A insônia e a qualidade de vida

Por Telma Gomes Souza | 03/09/2012 | Arte

É comum a todos aqueles que apresentam algum distúrbio ligado ao sono ter insônia. A dificuldade em iniciar e/ou manter o sono, seguida da sensação de não ter descansado de fato, causa prejuízos não só à saúde do indivíduo, como também em áreas importantes de sua vida. Geralmente a insônia incomoda adultos jovens, é mais frequente em mulheres e, se não tratada e acompanhada por médicos e/ou psicólogos, pode apresentar desenvolvimento crônico.

É o transtorno de sono mais comum. Responde por cerca de 25% das entradas em clínicas especializadas em tratamento de sono. Cerca de metade dos pacientes desenvolvem o distúrbio em paralelo a uma depressão. As queixas mais frequentes são a dificuldade para dormir e o cansaço que resulta de despertar constantemente durante a noite e não ter um sono reparador. Geralmente a pessoa que tem insônia não chega ao R.E.M, fase do sono onde acontecem os sonhos. Algumas pessoas buscam os significados dos sonhos, muitas vezes voltando-os para os jogos de azar.

A insônia atinge 20% dos adultos, sendo incomum entre crianças e adolescentes e freqüente entre idosos. Podemos classificar a insônia de acordo com três aspectos: origem, causa e tempo. Quanto à origem, a insônia pode ser primária ou secundária: primária quando ela é a principal doença, secundária quando ela for sintoma de outra doença ou efeito colateral de um medicamento. Quanto à causa, pode ser classificada como insônia de causa orgânica ou de causa psicofisiológica, embora alguns médicos afirmem não haver diferenças entre os subtipos. Já quanto ao tempo, a insônia pode ser transiente, intermitente ou crônica, sendo essa última a mais comum. As insônias crônicas são as que duram mais de três semanas. Podem estar relacionadas a estresse contínuo, depressão, abuso de álcool ou drogas e hábitos inadequados, como o consumo de café ou outra bebidas que contêm cafeína poucas horas antes de ir dormir.

O tratamento é bastante diversificado. Mudar certos hábitos pode resultar em uma melhora significativa. Em casos mais extremos é necessário o uso de antidepressivos. O sono é uma necessidade básica do ser humano, é preciso dar atenção à qualidade dele para manter uma rotina saúdavel e uma melhor qualidade de vida.