A PARCERIA ENTRE PAIS E ESCOLA

Por Francisca Souza de Lima | 27/07/2010 | Educação

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA GRADUAÇÃO PLENA










FRANCISCA EVÂNIA SOUZA DE LIMA









A PARCERIA ENTRE PAIS E ESCOLA: Um passo para a aprendizagem




RESUMO


Propõem-se nesta monografia de conclusão do curso de Pedagogia a união de pais e escola como parceiros na educação dos filhos. Pensando nisso o trabalho foi elaborado, tomando como embasamento teórico Allan e Barbara Pease, Augusto Cury e Içami Tiba. As pesquisas feitas nas obras deles possibilitaram algumas fundamentações cientificas para as teorias elaboradas sobre as diferenças entre pais e mães, suas maneiras diferentes de educar e como a escola deve ser na vida do aluno hoje. A pesar das diferenças entre pais e mães, existem possibilidades deles buscarem juntos educar bem os filhos, contanto que haja conciliação através do diálogo para que assim dividam a responsabilidade educacional. A escola por sua vez precisa mudar suas formas educacionais ampliando-as para satisfazer o que os pais e as crianças de hoje precisam. Hoje mais que nas décadas passadas à escola cada vez mais se aproxima no imaginário infantil do lugar antes ocupado pela família. Para as crianças a escola é sua segunda casa. Portanto a escola também é muito responsável pela educação delas. Mas, não é responsabilidade da escola educá-las sozinha surgindo dessa perspectiva a importância da união entre pais e escola.


Palavras-Chaves: Monografia. União. Pais e Escola.



RESUMEN


Se proponen en este monográfico finalización del curso de Pedagogía de la unión de los padres y la escuela como socios en la crianza de los hijos. Pensando en el estudio se llevó a cabo, utilizando como teórico Allan Pease y Barbara, Cury Augusto y Tiba ICAM. La investigación que se realiza en sus obras permitió que algunos fundamentos científicos de las teorías desarrolladas acerca de las diferencias entre los padres y madres, sus diferentes maneras de educar y de centros de enseñanza debe ser en la vida del estudiante de hoy. A pesar de las diferencias entre padres y madres, hay posibilidades de buscar juntos para educar bien a sus hijos, siempre y cuando no es la reconciliación mediante el diálogo a fin de que dividir la responsabilidad educativa. La escuela, a su vez debe cambiar sus formas de educación extensión a conocer a los padres y los hijos de la necesidad hoy en día. Hoy, más que en las últimas décadas a la escuela es cada vez más acercarse a la imaginación del niño en el lugar antes ocupado por la familia. Para los niños a la escuela es su segundo hogar. Así que la escuela es también muy responsable de su educación. Pero no es responsabilidad de la escuela para educar a los solos que salen de este punto de vista la importancia del matrimonio entre los padres y la escuela.


Palabras clave: Monografía. Los padres y la escuela de la Unión.



INTRODUÇÃO

Quanto melhor for a qualidade da educação, menos importante será o papel da psiquiatria no terceiro milênio.

Augusto Cury



Este trabalho tem como finalidade apresentar a importância de unir pais e escola na educação dos filhos. Objetivando mostrar que pais e escola juntos podem desenvolver um trabalho educacional que garante bons resultados no comportamento e a boa formação intelectual, no que diz respeito às dificuldades de aprendizagem. Quando pais e escola desejam formar jovens dinâmicos, com espírito empreendedor, visão de futuro e crianças com perspectivas de um mundo melhor. Por que não lutarem juntos para que isso aconteça?
Objetiva-se convencer a comunidade escolar de que pais apesar de fugir das suas responsabilidades quanto escola, a ela foi "encarregado" o papel de participar da educação das crianças. Na atualidade onde o capitalismo "selvagem e avassalador" fazem com que os pais cada vez mais ocupem seu tempo no trabalho. Permitindo também que cada vez mais cedo os pais procurem a escola para matricular seus filhos e ocupá-los bastante por lá. Com isso a criança passa mais tempo de sua vida na escola e a escola aumenta suas responsabilidades educacionais.
Percebendo a dificuldade que pais e escola têm em educar as crianças e os adolescentes no mundo de hoje, onde os pais conseguem dar alegria, saciedade, condição básica de saúde. Mas, não conseguem dar aos filhos uma boa educação. Ver-se que hoje cada vez mais pais e filhos procuram ajuda terapêutica. Propõem-se a união de pais e escola como parceiros na educação dos filhos. Pensando nisso o trabalho foi elaborado, tomando como embasamento teórico Allan e Barbara Pease, Augusto Cury e Içami Tiba. As pesquisas feitas nas obras deles possibilitaram algumas fundamentações cientificas para as teorias elaboradas sobre as diferenças entre pais e mães, suas maneiras diferentes de educar e como a escola deve ser na vida dos alunos hoje.
O trabalho foi dividido em cinco capítulos. Cada vez que um problema foi discutido, também foi buscado entender e sugerido como os resolver. Os títulos dos capítulos foram intencionalmente expressivos para que ao ler o título, o leitor compreenda do que o capítulo irá tratar.
O primeiro apresenta as diferenças entre homens e mulheres, para que sejam entendidas também as formas diferentes como os pais e mães agem na vida dos filhos mesmo que o amor deles para com os filhos seja o mesmo. Nesse capítulo explicam-se as características entre homens e mulheres/ pais e mães, suas limitações na educação dos filhos, mostrando como as mães são mais ativas porque desenvolveram habilidades para que sejam assim no decorrer da sua evolução e como os pais são mais sucintos porque evoluíram de formas diferentes das mães. A questão é simples: homens e mulheres são diferentes, os cientistas e antropólogos sabem dessa diferença há anos. Mas, sabem também que afirmar isso numa sociedade que prega igualdade entre homens e mulheres/pais e mães, dizendo que eles têm habilidade, potenciais e aptidões iguais, apesar da ciência provar o inverso, provocaria uma verdadeira "Torre de Babel" nos conceitos já formulados pela sociedade.
O segundo capitulo consiste em apresentar as formas diferentes como pais e mães educam seus filhos. Onde a mãe acaba sempre educando os filhos sozinha e como esse fato vem sido passado de geração a geração desde a Pré-história, apesar das mudanças no mundo moderno. O capítulo comenta também os frutos da educação moderna, as conseqüências que ela está trazendo as novas gerações. Os pais devem procurar dar amor, carinho, proteção, instabilidade e principalmente limites aos filhos, para que não se tornem parasitas na família.
O terceiro capítulo mostra a educação escolar, como ainda é e como deveria ser mostrando aos educadores suas responsabilidades quanto escola na educação das crianças do mundo atual. A escola mais que nas décadas passadas cada vez mais se aproxima no imaginário infantil do lugar antes ocupado pela família. Para as crianças a escola é sua segunda casa, portanto a escola também é muito responsável pela educação delas.
O quarto capitula apresenta a possibilidade de pais e escola unir-se para garantir uma educação completa e de melhor qualidade para as crianças e adolescentes.
O quinto e ultimo capitulo é a conclusão de tudo o que foi analisado, qual resultado foi obtido. É esperado que o resultado do trabalho não seja apenas a obtenção do título de licenciatura, mas também que ele sirva de auxilio as comunidades escolares como fonte de pesquisa.






I. OS PAIS E AS MÃES



Homens e mulheres são diferentes. A única coisa que eles têm em comum é o fato de pertencerem à mesma espécie, para melhor compreender as diferenças torna-se necessário compreender como são estruturados o homem e a mulher. Não é uma questão cultural e social serem tão diferentes, são assim por causa de sua evolução, se retornarmos a pré-história veremos que era o homem quem saia para caçar e a mulher quem ficava na caverna a espera do alimento e protegendo os filhos, esse tipo de comportamento, através do tempo os fez desenvolver habilidades diferentes, durante muitos anos acreditou-se que homens e mulheres eram assim por condicionamento social e cultural, mas estudos recentes provaram que não.

A partir dos anos 80 houve uma explosão de pesquisas sobre as diferenças entre homens e mulheres e sobre o modo como seus cérebros funcionam. Pela primeira vez, avançados equipamentos de mapeamento computadorizado nos permitiram ver o cérebro trabalhando "ao vivo", e essa observação da vasta paisagem da mente humana forneceu muitas respostas ás questões sobre a diversidade entre os sexos. Recentes estudos de biologia mostraram, porém, um panorama completamente novo e apontam os hormônios e o cérebro como principais responsáveis por nossas atitudes, preferências e comportamento (PEASE, p.17).


Perderíamos muito tempo em falar as diferenças e habilidades entre homens e mulheres, uma vez que o "foco" são os pais e as mães. Porém, não há como diferenciar pais e mães sem compreender os mecanismos que diferem homens e mulheres; Sendo assim, torna-se necessário citar ambos. Da mesma forma que homens e mulheres são diferentes, pais e mães seguem a mesma "lógica".

As palavras denunciam esse mecanismo masculino/feminino na educação dos filhos. Chego a essa conclusão ao observar o interesse por meus livros. Quando o título traz a idéia generalizada de família. Seja feliz, meu filho! Ou disciplina: O limite na medida certa-, a mãe sente um impulso irresistível de comprar. O abaixo a irritação! Ela quer dar ao marido. Já os homens preferem O executivo&sua família (TIBA, 2002, p.28).


Pais e mães são diferentes cada um pensa e age de forma particular, cada um com seu "papel" na vida dos filhos, os pais normalmente são mais sucintos, já as mães são mais "ativas". Tiba (2002, p.280) diz: "Nenhum dos dois está totalmente certo ou errado. Tampouco um é melhor que o outro. São apenas diferentes". Os pais e as mães não são bons ou ruins, perfeitos ou imperfeitos, certos ou errados. Agem apenas de formas individuais.
São comprovadas as diferenças entre homens e mulheres, suas aptidões variadas para determinadas habilidades, suas diferentes estruturas físicas. Tiba (2002, p.32) declara: "Existem diferenças enormes e fundamentais entre ser mãe e ser pai, muito maiores do que simplesmente ser mulher e homem". É indiscutível as grandes diferenças entre ser pai e ser mãe, as mesmas são ainda mais complexas que as de ser homem e ser mulher. A mulher é mais apta para cuidar da família, orientar, ser mãe, o homem por sua vez é apto a trabalhar, pôr comida na mesa, castigar os filhos quando preciso, não é uma questão social e cultural, ambos evoluíram e desenvolveram aptidões diferentes. Como já foi citado, era o homem quem saia para caçar e a mulher quem ficava na caverna a sua espera e protegendo os filhos, a mãe os protegia do perigo enquanto os pais auxiliavam apenas nas situações que exigissem força. Da Antiguidade a Idade Moderna esse era o único papel da mulher ficar em casa cuidando dos filhos e a espera do marido cansado ao chagar do trabalho esse processo permaneceu até a Idade Contemporânea, quando a mulher conseguiu aumentar suas funções e saiu para o mercado de trabalho, o que para muitas mulheres foi uma grande conquista para outras foi apenas mais um trabalho, ela continua a ter responsabilidades em casa, ser a figura materna que cuida e zela pelos filhos e pelo marido. Enfim, ainda que trabalhe fora a mulher do século XXI, ao retornar a sua casa, continuará exercendo a mesma função das suas antepassadas ao longo de sua evolução histórica e cultural, proteger e educar os filhos, cuidar da casa e do marido.

O mundo mudou. Existem casais experimentando novos arranjos familiares. Mas a velha divisão de papéis insiste em si manter: o pai trabalha e por isso não precisa participar da educação das crianças, que é responsabilidade da mãe. Mesmo que a mãe trabalhe fora, ainda resiste em abandonar o que fez durante tanto tempo...(TIBA, 2002, p.360).


O homem trabalha fora e quando retorna ao "lar doce lar", não quer ouvir gritos ou choro de crianças, adolescentes chateando, tampouco mulher reclamando, apenas quer descanso e uma mulher amável e dedicada a sua espera. O homem precisa de repouso e descanso para poder ter um bom desempenho no trabalho, quando esta com problemas e praticamente impossível para ele desenvolver bem suas funções no emprego, não consegue fazer duas coisas ao mesmo tempo, por isso quando chega em casa se tiver problemas, ele procura evitá-los passando a responsabilidade para sua mulher, só após seu descanso e que se pode pensar em tentar ajudar.

Para o homem, a casa é o "repouso do guerreiro". Para a mulher que trabalha fora é o seu segundo emprego, até mais desgastante que o primeiro, porque lhe sobra pouco tempo para lhe dar cabo de todas as tarefas: ver se os filhos não estão machucados ou doentes, se fizeram o dever da escola, se a casa está arrumada, se não falta nada na despensa e ainda preparar o jantar para receber o guerreiro cansado (TIBA, 2002, p.36).

Referir-se a pais e mães, não é o mesmo que falarmos de pais, citar pais dá uma idéia generalizada somente de "pais/homens", apesar de quando escutarmos "pais" nosso cérebro automaticamente nos traduzir "pai e mãe". É importante nos referirmos ao pai e a mãe, assim os dois aparecem.

Para destacar a importância da figura materna na família. Não é justo nos referirmos ao casal como "pais", porque a mãe então desaparece. Quando a escola convoca os pais, quem mais atende são as mães, e quando mães são chamadas nenhum pai comparece à reunião (TIBA, 2002, p.27).


Apesar das diferenças um não pode existir sem o outro, e é justamente por serem tão diferentes que ambos se completam e dão possibilidades educacionais para seus filhos, o que é preciso que exista é uma conciliação educacional entre pais e mães, para que não permaneça a figura moral do pai e a "sem moral" da mãe, o pai reprime a mãe acalenta.

São as diferenças que se completam, pois, sem um pai, a mulher não pode ser mãe. O homem, sem uma mulher, não conseguirá ser pai. A criança é o fruto da associação do homem com a mulher. Ou da mulher com o homem? Não se trata de discutir quem é mais importante, já que os dois são essencialmente necessários para ter um filho (TIBA, 2002, p.28-29).


Discutir sobre as diferenças, apesar de complexo é de suma importância, não para a resolução de muitos fatores que implicam na educação das crianças, mas, para a compreensão desses fatores, e através do conhecimento e compreensão dos mesmos, busque-se possíveis soluções para a resolução de alguns problemas educacionais.
"Pais e mães são iguais só mudam de endereço", quem nunca ouviu falar esse ditado popular? Apesar de ser apenas conhecimento do senso comum, algumas comprovações cientificas defendem que pais e mães de fato são todos iguais. Pai sempre vai exercer a função de pai e mãe sempre vai exercer a função de mãe, foi assim desde o inicio da nossa formação e continuará sendo assim até o fim dos tempos, a mulher sempre engravidará, cuidará da família e o homem terá seu papel participativo nesse processo de acordo com o que a mulher determinar, dependerá dela continuar aceitando que por o homem trabalhar fora continue jogando toda a responsabilidade da educação dos filhos em suas mãos.

O masculino pode ser alterado pelo hormônio feminino, e vice-versa, sem jamais chegar à transformação anatômica total. Da mesma forma, o pai ou a mãe nunca se transforma biologicamente no progenitor do sexo oposto. Em circunstâncias especiais, podem até exercer funções relacionais ou sociais semelhantes. Mas ainda assim serão diferentes entre si. Logo, por mais eficientes que um dos pais seja, ele não pode suprir completamente a ausência do outro (TIBA, 2002, p.32).

Mostrar as diferenças entre homens e mulheres, pais e mães, não é uma questão de defender ou acusar, é uma forma de se fazer compreender como ambos foram estruturados e assim, entender que por mais que um tente "imitar" o outro nunca conseguirão assumir completamente a identidade do outro, não conseguirão porque a diferenças entre ambos se consiste além dos fatos sociais e culturais são assim por uma questão natural de evolução das formas como ambos se estruturaram e se desenvolveram no processo evolutivo das espécies. E assim, por mais que o mundo tenha evoluído e as pessoas tenham adquirido novos hábitos, costumes e maneiras de viver, certas coisas não mudam e não mudarão, como por exemplo, a estrutura que constitui os sexos opostos.
A mãe trata o filho com muita proteção e zelo, enquanto que o pai busca livrar-se das chateações com mau humor e repressões. Há ainda grandes diferenças na maneira como os filhos são tratados pelos pais e pelas mães, a mãe procura proteger, cobrar, cuidar dos filhos, enquanto que os pais têm voz ativa apenas quando necessário e para ele já é o bastante, saber o que os filhos fizeram ou deixaram de fazer na escola está fora de discussão para o pai, a mãe ao perceber qualquer tipo de desvio no comportamento do filho, procura de imediato saber o que o filho fez na escola, se brigou ou apanhou de algum colega, ou talvez, foi mal tratado pela professora, e assim "especula" da criança todas as informações possíveis até descobrir a causa ou as causas para tal comportamento do filho, o pai em seu senso de dominador do território sugere pôr de castigo ou dar-lhe umas "tapas", que a criança irá atender quem manda e quem obedece e assim solucionar o problema.
Conhecer as diferenças entre os filhos é uma fácil tarefa para as mães ela sabe quando tem algo irritando o filho, se a criança apresenta certo tipo de comportamento diferente do seu habitual, a mãe logo percebe e procura saber como resolver o problema. Saber se o filho está bem resolvido na escola é uma preocupação constante da mãe, ao pai o que importa é saber se ele está de barriga cheia e se não lhe faltará comida na mesa, se na escola está tudo bem ou não, o problema é todo dele, que estude para melhorar seu rendimento se esse for o caso, quando a escola é particular, o filho vai sofrer um castigo maior para que assim compreenda o valor do trabalho e o sacrifício do seu pai.
Quando a criança apanha na escola, a primeira atitude do pai é orientar o filho a bater em quem lhe bateu se não o fizer ele leva outra surra, mas é em casa. A mãe procura saber quem bateu em seu filho para resolver o problema de outra forma, procura a professora do seu filho e em casos mais extremos a mãe do garoto que bateu em seu filho, a superproteção materna muitas vezes é tão grande que não lhe sobra tempo para pensar se seu filho é culpado ou inocente.
A mãe tende a criar um apego maior que os pais com os filhos, porem não significa dizer que as mães amem seus filhos mais que os pais, como já foi explicada essa questão de apegos e desapegos são condicionados por um processo evolutivo da espécie humana que diferenciam os sexos masculinos e femininos.
Para a maioria dos pais, cabe a sua responsabilidade manter os filhos satisfeitos, para eles subentende-se "barriga cheia". Para as mães também cabe a sua responsabilidade manter os filhos satisfeitos, mas na sua compreensão de mãe está muito além de apenas satisfazê-los com boa alimentação, manter os filhos satisfeitos engloba a satisfação completa: feliz na escola, feliz com a família, enfim satisfeito em todo o seu mundo criado por ela é "lógico". Tiba (2002, p.38) declara que: "A mulher mantém mais a estrutura familiar que o homem. Portanto, uma família sem mãe sofre muito mais desagregação, de cada um ir para o seu canto, que uma família sem pai". Assim a mulher tem mais possibilidades de educar bem seus filhos sozinha que um homem sozinho.
É importante destacar que apresentar diferenças não é rotular o pai de "ausente e omisso" ao qual é incumbido o papel de servir como fecundador, repressor (mas só quando preciso, em ultimo caso) responsável pela alimentação da família e a mãe de "deusa materna", que nasceu para ser perfeita em tudo o que faz principalmente ao papel que lhe serviu tão bem, o de ser mãe.
Repetidamente relembra-se que apresentar diferenças é compreender todo esse conjunto que está além de simplesmente justificar, compreender é a ponte para a análise e a busca de possíveis soluções. Fazer uma ponte entre dois mundos tão diferentes que se unem e se completam na formação da família é um dos mais belos mistérios da vida.
Conclui-se então que conhecer as diferenças entre homens/pais e mulheres/mães é de suma importância para a busca de subsídios que os façam compartilharem a responsabilidade de juntos educarem os filhos. "Em geral, não é fácil levar a teoria para a prática. A maior dificuldade surge quando conflitos internos dos pais interferem nas ações educativas, e isso não depende da idade dos filhos" (TIBA, 2002, p.47). O diálogo é uma boa solução para que pais e mães discutam possibilidades de como irão dividir as responsabilidades na educação dos filhos, da mesma forma que a maioria dos casais divide as despesas da casa, devem dividir as responsabilidades educacionais, é importante lembrar que nem sempre pais são omissos e não é uma regra geral que as mães assumem toda responsabilidade, algumas famílias dividem bem esses papéis educacionais apesar de raras, elas são um bom exemplo de estrutura familiar. "A grande vantagem do ser humano sobre os animais é a possibilidade de modificar seu comportamento, criando soluções para o que o prejudica ou não lhe satisfaz" (TIBA, 2002, p.46). O homem pode mudar seu método educacional quando ele não esta lhe trazendo bons frutos e isso e uma responsabilidade sua, o que deve acontecer quando pais e mães não conseguem fazer isso sozinhos e a busca de auxilio que os ajudem a fazer o que tem que ser feito.




















II. A FAMÍLIA E A EDUCAÇÃO


Apresentadas as diferenças entre homens e mulheres/pais e mães que são peças fundamentais na formação de uma família, entende-se que para analisar a educação familiar de hoje faz-se necessário também entender sua estrutura.
O homem ao casar-se procura na companheira a mulher ideal, que o ame, lave suas roupas, cuide dele e dos futuros filhos que o casal virá a ter. A mulher ao enfrentar um relacionamento sério como o do matrimônio sabe o que a espera: casa, comida, roupa lavada, e muitas outras tarefas para ela cumprir e isso para ela não e nenhuma novidade. Com as mudanças do mundo moderno a mulher conseguiu seu lugar no mercado de trabalho antes dominado pelos homens, conseguiu também aumentar sua jornada de trabalho e suas funções, agora com seu lugar conquistado no mundo "machista" ela exerce os seguintes "cargos": mulher, mãe, esposa e segundo chefe da casa, porque ao começar a trabalhar fora, certamente irá ajudar na manutenção da casa ou talvez fazê-la sozinha. Tiba (2002, p.40) diz: "Quando trabalha fora, a mulher de hoje, ainda atropelada pelo "instinto" materno, tende a se sentir culpada por ficar ausente de casa o dia todo". Esse acúmulo de cargos sobrecarrega a mulher de tal forma que sendo apenas uma não consegue cumprir com todos, e isso acaba refletindo no mau condicionamento de seus relacionamentos seja ele entre maridos e esposas, mães e filhos, patrões e funcionárias.
Outro ponto importante a ser destacado na família moderna são os variados arranjos familiares, e por isso, é também importante lembrar que se referir a pais e mães não são apenas aos biológicos, mais também as figuras masculinas e femininas que representam na vida da criança o papel de pai e de mãe.

A dinâmica das famílias mudou. Há casais que reúnem sob o mesmo teto os filhos do atual e dos antigos relacionamentos. E assim constituem uma grande e saudável família. Quando o mundo era mais machista, essas reuniões eram simplesmente impensáveis. O segundo casamento pode dar
mais certo que o primeiro, já que o casal aprende com os erros e sofrimentos anteriores (TIBA, 2002, p.217/218).


Os novos arranjos familiares acarretam ainda muitos outros fatores que inconscientemente são refletidos nos filhos os prejudicando na sua formação de seres humanos. Contudo, não é uma regra geral, muitas famílias conseguem fugindo do modelo tradicional formar seres humanos bem educados. Se possível à figura masculina e feminina devem estar presentes e atuantes na formação do caráter da criança, mas nem por isso a falta de um deles prejudica o futuro dos filhos. Mas sabemos que a mãe tem um maior domínio na educação dos filhos que os pais, apesar de também não ser uma regra geral as mães tem mais possibilidades de educar bem seus filhos sozinha que os pais, essa afirmação e mais uma comprovação histórica da educação familiar.

Há mais de 30 mil anos, antes de o ser humano sair das cavernas e montar a sociedade primitiva, a mãe já educava o filho. O homem se conhece como pai há apenas 12 mil anos: com a descoberta da agricultura, ele se fixou mais a terra, aumentando a convivência entre os filhos (TIBA, 2002, p.221/222).


Educar é preciso! Mas nunca foi tão difícil educar; A má educação é um dos problemas mais discutidos nas últimas décadas no Brasil, se deposita nela, a esperança de que através dela sejam solucionados muitos problemas sociais. Mas para que a educação seja vista como solução e preciso também que se tome consciência que a boa educação começa em casa, e em casa que são formados os primeiros conceitos de vida, os princípios morais e éticos e os pais precisam saber e assumir essa responsabilidade.
Na família as mães procuram tomar conta de toda situação e os pais se omitirem o máximo que podem. Essa má divisão de papéis é uma grande suspeita na má educação dos filhos, mas esse quadro de pai omisso e mãe boazinha ou cobradora podem ser mudados, depende apenas de ambos.
Tomando como base formadora à educação familiar, destacam-se ainda outros pontos negativos que interferem na boa formação educacional familiar, como a forma que nossas crianças estão sendo educadas com excesso de zelos, superproteção e surtos de repressões entre outros fatores que serão discutidos também.
Porque será que com tantas informações e facilidades que o mundo globalizado oferece se erra tanto na educação dos filhos. Ensinam-se tantas coisas e não se aproveita praticamente nada. Nossas crianças têm acesso a computadores, Internet, brinquedos eletrônicos e tantas outras coisas que eram impensáveis para muitos pais, elas tem muito e não valorizam o que tem, para elas e pouco, estão sempre insatisfeitas.
Se aposta nas crianças a esperança de um futuro melhor, mas o que se vê são crianças e jovens desestimulados sem sonhos e fantasias. Cury (2003, p.12) declara que: "Esperávamos que no século XXI os jovens fossem solidários, empreendedores e amassem a arte de pensar. Mas muitos vivem alienados, não pensam no futuro, não têm garra e projetos de vida". A esperança depositada nos jovens do século XXI acabou transformando-se em decepção para muitos pais, esperava-se que as novas tecnologias a facilidade ao acesso as mesmas formassem jovens dinâmicos com visões de futuro, quando comparada há algumas décadas atrás as tecnologias e oportunidades são muitas, o que acontece é que os jovens não têm perspectivas de vida encontram-se insatisfeitos e desestimulados, o desejo súbito de possuir o que o mercado consumista do capitalismo oferece os corroem e o apego às futilidades os estraga. A maioria das crianças já não são sonhadoras, não acreditam em Papai Noel e contos de fadas, perderam o dom de sonhar e fantasiar prefere os filmes de ação, terror ou guerras que as histórias infantis.
O que tornou nossas crianças e jovens tão desestimulados ainda não se sabe ao certo, porem estudos de casos familiares apontam a ma educação familiar como principal culpada por isso. As formas de como os pais educam os filhos hoje cheios de zelos, e excessos de mimos, dão tudo o que o filho deseja, mas quando a situação esta ficando sem controle começam as repressões, a tentativa de tentar controlar o que já esta fora de controle cria mais problemas comportamentais, gerando rebeldia nos filhos. Para a maioria dos pais, ver seus filhos "tão bem criados" cheios de crises de rebeldia, depressões e traumas e incompreensível, afinal o seu único objetivo e que seus filhos sejam felizes, eles não compreendem que a maneira como estão educando seus filhos e um erro, estão formando crianças que virão a tornarem-se jovens insatisfeitos e sem perspectiva de vida. Porem e interessante lembrar também que a maneira como os pais do século XXI estão educando seus filhos e a reflexão de como foram educados, cansados da educação tradicional, repressiva decidiram educar seus filhos no liberalismo, o filho pode tudo e tem de tudo o que os pais podem comprar e o que não podem eles conseguem sacrificar-se para conseguir.
Os pais estão "modernos demais" e buscam suprir seus filhos com tudo que não tiveram e acabam esquecendo dos bons costumes e conceitos de vida ensinados a eles. Na pós-modernidade busca-se a retomada dos bons costumes como possível solução para certos problemas sociais. Porem os pais devem saber a medida certa do tradicionalismo e do liberalismo, educar seus filhos sabendo a hora certa de punir e de acalentar e muito importante para que os filhos obedeçam a suas autoridades de pai e de mãe.
Os pais foram criados com autoritarismo e acabam renegando esse comportamento na educação dos filhos, o que acontece hoje, é que os pais tornando-se "permissivos" formando uma geração do "Sim" adotando um novo método de educar a chamada "educação moderna", onde os pais não medem esforços para dar aos filhos tudo o que podem e que não podem também, os filhos podem quase tudo, esse quase acaba tornando-se tudo porque as crianças e os jovens do nosso século desconhece o "Não" e não suportam ouvi-lo. Os pais se doam o maximo que podem, dão tudo a seus filhos e a situação torna-se sem controle, ao chegar nesse "estagio" os pais tentam reverte-lo impondo limites, mas esse processo de reeducar e muito doloroso para ambos os lados, por isso e importante que os pais tomem consciência de que devem ensinar o valor do sim e do não para a criança desde cedo uma vez que o sim é muito importante ninguém gosta de apenas ouvir não, mas há hora para tudo, dizer sim sempre que a criança desejar algo as transformarão em jovens insatisfeitos. O sim só é valorizado com o conhecimento do não.Quando a criança encontra dificuldades para conseguir o que deseja, o valor da conquista para ela é indiscutivelmente mais satisfatório. Por isso, dizer "Não" também é preciso!

A omissão, que permite a criança fazer tudo o que tem vontade, ou a explosão diante de qualquer deslize do filho, além de não educar, distorcem a personalidade infantil, tornando a criança folgada (sem limites) ou sufocada (entupida, reprimida, tímida). No futuro, ela poderá se revoltar quando for contrariado ou tiver força suficiente para se rebelar contra o opressor. Portanto, é importante que os pais busquem ajuda quando não conseguem fazer o que sabem que tem que ser feito (TIBA, 2002, p.47).


Às vezes ouvimos nossos avós relembrarem dos velhos tempos em os filhos eram mais obedientes e respeitavam os pais e os avós. Na época dos nossos avós, quando os mais velhos falavam os jovens calavam-se para ouvir, eles transmitiam sabedoria. Os pais, as mães, os avôs e as avós deveriam ser respeitados pelas crianças, que hoje em dia os xingam, batem e muitas vezes são "aplaudidas" pelos mesmos. Muitas de nossas crianças não "aprenderam" a respeitar os mais velhos, acham natural bater nos avos e nos pais quando não são atendidos, fazer "birra" sempre que for contrariado e ao final sempre alcançar seus objetivos.
Nos primeiros meses de vida, quando ainda não sabe falar a criança chora para ser atendida no que precisa, logo, ela descobre o valor do choro e oportuniza-se dele para continuar conseguindo tudo o que deseja mesmo depois de aprender a falar. A maioria das mães não suporta ver seus filhos chorarem ou por "pena" ou pela estressante sonoralidade que ele provoca e acaba atendendo a criança nas suas vontades, no que ela quer. O filho chora, a mãe atende, é uma espécie de companhia para a criança, é só chorar e conseguirá tudo o que deseja.
Porem e na facilidade das conquistas na vida das crianças que consiste o perigo! Na vida fora de casa, à criança irá deparar-se com o não e com as dificuldades, quando a criança cresce não conseguirá tudo o que deseja através do choro, ela precisará lutar para conseguir suas próprias conquistas, mas as crianças mimadas demais provavelmente não conseguirão conquistar muitas coisas, ninguém nunca as ensinou a lutar por objetivos, por fim se tornarão o que Içami Tiba "classifica" como parafusos de geléia.

Se levam um apertão, espanam. Não agüentam ser contrariados. Não foram educados para suportar o "não". Mas a geração parafusos de geléia desconhece o "não". Tudo é permitido. E a permissividade não gera um estado de poder. Os parafusos de geléia têm baixa auto-estima porque foram regidos pela educação do prazer. Muitos pais acham que dar boa educação é deixar o filho fazer o que tiver vontade, isto é, dar-lhe alegria e prazer. Não é isso que cria a auto-estima (TIBA, 2002, p.52/53 e 54).


Na família destaca-se a mãe como principal responsável pela educação dos filhos, algumas protegem demais. Tiba (2002, p.39) descreve esse tipo de mãe como: "Superprotetoras: acham que tudo o que o filho faz é maravilhoso; ele é a melhor criança do mundo". Esse tipo de mãe defende seu filho com tudo o que pode para ela seu filho nunca erra, os errados são todos os outros que cometem algo contra seu filho. Outras mães cobram demais de seus filhos. Tiba (2002, p.39) descreve essa mãe como: " Cobradoras: só reparam no que o filho faz de errado. "Para os outros brigarem com você, e porque deve ter aprontado alguma, como sempre", diz essa mãe. Ela não agüenta ser criticada pelo que o filho faz". Para essa mãe o maximo que o filho pode oferecê-la e pouco, ela quer que ele tire as melhores notas, seja sempre o primeiro em tudo e principalmente nunca cometa erros. Segundo Tiba (2002 p.39): "As superprotetoras correm maior risco que as cobradoras de não educar bem os filhos". Não significa dizer que as cobradoras acertam com seus excessos de cobranças. As mães devem saber a medida certa de cobrança e proteção. Superproteção ou muita cobrança nunca foi e nunca será bom para o desenvolvimento e a boa educação da criança, e isso nunca mudará. Cada criança tem suas individualidades por isso precisam ser protegidas e cobradas de acordo com suas necessidades e capacidades.
Os pais trabalham muito para proporcionar conforto para seus filhos e na busca quase inesgotável de proporcionar boa vida aos filhos, pais e mães acabam perdendo o crescimento e desenvolvimento dos seus filhos, não tem tempo de conversar, acompanhar os desejos e frustrações dos filhos, esquecendo que um dos seus maiores desejos é o amor e atenção dos pais.
É sabido que os pais ao propiciarem tantas vantagens e facilidades, suprindo nos filhos o que não tiveram na infância desconheciam as trágicas conseqüências que essa "bela atitude" de bons pais iria acarretar aos filhos no futuro.

Pais e filhos vivem ilhados, raramente choram juntos e comentam sobre seus sonhos, mágoas, alegrias, frustrações. Nós nos tornamos máquinas de trabalhar e estamos transformando nossas crianças em máquinas de aprender (CURY, 2003, p.12/13).


Sem dúvida, tudo o que os pais desejam é o melhor para seus filhos, se dão bons presentes, boas roupas, os colocam nas melhores escolas que suas condições financeiras podem pagar, certamente é com a melhor das intenções, apenas desejam o melhor para seus filhos. Frustrar e traumatizar sem duvidas são duas coisas que os pais desconhecem que são capazes de propiciar a seus filhos como conseqüências do seu excesso de "boas intenções". Os pais desconhecem que excesso de zelo e crises de repressões frustram e traumatizam os filhos e que a busca de melhoras para a vida de seus filhos os afastam cada vez mais deles os separando em dois mundos distantes.
Outro fator que a vida corrida trouxe foi à falta de tempo, são muitas atividades para serem desenvolvidas em apenas 24h e por falta de tempo para cuidar dos filhos as mães procuram ajuda de babás e empregadas domésticas que virão a ser mais uma influência na educação das crianças. Com a modernidade os pais foram obrigados a contratar a ajuda de "terceiros" que terminam auxiliando também na educação de seus filhos. Mas não é porque terão a ajuda desses colaboradores que os pais devem se sentir aliviados ou em outros casos enciumados, suas funções de pais não mudam, é incontestável que eles continuam a ter total responsabilidade por seus filhos. Por isso devem ser ainda mais vigilantes, estabelecer regras e impor limites, não apenas aos filhos mais também às pessoas que ficaram responsáveis por eles na sua ausência como pais, esses limites devem ser impostos porque não é o fato deles assumirem a responsabilidade por seus filhos quando os pais tiverem ausentes que os dará o direito de tomar decisões avessas às deles. Muitas opiniões deixam as crianças confusas e certamente ficarão do lado que for mais favorável por isso os pais devem manter sempre um bom dialogo com as babas ou qualquer outro responsável por seus filhos quando não estiverem presentes.
Os pais devem buscar juntos a boa educação dos filhos, unidos tentar solucionar os problemas educacionais da família. Ambos têm que lutar pela boa educação de seus filhos, o respeito é um sentimento recíproco que deve existir entre pais e filhos, isto é, não apenas os filhos que devem respeitar os pais, os pais também devem respeitar os filhos. Tiba (2002 ,p. 55) declara: "O respeito à criança lhe ensina que ela é amada não pelo que faz ou tem, mas pelo simples fato de existir. Sentindo-se amada, ela se sentirá segura para realizar seus desejos...". Esse tipo de comportamento a ajudara a desenvolver auto-estima e o crescimento interno. A cobrança e proteção também devem ter seu lugar e é claro que em primeiro lugar o amor, porém por estar sempre em primeiro lugar o amor muitas vezes "cego", permite que os pais e as mães superem a razão. Para Platão o verdadeiro conhecimento só é obtido quando ele se desprende do sentimentalismo. Não se trata de educar os filhos no militarismo, apenas consiste em os pais tomarem consciência e permita-se educar seus filhos com racionalidade.

Os filhos não pediram para nascer. Tiba (2002, p.126) diz que: "Filho não nasce com manual, pois ele é o próprio manual". Assim os pais são os únicos responsáveis por isso, cabe a eles o importante papel de ajudá-los a viver, os preparando para as mais diversas situações que a vida os oferecerá.

Analisadas as obrigações maternas e paternas, as falhas educacionais e as sugestões que proporcionarão um planejamento de como os pais poderão educar seus filhos, sabendo que a família é o "berço da educação", que é em casa que a criança tem os primeiros laços afetivos, aprende as primeiras palavras, é também em casa que ela deve aprender os primeiros conceitos de vida percebe-se que discutir educação sem dúvidas não é uma tarefa fácil, principalmente quando se trata da má-educação familiar, mas apesar das dificuldades esse não é um assunto que deve passar despercebido, uma vez que é depositada na educação toda a esperança para a resolução de grandes problemas mundiais. Porém não é apenas falar por falar, ao analisar a educação a busca de soluções devem ser visadas e que as teorias apesar de não ser o bastante para solucionar os problemas, elas devem junto aos exemplos reais e o respeito às individualidades serem associadas à prática e a busca de subsídios que auxiliem os pais na educação dos filhos quando os mesmos não conseguem fazer o que tem que ser feito.


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III. A ESCOLA E A EDUCAÇÃO

As pessoas segundo a teoria do evolucionismo, vivem em constante processo evolutivo seus costumes variam de acordo a época em que estão vivendo, mudam os hábitos e as formas de convivência adaptando-se a cada período de suas vidas, e esse e um processo natural na evolução da espécie humana.
Hoje, acompanhando as necessidades que o capitalismo implantou nas sociedades incluindo a brasileira, as mães precisam trabalhar fora de casa principalmente para colaborar com a manutenção da família; Assim, na maior parte das famílias as mães preferem colocar seus filhos mais cedo na escola, isso acontece por vários motivos, as vezes por questões econômicas ou por não conseguirem ninguém confiável o bastante para tomar conta dos seus filhos. Essa antecipação da vida escolar das crianças acaba antecipando as etapas nos seus processos de socialização.

Há trinta anos, os estudiosos do desenvolvimento infantil dividiram a socialização em três etapas: Socialização elementar: ate os 2 anos, quando a criança aprende a reconhecer e a educar as necessidades fisiológicas (vontade de fazer xixi, sede, fome). Socialização familiar: ate 5 ou 6 anos, quando a criança aprende a conviver com o pai, a mãe, irmãos e demais membros da família. Socialização comunitária: a partir dos 6 anos quando começava a vida escolar (TIBA,2002, p.179-180).

As crianças estão iniciando sua vida escolar atualmente cada vez mais cedo em media com dois anos de idade, algumas escolas aceitam crianças mais novas mas, mesmo com a falta de "obediência" das etapas do processo de socialização, ainda não houve uma avaliação através de estudos realizados na área que esse atropelamento das etapas traga algum prejuízo as novas gerações, por ser ainda muito cedo para avaliar. Porem Tiba (2002, p. 180) declara: "... Percebo que algumas crianças têm dificuldades de estabelecer limites claros entre a família e a escola, principalmente quando os próprios pais delegam a escola à educação dos filhos". Ainda que não seja comprovado que a antecipação dessas etapas prejudique as crianças na sua socialização, e sabido que qualquer mudança no ciclo natural das coisas requer um certo período de adaptação e muitas vezes há uma rejeição nesse processo, logo, as crianças que têm sua ordem de socialização antecipada provavelmente terão dificuldades em separar seu comportamento na escola e em casa, trazendo muitos transtornos a ambos (escola e pais).
E em casa no ambiente familiar que a criança recebe com maior intensidade informações e estímulos, a escola e apenas uma intermediadora no desenvolvimento na vida da criança e colaboradora no processo de aprendizagem. Alguns problemas são gerados nessa perspectiva de que ao por o filho na escola os pais estão pondo nas mãos da mesma a responsabilidade da educação dos seus filhos. Porem os pais devem tomar consciência de que a escola e apenas uma colaboradora e apesar da comunidade escolar cada vez mais aproximar-se no imaginário infantil do espaço ocupado anteriormente pela família a escola deve oferecer apoio e complemento na educação das crianças.
Os pais por motivos exteriores ou interiores precisam hoje mais que nas décadas passadas o auxilio da escola na educação de seus filhos e isso não e prejudicial apesar de fugir das responsabilidades escolares, porem esse fato torna-se um problema quando os pais jogam a culpa de tudo o que acontece de errado com seus filhos na escola; Os pais culpam a escola por tudo: as respostas mal criadas e culpa da escola, o filho bateu no irmão e culpa das mas influencias escolares e assim a escola vai "assumindo" todas as responsabilidades. Mas, Tiba (2002, p.180) declara que: "A educação com vistas à formação do caráter, da auto-estima e da personalidade da criança ainda e, na maior parte, responsabilidade dos pais. E de suma importância que os pais saibam de suas responsabilidades na educação de seus filhos, os pais devem saber que a responsabilidade de ensinar os bons costumes como o respeito, amor ao próximo, os seus direitos e principalmente seus deveres entre outras noções de bons costumes, não e cabível e não pertence a responsabilidade de mais ninguém a não ser a deles. Eles não devem depositar na escola a responsabilidade de educar sus filhos, e sabido que a mesma tem um papel fundamental na formação deles, mas ela não pode e não deve tornar-se responsável por toda a educação deles ate mesmo porque a criança passa mais tempo em casa que na escola.
Saber o papel dos pais e da escola na educação das crianças consiste em saber que ambos devem ter sua parcela sem que um invada o domínio do outro. Os pais não devem jogar o controle da situação nas mãos da escola e a escola não deve permitir que isso aconteça, e importante citar que os pais só fazem isso porque encontram "brecha". Ora, se a escola impor limites aos pais também ficara difícil que o problema tome proporções maiores, mais esse tipo de trabalho de conscientização deve ser feito com todo um planejamento estratégico para que não venha a tornar-se um outro problema maior.

Durante um programa de radio em Belo Horizonte, atendi ao telefonema de um pai que fez a seguinte pergunta: "Coloquei meu filho aos onze anos numa escola e ele saiu no terceiro colegial usando drogas" O que devo fazer...Um silencio tomou conta do estúdio. O que o pai pretendia era processar a escola. Foi quando lhe fiz uma singela pergunta: " Onde o senhor esteve durante todo esse tempo" Ele desligou o telefone...(TIBA, 2002, p.181).

Esse eum dos muitos exemplos de pais que jogam a educação dos filhos nas mãos da escola fica claro também o risco que a escola corria de ser processada por "provavelmente ter visto" o jovem envolver-se com drogas e não ter feito nada por isso. As escolas conhecem seus alunos, sabem quem são os mais trabalhosos, quem são os mais estudiosos, e percebem também os desvios de comportamento por maiores elas seja há como detectar esses tipos de problemas alem disso, todas es escolas devem assumir responsabilidades sociais para com seus alunos, uma vez que quando um de seus alunos envolve-se com drogas, por exemplo, esse não vai ser um problema apenas de sua família, mais também de toda a sociedade e inclusivamente um problema da escola também, ele trará vários transtornos para todos.

Embora não seja de sua competência, muitas vezes a escola pode orientar os pais a superar dificuldades domesticas com o filho antes que seja necessário um tratamento psicológico. Muitas escolas, por lidar com grande numero de crianças, tem mais experiência de cada um de seus aluninhos que os pais (TIBA, 2002, p.182).

Seria interessante que todas as escolas assumissem o dever de responsabilizar-se no "auxilio" da educação das crianças "juntamente" com pais mesmo que, quando a escola foi criada não pertencia a ela esse dever, porem relembra-se mais uma vez que o mundo vive em constante processo "evolutivo" nessa perspectiva muitas coisas mudaram inclusive a participação da escola na educação das crianças que atualmente passa a ser mais que uma simples mediadora de conteúdos programáticos, ajudando-as a tornar-se cidadãos críticos, pensantes, conhecedores de seus direitos e principalmente exercedores de seus deveres. Quando se fala em escola refere-se a todo o corpo escolar que vai do diretor ao ASG, essa missão e de responsabilidade de todos não apenas ao professor, apesar dele manter um contato diário com os alunos esse e um trabalho para ser feito em conjunto.
O professor e o mediador entre a escola e os pais, pois e ele quem esta em constante contato com os alunos e conhece cada um muitas vezes tão bem quanto seus próprios pais. Tiba (2002, p.182) diz que: "A escola percebe na criança facilidades, dificuldades e outras facetas que em casa não eram observadas, muito menos avaliadas. Portanto para que os pais possam conhecer realmente seu filhinho e importante estar bem informado de seu comportamento na escola". O dialogo entre escola e pais com relação ao comportamento do aluno devem ser constantes para que o pai tome consciência de como seu filho comporta-se na escola, a escola quando bem ouvida pode ser muito útil na ajuda a pais que estão "perdidos" sem saber o que fazer com os filhos "trabalhosos".
Apesar de ser responsabilidade de toda escola o que acontece com seus alunos e a sua parceria na educação dos mesmos, não ha como falarmos de escola sem dar ênfase maior ao professor, ainda que seja para apresentar pontos negativos, ele toma um destaque especial por ser ele quem esta em contato direto e diário com o aluno. O professor deve oportunizar-se da confiança que os pais depositam neles e formar um "laço" de amizade com os pais de seus alunos isso os auxiliara muito no desenvolvimento do seu difícil trabalho de educador, esse laço de amizade deve ser construído também com os alunos, certos problemas são resolvidos com mais facilidades quando temos certas afinidades e amizade com as pessoas.
Na maioria das escolas há uma longa distancia entre professores e alunos, apesar de conviverem eles ainda vivem divididos, possivelmente isso ainda ocorra pelo fato do Brasil ter vivido por longas décadas ensinos tradicionais e apesar das mudanças muitos professores insistem em permanecer no tradicionalismo. Porem para lidar com as mudanças o professor deve manter-se em constante processo de capacitação profissional. Ele deve libertar-se do tradicionalismo e deixar de forma fria e insensível com seus alunos, agindo assim apenas fará com que seus alunos o vejam como "chato" e certamente detestarão suas aulas. Mas, tratar bem o aluno não e "bajulá-lo", mas estabelecer níveis de afetividade que quebrem a frieza entre professor e aluno. O aluno que confia no professor desenvolve melhor dele suas habilidades individuais e torna-se melhor para o professor convencê-lo a melhorar as comportamentais. E importante lembrar também que como ser humano o aluno e oportunista e pode aproveitar-se da amizade com o professor para fugir de suas responsabilidades, o professor deve saber também impor limites sem que a confiança entre ambos seja perdida.

Os sete pecados capitais dos educadores: Corrigir publicamente; Expressar autoridade com agressividade; Ser excessivamente critico: obstruir a infância da criança; Punir quando estiver irado e colocar limites sem dar explicações; Ser impaciente e desistir de educar; Não cumprir com a palavra; Destruir a esperança e os sonhos (CURY, 2003, p.85-100).

E sabido que o ser humano e dotado de muitos erros e falhas, porem ele e um ser de grande inteligência e capaz de mudar seu comportamento trazendo-lhe melhorias, assim apesar das falhas e possível que o homem busque melhorias, a teoria e o embasamento na busca de possíveis soluções. Ninguém gosta de ser corrigido publicamente ou que alguém destrua nossas esperanças e nossos sonhos, porem como educadores costumamos praticar freqüentemente esses dois pecados capitais, quem sabe se nos colocarmos no lugar do outro mudaremos um pouco esse comportamento. "Nos" professores adoramos expressar nossa autoridade em sala de aula gritando nossos alunos, acreditando que eles são surdos e eles por sua vez respondem no mesmo tom porque também pensam que temos problema de audição, nunca falamos baixo com eles. Outro pecado gravíssimo e prometer o que não podemos cumprir seja o premio ou o castigo, para o aluno você prometeu tem que cumprir ao contrario se tornara um mentiroso. Com os alunos trabalhosos preferimos abandoná-los a tentar conquistá-los.























IV. PAIS & ESCOLA: BELA PARCERIA



O tempo passou e os processos educacionais mudaram. A maioria dos pais nos dias atuais sente grande dificuldade para educar seus filhos. São muitos fatores que implicam nesse quadro, a falta de tempo é um deles, para propiciar boa vida aos filhos, os pais e as mães precisam trabalhar fora e para que possam trabalhar fora e proporcionar uma vida instável aos filhos, os pais precisam manter seus filhos ocupados quando estiverem ausentes, recorrem então às opções disponíveis como a escola, esportes, babás, empregadas domésticas entre outras. O resultado desse quadro é a boa criação dos filhos, porém a má educação deles.
Quando os pais preferem ocupar as crianças na escola em tempo integral, os transtornos ganham proporções menores. Por que as escolas que oferecem esse serviço possuem um planejamento estratégico que de fato ocupa o tempo da criança com práticas educativas e esportivas, implicando nesse resultado. Mas, quando a criança passa algumas horas na escola e o resto do seu tempo em casa em frente a uma televisão, computador ou vídeo game, sem nenhum conteúdo educativo, que o ajude a crescer intelectualmente, sem dúvidas o resultado implicará em problemas educacionais bem maiores. A proposta é promover a parceria entre pais e escola para que juntos possam dividir a responsabilidade de educar as crianças.

Se s parceria entre família e escola se formar desde os primeiros passos da criança, todos terão muito a lucrar. A criança que estiver bem vai melhorar e aquela que tiver problemas receberá a ajuda tanto da escola quanto dos pais para supere-los (TIBA, 2002, p.183).


A família e a escola juntas têm grandes possibilidades de educar muito bem as crianças, principalmente se essa parceria for iniciada desde a infância, podem discutir juntos o comportamento das crianças em casa e na escola e assim poder ajudá-los quando necessário, as crianças muito tímidas ou muito ativas são dois bons exemplos que precisam de ajuda escolar e familiar. Essa parceria pode ajudar na identificação e auxílio a criança com déficits de aprendizagem e problemas comportamentais. Tiba (2002, p.183) declara que: "Quando a escola, o pai e a mãe falam a mesma língua e têm valores semelhantes, a criança aprende sem grandes conflitos e não quer jogar e escola contra os pais e vice-versa". A escola e os pais podem juntos chegar a conclusões lógicas que evitem conflitos desnecessários.
É comum ver pais procurarem a escola para ter satisfações sobre as "histórias" que os filhos contam em casa sobre maus-tratos, justificando que seu filho é uma criança, e criança não mente. Mas quando a mãe ou o pai procura a escola para "tirar satisfação" quase sempre enfurecidos, sem parar para pensar se a história realmente é assim, saem muitas vezes sem graça porque não tinham razão.

Já atendi alguns pais que foram à escola reclamar dos maus-tratos que o filho estava recebendo, baseados sempre na frase "Meu filho não mente", e ficaram totalmente perplexos, perdidos e sem-graça ao descobrir que haviam sido manipulados. O "querido filhinho" havia mentido, sim, e muito (TIBA, 2002, p.183-184).

Assim é melhor tomar muito cuidado quando o filho chegar em casa contando algo que aconteceu na escola, como ser humano ele certamente irá favorecer seu lado. Quando isso acontecer é bom que os pais busquem na escola esclarecer a situação e retirar todas as dúvidas antes de julgá-la e culpá-la. Caso o filho tenha razão e a escola não admita seu erro, é bom que se troque de escola para que sejam evitadas maiores chateações, afinal a escola é opcional podendo ser trocada quando preciso ou necessário.

Quando há conflitos, os adolescentes tendem e tirar vantagens pessoais e as crianças a acompanhar quem mais lhe agradar. Assim, quando os pais não concordam com a escola, é com ela que devem resolver as concordâncias. Desse modo, a criança não se apoiará nos pais para se insurgir contra a escola (TIBA, 2002, p.183).



É essencial que pais e escola mantenham um bom contato e procurem resolver tudo com diálogo, assim nem a criança, nem o adolescente encontrará espaço para oportunizar-se das situações delicadas criadas por eles.
Uma vez que a parceria entre pais e escola deve ser estabelecida desde o inicio da vida escolar da criança, é bom que ao procurar uma escola para matricular o filho, os pais e as mães identifiquem qual escola tem mais afinidades com os conceitos e valores da família. Mas, o fato de optar por uma escola que tenha uma linha de princípios semelhantes aos seus não quer dizer que o pai não deva acompanhar o filho assiduamente. Diante da realidade na sociedade atual com todos os seus problemas como: drogas, prostituição e marginalismo, é extremamente necessário que pais e escola fiquem vigilantes. Quando os filhos estiverem na escola, é bom que sempre que poderem, os pais os visitem de surpresa, assim poderão saber como os filhos se comportam na escola, na maioria das vezes eles têm comportamentos diferenciados em casa e na escola.
Para que essa parceria aconteça e tenha bons resultados, o primeiro passo pode ser tomado pela escola, uma vez que ela tem embasamento teórico e na maior parte delas seus profissionais são capacitados, e apesar dos longos anos dominados pelo método tradicional, hoje tentando libertarem-se disso os profissionais da educação devem desenvolver esse trabalho de parceria e esperar os bons resultados.
Tomando consciência de que tudo na vida deve seguir um planejamento, a escola também tem que planejar como irá desenvolver esse projeto de parceria entre pais e escola na educação dos filhos, por tratar-se de um assunto delicado, afinal limites e regras serão impostos e devem ser obedecidos para que haja um bom resultado. Ele não pode ser desenvolvido aleatoriamente.
A escola pode iniciar o ano letivo com uma conversa informal com os pais para discutir assuntos educacionais, assim colherão informações de como os pais estão educando seus filhos em casa, depois ela estabelece suas normas e regras e explica que independente do aluno em casa fazer apenas o que quiser na escola ele tem por obrigação seguir as regras escolares. No decorrer do ano letivo ela poderia promover palestras bimestrais que expliquem aos pais o verdadeiro sentido da educação familiar e escolar, poderia ser citado também o que está acontecendo com nossas crianças e nossos jovens, para que no futuro eles não venham a tornarem-se jovens problemáticos. Nos casos mais complexos ela pode e deve procurar aos pais individualmente para juntos tentar solucionar o problema.

Os jovens que são determinados, criativos e empreendedores sobreviverão no sistema competitivo. Os que não têm metas nem ousadia para materializar seus projetos poderão viver a sombra dos pais e engrossar a massa de desempregados. Jovens desqualificados intelectualmente prejudicam o futuro de uma nação. Por que a riqueza das nações sobe e desce? Por que as riquezas familiares não duram até a terceira geração? Por causa do material humano (CURY, 2003, p.152).



O objetivo dessa parceria nada a mais é, que poder transformar as crianças em jovens seguros, dinâmicos, com perspectiva de vida, que pensem no futuro e tenha planos maiores para suas vidas, o que se deseja é que os jovens abandonem as futilidades e esse desejo súbito do consumismo desnecessário, essa vontade prejudicial de estar perdendo noites de sono em festas, diminuir os conflitos em sala de aula e em casa, enfim tentar transformar nossas crianças em jovens bem criados e bem educados.
Precisamos transformar nossos jovens em profissionais qualificados, que sonhem, lutem para ter conquistas e desejem mudar o mundo. Os jovens precisam de sentido existencial, precisam saber por que estão aqui e para que vieram. Cury (2003, p.16) diz que: "Devemos procurar soluções que ataquem diretamente o problema. Precisamos conhecer algo sobre o funcionamento da mente e mudar alguns pilares da educação". A escola tem que ter conhecimento e capacitação profissional para estudar o problema de forma mais específica, assim mudar o quadro educacional, realmente encontrando soluções para os problemas, mostrando resultados, descartando os discursos piegas de possivelmente e provavelmente.
Em síntese, conclui-se que pais e escola juntos formam uma bela parceria. Podendo ampliar as possibilidades educacionais, trazendo retornos relacionais mais ricos. Quanto maior ela for, mais distintos serão os comportamentos dos filhos em relação aos pais e dos alunos em relação à escola. Quanto à ação que a parceria proporcionará as crianças pode ser bem maior que a perspectiva esperada. A escola promovendo orientações aos pais e buscando junto a eles educar as crianças só virá a lucrar, o mesmo acontece se o pai busca a escola, para acompanhar seu filho. É necessário reorganizar o relacionamento entre pais, mães, escola, filhos e alunos. E, a primeira atitude necessária é começar do zero. Isto é, iniciar um processo de reeducação para todos que exija um planejamento estratégico com resultados significativos. A escola e os pais devem obedecer as estratégias desenvolvidas e as combinações estabelecidas entre eles, para que realmente se consiga alcançar as metas esperadas.




















V. CONCLUSÃO


Chegado ao término do trabalho, onde foram analisadas as diferenças entre homens e mulheres/ pais e mães discutidas e explicadas, tomando como embasamento teórico os autores Allan e Barbara Pease. Mostrando assim as maneiras individuais como o pai e a mãe agem na vida e na educação da criança, fundamentado por Içami Tiba. Por fim, apresentando a educação escolar e familiar, com a importância dos dois formarem uma bela parceria na educação dos filhos, Conclui-se que, a pesar das diferenças entre pais e mães, existem possibilidades deles buscarem juntos educarem juntos os filhos, contanto que haja conciliação através do diálogo para assim dividam a educação dos seus filhos. Mas isso, acontecerá apenas se houver diálogo, a mulher não pode esperar que o homem sozinho deduza o quanto sua participação ativa na vida dos filhos como a mãe faz, por exemplo. Ele não consegue fazer isso porque a pesar que se esforce. No decorrer do seu processo evolutivo como homem, desenvolveu habilidades que o limitou a trabalhar e trazer o alimento para casa, sendo presente na vida dos filhos apenas em situações que exigisse força. Avessa ao homem a mulher desenvolveu habilidades variadas como a de fazer várias coisas ao mesmo tempo. A mulher consegue trabalhar fora, ser boa mãe, ótima dona de casa e uma maravilhosa esposa, por muito tempo sem apresentar auto teor de estresse. O homem só consegue resolver uma coisa de cada vez, se trabalha não consegue nem pensar nos problemas familiares, se tem problemas familiares não conseguem ficar bem no trabalho.
Esse conjunto de diferenças que impedem homens e mulheres desenvolverem o mesmo papel na vida educacional dos filhos, isto é, um substituir o outro na ausência de um deles é determinado pelo processo natural da evolução humana e não por questões culturais e sociais como se acreditou por muito tempo. Seguindo essa linha de pensamento, por mais que a mãe insista para o pai dividir em igualdade com ela a responsabilidade na educação dos, serão esforços desperdiçados, a ela sempre caberá a maior parte, pois ele não desenvolveu habilidades para que isso aconteça. Mas isso não quer dizer que o pai fique inativo na vida do filho ele tem e deve ter sua parcela de contribuição, porém é menos ativa que a da mãe.
Que fique claro, o homem pode até tentar exercer o mesmo papel da mãe e conseguir fazer isso por algum tempo, mas será apenas "por algum tempo", o tempo o fará cansar e conseguir uma mulher que cuide dos seus filhos para ele. Quando se separa, por exemplo, se o homem ficar com a guarda dos filhos logo se encarregará de pedir que sua mãe, irmã, cunhada ou alguma outra "mulher" cuide deles para ele. Segundo Tiba (2002, p.32): "O pai ou a mãe nunca se transforma biologicamente no progenitor do sexo oposto". Por mais que em algumas circunstâncias o homem tente assumir o papel da mulher será difícil que ele consiga permanecer o exercendo por um longo período de tempo. O que pode ser discutido entre eles é a divisão no papel de educadores, contanto que a mãe tome consciência que a ela caberá o papel de orientar, impor limites e castigar quando preciso. O pai será o apoio moral, uma vez que sempre que a mãe ao impor algo o pai deve apoiá-la ou se o pai proibir algo, a mãe não deve desfazer a vontade do pai, assim os dois participaram na educação dos filhos, sem criar conflitos, e sem formar filhos folgados e cheios de maus hábitos do tipo de tender a ficar do lado que lhe for mais favorável, tornando-lhes sem limites.
No processo educacional chega-se a conclusão que pais, mães e escola juntos podem desenvolver um excelente trabalho na educação dos filhos. Sabendo que nos dias atuais as famílias passam por grandes dificuldades no que diz respeito à educação das crianças. Sendo que, os consultórios dos terapeutas estão cheios de pais bem intencionados que não sabem o que fazer e quais foram os erros que cometeram para terem tantos problemas com os filhos, sejam eles crianças ou adolescentes, por que os jovens e crianças também estão lotando os consultórios dos terapeutas por não conseguirem adequar-se a sociedade, são desesperados e desmotivados por sempre terem conseguido tudo muito fácil, ao se depararem com o mundo real desesperam-se.
Nesse contexto pais e escola ampliam as possibilidades de formar jovens dinâmicos com perspectiva de vida que interajam com a sociedade em que estão vivendo, uma vez que certamente são esses os objetivos dos pais e da escola. Tiba (2002, p. 182) confirma que: " A voz da experiência da escola, bem ouvida, pode ser bastante útil num momento em que a família está totalmente perdida sobre a maneira como deve proceder com o filhinho". A escola como parceira na educação das crianças pode ajudar aos pais sem experiência ou aos que já tem experiência, mas que estão perdidos sem saber como proceder com os filhos, orientando-os antes que se precise de uma análise com um especialista na área de psiquiatria, psicologia ou terapia. Pais e escola sem dúvidas abrem grandes possibilidades de fazer um trabalho educacional que apresente bons resultados tanto para os pais quanto para a escola.




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



CURY, Augusto. Pais brilhantes Professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

PEASE, Allan e Barbara. Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor?. Rio de Janeiro: Sextante, 2000.

TIBA: Içami. Quem ama Educá!. São Paulo: Gente, 2002.