A JORNADA FEMININA DO PONTO DE VISTA DA PSICANÁLISE
Por Adriana Ferreira | 22/06/2016 | PsicologiaO momento do capitalismo caracteriza-se por grandes transformações de natureza econômica, social, política e tecnológica, esse novo cenário abriu espaço para uma maior participação da mulher no mercado de trabalho, não só pela necessidade de complementação da renda familiar e pelas novas oportunidades surgidas, mas também pela quebra dos padrões comportamentais que essas mudanças trouxeram.
A presença expressiva de mulheres em cargos e funções cada vez mais diversificados mostra que elas vêm ampliando seu espaço, contudo a antiga situação de discriminação foi apenas atenuada, uma vez que as condições de inserção da mulher no mercado ainda são inferiores em relação às dos homens, além disso, mesmo que emancipada profissionalmente a mulher tem sido muitas vezes desafiada no que diz respeito ao desempenho de papéis, o que implica continuar sendo a principal responsável pelas funções do lar, exigindo da mulher uma tripla jornada de trabalho entendida como a conciliação das atividades profissionais, familiares e educacionais, mesmo diante da relevância do papel que a mulher vem assumindo na economia e na sociedade tal importância nem sempre é reconhecida.
A mulher hoje se divide em trabalho, atividades do lar, mestrado, conciliação de jornadas de trabalho e significado da vida profissional e emocional.
Muitas coisas vêm acontecendo no mercado de trabalho e uma delas é o destaque do papel da mulher no mundo dos negócios, elas têm conquistado seu espaço através de sua competência, dedicação e empenho, não medindo esforços para encarar novos desafios.
A psicanálise analisa que a mulher tem contribuído muito para o mundo empresarial de forma talentosa, pois alcança grandes vitórias e resultados, além de conquistar sucesso e reconhecimento.
No entanto a mulher enfrenta a dura realidade de conciliar as funções de profissional, esposa e mãe, administrar isso tudo com a exigência da sociedade em ser bem sucedida em todas as atribuições, isso não é tarefa nada fácil, principalmente em uma era de crianças ativas e interligadas ao mundo virtual como comparação.
Para a psicanálise assumir essa missão sem stress, desgaste físico e emocional é necessário o apoio de todos os envolvidos, o que na prática nem sempre acontece.
A mulher é vista como a responsável por administrar as atividades do lar, como organizar a casa, cuidar das roupas da família, fazer compras, educar os filhos, responsabilizar-se pela alimentação, higiene, entre outras funções.
Acredito-me que essa situação tende a mudar nas próximas gerações os filhos de hoje perpetuarão uma nova cultura, muito mais equilibrada com relação às responsabilidades profissionais e domésticas das partes envolvidas.
A psicanálise vê que a mulher esta reformulando o seu contexto familiar e inserir uma nova postura dentro de casa fazendo, assim, com que todos se sintam envolvidos nas responsabilidades domésticas, então, entrará em cena uma nova família no contexto visto por nós psicanalistas.
A jornada feminina de trabalho é conhecida em quase todas as famílias por todo o mundo, no Brasil essa situação não é diferente, até por uma machista ainda existente.
Geralmente até nas famílias em que as mulheres possuem ajuda de empregadas domésticas os cuidados com os filhos ficam a cargo das mães, que entre as obrigações tem o acompanhamento da escola, o cuidado com a alimentação, terapias e vida social dos pequenos.
A psicanálise foi de ajuda com tudo isso quando a mulher foi vista de uma forma diferente no seu contexto, cabe lembrar que as tarefas do lar são trabalhos que passam despercebidos, mas são fundamentais para funcionamento da sociedade.