A Palavra Perdida

Por Valdir Carvalho | 13/12/2007 | Religião

A PALAVRA PERDIDA

Muitostem a Palavra do Senhor como amuleto e ornamento, para se dizeremtementes. Entramos em empresas e escritórios e constatamos a Bíblia aberta, amarelada, esquecida, empoeirada num canto qualquer.

DEUTERONÔMIO 31. 24 à 26 , nos fala:

24Tendo Moisés acabado de escrever, integralmente, as palavras desta lei num livro,

25deu ordem aos levitas que levavam a arca da Aliança do SENHOR, dizendo:

26Tomai este Livro da Lei e ponde-o ao lado da arca da Aliança do SENHOR, vosso Deus, para que ali esteja por testemunha contra ti.

Esqueceram da Palavra da Lei. Guardaram o livro e não o observaram. Nem meditaram no que foi escrito e determinado. Por um bom tempo, quantos de nós esquecemos da promessa de nossos pais e do quenossos antepassados nos legaram.

2ª REIS 22.8, 11 e 13, diz :

8Então, disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: Achei o Livro da Lei na Casa do SENHOR. Hilquias entregou o livro a Safã, e este o leu.

11Tendo o rei ouvido as palavras do Livro da Lei, rasgou as suas vestes.

13Ide e consultai o SENHOR por mim, pelo povo e por todo o Judá, acerca das palavras deste livro que se achou; porque grande é o furor do SENHOR que se acendeu contra nós, porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro, para fazerem segundo tudo quanto de nós está escrito.

 

Assim como ao rei Josias (filho de Davi), trouxe convencimento de suas transgressões, é a nós. Ela nosconstrange em nossos errose nos convence para nos arrependermos,eis que nos causa arrependimento diante de Deus. Queremos então, em nossa busca, compreende-Lo ao busca-Lo com todo nosso conhecimento intelectual e espiritual.

 

2ª REIS 23.2 e3 está escrito:

2O rei subiu à Casa do SENHOR, e com ele todos os homens de Judá, todos os moradores de Jerusalém, os sacerdotes, os profetas e todo o povo, desde o menor até ao maior; e leu diante deles todas as palavras do Livro da Aliança que fora encontrado na Casa do SENHOR.

3O rei se pôs em pé junto à coluna e fez aliança ante o SENHOR, para o seguirem, guardarem os seus mandamentos, os seus testemunhos e os seus estatutos, de todo o coração e de toda a alma, cumprindo as palavras desta aliança, que estavam escritas naquele livro; e todo o povo esteve por este concerto.

 

O que Deus esperatanto dericos e pobres, do mais altoao mais humilde, sem distinção de posição social e intelectual, é que O busquemos em Espírito e em Verdade, isto é nossamissão, e é promessa desde o tempo de Moisés. Mas necessário é, que andemosem retidãosegundo os seus preceitos.

 

-.- Quantos de nós, de tantoouvirmos pregações e de a pregarmos, nos tornamos insensíveis à voz do Espírito e não nos damos conta dos nossos erros.

 

-.- Perdemos a Palavra de Deus dentro da Igreja, quando somos levados a refletir que o púlpito fascina o pregador, pois conduz ao exercício do intelecto humano e nosjulgamos detentores da verdade absoluta, sem consideramos que é o Espírito que convence, porque o Espírito Santo é que tem compromisso com a verdade. O pregador nem sempre, poistraz para si,muitas vezes, o papeldeser o Consolador e Orientador das coisasdo juízo de Deus. Pronunciandoentão, benção e maldição sobre seus semelhantes ( o que é o caso de algumas denominações que condenamo pecador pelo pecado incorrido, fazendo-se deJuiz e condenando pela deturpação da Palavra, outro pecador semelhante).

 

.-. A Palavra estava dentro do templo, mas estava perdida. A vontade determinada por Deus estava lá, mas, despercebida, esquecida.

-.- O púlpito não deve ser como aroma de perfume. Hoje se escuta, se percebe que é bom e agradável, mas amanhã ao pôr-se em prática o que se ouviu, de nada mais se lembra. Foi-se oagradável, ficaram as lembranças de um aroma que gostoso o era. Há aqueles que sempre estãobuscando novamente mais do perfume, e não guardam para sí, nem transmitem aos outros do aromaque foram contemplados. Seus testemunhos não condizem com as emoções que seus intelectossentiram.

-.- Nós, já contemplados pela Graça de Deus, quase que sempre, temos a tendência de ficarmos pregando para nós mesmos, uns aos outros, e esquecemos do pecador que mora ao nosso lado, que trabalha , que estuda conosco, e ficamos nos alfinetando, querendo-nos sermaiores que outros, e isto, quando não damosmal testemunho de vida e de vivência espiritual no mundo que está de olho em nosso comportamento cristão.

-.- Infelizes de nós, que muitas vezes, vamos à Igreja já com as pedras na mão, querendo derrotar o Golias, jogando pedra em nosso irmão de banco e quando não, no pregador que se esforça em fazer a vontade de Deus. Esquecemosque há um Golias dentro de cada um de nós, que precisa ser derrotado. Nosso orgulho e soberba, derrubado ao chão e encravado na cruz.

-.-Não nos julgamos capazes de exercitarmos intelectualmente e deixamos a cargo do Espírito Santo nos trazer à consciência a convicção dos nossos erros e decepções. Esquecemos que a consciência traz convicçãoe a convicção produz entendimento que produz fé, não só para nós mesmos, mas para que os outros possam vera luz que brilha no mundo de trevas, do qual fomos resgatados pelo preço de sangue, vertido pelo nosso mestre Jesus Cristo, o REDENTOR, que veio fazer cumprir a PALAVRA QUE SE HAVIA PERDIDODENTRO DO PRÓPRIO TEMPLO.

2 Crônicas 15:15Todo o Judá se alegrou por motivo deste juramento, porque, de todo o coração, eles juraram e, de toda a boa vontade, buscaram ao SENHOR, e por eles foi achado. O SENHOR lhes deu paz por toda parte.

Valdir Carvalho – Cascavel-Pr, 25.7.2006