À Jussara
Por Ide Ramacini Betonico | 20/10/2009 | Poesias
À Jussara
A você que me ensinou (sem pretensões) o amor singelo.
A você que chorou comigo as dores da ingratidão.
A você que sem nada em troca,
estendeu seus braços que me confortaram
Uma nuvem cobriu meu sol por um tempo.
Sua voz rouca chamava-me à vida.
Sua presença fraterna fazia me sentir num açude calmo.
Era uma fada?Era uma rainha?Quem jamais o saberá?
Sua ausência é doçura,
que cultuarei nas minhas meditações.
Em vão, tentei alcançar outra vez sua alegria.
Restou tua poesia num ressoar de aves e angústia.
Criou assim com teu exemplo,
O pensamento solidário que se traduz em ligação perene.
Da saudade dos anjos nesta lágrima sentida.
Uma saudade que transcende qualquer tempo.
Saudade-eu digo- e floriu esta rosa,
perfumando a tarde melodiosa.
Uma rosa que contém a pura essência
do amor que distribuiu e agora perdura.
Por ter sido profundamente humana,
Reservou para nós a hora do crepúsculo
para a plenitude de nosso encontro.
Num recanto sublime da eternidade.
Deixo o luar pousar em meus versos tristonhos.
Acompanho a dor dos que ficaram. Em silêncio,
transporto minha oração pelas mãos dos santos e arcanjos.
Deus a recebe de braços abertos .Sinto o seu sorriso estampado.
Esteja com Ele amiga!
Não é um lamento.
Apenas um brinde nestes versos repletos de saudade.