaborativamente do processo de construção de saberes, partilhando idéias, e repensando criticamente a prática desenvolvida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A pesquisa realizada teve como base a investigação acerca da importância da pesquisa colaborativa como subsídio para a prática docente crítico-reflexiva, buscou-se identificar os conhecimentos que professores inseridos nas séries iniciais da Rede Pública Municipal de Parnaíba- PI e docentes do ensino superior têm acerca da pesquisa colaborativa e se os mesmos a concebem como uma mediação importante para a construção de práticas crítico-reflexivas.
Realizando uma retrospectiva da pesquisa, direciona-se o foco para a questão central para realização da mesma que foi conhecer a importância da pesquisa colaborativa como mediação de uma prática crítico-reflexiva nas séries iniciais da Rede Pública Municipal de Parnaíba-PI.
Foi proposto na pesquisa realizada uma reflexão crítica e não meramente uma comparação acerca dos conhecimentos apresentados pelos pesquisadores haja vista as diferenças presentes em cada lócus de trabalho e nível de ensino em que trabalham.
A pesquisa supracitada, apontou que apesar de uma bibliografia plausível acerca da temática da, a expressão do desenvolvimento prático de pesquisas colaborativas ainda é tímida. Professores inseridos nas séries iniciais da Rede Pública Municipal de Parnaíba-PI, não apresentaram conhecimentos amplos acerca da proposta de pesquisa colaborativa, todavia, concebam a importância da pesquisa para a construção de conhecimentos e melhoria da prática docente, fortalecendo a cultura de análise e reflexão crítica no trabalho desenvolvido.
Constatou-se ainda a falta de entusiasmo dado pelos professores das escolas, as pesquisas realizadas pelos pesquisadores, no âmbito que confere a participação destes professores nos trabalhos realizados pelas universidades, demonstrando um distanciamento entre o que se produz e como é praticado nas salas de aula esse saber produzido, apontado uma relação contrária entre teoria e prática, o que não deveria existir.
Dessa forma há uma real necessidade de se envolver com mais ênfase, os professores inseridos nas escolas, nas pesquisas produzidas pelos professores pesquisadores das universidades, concebendo a pesquisa colaborativa como uma mediação favorável para a melhoria de ambos os trabalhos docentes, uma vez que a mesma é também formadora.
Dessa forma, afirma-se que o objetivo traçado foi alcançado com êxito, uma vez que pôde-se investigar a concepção que os professores das escolas e das universidades têm acerca da pesquisa colaborativa, identificar se ambos concebem a pesquisa como mediação de uma prática crítico-reflexiva e sua importância para a melhoria da mesma.
Assim, pondera-se que a pesquisa realizada é apenas o início da análise e compreensão de um fenômeno complexo e amplo, que não só envolve os professores investigados como também o contexto onde suas práticas são desenvolvidas.
A pesquisa supracitada, está aberta e deve ser ampliada, favorecendo um maior entendimento, trazendo outros olhares e perspectivas, proporcionando assim, a comunidade científica comtemplada, um conhecimento amplo do fenômeno aqui exposto.
Dessa forma, espera-se que a pesquisa possa contribuir para a construção de conhecimentos relevantes, desafiando professores a tornarem-se pesquisadores e que pesquisadores possam contribuir para esse processo de descoberta, acreditando que o conhecimento possa ser co-construído, potencializando a comunhão e produção de saberes – um desafio possível de ser realizado.
REFERÊNCIAS
ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2003.
CONTRERAS, José. Autonomia dos professores. São Paulo: Cortez, 2002.
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2003.
DESGAGNÉ, Serge. Revista Educação em Questão. Natal, Rio Grande do Norte; v. 29, n. 15, maio/ago 2007.
DINIZ-PEREIRA, Júlio Emílio; LACERDA, Mitsi Pinheiro de. Educ. Soc., Campinas, vol. 30, n. 109, p. 1229-1242, set./dez. 2009.
GRIGOLLI, Josefa A. G. et al. A formação do professor investigador na escola e as possibilidades da pesquisa colaborativa: um retrato sem retoques. Revista Lusófona de Educação. 10. 2007. Disponível em: < http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/rle/n10/n10a07>. Acesso em 20 out. 2013.
IBIAPINA, Ivana Mari Lopes de Melo. Pesquisa colaborativa: investigação, formação e produção de conhecimentos. Brasília: Líber Livro Editora, 2008.
LÜDKE, Menga; CRUZ, Gisele Barreto Da. Aproximando Universidade e Escola de Educação Básica pela pesquisa. In: ________Cadernos de Pesquisa, v. 35, n. 125, p. 81-109, maio/ago. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/cp/v35n125/a0635125.pdf>. Acesso em: 4 out. 2013.
LUSTOSA, Georgina Quaresma; BRITO, Antonia Edna. Trajetória profissional docente: caminhos construídos e (des) construídos na formação e na prática pedagógica. In: ________. A pesquisa como mediação de práticas socioeducativas. Teresina: Edufpi: 2007.
NUNÉZ, Isauro Beltrán; RAMALHO, Betânia Leite. A pesquisa como recurso da formação e da construção de uma nova identidade docente: notas para uma discussão inicial. In: _______. Eccos. São Paulo; v. 7, n. 1, p. 87-111, jun 2005. Disponível em: < http://www.comperve.ufrn.br/conteudo/observatorio/arquivos/artigos/pesquisa-identidade-docente.pdf>. Acesso em: 14 nov. 2013.
PASSOS, Laurizete Ferragut. A relação professor-pesquisador: conquistas, repercussões e embates da pesquisa colaborativa. In: ________ Horizontes. v. 25, n. 1, p. 55-62, jan./jun. 2007. Disponível em: <http://webp.usf.edu.br/itatiba/mestrado/educacao/uploadAddress/Horizontes_25_1_05%5B11067%5D.pdf>. Acesso em 13 de set. 2013.
PERRENOUD, Philippe. A prática reflexiva no ofício do professor: Profissionalização e Razão Pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2002.
PIMENTA, Selma Garrido. Pesquisa-ação crítico-colaborativa: construindo seu significado a partir de experiências com a formação docente. In: ______. Educação e Pesquisa. v. 31, n. 3, p. 521-539, set./dez. São Paulo: 2005. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ep/v31n3/a13v31n3.pdf>. Acesso em 12 nov. 2013.
SILVA, Edna Lúcia da. Metodologia da Pesquisa e elaboração de dissertação. 4 ed. Florianópolis: UFSC, 2005.
SILVA, G.F.; NÖRNBERG, M.; PACHECO, S.M. Processos formativos a partir de práticas inclusivas na educação básica. In: _________. Inter-Ação. v. 37, n.1, p. 91-112, jan./jun. 2012. Disponível em: < http://www.revistas.ufg.br/index.php/interacao/article/viewFile/18872/11243>. Acesso em: 28 nov. 2013.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.
ZEICHENER, Kenneth M.; DINIZ-PEREIRA, Júlio Emílio. Pesquisa dos Educadores e formação docente voltada para a transformação social. Cadernos de Pesquisa, v. 35, n. 125, p. 63-80, maio/ago. 2005. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/cp/v35n125/a0535125.pdf>. Acesso em: 5 out. 2013.
ZEICHNER, Kenneth M. Para além da divisão entre professor-pesquisador e pesquisador acadêmico In: GERALDI, Corinta M.; FIORENTINI, Dario & PEREIRA, Elisabete M. (orgs.) Cartografia do trabalho docente: professor(a)-pesquisador(a). Campinas, Mercado de Letras?ABL, 1998. pp. 207-236. Disponível em: <http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&ved=0CDAQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.tecnologiadeprojetos.com.br%2Fbanco_objetos%2F%257BDD167510-E8F7-4AD6-B69B-482DD5A7A6CF%257D_Sobre%2520Professor%2520Pesquisador%2520-%2520ZEICHNER.doc&ei=Of_WUuK-EYnRkQe7r4GgAQ&usg=AFQjCNHk5oyKXJF6U0q1iSsAsHHDS364Dg&sig2=PQACwV7ANvEqBTCfo0bGig>. Acesso em: 24 out. 2013.
[1] Licenciada em Pedagogia-UESPI, Pós-graduanda em Docência do Ensino Superior-IFPI. Professora da Rede Municipal de Parnaíba/PI.
[2] Licenciada em Pedagogia-FAP, Licenciada em Ciências Biológicas-UESPI, Pós-graduanda em Docência do Ensino Superior-IFPI. Professora da Rede Municipal de Parnaíba/PI.
[3] Licenciada em Química e Mestre em Ciências e Tecnologia de Alimentos. Orientadora do presente artigo.