A motivação da vida - Parte dois

A motivação da vida – Parte Dois

 O colapso econômico, social e religioso que se verifica no mundo não possui uma solução externa ao homem. Todo o caos atuante na sociedade terá solução apenas dentro do individuo, o declínio do mundo é simplesmente uma conseqüência do declínio espiritual no qual o homem se arrasta.

A confusão externa é resultado de uma confusão mais seria e interna que ocorre no espírito humano, pois o homem está em desalinho com as regras e preceitos morais e espirituais criados com ele, por Deus, lá no inicio da criação.

Não se pode mudar na aparência alguma coisa cuja mudança deve ser interna e que carece de mudar estrutura, bases e fundamentos. A roupagem externa do homem apenas “cobre” a roupagem interna, o corpo apenas “cobre” o espírito e o coração nos quais se manifestam e dos quais procedem as ações boas ou más que governam o mundo externo do homem. Logo, não se pode mudar o mundo se não mudarmos a nós mesmos, não se pode mudar o “corpo” se não mudarmos nosso coração e o nosso espírito.

O homem não consegue caminhar bem com seus semelhantes porque não consegue caminhar bem consigo mesmo. Se não caminhar bem consigo mesmo, nenhum homem caminhará bem com seu semelhante. Contudo, o homem só caminhará bem com ele mesmo se puder caminhar bem com Deus.

Se não tivermos nossos pés “fincados” no Caminho de Deus, nos sentiremos deslocados com respeito a nossa natureza. Fomos criados para a verdade e não para a mentira, fomos criados com outra natureza que não é esta que assumimos para viver. Basta pensarmos que por vezes, a natureza das coisas que nos rodeiam não oferece suporte nem base nem legalidade nem aprovação para a nossa maneira de viver.

Estamos sempre em conflito conosco e com os demais acerca de que se aquilo que fazemos é certo ou não. Buscamos constantemente a aprovação do outro para o nosso jeito de falar, vestir, divertir e se comportar socialmente. Tentamos diariamente “forçar” aos outros nossa forma de viver, nossa maneira de agir “forjando” a todo instante, justificativas plausíveis para nossas atitudes e palavras. Isto é a confirmação de que vivemos deslocados da nossa natureza real e original na qual fomos criados, assumindo e vivendo uma natureza que é uma farsa uma natureza que é falsa uma natureza que não é aquela que Deus nos deu.

Não estamos certos do futuro por não sabermos coisa alguma do presente, vivemos a preocupar e a cuidar do futuro sem nos preocuparmos em cuidar e organizar o nosso presente. Nossa vida neste tempo presente é que determinará nossa vida no tempo futuro. Nossas conseqüências futuras são frutos de nossas ações presentes, todo o nosso futuro está arraigado em nosso presente. Esquecemos, contudo, que para alcançar o futuro que queremos precisamos construir o caminho para ele agora.

Atualmente vivemos, na maioria das vezes, sob um ar de futilidades e aparência. Valorizamos demasiadamente o corpo em detrimento do espírito e da alma. A Bíblia nos relata que “a roupa não pode ser mais considerável que o corpo nem o alimento mais considerável que a vida”. Não podemos avançar de maneira alegre e animada nesta vida, sem a certeza de que estamos vivendo debaixo do plano determinado por Deus. E qualquer individuo que viva fora deste plano divino, claramente irá viver sem a certeza de segurança presente e eterna.

 

Geraldo Goulart