A PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO 5° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Por gedeao paulino duarte | 22/09/2016 | Educação

RESUMO

A falta de educação física é um dos apontamentos para o aumento do sedentarismo em crianças no Ensino Fundamental. Haja vista que o professor atuando como mediador precisa estimular os educandos para essa prática. O objetivo dessa pesquisa é sensibilizar os alunos quanto a relevância da prática de educação física. A metodologia utilizada foi questionário com pergunta semiestruturada onde os alunos responderiam o nível de satisfação e aprendizado das aulas de educação física. Com base nos resultados pode-se afirmar que a educação física, trabalhada no Ensino Fundamental de forma significativa poderá contribuir para um bom desenvolvimento intelectual, social e motora. O sentimento é de satisfação e realização do grupo e superaram as expectativas.

INTRODUÇÃO

O resultado da progressão do homem ocorre gradativamente em diferença do seu percurso. Conforme o desenvolvimento humano, sua tendência e o seu predomínio na formação integral do sujeito, e a prática da educação física como atuante do sistema tem, como finalidade crescimento integral e instiga a direção estrutural, funcional e evolutiva do homem, favorecendo - lhes estímulos e crescimento educacional.

            De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais de 1997, a atividade de Educação Física no Ensino Fundamental é relevante, de modo que os educandos obtenham o propósito de desempenhar aptidões corpóreas e culturais, podemos citar como exemplo: jogos e danças, despertando sentimentos e afeições.

Em função disso, a Educação Física justifica-se na formação ideia de corpo e movimento. No decorrer dos anos sua finalidade eram os movimentos. No entanto, a atividade física, é muito mais além do que movimentos ela é educação.

A pesquisa que realizamos surgiu por conta do combate direto ao sedentarismo, pois acreditamos que sendo trabalhada de forma significativa estimulará ao educando uma vida saudável. No quarto período do curso de pedagogia, buscamos a escola na qual acontecia essa problemática, nesse dia o primeiro contato aconteceu com a secretária da escola, pois a diretora não se encontrava na instituição, conversamos e explicamos o objetivo de nossa visita e ela prontamente nos permitiu que falássemos com os alunos, nesse dia era aula de Educação Física, e o professor de Educação Física não estava presente.

            O primeiro contato com o público alvo da pesquisa aconteceu com apresentações e explicando a eles qual era o nosso propósito, falamos de forma suscita e clara a importância da prática de Educação Física na vida do indivíduo, apresentamos a eles um questionário com perguntas semiestruturadas abertas e fechadas. A turma era de 35 alunos. Utilizamos como ferramentas o Questionário e a Observação, onde com esses instrumentais pudemos verificar as deficiências da escola pesquisada. A escola não possuía uniforme para a prática de Educação Física, o local, onde eram realizados os exercícios físicos não eram específicos e apesar da escola possuir uma quadra de esportes a mesma não era utilizada, pois era constantemente cedida para a comunidade para outros fins prejudicando assim a prática da atividade física das crianças.

            Contudo, a equipe optou em pesquisar os alunos do 5° ano do Ensino Fundamental, em uma escola da zona Leste de Manaus, devido à disciplina de Educação Física ser processo obrigatório avaliativo.

            A Educação Física auxilia, trabalhando na conduta dos alunos nesta categoria do Ensino Fundamental, procurando corroborar a prática de socialização entre eles por intermédio da Educação Física, no entanto a educação não tem o objetivo de trabalhar somente o social, porém desenvolver o corpo e a mente instigando a inteligência, assim como estimular o desejo pela prática de Educação Física.

UM RESGATE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA COMO DISCIPLINA

Baseando – se nos estudos de Educação Física no decorrer dos anos atividade física estava relacionada ao militarismo e aos de classe média. Tendo em vista boa qualidade de vida, beneficiando hábitos saudáveis e determinando uma estabilidade orgânica. Partindo desse pressuposto, observa- se que a Educação Física oferece benefícios ao corpo. De acordo com Vygotsky (1989 p.46), “A atividade motora é um meio de adaptação de transformação e de relacionamento com o mundo”.

A Educação Física enfrentou inúmeras dificuldades, devido usar o corpo para exercício físico, dessa forma era rotulada como insignificante devido ser associado ao trabalho escravo. Diante desse preconceito com a atividade física não foi possível torna – lá obrigatória nas escolas. Vale ressaltar a importância de lutas como a da reforma (COUTO FERRAZ 1851), onde tem como proposta a prática de Educação Física obrigatória nas escolas Municipais da Corte, sendo criticada pelos pais dos alunos, ao observarem seus filhos serem submetidos a exercícios físicos que não tinham caráter intelectual.    Em 1852, na Província do Amazonas, foi expedido o regulamento de Tenreiro Aranha que determinou a inclusão da Educação Física, intelectual e moral.

            Outras conquistas aconteceram em 1882, onde apresentaram pareceres e Rui Barbosa, que intercede pela inclusão da Prática de Educação Física em harmonia com o que acontece nas escolas europeias. Entre outros pareceres a obrigatoriedade da Educação Física em todos os níveis educacionais, exercícios militares para os meninos partir do primário, distinção de atividades físicas entre gêneros, a frequência de 4 vezes por semana durante 30 minutos.

            Barbosa, (1882) concorda com o projeto 224 – Reforma Leôncio de Carvalho, decreto n° 7.247, de 19 de abril de 1879, na instrução pública, na qual defende a inclusão da ginastica nas escolas, unindo os professores de ginastica a outras disciplinas.

            A Educação Física foi inserida como currículo de prática educacional obrigatória em 1937, com organização da Constituição, a qual fez alusão pela primeira vez de forma clara sobre a Educação Física nos termos Constitucionais e Federais.

            Em seguida a Lei de Diretrizes e Bases torna – se oficialmente público em 1961, onde depois de grandes discussões sobre o processo de ensino brasileiro, de modo que essa legislação determina a obrigatoriedade da prática de Educação Física para o Ensino Fundamental e Médio. A partir do decreto n° 69.450, de 1971, a Educação Física é examinada como “atividade que, por seus métodos e didática, desenvolvem e aperfeiçoam emprego de força, morais, cívicas e psicológicas e sociais do aluno”. Podemos observar que essa prática passou a ser desempenhado com seguimentos fundamentais de ensino na busca de talentos para jogos olímpicos e internacionais.

            Em meados nos anos 80, a prática de Educação Física que, no entanto estava direcionada para as séries de quinta e oitava, onde a priori, passou a ser oferecida de primeira a quarta série e também ao público pré-escolar, na qual sua finalidade seria o desenvolvimento psicomotor do aluno.            Embora essa prática seja indispensável na atualidade, ainda assim, essa atividade é rotulada como “marginalizada”, sendo praticada em horários impróprios ou, até mesmo, fora do horário de aula.

            No ano de 1996, a LDB promulga modificar o papel que a Educação Física assumiu anos atrás, ao discorrer no artigo 26 do parágrafo §3°, na qual inclui – se proposta pedagógica da escola, e compõe – se ao currículo da Educação Básica, moldando – se as faixas etárias e a condição social escolar, sendo não obrigatório nos cursos noturnos.

            Contudo é relevante que o professor de Educação Física no empenho de suas atividades receba da escola ferramentas que possam norteá-lo na sala de aula. Mediante a pesquisa da Revista EF, n° 44, ano julho de 2012, divulgou em março do mesmo ano a pesquisa IBOPE realizado nas escolas públicas brasileiras mostram dados com relação à satisfação do professor de Educação Física com seu trabalho: em uma escala de 0 a 10, 74% atribuíram notas entre oito e dez, e apenas 2% deram nota 0 e 4. A nota média de satisfação foi de 8,2.

Podemos analisar através dos dados acima citados que o estimulo está na possibilidade de trabalhar em ambientes abertos, os aspectos de ludicidade nas aulas e a realização de ser professor. Na escola na qual se deu a pesquisa o cenário era completamente diferente, sendo que professor encontrava-se desmotivado devido o lugar que na qual seriam realizadas as atividades estavam deteriorados sem um mínimo de cuidado e que não estava sendo usado para fins educacionais. Portanto sabemos que para um bom aprendizado o ambiente é de grande importância, além de favorecer uma autonomia ao estudante.

            Segundo dados que retiramos do questionário de pesquisa, verificamos que as aulas de Educação Física são de grande aceitação e esperadas, os alunos sentem vontade e necessitam de fazer as atividades e quando não acontecem eles ficam bastante tristes e tendo que criar seus próprios métodos correndo na quadra um atrás do outro o conhecido “corre – corre”.

            Conforme informações obtidas pelo artigo publicado na revista Phort (São Paulo 2002, p 15), mencionando que 25% das crianças praticante de atividades físicas tornam-se adultos ativos, e crianças sedentárias serão adultos sedentários e com maiores possibilidades de se envolverem com alcoolismo, drogas e violência. Em virtude desses dados fundamenta-se que a educação física escolar surge como subsidio no combate ao sedentarismo, as doenças e aos vícios e proporciona ao indivíduo estimulo pela prática esportiva.

            O esporte tem como característica a pacificação, pois o ser humano é ensinado que a natureza é para ser preservada, só que muitas vezes iludido pelo capital se esquece de quando fazem construções e destrói áreas de preservação, poluindo o ambiente com grande quantidade de queimada, e é exatamente ai que o esporte intervém promovendo a paz entre o homem e a natureza, um depende do outro para sobreviver, onde quem pode sair prejudicado com essa confusão é justamente o ser humano. O papel da educação física é sensibilizar o homem mediante reflexão de seus atos.

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