A mulher no mercado de trabalho

Por Fernanda Caputti Zanda | 14/02/2017 | Adm

              Ao se aprofundar neste tema tão importante,  ligado a situação da mulher no que tange o mercado de trabalho, fica evidente o quão a classe feminina é  menosprezada e atingida por vários preconceitos. É fato que ao passar de cada época, a mulher vem superando diversas barreiras e taxações, contudo, ainda estamos longe do cenário ideal, que nada mais seria que, a inexistência de distinções não apenas entre os sexos, mas de toda e qualquer forma de discriminação que de alguma forma acarreta em um sentimento de inferioridade ou de rejeição.                O estudo, o conhecimento, a dedicação e as habilidades, é que precisam ser vistas pelos empregadores como atributos diferenciadores. Julgar ou ceder menores chances de emprego a uma parcela de pessoas, apenas e pelo simples fato de levar em consideração o sexo, definitivamente não obedece nenhum critério, e não nos oferece nenhuma justificativa válida ou qualquer outro meio, que nos leve a uma compreensão de superioridade do homem em detrimento da mulher.                                                                                                                       Observando o atual mercado de trabalho, fica nítido que grande parcela dos cargos mais altos, dotados de maior poder e melhores salários, são ocupados pelos homens, restando para as mulheres ocupações menos remuneradas e nos mais baixos níveis da hierarquia. Assim, quando uma mulher se engaja em um cargo de chefia dentro de uma organização, esta mesma liderança é vista como uma exceção, uma vez que a lógica seria esta mulher ser subordinada por um homem, e não o contrário. É como se a sociedade já estivesse acostumada com o preconceito, e este se tornado algo absurdamente normal.                                                                                     Em contrapartida, vejo que as mulheres estão se  mostrando mais participativas, aumentando seus anos de estudo, se aperfeiçoando mais, e devagar entrando em ramos onde antes era inimaginável a presença feminina. É fato que o preconceito ainda existe, infelizmente, e pior que este, é quando o preconceito não esta ali exposto, fazendo com que os empregadores de uma maneira indireta desvalorizem  tal classe trabalhista, pois fica subentendido que a mulher não tem ou não se acha que tenha, a capacidade ou competência para realizar determinada tarefa.  E é neste mesmo ritmo que aumenta nestas mulheres a vontade de crescer e de se sobressair, provando para as empresas que elas também possuem condições de exercer suas atividades profissionais de forma tão satisfatória quanto os homens.                                                         Assim, aos poucos, a classe feminina vem conquistando seu espaço e se tornando mais  ativa não apenas no âmbito do trabalho, mas também na família e na sociedade como um todo. Muitas delas acabam enfrentando uma jornada dupla, que seria a conciliação do trabalho, com os afazeres domésticos e o cuidado com os filhos. Isso mesmo, além de contribuir ou de efetivamente serem as responsáveis pelo sustento da casa,  quando saem do trabalho, se inicia uma nova jornada. Assim, aquela velha história da mulher ser encarada como o sexo frágil, realmente não dá mais para acreditar. Pois esta mesma mulher, vem nos mostrando que para superar todas essas dificuldades, criar os filhos, cuidar da casa, do marido, e de todos os afazeres, demanda de muita força e coragem.                                                                                                                       Em resumo, é notório o aumento da participação feminina no mercado de trabalho, da mesma forma que é clara as discriminações que ainda existem e  as diversas barreiras que precisam ser enfrentadas. Portanto, torna-se vital que as mulheres não se deem por satisfeitas com as batalhas superadas, pelo contrário, é preciso que se superem muitas outras. Importante também, que o nosso mercado de trabalho saiba propiciar oportunidades iguais para seus concorrentes, afinal, a mulher fazendo parte deste meio, só agrega valor e aquece a economia, uma vez que o consumo também se eleva.                                                                                             Só viveremos em uma sociedade realmente justa e livre de preconceitos, quando o ser humano entender que todos nós somos iguais, e assim sendo, não há que se diferenciar uma pessoa de outra, seja pela idade, sexo, cor ou qualquer outra forma de inferiorização.