A MEDIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ATRAVÉS DO USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS

Por josé raimundo alves | 03/12/2016 | Educação

 

José Raimundo Alves*

Suely da Silva Garcês*

Jossilene louzeiro Alves** 

RESUMO

O presente trabalho tem como seu principal objetivo trazer reflexões a cerca da aprendizagem escolar através da mediação via tecnologias modernos e suas consequências sociais, econômicas e culturais. É um artigo que faz uma análise abordando a relação cognitiva entre mediação de aprendizagem e os meios tecnológicos voltados para a educação. Envolve ainda questões relativas à aprendizagem e experiência mediada.

 

1 - INTRODUÇÃO

O homem é um ser social que historicamente sempre teve que passa por desafios para garantir a sua sobrevivência; sendo que na contemporaneidade, pelo contrário, os enfrentamentos são ainda maiores. A globalização, sociedade de informação, mudanças nas relações de trabalho e exigência de novas competências do trabalhador, crise ambiental, são alguns aspectos básicos que precisam ser considerados no processo de qualificação dos sujeitos, e em especial os profissionais da educação que alimentam esse processo.

A utilização didática das novas tecnologias na educação busca elevar a eficiência e eficácia dos conhecimentos sendo assim, portanto serem repensadas, reinventadas e pluralizadas.

A partir da década de 1970 a sociedade brasileira passou a vivenciar uma nova realidade socioeconômica, desta vez a globalização e a revolução do meio informacional; com destaque para a telefonia, a televisão e principalmente a formação de rede mundial de computadores. A escola não ficou indiferente a influencia dessas mudanças; ela ainda continua com o desafio em se adequar a essas inovações. No caso do Brasil essas mudanças tecnológicas intensificam – se dos anos de 1990 em diante, onde aparece de maneira heterogênea. A humanidade encontra – se em um mundo digital e virtual, na qual surge uma sociedade balizada no conhecimento produzido e divulgado em sistema de rede tecnológica de alcance global.  Este artigo procura destacar também as questões relativas a aprendizagem que envolva o vínculo de aprendizagem a partir da mediação da aprendizagem tendo como base o uso das novas tecnologias educacionais aliada a teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural de Feuerstein. 

2 - A MEDIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E A INTERNET

Atualmente o ensino mediado através dos objetos da sociedade entre professores e alunos tem se mostrado mais eficiente que o ensino tradicionalmente verticalizado entre o docente e o discente. A internet é um instrumento que apresenta as mais variadas possibilidades de acessos a informações e conhecimentos, os quais necessitam das diversas mediações cognitivas. No campo teórico da cognição, em grande parte dos trabalhos acadêmicos aparecem dois teóricos que são muito importantes para esse entendimento, sendo eles: Vygotsky e Feuerstein.

Diante de tantas transformações presentes na sociedade contemporânea da teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural de Feuerstein (REIS 2008), todos os indivíduos são capazes de aprenderem e, a inteligência se desenvolve a partir da mediação. Entretanto essa modificabilidade é equivalente à potencialidade de cognição, a disposição desta determinada pessoa em modificar e melhorar o próprio comportamento, adaptando – se a situações novas ou a novas famílias.

A globalização atual está criando a necessidade pelo trabalhador criativo e polivalente. No caso do professor, é necessário que o mesmo seja criativo, polivalente e crítico – reflexivo. Nesse contexto, através da internet o professor tem a possibilidade de utilizar os elementos dispostos por ela e ao mesmo tempo ter os como auxílios mediadores da aprendizagem. É uma ferramenta que tem a vantagem de um ambiente digitalmente interativo; características as quais permitem o confronto dos mais variados pontos de vistas, tanto do docente quanto em relação ao discente. A formação desse professor em relação ao uso das novas tecnologias educativas também é um fator de grande importante. A preparação desse docente para o exercício profissional nesse novo contexto tecnológico não deve ser de sentido meramente vertical, isto é, unicamente com a disponibilização de formações continuadas através de cursos de atualização ou de capacitação. É necessário que seja uma preparação reflexiva e de vivencia; onde todos envolvidos estejam em atuação convergente e integrados.

O profissional de educação que possui uma prática teórica e metodologicamente mais reflexiva, ele terá menos dificuldades em ser um mediador educacional ou ao mesmo tempo utilizar – se dos meios técnicos de mediação no processo ensino aprendizagem dentro da sala de aula.

A teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural é uma é uma excelente base teórica para a compreensão da dinâmica do processo de ensino – aprendizagem através do uso das novas tecnologias educacionais; pois a mesma compreende que todos têm a capacidade de aprender, desde que estes estejam abertas as condições de aprender.

A informática e a internet são meios técnicos que representam muito bem essa relação; para esses instrumentos terem sentidos educacionais; é necessário que professores e alunos se aproximem dos mesmos. Uma vez que ambos são aproximados ao computador e a internet, as mudanças e as transformações serão para sempre. 

3 - A INSERÇÃO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NA ESCOLA

A inserção das tecnologias digitais na sala de aula na atualidade é irreversível; pois já são ferramentas que o tempo todo está presentes na vida da sociedade. Inserir os novos recursos tecnológicos; telefone celular, computador, tablet, televisão deve acontecer de forma estimulante, facilitadora e otimizadora; onde os educando e professores tem a possibilidade de acesso a mais conhecimentos que os rotineiramente oferecidos pela escola. O conjunto desses recursos e técnicas geralmente é definido como Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC.

É importante enfatizar que as Tics já estão presentes na vida cotidiana das pessoas; a qual tem provocadas diversas mudanças para elas. Para (SOUZA-2010), A tecnologia numa interação social é um elemento que ajuda o aluno a aprender e nesse contexto provoca enormes transformações, modificando essa relação escola-aluno. Ela é um ótimo recurso na hora de aprender algo novo e nesse processo o professor deve está inserido de forma a adquirir e transmitir conhecimento. O que significa que as novas tecnologias não devem ser encaradas como inimiga do professor, do aluno, da escola, ou do conhecimento. Ela é pra ser uma aliada desse processo de integração do ensino – aprendizagem. Como qualquer outro acontecimento dentro da escola, a inserção das novas tecnologias nesse meio deve ser aplicada de maneira problematizadora, mesmo porque reflete a era da globalização moderna.

Simbolicamente a integração entre computadores e as redes de telefonia correspondem à base do mundo digital; o que caracteriza a existência da era da comunicação virtual. Essa realidade é indiscutivelmente importante para a produção e principalmente a divulgação e acesso a todos os tipos de conhecimentos; seja ele científico, filosófico, popular ou outro conhecimento qualquer.

O uso de todos dispositivos tecnológicos modernos traz as possibilidades do individuo em adquirir novas habilidades humanas, como por exemplo, a utilização habitual da segunda tela; sendo antagonicamente vem o desafio de não perdemos as habilidades tradicionalmente necessária ao ser humano; nessa situação aparece o exemplo da perda da visão relativa à terceira dimensão concreta e real.

3.1 AS NOVAS TECNOLOGIAS E A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

Vivemos períodos de mudanças generalizadas na sociedade, e em especial no sistema educacional. E no plano mais geral vemos essas transformações ocorrendo em todas as áreas com atenção especial, aos avanços tecnológicos dos sistemas eletrônicos de comunicação e informação. Fazendo com que o sistema educacional também altere a sua dinâmica, de modo articulado com o conjunto dessas transformações.

No contexto das novas tecnologias e dentro de uma perspectiva de reconstrução do conhecimento, o professor encontra – se com os aspectos da aprendizagem significativa, a qual pode ser concebida como a valorização da ação de aprender dependente das relações que podem estar vinculadas a conhecimentos anteriores ou afins. Para (CARMO – 2014) tem – se a seguinte concepção de aprendizagem: A mediação pedagógica é a possibilidade de dar suporte à aprendizagem significativa e envolve três elementos fundamentais: o docente, o aluno e a situação criada pela interação entre eles. Significa que a adoção de novas tecnologias deve ser aplicada com base em significados e vínculos.

Existem várias abordagens para a utilização do computador na educação. Com o objetivo de qualificar o aluno para a sociedade informatizada, entende – se que o computador deve ser concebido como uma espécie de prótese da inteligência humana (Levy, 1993) e na educação como ferramenta, que auxilia o aluno e não como máquina de ensinar que apenas fornece informações ao usuário (Valente, 1998).

A Experiência com Aprendizagem Mediada também pode ser muito bem utilizada no contexto do computador, do telefone móvel e da internet, pois aqui além do vínculo vem à interação professor – aluno – família – sociedade – mundo, criando assim mais sustentáculos para a própria aprendizagem. 

3.2 TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO - TDIC COMO INSTRUMENTOS MEDIADORES DE APRENDIZAGEM DOS NATIVOS DIGITAIS

Historicamente a inserção da TDIC na sala de aula deve ser compreendida a partir de duas abordagens, onde; na primeira abordagem o conhecimento se dá através da máquina e na segunda como ferramenta o aluno concebe aprendizagem por meio de processadores de textos, bancos de dados, planilhas, editores eletrônicos são aplicativos uteis tanto para alunos quanto para professores.

Os processos de aprendizagem na escola tendem a facilitar o acesso à informação e possibilidades de novas formas de interação e comunicação por meio dessas tecnologias visa novos saberes em variados contextos.

As tics de um modo geral, sempre teve inovação e interferências na vida das pessoas. Por isso, a Comissão internacional sobre educação para o século XXI publicou um relatório elaborado para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO, recomendando que a educação fosse organizada em quatro pilares, a saber: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver, aprender a ser perante as necessidades educacionais para a vida em sociedade no século XXI. Feito com o intuito de diminuir as desigualdades sócias, foi imposto à educação que inclui – se formação de pessoas para o desenvolvimento sustentável do planeta, compreensão mutua entre os povos e experiência efetiva da democracia.

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