A Nossa Incessante Busca ... Mesmo Que Não Saibamos Do Que!!!
Por Sandra Regina da Luz Inácio | 30/12/2008 | SaúdeNão se preocupe
Embora pensemos que o ser humano seja composto por inúmeros sentimentos diferentes, na realidade só há dois sentimentos: o MEDO e o AMOR. Sendo que os demais sentimentos são mesclagens destes dois sentimentos.
Não há conhecimento, conquistas, amadurecimento, felicidade, sucesso, saúde, ou seja, qualquer sentimento não existe sem AÇÃO.
O agir em nossa curta existência é o que determina quem queremos realmente ser... o quanto lutamos pelo que amamos e o quanto fugimos daquilo que temos medo.
Sempre penso que qualquer sentimento que tenhamos sempre virá acompanhado do medo:
a) Se amamos, temos medo de não sermos correspondidos;
b) Se nos doamos, temos medo de sermos usados, mal interpretados e desvalorizados;
c) Se saímos para qualquer lugar, sempre há o medo de não voltarmos;
d) Se fizermos, temos o medo de não dar certo no final;
e) Se deixamos de fazer, temos medo de não ter tentado;
f) Se alguém nos entristece muito, temos medo de que outros possam também nos entristecerem;
g) Se somos traídos, o medo da traição sempre está presente em nós;
h) Se vivemos, temos medo de morrer;
i) Se temos... o medo de perdemos sempre estará lá.
j) Se não temos, há o medo de jamais conseguirmos.
k) Se tentamos, o medo do fracasso nos acompanha;
l) Se temos alguém ao nosso lado, temos medo do abandono;
m) Se não temos ninguém, temos medo da solidão.
Nada no Universo sobrevive sem seu oposto, tudo é dual.
Enquanto o amor é a grande força criadora, o medo estará sempre lá para nos impedir, nos bloquear... lembrar-nos que sempre podemos ganhar ou perder... o que não fomos ensinados é que as duas forças são benéficas, uma não terá razão de ser sem a outra.
O que realmente você busca em sua vida?
Seja lá o que for... sabemos que o que você busca hoje ... não será a mesma coisa que buscará amanhã.
Uma das maiores histórias para provar esta busca incessante do ser humano encontra-se em Eclesiastes ou Pregador, onde supostamente seja contada pelo Rei Salomão:
- Acreditei que a felicidade estivesse nas coisas matérias, na beleza que se podia ver, na música que se podia ouvir, nos prazeres que podiam ser sentidos e em tudo o que nosso corpo poderia desfrutar e sentir-se bem.
Enfim, parti para buscar todas as terras, servos, músicas de diversos tipos e culturas, tudo que meus olhos achavam belo, nada eu poupava... tudo tinha.
E nada neguei ao meu coração, seja lá o que desejasse materialmente.
Não havia mais o que desejar... possuía tudo ao qual imaginasse possuir.
Um dia olhando para tudo que havia conquistado... pelas belas paisagens de terras sem fim, do número de servos que não conseguia contar, das músicas, palavras e sons que meus ouvidos se agradassem em ouvir, do amor carnal que desejasse sentir ou possuir.
Meus olhos se encheram de beleza e brilho por tudo que de mais belo via... mas minha alma estava vazia... toda aquela infinidade de coisas belas que um ser humano poderia imaginar ali estava diante dos meus olhos... no entanto, não conseguia satisfazer minha alma... que olhava entristecida e afirmava: isso de nada me alimenta... isso para nada me serve.
Meditei durante muitos dias e o vazio aumentava e atormentava minha alma... então pensei, se a felicidade e plenitude não estão nas coisas materiais só poderá estar no conhecimento, na ciência, nos segredos do Universo.
Fui eu na constante busca pelo conhecimento e quanto mais respostas me eram dadas, mais perguntas eu fazia.. as portas eram inesgotáveis, infinitas descobertas e descobrimentos fascinantes sobre o eu mais profundo, toda a existência humana, a criação do universo e tudo aquilo que minha alma tivesse dúvida, nada lhe foi negado ou deixado de responder.
Depois de muito tempo percebi que quanto mais conhecimento absorvia, mais queria, quanto mais repostas tinha... mais queria perguntar e percebi que jamais terminaria minha jornada, fosse o tempo que fosse... passei incontáveis dias de minha existência buscando a sabedoria, respostas e conhecimento.
E por mais que tivesse minha alma ainda não se sentia saciada, mais tinha, mais queria, mais buscava, mais me entregava à ciência.
Certo dia, refletindo sobre tudo o que aprendera e para que pudesse utilizar tanta sabedoria, percebi que por mais dias que vivesse jamais conseguiria usufruir de tudo, utilizar integralmente fosse pelo meu bem ou da humanidade.
Primeiro porque teria que trabalhar muito para prová-las aos outros, segundo porque estava cansado e meu espírito aflito, pois sabia que o tempo era muito curto e que talvez não existisse nova chance para dividir o que tanto sabia.
Finalmente descobri que a felicidade não estava em toda sabedoria, conhecimento, experiências ou respostas.... que na realidade o que sobrara era uma grande aflição de espírito, minha alma sobrecarregada ... tão sobrecarregada que o desânimo a abateu e tornou-se triste... muito triste.
Depois de muitas lágrimas, arrependimentos e a percepção que a maioria das almas não estão ainda preparadas para o verdadeiro conhecimento, para toda sabedoria por mais que ele tentasse ensina-las. Ele chegou a seguinte conclusão:
A Felicidade está nos anos que Deus te deu de vida, na(s) pessoa(s) que você ama e te amam, em comer aquilo que sente desejo, saúde para realizar o que quer... em nada mais!!!!