A intuição e o tempo nas nossas escolhas vivenciais
Por CLÁUDIO DE OLIVEIRA LIMA | 17/10/2011 | Psicologia
A INTUIÇÃO E O TEMPO NAS NOSSAS ESCOLHAS VIVENCIAIS
O viver é feito de escolhas e cada escolha vivencial desenha a trajetória de nossa existência, com cores agradáveis ou não. Será que as nossas escolhas vivenciais são determinadas apenas pelos conhecimentos provenientes de nossas experiências? E a intuição, qual o seu papel? E o tempo?
Ainda não percebemos com muita clareza a influência que o tempo e a intuição, sem dúvida, podem exercer sobre nossas vidas.
Em relação ao tempo: Os acontecimentos que ocorrem agora certamente não seriam os mesmos se o momento fosse outro, ou seja, se fosse mais cedo ou mais tarde, em relação ao que aconteceu.
Por exemplo: Se sairmos de casa às 8 horas, vivenciaremos experiências diferentes das que vivenciaríamos, se saíssemos às 10h. Assim os acontecimentos não permanecem os mesmos durante todo o dia, ou seja, dependendo da fração do tempo, as vivências se diferenciam. Isso nos mostra que cada trilha do tempo tem o seu próprio enredo e a escolha da trilha a ser caminhada passa a ser uma variável importante em nossas vidas.
Para o autogerenciamento vivencial, estarmos atentos à intuição para nos orientar no tempo, dá às nossas vivências novas perspectivas.
Infelizmente, efetuamos escolhas, sem observar o que sentimos em relação ao que vamos fazer. Não damos o devido valor ao nosso íntimo; deixamo-nos levar, muitas vezes, pelas racionalizações que realizamos dos fatos. Não ouvimos o nosso interior; estamos demais apegados à razão, como sendo o único recurso que temos para dirigir nossas vidas.
Por isso temos dificuldades em aceitar a intuição,por ser ela um conhecimento que brota de maneira inesperada, sem exigir nenhuma reflexão prévia. Ou seja, não precisamos pensar para tê-la. Ela é como um flash que alerta sobre um perigo, por exemplo; ou, então, indica uma saída para um impasse. Em segundos, nos dá uma pista de como superar certos obstáculos.
Para percebê-la, é necessário que nos livremos de certos condicionamentos que atuam em nossa mente como bloqueadores. Mas antes é relevante que não nos sintamos ridículos ao valorizá-la. Que deixemos de ter o pensamento de que a razão é o único atributo que nos oferece a capacidade para escolher.
Infelizmente dormimos e acordamos já sabendo qual a trilha do tempo a ser seguida e que escolhas iremos realizar no dia seguinte. Esse viver programado, seqüencial, cronológico além de inibir a força mística e interior que existe em cada um de nós, tornou-nos avessos a tudo que não seja racional e determinado.
É importante ressaltar que o pré-estabelecido limita-nos, robotiza-nos à medida que nos faz viver de uma maneira totalmente previsível. E isso atua, inevitavelmente, em nossas escolhas.
Ao nos prendermos ao pré-estabelecido, além de limitarmos a nossa capacidade de escolha, passamos a atuar na vida de forma programada. Vivemos o dia de hoje em função do que foi programado no dia de ontem e utilizamos o dia de hoje para programarmos o dia do amanhã.
Pergunto?
E a intuição e os acontecimentos que fazem parte do dia de hoje. Como ficam????
Não podemos esquecer que esses acontecimentos indeterminados, imprevisíveis que não estão sob o nosso controle que tanto nos incomodam, que despertam decepções, frustrações, revoltas, etc, fazem parte do dia de hoje.
É importante destacar que eles são acontecimentos normais que fazem parte do dia de hoje. Nós é que estamos desaprendendo a lidar com eles.
Esses acontecimentos questionam o Deus Cronos, o criador e controlador do tempo, que existe em cada um de nós.
Enfim! Planejar o nosso dia a dia é bom, porém, não podemos ignorar os acontecimentos específicos de cada dia.
Drº Cláudio de Oliveira Lima – psicólogo
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