A ordenação sacerdotal

Desde o início da Igreja, a ordenação sacerdotal era conferida somente aos homens que para isso eram chamados.
Baseado nisto, a Igreja continua a ordenar apenas homens, não num ato de exclusão da mulher, ou que ela seja inferior ao homem, mas porque Cristo assim o fez.
Jesus chamou apenas homens para formarem o grupo dos doze apóstolos. Ele chamou os que quis (cf. Mc 3,13-14), os quais foram feitos fundamentos da Igreja (cf. Ap 21,14). Os apóstolos não foram designados para receber uma missão qualquer, que poderia ser exercida por outra pessoa, mas fora, "especial e intimamente associados à missão do próprio Verbo encarnado" (Ordinatio Sacerdotalis, 2).
Fundamentados nessa escolha de Cristo, os apóstolos também escolheram colaboradores do sexo masculino. A própria Maria Santíssima, a criatura mais santa e "bendita entre as mulheres" (cf. Lc 1,42) não recebeu as sagradas ordens.
Sem dúvida, as mulheres são aquelas que mais colaboram com o trabalho pastoral dos nossos sacerdotes. Sem a presença das mulheres na Igreja, a ação evangelizadora seria muito mais limitada. "Os Livros do Novo Testamento e toda a história da Igreja mostram amplamente a presença na Igreja de mulheres, verdadeiramente discípulas e testemunhas de Cristo na família e na profissão civil, para além da total consagração ao serviço de Deus e do Evangelho (Ordinatio Sacerdotalis, 3).
Como não lembrar de santas mulheres fortes na fé, firmes na coragem e solícitas no amor que fizeram história, como Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce, Santa Teresinha, Santa Rita de Cássia, Santa Teresa d?Ávila...?
Ao pé da Cruz de Jesus, havia três mulheres (cf. Jo 19,25), os outros discípulos (menos João) haviam fugido com medo. A primeira pessoa a ver Jesus Ressucitado, foi Maria Madalena (cf. 20,11-18).
Deus é perfeito em suas escolhas. Se ele escolheu apenas homens para o sacerdócio, cabe a nós aceitar, pois Ele tem seus motivos. Jesus tinha total liberdade para eleger quem Ele queria como seus ministros. O Beato papa João Paulo II declarou que "a Igreja não têm absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja" (Ordinatio Sacerdotalis, 4).
A estrutura da hierarquia da Igreja está direcionada para a santificação do povo de Deus, e não por privilegio ou superioridade de alguns. Os maiores no Reino dos Céus não são os padres, mas os santos.