A Montanha que sobe e desce
Por Maria de araujo | 01/06/2015 | PoesiasA montanha que sobe e desce
Sou a gazela a correr pelo outeiro
Inquieta sozinha e ofegante
Tremendo o meu corpo inteiro
E ele não me percebe buscante…
Oh! Imagem etérea, vem me procurar
Oh figura viril vem acalmar meu ser
Mande-me a escalada repensar
Para em seus fortes braços me suster
Sim! Seca meus olhos molhados
Incorformada pela sua ausência
Toca meus sentimentos despedaçados
Já começando entrar em distonia…
Este ansioso. e breve pesadelo
Serviu pra eu poder observar
Como me é bem dificil esquecê-lo
Sem saber que caminho vou trilhar
Vem a lucidez da música e no mesmo passo
Proponho pauta, ombro a ombro vida afora
Caminhando no dois por dois seguindo o compasso
Que orienta disciplinado quem não vai embora …
Tocando a vida vendo o compasso certo
Compondo a inacabada sinfonia
Junto aos instrumentos do café concerto
Transparece, no dueto vocal a melodia.
Caminhar buscando além do imaginário
Melodias profundas, sensíveis, sem temores
Esperando sempre e apenas o necessário
O contralto e baritono podem ser semeadores…
Jogando ao vento a canção composta
Renovando a esperança e a saudade
Sabendo que amar envolve estar disposta
Mas respeitar o espaço… e ter lealdade!
Miab 15/3/15