A Praia de Todos Nós.

Por laercio Silva | 24/01/2009 | Crônicas

A praia de todos nós.

Em um final de semana da temporada de janeiro, fiz o que se chama

sair do sufoco e do stress de São Paulo, resolvi levar a família para um

final de semana na praia do Guarujá. Acontece que como todo bom paulis-

tano não consegui sair um pouco mais cedo e quando percebi estava em

uma sexta-feira no horário de pico ás 18hs. Pois bem, até um certo trecho

estava o trânsito fluindo bem, mas próximo ao acesso da estrada, estava o

que não queria, o famoso tráfego parado, engatando 1º e 2º marcha quando

dava, nesta brincadeira levei 3 horas e meia até chegar ao meu destino.

Chegando na praia, tive outra surpresa: a chuva e então achei que o

final de semana estaria indo por água abaixo. No sábado o tempo amanhe-

ceu fechado, mas o mormaço dava o ar da graça e dizia que esconderia o

Sol para ninguém abusar dele, mas mesmo assim fui e curti. Já no domingo

ele não fez cerimônia e apareceu do jeito que a gente gosta.

A maré estava ótima e a água espetacular, e então tive a sensação de

que o dia seria maravilhoso. Os camelôs passavam a todo o instante venden-

do a cerveja que descia rapidamente redondo, para espantar aquele calor que

de infernal era prazeroso, com as pessoas curtindo muito bem daquela natureza,

andando de bicicleta, jogando bola, frescobol, outros já ficavam derretidos ao

chupar um picolé, comendo uma porção de porquinho frito, ah! que delicia.

O único que parecia estar revoltado era o guarda-sol que dava uma sombra a

muitos mas não podia entrar na água, até o momento de um vento mais forte

desprendeu-se da areia e quis ir na direção da maré, mas foi seguro por banhistas

que o trouxeram de volta, acho que daí surgiu o filme "E o Vento levou". Bem,

estar á vontade na praia e sentiro sol e o mar, sem precisar preocupar-se com

a hora ou ingresso e pagar imposto por isto, afinal de contas desde que o mundo

conheceu este pedacinho de céu, ele tem o poder terapêutico de nos deixar felizes

e em condições de igualdade, já que não tem distinção com quem queira freqüenta-

lá, de branco, moreno, crianças, senhoras, senhores que podem confirmar que esta

praia de tão gostosa é de todos nós.

Laércio/Janeiro/09.