A MÚSICA EM HEGEL

Por João Henrique de Oliveira Bento | 27/03/2013 | Filosofia

INTRODUÇÃO 

Com a intenção de fazer uma análise estética da música, o grande objeto de estudo do presente trabalho consiste na concepção de música do filósofo moderno Hegel. É interessante perceber que a visão hegeliana da música está fundamentada em sua ampla reflexão estética. Por isso, para compreender devidamente o conceito de música em Hegel, é preciso recorrer à teoria estética deste filósofo tão importante para a História da Filosofia.

Primeiramente, é fundamental apresentar, mesmo que rapidamente, o contexto histórico do filósofo. E destacar categoricamente a importância da teoria musical hegeliana, que será apresentada perfunctoriamente.  Também é valido observar a concepção estética de Hegel e sua definição de arte, bem como a diferenciação do belo artístico e do belo natural. Entretanto, devido à complexidade da filosofia de Hegel, não é possível mencionar nenhum de seus conceitos estéticos sem antes apresentar, mesmo que brevemente sua dialética.

Observada a teoria estética de Hegel e sua concepção musical, é valido comprovar a teoria hegeliana diante do objeto da comparação deste trabalho que é a obra de Bach. Antes disso, porém, é valido apresentar a biografia de J. S. Bach, contando um pouco de sua história e sua relação com música. Diante da magnitude e excelência musical, do ponto de vista do belo, da obra de Bach, escolhemos uma de suas obras para apreciação, observando-a a partir da concepção musical de Hegel. A obra escolhida é a famosa Tocata e fuga em ré menor’ uma das obras mais famosas do compositor. Conhecida por muitos por ter sido tema de jogos de vídeos-game e vários filmes, é especialmente conhecida por sua associação a peça teatral “O Fantasma da Ópera”.

 

 

 

 

HEGEL E SUA TEORIA ESTÉTICA

Nascido em 1770, Hegel é um grande filósofo da modernidade que surge em um contexto realmente complexo na Europa. De um lado a Alemanha passando por sérios problemas políticos, sobretudo no que diz respeito ao despotismo dos governantes, de outro a França vivendo o ápice da revolução e colhendo seus primeiros frutos. Os intelectuais europeus voltaram suas atenções aos acontecimentos da França, inclusive os alemães que tinham intenso interesse pelos ideais revolucionários. Era o alvorecer de uma nova história da humanidade, marcada fortemente pela abolição da monarquia, pela liberdade, igualdade e fraternidade frutos de uma revolução que a França já vivenciava.

Enquanto a revolução não acontecia a Alemanha se ocupava com a reflexão e a idealização dos ideais revolucionários, sobretudo o de liberdade. Nas dimensões das ciências humanas, das artes, da filosofia e da religião, o trabalho de idealização era intenso. Altas produções filosóficas e culturas faziam com que os alemães se distanciassem da cruel realidade política de seu país e contemplassem os ideais. De acordo com o pensador Hebert Marcuse dentre os pensamentos da Alemanha o de Hegel “constitui a última grande expressão desse idealismo cultural, a última grande tentativa para fazer do pensamento o refúgio da razão e da liberdade”[1]. Sendo assim, em meio à situação da época, a filosofia hegeliana representa um grande marco para a História da Filosofia e constitui uma contribuição significante para o pensamento humano acerca da filosofia, do conhecimento e das artes. 

Vale destacar que Hegel tinha uma relação muito forte com a música, porque em sua época, Berlim era um grande centro musical. De acordo com suas biografias o filósofo era frequentador assíduo de óperas e corais, além de um grande entusiasta da poesia. Dentre suas obras, é interessante observar Estética: A ideia e o ideal e Estética: pintura e música nas quais estabelece uma reflexão acerca da arte, da pintura e da música. Tomaremos como objeto de estudo as duas obras, das quais destacaremos suas contribuições para a Filosofia da Arte e seu pensamento acerca da música.

No primeiro capítulo da obra Estética: A ideia e o ideal[2], Hegel vai afirmar que o belo artístico possui uma superioridade em relação ao belo natural. Isso se dá pelo fato de o filósofo compreender que tudo o que provém do Geist é superior ao que existe na natureza. É interessante observar a seguinte citação: “A pior das ideias que perpasse pelo Geist de um homem é melhor e mais elevada do que a mais grandiosa produção da natureza – justamente porque essa ideia participa do espirito, porque o espiritual é superior ao natural”[3].Nesse sentido a costumeira ideia do senso comum de que a natureza é grandiosamente mais bela que as produções artísticas dos homens é refutada pela tese de Hegel, segundo a qual o maior mérito da arte é revelar o Geist por meio do belo artístico que por sua vez é superior ao belo natural.

 Para Hegel a noção de belo está intimamente ligada à participação no Geist. Sendo assim, só é belo aquilo que possui alguma relação com o Geist. O belo artístico é considerado belo devido a sua origem, ou seja, ele provém do Geist. Nisso consiste sua superioridade, a participação no espirito e por consequência na verdade, porque o espirito é verdade, de acordo com Hegel. É importante advertir que o belo natural, por ser inferior ao belo artístico, não deixa de ser belo. Isso se dá pelo fato do belo natural ser um reflexo do espirito, por isso é belo, uma vez que participa do espirito.

A grande questão a ser decifrada é o que realmente a arte significa para Hegel. Por ser um filósofo idealista, ou seja, acreditar que o mundo é movido pela idéia, Hegel pregava firmemente que a arte é uma etapa do conhecimento humano, em outras palavras, é possível adquirir um determinado nível de conhecimento através da arte. Isso fica mais evidenciado no seguinte trecho: “Sempre a arte foi para o homem instrumento de consciencialização das ideias e dos interesses mais nobres do espírito”[4].

Para entender melhor a ideia apresentada no trecho supracitado, vale lembrar rapidamente a dialética hegeliana, segundo a qual o ser humano tem como filosofia interna o espírito subjetivo. De acordo com a dialética o Geist objetivo teve que dar espaço ao espírito subjetivo. Espírito absoluto é quando o Geist se vê, enquanto tal, diante do mundo. Toda a história da filosofia é uma história da razão, na qual o Geist absoluto se revela num processo sintético. No seguinte trecho é possível observar a questão do processo sintético:

Para Hegel os conflitos filosóficos são a história da própria razão, a qual afirma uma tese (por exemplo, a tese inatista), nega essa tese (por exemplo, a tese empirista nega a inatista) e chega a uma terceira posição que nega as duas anteriores (por exemplo, a posição kantiana).[5]

Sendo assim, para Hegel o que ocorre é um processo dialético no qual é apresentada uma tese, em seguida uma antítese para que essa relação implique em uma síntese. Nesse sentido, o espirito se revela por meio desse processo sintético, apresentado no trecho supracitado. Então, se a arte é instrumento de conscientização das ideias e interesses do Geist, então é uma forma de conhecimento.

A arte está associada à ideia de ciência, o próprio Hegel afirma isso quando diz: ”a arte recebe na ciência a sua verdadeira consagração”[6]. Nesse sentido, a arte ganha um enorme destaque na teoria estética de Hegel, que busca compreender a fundo esse conceito e mostrar a sua importância como uma etapa do conhecimento humano, ou seja, como ciência. Em nossa reflexão, é possível perceber que a teoria estética de Hegel é muito ampla e complexa, pois o filósofo busca compreender o desdobramento da arte desde sua origem. Vale acrescentar que Hegel não publicou em vida, sua teoria estética. Os cadernos de seus alunos e suas anotações pessoais foram compilados.

Para muitos Hegel é um filósofo tão importante e seu trabalho na estética tão marcante que depois dele não há filosofia e tão pouco arte. Muitos filósofos defendiam a tese de que a arte pode revelar o mundo e chegavam a dizer que esta é um meio de conhecimento melhor que a filosofia. Hegel discorda dessa idéia, pois afirma que somente a arte não pode fazer com que o homem alcance o conhecimento, ela pode ser uma etapa, mas por si só não revela o mundo.

A finalidade da arte, de acordo com Hegel, está em despertar a alma, pois é com ela que a arte se relaciona. A arte está intimamente ligada à alma e ao Geist, Hegel vai dizer que o conteúdo da arte compreende o conteúdo da alma: “o conteúdo da arte compreende todo o conteúdo da alma e do espírito, que o fim dela consiste em revelar à alma tudo o que a alma contém de essencial, de grande, de sublime, de respeitável e de verdadeiro.”[7] Sendo assim, a arte tem uma função importante no processo de conhecimento, porque seu papel é revelar à alma sua própria essência, como fica expresso no trecho supracitado.

 A arte possibilita ao homem ter contato com aquilo que está no Geist. A arte revela o Geist, favorece a conscientização de tudo o que espirito possui de mais nobre. Porque para Hegel é mais importante que a arte expresse sentimentos do que copie o que exista na vida real. Somente a arte pode fazer com que a alma experimente os sentimentos de forma mais profunda e intensa. O que é mais impressionante é que a arte, sendo uma realidade exterior, proporciona um penetrar na alma e um evocar os sentimentos interiores mais nobres.

A arte é sensível e material, de acordo com Hegel, teve seu início na índia, no Egito e no Oriente médio. Os Zoroastristas viam o fogo como uma manifestação artística. Hegel analisa a arte em etapas e graus de conhecimento e relação com o Geist. Segundo os especialistas as pirâmides do Egito seriam o início prévio da arte (pré-arte). Entretanto, o Geist ainda não penetrou, pois se trata de uma arte bruta, tão somente física. O conteúdo, a forma e o símbolo ainda são abstratos e, está em desnível, a matéria com o conteúdo. O Geist na pirâmide ainda não está em nível de conhecimento do mundo.

Depois das pirâmides, surge a etapa das esculturas que, enquanto arte, elevam o Geist humano. O Egito pode ser considerado um grande exemplo da arte simbólica. A arte simbólica pode ser representada pela Arquitetura, que prepara a matéria inorgânica pra receber o Geist. A escultura representa a superação das deficiências da arte simbólica, pois é a arte por excelência que possibilita a elevação do Geist humano. Sua forma e Geist estão equilibrados. É uma idealização do homem em mármore.

Os gregos viam nas esculturas a representação dos próprios deuses. O mármore é eterno, é a idealização do corpo humano. A escultura grega clássica é uma etapa fundamental da arte, mas ainda não é arte, porque o Geist precisa superar o material, ainda está no tão somente físico. A dor, tristeza, enfim a subjetividade humana a escultura não expressa, ela é equilibrada. Para romper com esse equilíbrio existe a: pintura, música, poesia, que conseguem sair do tão somente físico e entrar na alma, como ideia ou no caso da música, com o som.

A pintura na dialética de Hegel reduz a subjetividade da escultura ao bi condicional. Este é o inicio da redução da matéria, que vai se completar na poesia. A pintura mostra o homem como ele é. Porém, é contraditória porque a arte da pintura é exterior, enquanto o Geist é interior. O que supera essa contradição, para Hegel, é a música. O som se dilui e acaba, o que continua é o sentimento. Sendo assim, a matéria fica subjetiva, o próprio Geist é a matéria. O som é essa etapa de desmaterialização da matéria. A música é a expressão do sentimento. A arte na música deixa de ser de espaço e passa a ser do tempo.

Apesar de gostar e admirar a música, Hegel não era músico. Por outro lado, conhecia muito bem a música de seu tempo, inclusive Bach e Handel.  Hegel afirmava que a música é a arte mais elevada a que o homem pode alcançar. Tal assim o é, porque a música age diretamente na alma, sem utilizar-se de método racional, se instaura no mais profundo dos sentimentos. É importante observar o seguinte trecho:

Graças ao som, a música desliga-se da forma exterior de sua perceptível visibilidade e tem necessidade, para a concepção das suas produções, de um órgão especial, o ouvido que, como a vista, faz parte não dos sentidos práticos, mas dos teóricos, e é mesmo mais ideal do que a vista[8]. 

A música se difere das outras artes, uma vez que não é tão somente física e objetiva, ela tem caráter subjetivo, porque age interiormente. No trecho supracitado, Hegel deixa claro que a audição é o sentido teórico mais ideal. Pela audição o som atinge diretamente a alma, por isso é modo de expressão da própria interioridade. Então, a música não tem a missão de se fixar na realidade e tampouco de produzir objetos reais, seu objetivo é ressoar subjetivamente, é uma relação do Geist, que revela o Geist ao próprio Geist.

Hegel vai afirmar sobre a música que “é a arte que alma se serve para agir sobre as outras almas”[9]. Isso não quer dizer que as outras formas de arte não possuam essa capacidade de atingir diretamente a alma e de expressar os sentidos profundos da alma, mas quer indicar que a música está em grau mais elevado em comparação com as outras artes. O grande mérito da música está em fugir da espacialidade, por se tratar de emissão de ondas que não se fixam no espaço, não pretendem objetividade espacial, mas sim subjetividade temporal.

Por isso o efeito da música é subjetivo e não objetivo, ela se relaciona diretamente com o interior, com os mais profundos dos sentimentos. Hegel afirma que: “A impressão que produz (a música), interioriza-se imediatamente; os sons só encontram seu eco no fundo mais íntimo da alma emudecida e comovida na sua subjetividade ideal”[10].

 

 

 

 

 

 

A MÚSICA DE JOHANN S. BACH

Johann Sebastian Bach, músico e compositor do período barroco, nasceu em Eisenach, uma cidadezinha da Alemanha. Seu pai, Johann Ambrosius Bach, era um músico da cidade e ensinou Johann S. Bach a tocar violino e viola. Além disso, também proporcionou ao filho o aprendizado teórico musical ensinando-lhe a escrever as notas musicais em partituras com seus tempos adequados e todas as suas regras. Bach foi criado na fé protestante. Seu irmão Christoph trabalhava como organista em Ohrdruf, uma cidade próxima de Eisenach. Quando tinha 10 anos seus pais morreram, Bach e seu irmão foram morar em Ohrdruf, Christoph ficou responsável por dar continuação à formação musical de Bach. Este, mais tarde aos 15, ingressou na escola de São Miguel de Lünenburg e passou a cantar no coro da igreja e teve oportunidade de aprender música através de um ensino formal mais rigoroso.

Em suas viagens de férias aos centros culturais mais próximos, familiarizou-se com a obra de Jean-Baptiste Lully e François Couperin. Em Hamburgo, conheceu a grande tradição alemã de Jan Adams Reinken e Vincent Lübeck. Mas foi em Arnstadt que Bach foi contratado como organista de uma igreja recém-construída, onde permanecer por quatro anos. O encontro com Dietrich Buxttehude, em Lübeck modificou sua maneira de interpretar o órgão.

Depois de Arnstadt, Bach trabalhou como organista na igreja de São Blásio de Mühlhausen. Seu trabalho como organista propiciou a composição de suas primeiras obras religiosas. Em 1707 o músico casou-se com sua prima Maria Bárbara, com quem teve sete filhos, dos quais três se tornaram músicos: Wilhem Friedemann, Carl Philipp Emanuel e Johann Gottfried Bernhard. Trabalhou dez anos como organista, violinista e compositor na corte de Weimar. Depois disso Bach, trabalhou cinco anos em Köthen, para o príncipe calvinista Leopold d’Anhalt-Köthen, que exigia do musico apenas música profana. Durante esses cinco anos o músico foi impedido de escrever musica religiosa.

Casou-se novamente, em 1721, com Anna Magdalena Wülken, que era cantora da corte. Com esta teve treze filhos, dos quais dois se tornaram músicos: Johann Cristoph Friedrich e Johann Christian. Bach recebeu em 1723 o cargo de professor e diretor musical na Igreja de São Tomás, em Leipzig. Esse cargo é denominado de “Kantor”. Foi nesse período de sua vida que ele compôs a maior parte de suas cantatas, a "Missa em Si Menor" e as duas paixões mais conhecidas - a de São João e a de São Matheus.

Dentre suas composições estão: "Tocata e Fuga em Ré Menor"; "Jesus, Alegria dos Homens"; "Oferenda musical"; "Oratório de Natal" e a inacabada "A Arte da Fuga".

Em 1749 Bach ficou praticamente cego e parou de trabalhar. Veio a falecer em 1750. Como muitos gênios, não foi compreendido pelos seus contemporâneos. Somente em 1829 que Felix Mendelssohn conseguiu após reger a Paixão Segundo São Mateus, em Berlim, resgatar a obra do compositor e consagrá-lo de forma definitiva.


APRECIAÇÃO MUSICAL DA OBRA DE BACH

 

 

A obra: ‘Tocata e fuga em ré menor’, de Bach, foi composta entre os anos 1703 e 1707. É muito conhecida, pois se trata de uma das obras mais famosas do compositor. É utilizada em jogos de vídeos-game, filmes e temas de rock, e é especialmente conhecida por sua associação a peça teatral “O Fantasma da Ópera”. Bach a compôs para órgão, embora alguns estudiosos digam que foi composta para violino por outro compositor, entretanto, existem controvérsias acerca da gênese desta peça.

Em consonância ao estilo barroco, esta peça explora vastamente contrastes, Consistindo assim, em um tema que é explorado pelo órgão com várias alturas e acordes durante oito minutos e trinta e três segundos. A combinação de silêncio, momentos graves e agudos é muito interessante. Em alguns momentos o grave se destaca, em outros existe um jogo rápido entre os agudos. A velocidade oscila o tempo todo.

Ora, esta constante mudança no tempo e na altura das notas tem como objetivo influir na alma dos ouvintes causando-lhes uma constante alternância de sensações. Destarte, em alguns momentos, diante da patente predominância dos tons graves, o sentimento causado, varia entre angustia e terror. Entretanto, observa-se, também, que existem picos de alegria, e tais se dão, exatamente, nos instantes em que, após um breve silêncio, se inicia uma velocidade mais acelerada e múltiplos toques agudos. Além disso, o som do órgão é magnífico e a música o valoriza muito, exatamente, devido ao contraste entre o grave e o agudo, explorados em notas, alturas e combinações extremante ricas e diversas.

 

 

 

 

CONCLUSÃO

 

 

Diante do cotejamento da teoria estética de Hegel com a magnificente obra musical de J. S. Bach, resulta comprovada a intuição hegeliana, que advoga ser o belo artístico superior ao natural, bem como ser a música, a mais elevada expressão deste mesmo belo artístico, produto da manifestação do Geist hegeliano. Ora, tal assim o é, devido a beleza impactante de todo o trabalho de Bach, mormente a obra escolhida, a supracitada “Tocata e fuga em ré menor”.

Entretanto, mais do que na beleza, a tese hegeliana repousa em outro importante dado, qual seja: na capacidade ímpar da música em penetrar o espírito humano, e neste ocasionar um locus excelente para o desenvolvimento epistemológico. Ora, se se pode afirmar isto, latu sensu, acerca da música em geral, tal fica contumaz denotado diante da peça que foi analisada. Assim, mais do que a beleza inerente da peça em questão, o principal ponto de inflexão entre Hegel e Bach consiste na capacidade da música do mestre alemão em promover e despertar inúmeras sensações e sentimentos, e com isso, o autoconhecimento do espírito. E tal se dá, precisamente, ao fato supracitado, do constante, peculiar ao Barroco e, especialmente, nesta obra de Bach.

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: editora Ática, 2009.

HEGEL. Estética: pintura e música. Trad. Álvaro Ribeiro. Lisboa: Guimarães editores, coleção filosofia e ensaios, 1964.

HEGEL. Estética. Trad. Orlando Vitorino. São Paulo: Editora Nova Cultural, coleção os pensadores, 1999.

http://educacao.uol.com.br/biografias/johann-sebastian-bach.jhtm

Tocata e fuga em ré menor. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=_FXoyr_FyFw



[1] ARANTES, Paulo E. Vida e obra. In HEGEL. Estética. Trad. Orlando Vitorino. São Paulo: Editora Nova Cultural, coleção os pensadores, 1999. Pág 6

[2] HEGEL. Estética: A ideia e o ideal. Trad. Orlando Vitorino. São Paulo: editora nova cultura, coleção pensadores, 1999.

[3] Idem 2, Pág. 27.

[4] Idem 2, Pág. 28

[5] CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: editora Ática, 2009. Pág. 80

[6] Idem 2. Pág. 38

[7] Idem 2 pág. 49

[8] HEGEL. Estética: pintura e música. Trad. Álvaro Ribeiro. Lisboa: Guimarães editores, coleção filosofia e ensaios, 1964. Pág 181

[9] Idem 8 Pág. 182

[10] Idem 8 Pág. 183