A Interferência da Equipe Educadora na Indisciplina Escolar
Por marcileide muniz cavalcante | 15/04/2010 | EducaçãoRelato de Pesquisa
“A Interferência da Equipe Educadora na Indisciplina Escolar”
Thais Camardela Jacob de Oliveira, Discente. Eunice Barros Ferreira Bertoso, Docente.
RESUMO
Esta pesquisa investiga a interferência da equipe educadora na indisciplina escolar e sua influência no ensino aprendizagem do aluno, tendo como proposta entender as causas da indisciplina dos alunos, percebendo a atuação da família frente ao problema e verificar os métodos de disciplina usados pelos entrevistados. Trata-se de um estudo de caráter quantitativo, bibliográfico, aplicamos questionários numa Instituição Particular e Estadual, ambas localizadas na Zona Sul de São Paulo; houve a participação voluntária de 15 gestores e 15 professores, perfazendo um total de 30 entrevistados. O questionário constou de 12 perguntas fechadas e 1 aberta que contribuirão para formar um conjunto de ideias que irão servir de discussão e análise sobre o tema, dos resultados encontrados dos sujeitos entrevistados tivemos 80% do sexo feminino e 20% do sexo masculino numa faixa etária de 24 a 53 anos de idade e a maioria com curso superior completo e 60% já participaram de palestras, 40% de cursos sobre o assunto, bem como 68% definem a indisciplina como negação da disciplina, ou desordem proveniente da quebra das regras estabelecidas pelo grupo, tendo como principais causas da indisciplina dada por 41% a falta de limites, contra 31% a imaturidade, 18% falta de motivação pedagógica e 10% falta de educação e seus alunos demonstram problemas de comportamento, sendo os mais votados agitados e agressivos. Pela análise do estudo, concluímos que o problema da indisciplina em sala é resultante de um trabalho que deve ser feito em parceria família e escola, pois a indisciplina na escola tem como base a ausência de limites no lar. A missão para a melhoria da indisciplina em sala de aula é tarefa de todos família, escola e sociedade.
Palavras chaves: Interferência, indisciplina, educadores.
ABSTRACT
This researches investigates the interference of the team educator in the school indiscipline by be a matter of a trial in the influences of the education learning of the student, having like proposal understand the causes of the indiscipline of the students, perceiving the action of the family facing the problem and verify the approaches of discipline used by them interviewed. Treats-itself of a study of character qualiquantitativo, descriptive, where applied questionnaires in a State and Private Institution, both were located in the South Zone of São Paulo; had the voluntary participation of 15 agents and 15 professors, making up a total of 30 interviewed. The questionnaire was comprised of 12 questions closed and 1 open and will contribute for form an assembly of ideas that are going to serve of argument and analysis about the subject, of the results found of the subjects interviewed we had 80% of the female sex and 20% of the male sex in an age group between 24 to 53 years of age and the majority with complete upper course and 60% already participated of About the matter, as well like 68% defined the indiscipline as denial of the discipline, or disorder originating from the break of the rules established by the group, having as main causes of the given indiscipline for 41% the absence of limits, against 31% the immaturity, 10% absence of education and 18% is lacking of his and pedagogical motivation students show problems of behavior being the more voted agitated and aggressive. By the analysis of the study, we conclude that the problem of the indiscipline in room is resultant of a work that should be deed in partnership family and school, therefore the indiscipline in the school has like base the absence of limits in the home. The mission for the improvement of the indiscipline in classroom is task of everybody. Keywords: Interference, indiscipline, educators.
1. INTRODUÇÃO
Percebe-se que a indisciplina em sala de aula e nas escolas tem sido uma preocupação crescente nos últimos anos entre os educadores, e é notória uma explosão em termos de produção do conhecimento e pesquisa, principalmente no que tange aos avanços tecnológicos, e também o quanto os alunos são prejudicados em sala de aula com questões de indisciplina dos próprios colegas.
Chalita (2001, p. 26-28) afirma que:
A família é essencial para que a criança ganhe confiança; para que se sinta valorizada e para que se sinta assistida, por este motivo é que a alfabetização da criança tem de ser acompanhada pela família. Os primeiros escritos, o incentivo à leitura, aos brinquedos pedagógicos. A presença é fundamental. O conforto não é mais importante do que a presença, o afeto. Nada substitui o carinho, a compreensão e o apoio dos pais.
Na família moderna, em numerosos casos, falta o amor; e em outros o diálogo não existe, também por uma série de fatores (televisão, tarefas caseiras, trabalho, estudo). A preparação para a vida, a formação da pessoa, a construção do ser são responsabilidades da família.
Sisto (2000) cita que “vivemos numa sociedade em que a unidade familiar se encontra desgastada e desgarrada também, e um dos motivos podem ser a falta de tempo para o convívio familiar (a luta pela sobrevivência é um fator real em grande parte das famílias no Brasil”.
Por esse motivo a qualidade de relação que a criança e seus pais desenvolvem durante esse período é uma espécie de previsão do perfil do relacionamento que eles experimentarão durante a adolescência do filho, pois se sabe que o primeiro contexto social da criança é a família e particularmente a mãe, que normalmente está em contato com ela. Se sentir amada, se desenvolverá de forma segura.
Segundo Piaget (1983), “o desenvolvimento humano é caracterizado por como processo construtivo, resultante das contínuas interações do sujeito com o mundo e que todo comportamento humano envolve inteligência e afetividade que se encontra baseado em sentimento de agrado e desagrado”.
As crianças que não sabem quais são os seus limites de comportamento sentem-se também inseguras e não amadas.
Veja esta importante citação de Tiba (1996; p. 23), quando deixa bem claro que “a indisciplina é o resultado quase natural da falta de educação dada pelos pais”.
Muitas famílias não têm clara noção de certo e errado e não conseguem estabelecer limites e responsabilidades, permitindo que os filhos ajam guiados pelo prazer, evitando qualquer coisa que lhes dê trabalho.
Drescher (2000, p. 89) é enfático ao dizer que:
As crianças não obedecem e honram aos pais porque a Bíblia diz que devem fazê-lo, nem porque eles fazem tudo certo. Em vez disso, elas reagem no amor, compreensão e relacionamentos significativos com os pais no trabalho, lazer e vida diária em conjunto.
É verdadeiramente pesada a responsabilidade dos pais, pois a disciplina deve começar no momento em que a criança começa a escolher a sua própria vontade e caminho, sendo somente dos pais restringirem, guiar e controlar seus filhos, ou seja, dar a primeira educação, não sabendo que podem causar mal do eu da criança deixar-lhes na mente a impressão de que devem viver para escolher seus próprios caminhos e buscar seus próprios prazeres.
A criança encontra liberdade quando conhece com certeza seus limites, e que os problemas emocionais entre os jovens não são causados pela indisciplina, mas pela ausência dela. A juventude precisa de limites, diz DRESCHER (2000).
Negligenciar a obra de disciplina e educação ao ponto de ser fortalecida uma disposição perversa é causar às crianças um mal muito sério, pois estas crescem egoístas, exigentes e nada amáveis, portanto os pais devem ter inteiro domínio sobre si mesmo e com brandura, mas com firmeza, dobrar a vontade da criança até que ela nada espere senão ceder aos desejos deles.
Conforme White (1993, p. 247):
Muitas vezes tudo parece ir mal ao circulo familiar. Há irritabilidade em todo o redor. E todos parecem muito infelizes e descontentes. Os pais lançam a culpa sobre os filhos, julgando-os muito desobedientes e desgovernados, as piores crianças do mundo, quando a causa da perturbação está neles mesmos. É necessário que os pais exerçam o domínio próprio. Devem reconhecer que quando cedem à impaciência e as irritabilidades, fazem com que outros sofram.
A negligência aos primeiros ensinos à criança e o consequente fortalecimento das más tendências, tornam sua educação posterior mais difícil e fazem com que a indisciplina seja muito freqüentemente.
White (1993, p. 245), menciona alguns conselhos para os pais, no cuidado com a disciplina de seus filhos: “Sede tão calma, tão livre da ira, que elas se convençam de que as amais ainda que as punais. Se desejais arruinar a vossa família, continuais a governar pela força bruta e certamente vereis o êxito que tereis. Os pais não têm dado aos filhos uma educação correta”.
Portanto a escola sofre os reflexos do meio em que está inserida. O problema disciplinar é freqüentemente influenciado por conflitos da família e do meio social que a envolve. A criança recebe influências antes de nascer.
Tiba (1996, p. 127) afirma que “a escola adquire um papel fundamental como estágio intermediário entre a família e a sociedade”.
Alguns focos de queixa são: o aluno e seu desinteresse, decorrente da tecnologia a que tem acesso fora da escola, os meio de comunicação, a sua influência negativa; a família, não cumprindo seu papel; a escola, que não apóia o professor; a sociedade, sua organização; e, depois de certo tempo, colocar em questão a própria relação pedagógica.
White (1993, p. 237) salienta que:
As juventudes rebeldes, desobedientes e corrompidas que formam o elemento mais difícil de controlar nas escolas e colégios, deve ser corrigidas com: amor e afeto; nunca com ira. “Sedes firmes, humildes e pacientes; não eleveis a voz; sem palavras ásperas; sem irritar-se; sem nervosismo; serdes calmos e tolerantes.
Esta afirmação complementa a idéia de que ser professor é ter realmente uma incumbência, pois como não ficar irritado e demonstrar este sentimento em uma classe que tem três ou mais focos de indisciplina?
Dotrens (1974) afirma que “o professor deve deixar a cada aluno uma margem de liberdade, que o torne responsável pela execução correta das tarefas que lhe são destinadas. O clima da aula deve ser de liberdade e de tolerância, de modo a permitir que os alunos tomem consciência dos seus valores e ajam em sintonia com eles.
A autonomia conduz à autodisciplina, não significando, no entanto, que o professor tenha uma atitude de indiferença, ou de apatia perante os alunos. Pelo contrário, as suas atitudes, embora democráticas, devem ser firmes. Por não serem robôs, algumas atitudes que os alunos tomam em sala de aula são tidas como normais e os professores as toleram.
Segundo Whitehead (1979), “para uma educação idealmente construída, a disciplina deveria ser conseqüência voluntária da escolha livre, e como o reflexo da disciplina, a liberdade deveria enriquecer-se de possibilidades, não sendo antagônicos os dois princípios de liberdade e de disciplina”.
No contexto escolar não é difícil verificar a ausência, por diversos fatores (trabalho, morte, mudança), da família na educação de um jovem, devido a seu comportamento diferenciado.
Chalita (2001, p. 17-19) menciona que:
Não se experimentou para a educação informal nenhuma célula melhor do que a família, pois é nela que se forma o caráter. Qualquer projeto educacional sério precisa depender da participação familiar. Por melhor que seja uma escola, por mais bem preparada que estejam seus professores, nunca a escola vai suprir a carência deixada por uma família ausente.
Tradicionalmente o clima da aula era caracterizado, pela quietude, pela criação de um grupo de estudantes dóceis, que participavam na aula como meros receptores, o que tinha como conseqüência rapidez no ato pedagógico.
Tiba (1998; p.21) reforça esta tese dizendo que a “educação está em crise; os professores estão insatisfeitos com a situação da educação. Nos últimos anos a educação deixou de ser prioridade nos esquemas políticos e o sistema escolar entra em falência, deixando de atingir suas metas”.
Precisamos criar caminhos para melhorar o relacionamento professor/aluno e conseqüentemente sua vida em sala de aula. Alguns colegas professores relatam, que tem empurrado matéria cabeça adentro de nossos estudantes para ver se aprendem pelo menos alguma coisa.
“Se todos os professores, cada um à sua maneira, utilizarem (e saber) corretamente as normas da escola, os limites de tolerância não ficarão restritos a si próprios, pois, as normas contribuem para que os professores se organizem perante a falta de educação e disciplina dos alunos”. (TIBA 1998, p. 105).
O professor deve levar em conta que os alunos podem ter maiores facilidades para algumas matérias e dificuldades para outras, o que não depende da idade, mas da adaptação natural de cada um.
Tiba (1998; p. 119) afirma que “como os pais dos alunos, alguns professores pertencem à geração do “é proibido proibir” e tem dificuldades para estabelecer limites e deixam crianças e adolescentes extremamente à vontade para fazer tudo o que quisessem quando não conseguem mais, apelam para a saída autoritária: “agora chega”.
Os alunos das escolas públicas são apontados como indisciplinados, porém a prática tem mostrado que a indisciplina existe em toda parte, indiferente de ser escola pública ou privada, pois os problemas sociais afetam todas as classes.
Se os educadores não tomarem a frente do movimento da educação dos alunos, cujas responsabilidades serão sempre dos pais, essas crianças dificilmente terão saúde psíquica e disciplinada.
Antunes (2002, p.8): diz que:
Ser amigo dos alunos, compreensivo e companheiro é ser, realmente, sujeito, é ter a mentalidade aberta e acompanhar o processo de construção do conhecimento, agindo como agente entre os objetos do “saber” e a “aprendizagem”, ser para o aluno seu decifrador de códigos e receptor de suas muitas linguagens, significa estabelecer limites e construir democraticamente uma interação, onde em lugar da opressão e da prepotência, eleva-se à dignidade de quem educa, a certeza de quem planta o amanhã.
Percebe-se que o papel do professor tradicional, isto é, aquele que se preocupa com a transmissão de conhecimentos, teve de evoluir e o professor, tem hoje de ser um gestor da sala de aula, um organizador da aprendizagem, detentor de um conjunto de competências didáticas e da referente matéria que leciona.
Freire (1997) afirma que “o ensino é muito mais que uma profissão, é uma missão que exige comprovados saberes no seu processo dinâmico de promoção da autonomia do ser de todos os educandos”.
No trabalho cotidiano em sala de aula é possível presenciar, diariamente, cenas de indisciplina das crianças e questionamentos às regras da escola. Algumas escolas têm como princípio educacional o “é proibido proibir” e as crianças tornam-se verdadeiras “donas” de suas atitudes deixando os professores com poucos recursos para impor sua autoridade.
A experiência escolar tem grande influência na imagem que o aluno faz de si mesmo, ela pode ser cerceadora quando discrimina crianças dentro da sala, fazendo com que se sintam limitados e desenvolvam um sentimento de fracasso (SISTO 2000; p. 66).
Esta falta de limites gera um problema que está presente de maneira muito acentuada em nossas famílias, em nossas escolas e em qualquer instituição de ensino, e até na sociedade que é a dificuldade de mostrar às nossas crianças e jovens a importância da obediência às normas e o respeito à moral e a ética.
Isto acarreta muitas vezes, problemas de identidade dos jovens, dificuldades de diálogos, desvios de condutas, busca de refúgio nas drogas e outros tipos de vícios.
Outeiral (1994: 39) é bem enfático ao afirmar que ”O desejo de saber e obter prazer pelo saber certamente está midiatizado em primeiro lugar pelos pais e, depois, mais tarde, pelos professores e pela escola e até pela sociedade. Um pode compensar o outro, ou até anular seus efeitos”.
Por tais motivos vemos que o fator indisciplina é dever de todos, pois à criança está inserida em um contexto geral família, escola e até a sociedade.
Para Mielnik, (1982: 60):
Crianças excessivamente inquietas, agitadas, com tendências à agressividade, se destacam no grupo pela dificuldade de aceitar e cumprir as normas, às vezes, não conseguindo produzir o esperado para sua idade. Estas crianças representam um desafio para suas famílias, a escola e sociedade, cabendo a estes estabelecer os métodos de orientação mais condizentes a cada situação e estabelecer os níveis de regimes necessários para obtenção da disciplina.
2. OBJETIVO GERAL
Entender as causas da indisciplina dos alunos, percebendo a atuação da família frente ao problema e verificar a interferência da equipe de educadores e os métodos de disciplina usados por eles.
2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar as causas das queixas, cada vez mais freqüente por parte dos professores na indisciplina dos alunos.
Perceber a postura educacional da família e sua influência quanto à indisciplina.
Verificar a interferência da equipe educadora no quadro de indisciplina escolar e a solução para o problema.
3. METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de caráter qualiquantitativo, descritivo, onde foram aplicados questionários em uma Instituição Particular, situada no Bairro Chácara Santa Maria, bem como em uma Instituição Estadual, ambas localizadas na Zona Sul de São Paulo; houve a participação voluntária de 15 (quinze) gestores e 10 (dez) professores, perfazendo um total de 25 (vinte e cinco) entrevistados.
O questionário constou de 12 (doze) perguntas fechadas e 1 (uma) aberta e as mesmas contribuirão para formar um conjunto de idéias que irão servir para a discussão e análise sobre a Interferência da Equipe Educadora na Indisciplina Escolar, onde dos sujeitos entrevistados tivemos 80% do sexo feminino e 20% do sexo masculino numa faixa etária entre 24 a 53 anos de idade e a maioria com curso superior completo e demonstraram que 60% já participaram de palestras e 40% de cursos sobre o assunto, bem como 80% deles já leram livros também sobre o assunto e alegaram que está sendo extremamente útil para o seu dia a dia. Verificamos que 68% deles que na sua concepção a indisciplina pode ser entendida como negação da disciplina, ou desordem proveniente da quebra das regras estabelecidas pelo grupo, tendo como principais causas da indisciplina por 41% dos entrevistados a falta de limites contra 31% a imaturidade, 18% falta de motivação pedagógica e 10% falta de educação e os seus alunos demonstram problemas de comportamento havendo um empate de 50% para alunos agitados e agressivos. Terá por caráter sigiloso, conforme autorização por escrito da diretoria, bem como dos sujeitos da pesquisa e houve consentimento das Instituições, que assinaram autorização para execução desta pesquisa.
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Gráfico 1. Participação dos pais na percepção da equipe educadora:
Conforme resultados dos sujeitos entrevistados percebe-se que a participação dos pais em sua grande maioria 80% está ausente, talvez pelo grande índice de faltas dos mesmos no processo de educação, acompanhamento e limites de seus filhos, pois sabemos que no contexto escolar não é difícil verificar a ausência dos pais por diversos fatores como: trabalho, mudança, separação, a não participação na educação dos filhos, percebido no seu comportamento diferenciado, já dizia TIBA (1996; p. 23), “a indisciplina é o resultado quase natural da falta de educação dada pelos pais”,
Gráfico 2. A questão da disciplina na opinião dos educadores:
Verificou-se junto aos entrevistados que a indisciplina escolar é um problema da escola e da família, com um empate considerável de 40%, em ambos, isto implica que é de fundamental importância a participação da família no que se refere à primeira educação do aluno, já dizia CHALITA (2001; p. 26-28) que a família é essencial para que a criança ganhe confiança; para que se sinta valorizada e para que se sinta assistida. E é na escola, que ocorre a continuação da educação e de fatores disciplinares.
Gráfico 3. A atuação da equipe educadora nas questões de indisciplina:
Conforme dados levantados junto aos entrevistados quanto à participação da equipe educadora 60% alegam estarem sempre presentes na indisciplina escolar, se notamos que o primeiro contexto social da criança é a família o segundo é a escola e vemos que há uma preocupação dos educadores no contexto indisciplina, pois é ali que também se formará o caráter da criança. Já dizia TIBA (1996) à escola adquire um papel fundamental como estágio intermediário entre a família e a sociedade.
Gráfico 4. A ação dos educadores mediante a situação:
Vê-se que de acordo com os sujeitos entrevistados a maioria dos educadores, 60% dizem pesquisar sobre o problema de situações difíceis de indisciplina para agir com conhecimento e cautela. FREIRE (1997), afirma que o ensino é muito mais que uma profissão, é uma missão que exige comprovados saberes e pesquisas no seu processo dinâmico de promoção da autonomia do ser de todos os educandos, e por fim houve um empate entre comunicação e direção da escola.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante deste estudo percebe-se o quanto a postura do professor é importante e pode exercer uma grande influência na formação acadêmica e disciplinar do aluno, auxiliando-o a se perceber positivamente e realisticamente.
A criança rebelde, desobediente e corrompida que forma o elemento mais difícil de ser controlado nas escolas e colégios, devem ser corrigida com amor, afeto, atenção, compreensão e nunca com ira, mas ser firmes, humildes e pacientes, não elevar a voz; sem palavras ásperas, nem irritar-se, sem nervosismo, devendo ser calmos e tolerantes dominando-se a si próprio e sendo amantes da profissão.
Dos relatos encontrados pelos entrevistados percebemos que é importante estabelecer padrões de melhoria, objetivos e alvos a serem alcançados, utilizando para essas mudanças todas as técnicas possíveis da pedagogia desde que abranja a família, o aluno, (ou a criança), a escola e a sociedade.
Há sempre outra maneira de se fazer algo, tentativas, ainda mais quando o assunto é o ser humano e não qualquer “coisa” (um objeto). O trabalho em grupo no conceito dos educadores é e sempre será a melhor forma de reforçar a posição de certas situações que merecem alguns cuidados, pois nós como escola e sociedade, estamos tentando formar hoje o caráter desses alunos para o amanhã.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES, Celso – Professor Bonzinho = aluno difícil – Petrópolis/RJ, Ed. Vozes, 2002.
CHALITA, Gabriel – Educação, a solução está no afeto, São Paulo/SP, Ed. Gente – 6 a. Edição, 2001.
DOTRENS, R – Educar e Instruir – São Paulo?SP: Editorial Estampa Ltda., 1974.
DRESCHER, John M. - Sete Necessidades Básicas da Criança – As Crianças precisam de disciplina - São Paulo/SP, Ed. Mundo Cristão, 2000.
FREIRE, Paulo – Pedagogia da Autonomia – Saberes Necessários à prática educativa – São Paulo/SP, Ed. Paz e Terra (coleção leitura), 1997.
MIELNIK, Isaac. O Comportamento Infantil: Técnicas e Métodos para entender Crianças. 2.ª edição, editora: Ibrasa, São Paulo – SP, 1982.
OUTEIRAL, José Ottoni. Adolescer: Estudos sobre Adolescência. Editora: Artes Médicas, Porto Alegre – RS, 1994.
PIAGET, J. – Biologia e conhecimento – Petrópolis/RJ – Ed. Vozes. 1983.
SISTO, Femino Fernandes e seus Organizadores – Leituras de Psicologia para Formação de Professores. São Paulo, Ed. Vozes, 2000.
TIBA, Içami, Disciplina, Limite na Medida certa – São Paulo, Ed. Gente. 1996.
_________, Ensinar Aprendendo – Editora Gente, 1998
WHELL, Pierre – A criança o Lar e a Escola - Rio de Janeiro/RJ, Ed. Civilização Brasileira S.A, 1989
WHITE, Ellen Golden - Orientação da Criança - Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, 1993.
WHITEHEAD, A. N. Os Fins da Educação. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979.