A MÍDIA COMO FOMENTADORA DO MACHISMO E DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Por KELVERSON ABREU SOUSA | 26/11/2018 | DireitoA MÍDIA COMO FOMENTADORA DO MACHISMO EDA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER.[1]
Anderson Fernando de Jesus[2]
Kelverson Abreu Sousa²
Thaynara Correia Silva²
Adriano Antunes Damasceno[3]
RESUMO
Ao longo percurso da historia da sociedade, fomos presenteados com discursos e ensinamentos de incentivos machistas dentro de várias instituições, como a família, a escola, a igreja e principalmente a mídia. Com isso nossas normas reguladoras são adequadas para regulamentar e ordenar os comportamentos sociais sobre o modo de agir, sobre o certo e o errado. A televisão, os jornais, a internet, revistas e a mídia em geral são responsáveis pela maioria das informações percorridas no âmbito internacional, e elas tem um papel fundamental na vida de cada cidadão em função das informações e entretenimento em geral. Em função da potencial presença da vida dos indivíduos e assim como as demais instituições informais ela pode vir a incitar diversos tipos de comportamentos positivos e negativos, entre os negativos estão à violência contra a mulher. O presente artigo tem o interesse de analisar e verificar as formas de incentivo à violência de gênero pelos meios de controle social informal, e especialmente pela mídia.
Palavras-chave: Machismo. Violência de Gênero. Mídia. Controle Social Informal
1 INTRODUÇÃO
2 A MÍDIA COMO CONTROLE SOCIAL INFORMAL
É na mídia que vemos o verdadeiro poder exercido sobre as pessoas. A mídia tem forte poder de influência sobre as pessoas, interferindo diretamente em suas decisões. Um grande exemplo são as mulheres que fazem as propagandas de cerveja, onde mostram seus seios e suas nádegas, a mídia possui tal força que a mensagem a ser passada a sociedade é que essa mulher deve ser também consumida junto à bebida alcoólica. Nessa relação afirma(CHAVES, 2010, p. 218).
A mídia é uma das maiores disseminadoras de preconceitos em nossa sociedade. As mulheres, foram transformadas em objeto de consumo ou em escravas domésticas, deixaram de serem pessoas. Basta assistir uma propaganda de cerveja ou de sabão em pó para perceber isso. Ao mesmo tempo a mídia tenta criar uma falsa aparência de igualdade entre os sexos. Assim, ratificam machismo promovendo violências de gênero.
Diante disso, a mídia tem grande influência na vida social de cada cidadão. Em relação ao machismo cada vez mais vem o propagando, inferiorizando e submetendo a mulher a verdadeiros constrangimentos, pois esta forma opiniões, tenta retratar a realidade, quando na verdade esta a distorcendo a verdade acerca das mulheres. Vale salientar que nos dias atuais a mulher não tem mais nem liberdade nas redes sociais, porque se por ventura coloca uma foto mais sexy, muitas vezes essa mulher começa ser insultada, resultado de uma sociedade machista, onde a mulher é vista de forma inferior, como sempre tivesse que se submeter ao homem.
2.1. Outros Meios do Sistema de Controle Social Informal
Não só a mídia tem contribuído para o sustento do machismo, existem outros meios como: A escola, família, religião. A verdade é que infelizmente esse machismo está impregnado em nossa nas raízes da nossa sociedade. Na escola tem-se a ideia do garoto macho, o qual se relaciona com várias garotas, é visto com bons olhos perante aos outros, enquanto as garotas são vistas de olhar diferente, um olhar negativo. Na família tem-se a ideia desde quando crianças, onde os pais ou qualquer outro pessoa, muitas vezes falam: isso não é coisa pra mocas, ou então isso é coisa de menino. Na religião desde tempos atrás, no patriarcado as mulheres eram tratadas como inferiores aos homens, tendo sempre que se submeter ao chefe da casa. A respeito do assunto acrescenta (CANNABRAVA, 2012, p.199).
A educação, que começa no seio da família e continua ao longo da vida na escola, nos diferentes ambientes sociais e nos meios de comunicação, continua reforçando papeis e padrões culturais machistas, criando estereótipos: para o homem a autoridade, o poder de decisão, a produção de bens, o mundo exterior; para a mulher a obrigação de obedecer, a reprodução da vida em todos os seus aspectos, o mundo interior, as quatro paredes. Essa injusta e desigual relação entre homens e mulheres – as denominadas relações sociais de gênero – gera uma grande violência estrutural cotidiana, muitas vezes invisível, considerada natural, mas que chega aos maus-tratos, à agressão, a violação e até a morte.
Sendo assim é notório que não só a mídia possui relevância no que diz respeito ao machismo, mas é preciso levar em conta outros fatores, meios informais que contribuem para essa propagação do machismo que é presente dentro da sociedade brasileira. [...]