A MÃO INVISÍVEL DE ADAM SMITH É UMA UTOPIA

Por Fabiana Monteiro Torres Prado | 27/09/2017 | Adm

Fabiana Monteiro Torres Prado[1]           

            Adam Smith foi um importante filósofo e economista escocês do século XVIII, que através de sua obra “Riquezas das Nações”, as bases morais e intelectuais do crescimento econômico e da inovação tecnológica no capitalismo moderno. 

            Assim, difundiu a expressão “Mão invisível”, para descrever como numa economia de mercado, apesar da inexistência de uma associação coordenadora do interesse comum, a sintonia dos indivíduos parece resultar numa determinada ordem, como se houvesse uma "mão invisível" que os orientasse (SANTOS. 2005). Todavia, Smith trouxe o conceito agostiniano da Mão Invisível de Deus. E ao mencionar-se utopia teve-se ter em mente que em geral, é a vontade coletiva de um grupo ou classe social marginalizada.

            Apesar deste filósofo e de sua obra ter mais de duzentos anos, e de alguns defendem essa teoria, não se pode dizer que esta teoria se ajusta realmente na pratica para o beneficio geral da sociedade.  Pois, no mundo os indivíduos não possuem igualdade social, pelo contrario, ha abismos social. Se não ha equilíbrio social entre os indivíduos os interesses individuais de uns serão atendidos enquanto o de outros não serão atendidos.

 Atualmente vivemos em uma sociedade individualista, que cada vez vemos o aumento da pobreza e de grandes crises financeiras. Demonstrando a grande utopia em que se tornou a teoria.

            Entretanto, no Brasil é notório o alto grau de concentração de renda é uma das características da economia brasileira. Os elevados índices de desigualdade na nossa sociedade estão entre os mais altos do mundo. Enquanto, a “mão invisível” mostra que se pode ter uma harmonia social com o livre mercado. Parecendo que muitas vezes que alguns desses ensinamentos do Smith, são esquecidos e acabam sendo substituídos por outros nem tão brilhantes (BONATTO, 2008). 

            Neste contexto, para que o mercado se desenvolva se faz necessário que o Estado não intervenha nela, deixando que a mão invisível aja livremente. Sendo que o papel do Estado seria de garantir e estimular a livre concorrência entre as pessoas e empresas, só através desta, é possível haver progresso.

 REFERÊNCIA:

SMITH, Adam. A riqueza das nações: investigação sobre a sua natureza e suas causas. Tradução: Luiz João Baraúna. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

BONATTO, A. R. Adam Smith:ideias que não devemos esquecer. Dinheirama. 2008. Disponível em: <http://dinheirama.com/blog/2009/01/08/adam-smith-ideias-que-nao-devemos-esquecer/ >. Acessado: 22/09/2013.

SANTOS, A. T. L. A. dos; et au. Além do cânon: mão invisível, ordem natural e instituições. 2005.Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-41612007000300007&script=sci_arttext#back>. Acessado: 22/09/2013.enciatura em Matemática, 2014 e 2017.