A política e a verdade - como fazer uma monografia sobre as ciências políticas
Por Claudia Marques | 12/04/2012 | PolíticaDescobrimos em uma análise prática que as diferenças sociais se baseiam em setorizar os benefícios, aplicando sua generosidade só a quem retribua com o voto a estabilidade no trono, ganho com falácias e venalidades nas palavras proselitistas.
Ter presente que Fazer Política implica Prometer sem saber a honestidade cumpridora de quem emite a aventurosa promessa, é a bengala onde devemos apoiar-nos para eleger nosso próximo voto democrático.
Tendo tal pensamento sempre em mente à hora de escrever uma monografia ou um tcc em qualquer tema sobre Ciências Políticas, ter-se-á a isenção suficiente para a produção científica mas ao mesmo tempo a inquirição própria dos estudos sociais
Vivemos numa época nada particular na história, já que a promissora bonança dos dirigentes para seus súditos se remonta desde os gregos até o feudalismo, oferecendo a estes últimos proteção, casa, comida e roupa em troca de trabalho campestre e ofícios variados.
Dentro de seu halo protetor, encontrava-se a formação de pequenos exércitos que combatiam o vandalismo, ao rapto e às invasões.
Este intercâmbio de serviços perdurou muitos séculos conformando um sistema social de nulo crescimento pessoal, já que a linhagem -seja qual for- perdurava durante o tempo todo de vida, categorizando-se em duas classes, a possuidora e a despossuída, um excelente enfoque monográfico para um artigo científico ou um projeto de pesquisa. Ambas deviam proteger com sua vida a estirpe que o antecedeu.
Com a chegada tecnológica e científica, sendo suas raízes produzidas dentro do mesmo feudalismo, descobriu-se a desconexão entre pensamento e posse, autodestruindo-se tal sistema ante o clamor violento de uma das partes em jogo.
As perspectivas do novo sistema resultavam promissoras, abertas, refulgentes de liberdade e eleição, aceitando adeptos desde todas as partes do mundo, até estabelecer-se como a conhecemos hoje... ou ao menos até há poucas décadas, tal como as monografias produzidas focalizavam, diferentemente das atuais.
Baseando-nos na evolução constante e irrefreável, encontramos que o giro histórico contemporâneo responde a uma roda social onde sobem e baixam níveis de forma concatenada.
Não faz muito tempo que os governos e reinados imperantes lutavam para desenvolver e proteger as fontes nacionais, as indústrias emergentes, o comércio e todo o relacionado ao aumento do poder de um país para estabelecer-se como potência, ou ainda manter-se como tal.
Como a moda deglute as diferentes classes sociais, motivando os meios comunicacionais à atualização e ao consumo, se tornou independente a gestão social com o consumo e a aquisição de bens de conforto, convertidos hoje em elementos básicos de uma vida... digna e proveitosa!
Esta modalidade coisificada, de excelente debate em artigos científicos e pesquisas monográficas, transladou-se até a superficialidade do romantismo utilitário, unindo linhagens de reis com plebeus, e ricos herdeiros com casais simples.
Da mesma forma adquiriu o poder -através do voto- uma inovadora classe social denominada políticos, cujo meio de sustento econômico marca a posição governamental adquirida, independente das obrigações e das responsabilidades históricas que elas impliquem.
É sabido que são duas tarefas diferentes o acesso ao posto trabalhista do sustentar-se no mesmo o maior tempo possível, portanto se refinou o sistema popularizando um setor do banco de poder em variados personagens referentes -ou caudilhos-, de diferentes grupos culturais... que os seguem.
Enraizando a pirâmide distributiva para baixo, consegue-se um assentamento mais perdurável e confiável, gerando-se todo um sistema ramificado de poder sem concentração que simula a rede virtual, liberando a todas suas web de conseqüências sociais nacionais, já que cada ocupante de um degrau se ocupa só de seu subgrupo pessoal, não atingindo a vista além... do horizonte bancário.
Esta particular sistematização do Estado, governa a inovadora era da globalização, produzindo gigantes poros geológicos na esperança de patriotismo e bem-estar, decretando desigualdades e instabilidade como padrão emergente, deixando à deriva as perspectivas e as oportunidades, para arrojar uma migalhas de ilusão nas visitas proselitistas só durante as campanhas políticas.
Descobrimos as promessas emitidas a incumprir quando o volume das obras supera o bem-estar pessoal, familiar ou grupal, já que influenciar dentro de uma sociedade requer de certa potência intrínseca muito particular, que se debilita dia a dia quando a reiteração da mesma promessa cresce nas vozes emissoras até fazer-se inacessível à lógica pragmática.