A política
Por ADAILSON NASCIMENTO SOUZA | 19/04/2012 | FilosofiaA Política
A Idéia de Política de Platão foi a de implantar uma sociedade mais justa, ou seja, de igualdade social a todo o homem na qual passou a considerar de cidadão, onde o mesmo vive e participa da sociedade.
A origem natural da sociedade.
Sócrates, Platão e Aristóteles defenderam a origem natural da sociedade contras os sofistas que consideravam que toda a ordem social era um contrato, um acerto entre cidadãos, sem valor definitivo, ontológico.
Segundo Platão, a sociedade nasce do homem, isto é de sua condição natural. Sem a sociedade, a estrutura ontológica e natural do homem não se realiza, não alcançando a sua finalidade essencial que a sua felicidade, ou seja, o homem para realizar as necessidades de sua natureza um homem precisa dos outros, precisa da instituição política.
De acordo com Platão, é do trabalho e das diferentes funções que nasceram as classes sociais , que são; a) a classe trabalhadora (encarregada de produzir); b) a classe dos guerreiros (encarregados de defender); a classe governante (que regula as relações entre os cidadãos através de leis segundo a justiça.
Ele nos dá um parecer de um bom cidadão onde ele nos diz que é aquele que considera seus interesses subordinados aos da sociedade e o bem do estado como se fosse seu próprio. Este é o ideal da vida em sociedade.
Platão faz uma comparação entre as partes do corpo humano e as partes do corpo social.
- À parte instintiva e apetitiva da pessoa (alma vegetativa) corresponde a classe social inferior, a dos trabalhadores.
- À parte passional da pessoa (alma sensitiva) corresponde a classe social dos guardiões, auxiliares dos governantes.
- À parte racional da pessoa (alma intelectiva) corresponde a classe dos governantes. Sua função, e responsabilidade maior, é fazer leis justas e sábias para o bem dirigir a cidadania.
Contudo, a justiça é a virtude que harmoniza e disciplina a variedade das qualidades humanas e as inúmeras diferenças no organismo social. Com isso os regimes vão perdendo autoridade e competência a partir do mais perfeito (monarquia) ao pior de todos (tirania), onde iremos citar alguns exemplos.
a) A monarquia ou aristocracia. É o “governo dos melhores”, governo ideal exercido por um homem eminente ou por um grupo pequeno de sábios que governam com a prudência.
b) A Oligarquia. Visa a administração sábia e prudente da cidade, mas o enriquecimento dos governantes, dando origem ao empobrecimento dos cidadãos.
c) A Democracia. Se instaura com a derrubada da oligarquia. A liberdade garantida pelo regime se torna anárquica, onde “cada um faz o que lhe interessa imediato” e onde os cargos públicos “são entregues aos menos dignos e preparados”.
d) A tirania. Tem origem na demagogia que, ludibriando a confiança popular, chega ao poder e suprime toda a liberdade. É o reino da injustiça e da desordem, do rompimento total da harmonia que existe no governo monárquico.
O que enaltece e enobrece a política de Platão é que ela, no fundo, quer uma só coisa: uma sociedade e um cidadão justos, ou seja, a harmonia social alcançada pela perfeição moral dos cidadãos. A meta central do estado é tornar os cidadãos melhores; estabelecer uma ordem justa na qual cada cidadão possa participar no bem público e levar uma existência justa, sábia na medida de suas capacidades.