A inserção das tecnologias da comunicação e informação em sala de aula universitária: uso do celular como ferramenta pedagógica
Por Maria Antonia Barros Freire Silva | 22/02/2012 | EducaçãoA INSERÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO EM SALA DE AULA UNIVERSITÁRIA: USO DO CELULAR COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA
Maria Antonia Barros Freire Silva[1]
RESUMO:
A tecnologia de momento é prenúncio de mudanças no sistema sociocultural vigente, com ramificações paulatinas no sistema educacional, em específico no ensino superior. Este por sua natureza tem como prerrogativa contribuir para a busca de soluções aos problemas causados pelas grandes mudanças operadas no mundo moderno, cumprindo a sua missão de educar, formar e promover a investigação. Neste compromisso o presente artigo aborda sobre a necessidade de discussão sobre o uso de tecnologia da informação como ferramenta pedagógica. A temática do uso do celular em sala de aula merece levante epistemológico. Muito embora no âmbito deste artigo, não houve pesquisa que comprove a aquisição de celulares. No entanto, em regra, não há um acadêmico que não possua tal equipamento. Em geral, as tecnologias da comunicação, seja instrumental, como os celulares, seja virtual, a exemplo do conhecimento oferecido pela internet, adentram a escola informalmente pelas mãos dos alunos e professores, antes mesmo dos planos e projetos pedagógicos, que por ventura comportem o uso das tecnologias. Com a tendência de ampliação do uso e do arsenal de possibilidades dessas tecnologias, torna-se premente investigar e refletir criticamente sobre esses novos meios de comunicação no ambiente escolar. Este artigo trata ainda sobre o movimento proibitivo do uso dos celulares em sala, destacando alguns estados que promulgaram leis que coíbem o uso do dispositivo. Em que pese tais proibições, as instituições de ensino, não podem se furtar ao debate. Deve sim, tomar para si a responsabilidade ética de seu uso como aliada ao processo do ensino aprendizagem.
Palavras-chaves: Sala de Aula Universitária, Celular, Ferramenta Pedagógica.
ABSTRACT:
The current technology is the harbinger of changes in current sociocultural system, with branches in step-by-step educational system, in particular in higher education. This, by its nature, has the prerogative to contribute to the search for solutions to the problems caused by large changes in the modern world, fulfilling its mission to educate, train and promote research. With the same compromise this article discusses about the need for discussion about the use of information technology as a pedagogical tool. The theme of mobile phone use in the classroom deserves epistemological uprising. Although under this article, there was no research proving that the purchase of mobile phones. However, as a rule, there is no academic who does not have such equipment. In General, communication technologies, being instrumental, as mobile phones, or virtual, like te knowledge offered by the internet, they enter the school informally by the hands of students and teachers, even before the plans and educational projects, which use these technologies. With the trend to expand the arsenal of use and possibilities of these technologies, it becomes urgent to investigate and make a critical reflection of these new media in the school environment. This article is about the of the prohibitive movement of cell phones use in class, especially that some states have enacted laws that prevent the use of the device. Despite such prohibitions, the educational institutions can not evade the debate. Instead, it must take upon to themselves the ethics responsibility for its use as an ally to the process of teaching and learning.
Keywords: Academic Classroom, Cellular, Pedagogical Too.
INTRODUÇÃO
Hodiernamente, é notável o levante contraditório a respeito do ensino tradicional[2], professor, lousa, giz. Existe uma grita para mudanças, esta se observa nos resultados finais da graduação e pós-graduação, visto que são poucos os que conseguem se inserir no mercado de trabalho, devido em grande parte pela deficiência no ensino-aprendizagem. Tal deficiência se traduz pela não observância aos princípios da educação superior no Brasil. O artigo 43 da Lei das diretrizes da educação determina que a academia tem por finalidade:
I-estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; II-formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua; III-incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; IV-promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; V-suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração; VI-estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; VII-promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição (Brasil, 1996, p.52). [3]
Sem observar o preceito legal, muitos acadêmicos saem da academia desprovidos de valores, postura cidadã e visão integradora, Moran, (2001) afirma que:
[...] educar também é aprender a gerenciar valores. Não basta só informação e conhecimento. A universidade se omite muito neste campo, quando deixa os valores para o âmbito da família, religião, do campo pessoal. Tudo está impregnado de valor, mesmo as equações mais abstratas.[4]
Numa proposta de melhoria neste quadro de insatisfação e, considerando as novas tecnologias que podem ser utilizadas para a formação acadêmica, conquanto observa-se uma intensa busca pelos docentes em estimular seus alunos para estudos e visão crítica das informações apresentadas, abordaremos sobre a latente necessidade das instituições de ensino superior em analisar sobre a inserção de pedagogias destinadas ao uso de ferramentas colaborativas ao processo do conhecer, neste contexto, ao uso do celular em sala de aula.
A escola é palco esplêndido do processo educativo. Neste patamar necessita explorar cada tecnologia, cada ferramenta que possibilite aos alunos desfrutar do arsenal de informações disponibilizadas nas várias bibliografias expostas na rede de informações da internet.
RELEVÂNCIA DA DISCUSSÃO SOBRE O USO DO CELULAR EM SALA DE AULA
A relevância do tema se caracteriza pelo fato de que vivenciamos tempos magníficos em termos de tecnologia da comunicação. Há profundas mudanças em todas as áreas do conhecimento. Entre as tecnologias largamente utilizadas no momento, figura o celular. A wikipédia, Enciclopédia Livre (2011), o conceitua como um equipamento telemóvel, ou seja:
Aparelho de comunicação por ondas electromagnéticas que permite a transmissão bidireccional de voz e dados utilizáveis em uma área geográfica que se encontra dividida em células (de onde provém a nomenclatura celular), cada uma delas servida por um transmissor/receptor.[5]
A estatística sobre a quantidade de pessoas que possuem o aparelho móvel de telefonia conhecido como celular, tem escore alto, o sitio <globo.com> (2010)[6] afirma o seguinte:
O número de celulares no país atingiu os 176.771.038, com crescimento de 0,67% em relação a janeiro - o equivalente a 1.171.778 novas habilitações em fevereiro. O crescimento é o segundo maior da série histórica, atrás apenas de fevereiro de 2008, quando foram cadastrados 1.264.902 novos usuários.
Essa tecnologia veio para ficar, e se traduz em nova forma de escrita cultural. Seu alto índice de uso é regra também no ambiente escolar. Contudo, esse uso carece de normas e de esclarecimento sobre a étnica de sua práxis, pelo fato de que vivenciamos a era da informação e do conhecimento, desta forma é necessária investigação para que se possa estabelecer seu uso de forma ética nas salas de aula, visto que esta ferramenta paulatinamente está adentrando o universo escolar. Necessário se faz a busca do verdadeiro conhecimento com o qual se justificará o uso dessa tecnologia como forma de agregar conhecimento no ambiente escolar.
O conceito de tecnologia se revela como “conjunto de conhecimentos, princípios científicos, que se aplicam a um determinado ramo de atividade”.[7] Sua concepção serve ao uso de técnicas e métodos, é também conceituada como ferramentas, maquinários e/ou outras invenções humanas. Para Bueno (1999, p.87), tecnologia se expressa como “um processo contínuo através do qual a humanidade molda, modifica e gera a sua qualidade de vida”.
No contexto educacional, a tecnologia serve ao determinado por Moran (2006):
É importante conectar sempre o ensino com a vida do aluno. Chegar ao aluno por todos os caminhos possíveis: pela experiência, pela imagem, pelo som, pela representação (dramatizações, simulações), pela multimídia, pela interação online e off-line.[8]
Em extensão à citação de Moran, conectar o acadêmico com os outros e demais pessoas pelo celular. As tecnologias, a exemplo do celular devem ser vislumbradas como aliado da educação. No mais, além da busca epistemológica do uso do celular como ferramenta pedagógica é preciso que as instituições de ensino estabeleçam investimentos necessários às novas práticas metodológicas, para que paulatinamente os professores adquiram hábitos marcantes, transformando e sendo transformados. Quando o professor transforma, transcende seu aluno ao prazer de compreender e reconstruir conhecimento. E, para que o professor seja transformado, ele carece de capacitação. "Não basta ter acesso à tecnologia para ter o domínio pedagógico. Há um tempo grande entre conhecer, utilizar e modificar processos" (MORAN, 2007, p. 90).
O mesmo autor é sistêmico quando se trata de capacitação, enfatiza ser fundamental que docentes, corpo administrativo e alunos tenham o domínio técnico e pedagógico da ferramenta a qual se pretende usar para o auxílio escolar.
A capacitação pedagógica os ajuda a encontrar pontes entre as áreas do conhecimento em que atuam e as diversas ferramentas disponíveis, tanto presenciais como virtuais. Esta capacitação não pode ser pontual, tem que ser contínua realizada semipresencialmente, para que se aprenda, na prática, a utilizar os recursos à distância.[9]
Não obstante estabelecer capacitações é de importância capital o estabelecimento de investimentos, para que a instituição escolar possa estimular os alunos ao processo de mudanças – fomentar a interação com a tecnologia, pelo simples fato de que as esferas da cadeia produtiva e sociedade como um todo utilizam esse sistema.
O processo de organização para a mudança tem criado novas exigências sociais e requer atitudes descentralizadas, assim afirma Drucker (2000):
[...] a organização deve ser estruturada para tomar decisões rapidamente. E essas decisões devem ser baseadas na proximidade - com o desempenho, com o mercado, com a tecnologia, e com todas as mudanças correntes na sociedade no meio ambiente, na demografia e no conhecimento que propiciarão as oportunidades para a inovação.[10]
No contexto educacional, se faz necessário que a escola inove, absorva as mudanças para acompanhar o boom tecnológico, é preciso que seja acatado todo um contexto político de integração das unidades universitárias, mediante acordos, convênios e contratos, para a sistematização de uso do celular nas escolas e universidades. Imbernón (2000, p. 80) apresenta para o setor os seguintes desafios:
(i) a recuperação por parte dos professores e demais agentes educativos do controle sobre seu processo de trabalho; (ii) a valorização do conhecimento, tanto daquele já adquirido e desenvolvido pelas gerações e culturas anteriores, que tem seu valor e importância mesmo nos dias de hoje, mas que se apresenta como insuficiente para os próximos tempos, quanto dos novos conhecimentos que são investigados e produzidos atualmente em novas condições de número de informações, de velocidade de comunicação e de proliferação de fontes de conhecimento; (iii) a valorização da comunidade como verdadeira integrante do processo educativo, da comunidade de aprendizagem, co-responsável pelo projeto pedagógico da instituição; (iv) a diversidade como projeto cultural e educativo.[11]
O mesmo autor sintetiza que o ambiente escolar deve ser:
um meio social baseado na informação e nas comunicações; a tendência a que tudo seja planejado; uma situação de crise em relação ao que se deve aprender e/ou ensinar em um mundo onde imperam a incerteza e a mudança vertiginosa; o novo papel do educador como gestor e mediador de aprendizagem.[12]
Sendo o ambiente escolar a unidade da informação e comunicação e de ações baseadas em planejamento, desta forma cabe-lhe adaptações às exigências do momento tecnológico atual, ou seja, trazer para o ambiente da escola o uso do celular como ferramenta pedagógica. A academia, enquanto unidade da sociedade do conhecimento deve assumir o processo decorrente da midiatização das informações em interface com os setores produtivos e consumidores.
Segundo Lévy (1993, p. 176), a interface estabelece as condições para o ser humano se comunicar pelos caminhos da informática, além de interagir com outros usuários destas tecnologias por meio de uma linguagem comum. “Uma interface homem/máquina designa o conjunto de programas e aparelhos matérias que permitem a comunicação entre um sistema informático e seus usuários humanos”.[13]
A comunicação estabelecida entre as máquinas, seus programas e suas redes transmissoras/receptoras, forma o meio que permite ao indivíduo, alçar latitudes e longitudes. As tecnologias, em específico, as que se referem ao operacional da Internet, abrem condições para uma “extensão presencial”, ocasiona situação onde o indivíduo não carece se deslocar geograficamente. Porém, de um lado expõe ideias e pensamentos, de outro, condiciona interpretações e a realização de atividades pela inter-relação entre os conectados. Por conseguinte os lados são plurais, as ações e interpretações e as conexões também o são. O envolvimento individual oferece a conotação para a real interação e interconexão.
Nesta inter-relação, Lévy (2003, p. 28) denota a constituição da inteligência coletiva que tem no ciberespaço o seu suporte, “uma inteligência distribuída por toda a parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta em uma mobilização efetiva das competências” consubstancia-se também pela:
[...] capacidade de trocar idéias, compartilhar informações e interesses comuns, criando comunidades e estimulando conexões. Para começar, tome o cérebro humano. Fazemos infinitas conexões que se intensificam à medida que envelhecemos. Agora imagine que podemos, graças ao computador, integrar essa ‘constelação de neurônios’ com a de milhões de outras pessoas. Essa é a comparação que faço. A internet nos permite hoje criar uma superinteligência coletiva, dar início a uma grande revolução humana.[14]
Enfim, as tecnologias com seus respectivos sistemas, exercem influência no processo educativo, cooperando para a troca de ideias e o compartilhamento das informações. Tal influência acontece por intermédio da capacitação pessoal para o correto e étnico manuseio do instrumental.
Neste processo de aprendizagem, os jovens podem utilizar o celular, a mais importante ferramenta de comunicação do século XXI, cada vez mais enriquecido com novas funções. Até há pouco tempo era um mero telefone móvel com serviço de mensagens curtas-(SMS), câmara fotográfica e vídeo. Hoje, já incorpora wi-fi,[15] Internet, correspondência-(mail), prestação de serviços-(Office), televisão, gráficos e GPS.[16] Apesar de incialmente ser concebido como um mecanismo que torna possível a comunicação entre duas pessoas, atualmente a tecnologia tanto dos aparelhos quanto dos serviços está evoluindo. Num futuro próximo, incluirá reconhecimento de voz, leitores de impressão digital e outras tecnologias compatíveis ao aparelho “os celulares estão prestes a virar computadores minúsculos”[17].
Na escola, a proposta de utilização da tecnologia disponível nos aparelhos móveis de comunicação, o celular, deve fazer parte do processo educativo, pois contribui para o desenvolver intelectual, bem como para a interação sociocultural do indivíduo, premissa da educação.
PRÓS E CONTRAS SOBRE O USO DO CELULAR EM SALA DE AULA
No processo de discussão sobre a inclusão do celular como ferramenta pedagógica, deve-se considerar que o uso da tecnologia digital disponível nos aparelhos móveis é hoje foco de apreensão, seu uso em sala de aula, é de momento, sem critérios didáticos e sem a necessária orientação, configurando o seu uso inapropriado. Reforçando este quadro, alguns estados brasileiros, promulgaram legislações sobre o assunto, o sitio <Jusbrasil.com> apresenta o seguinte:
LEI Nº 5222, de 11 de abril de 2008 do Rio de janeiro - DISPÕE SOBRE A PROIBIÇÃO DO USO DE TELEFONE CELULAR NAS ESCOLAS ESTADUAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. - O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º Fica proibido o uso do telefone celular nas salas de aula das escolas públicas estaduais. Art. 2º Caberá ao Poder Executivo regulamentar esta Lei a partir de sua publicação. Art. 3º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. Rio de Janeiro, 11 de abril de 2008. DECRETO Nº 52.625, de 15 de janeiro de 2008, REGULAMENTA O USO DE TELEFONE CELULAR NOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO DO ESTADO DE SÃO PAULO JOSÉ SERRA, DECRETA: artigo 1º - fica proibido, durante o horário das aulas, o uso de telefone celular por alunos das escolas do sistema estadual de ensino do telefone celular nas práticas educativas, prejudicando seu aprendizado e sua socialização; Artigo 2º. - disciplinar o uso do telefone celular fora do horário.[18]
Nesta mesma linha de procedimento, a parlamentar Ângela Portela[19] aborda que em ambientes pedagógicos o problema está mais focalizado no uso de telefones celulares "e é nesse dispositivo que a lei deve se concentrar". Ressalta ainda que em virtude da convergência tecnológica, são os celulares que vêm crescentemente incorporando as demais funções dos eletrônicos portáteis, como jogos, tocadores de música e mesmo o acesso a canais televisivos:
[...] o objetivo das propostas é "assegurar a essência do ambiente pedagógico que deve prevalecer na escola. Sendo assim, a preocupação não deve se restringir aos estabelecimentos públicos, mas a todos aqueles que integram a educação básica". [...] com frequência, professores e gestores das escolas se queixam do "uso indevido, quiçá abusivo," desses aparelhos. "Entre os mais citados estão o troca-troca de torpedos, os jogos, as colas e as conversas ao telefone, mas há também menção a conteúdos relacionados com pornografia e violência".[20]
Também o estado de Rondônia proibiu que os alunos matriculados nos estabelecimentos de ensino em Porto Velho e demais municípios do estado usem telefones celulares durante as aulas. A Lei de nº 1.989 de 27/11/2008, foi decretada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador Ivo Cassol em 26 de novembro, e no dia seguinte, publicada pelo “Diário Oficial do Estado de Rondônia”. A proibição atinge implicitamente todos os estabelecimentos de ensino em Rondônia, do ensino médio ao superior, e ainda escolas setorizadas como as autoescolas, ou de línguas estrangeiras – pois não faz nenhuma exclusão. A lei é de autoria do deputado Neri Firigolo (PT) e atende uma reivindicação de pais de alunos. A restrição é explícita no artigo 1º: “Ficam os alunos proibidos de utilizar telefone celular nos estabelecimentos de ensino no estado, durante o horário das aulas”.[21]
Se há leis proibitivas, há também ações favoráveis, o prefeito Cesar Maia do Rio de Janeiro afirma que os aparelhos eletrônicos são uma necessidade da vida contemporânea, podendo ser utilizados como instrumentos pedagógicos:
Decerto que a sua utilização não pode ser realizada de forma indiscriminada, devendo observar determinadas regras que podem e devem ser objeto de trabalho educacional, de modo que os cidadãos utilizem esses recursos com bom-senso.
A manifestação do Executivo da cidade do Rio de Janeiro se deu como justificativa de seu veto ao Projeto de Lei que coíbe o uso do celular em sala de aula, quando de sua votação pelo Legislativo municipal.[22]
Corroborando com a visão do representante do executivo da cidade de Rio de Janeiro, existem propostas de uso do celular em sala de aula como instrumento pedagógico.
Entre os dias 14 e 16 de julho/2011, aconteceu em Campinas/SP uma oficina “Leitura de Diferentes Mídias e Uso de Celular na Sala de Aula”. A oficina é parte do V Seminário Nacional “O Professor e a Leitura de Jornal – Educação, Mídia e Formação Docente, que se realizazou na UNICAMP”. Esse seminário foi promovido pela Associação de Leitura do Brasil (ALB), Programa Jornal e Educação/Associação Nacional de Jornais (ANJ), Faculdade de Educação da UNICAMP e Grupo ALLE, e Rede Anhanguera de Comunicação. Conta ainda com apoio da CAPES, FAEPEX, FAPESP e CNPQ. As educadoras, Ângela Junker e Elizena Cortez, coordenadoras do Projeto ‘Correio na Escola, do jornal Correio Popular, de Campinas/SP’ falaram em entrevista[23] sobre o assunto, e reforçaram o tema como a seguinte colocação:
O nosso aluno não é um imigrante digital, pois já nasce inserido no contexto midiático e se utiliza desses recursos para a sua interação social. Os textos, imagens e sons tornam-se disponíveis à medida que o usuário percorre as ligações existentes entre eles e os utiliza no cotidiano, portanto se a maior parte do tempo escolar, os nossos alunos passam na escola, como vão desassociar esses recursos de sua vida acadêmica?
Por sua vez, Vitorino Seixas,[24] educador em Portugal, aborda em seu Blog[25] artigos com relatos de algumas propostas com o uso adequado do celular a serviço do professor.
Há também no “Blog da Formação”, postado pelo mesmo educador dados interessantes sobre uso de celulares nas escolas. Em um de seus textos o “Escolas Analógicas”, mostra o histórico do uso de tecnologias em sala de aula, desde o uso da caneta até chegarmos ao iPod,[26]celular ou outros aparelhos eletrônicos. O texto aborda uma questão intrigante “por um lado, incentiva-se a aquisição de portáteis pelos estudantes. Por outro, proíbe-se a utilização dos celulares que a esmagadora maioria dos estudantes já possui” (Vitorino Seixas, 2008).[27]
Outra dica do educador está no post “Como utilizar o telemóvel na sala de aula”. Ele recomenda o fórum de voz “How I use CellPhones in Learning”. No fórum (em inglês), os professores compartilham “cases” do uso de celular durante atividades em sala de aula. Uma das mais citadas é do uso do celular para gravar áudio de ditados, discussões, aulas, para que o aluno possa estudar mais tarde. Um professor de espanhol falou da importância da gravação de áudio para melhorar a capacidade dos alunos entenderem uma língua estrangeira, compartilhando arquivos sonoros de rádio e entrevistas. Outros professores gostam de utilizar o celular e demais aplicativos online para compartilhar os registros, como é caso do site <shozu.com ou Jot> – atual Google sites – para guardar informações.[28],[29]
Tomando como base essas experiências, é fácil entender que a internet abriu caminhos de aprendizagem que não tínhamos antes. Não podendo a mesma ficar fora das salas de aula, Vitorino Seixas (2008) assim se posiciona:
Fundamentalmente, a capacidade de pesquisar da maneira que nunca pude fazer. A capacidade de estar informado ou de poder estar informado simultaneamente em que as coisas acontecem no mundo, do que aconteceu no mundo ou do que aconteceu há cinco mil anos. Na internet temos a capacidade de acessar todas as informações e todas as expressões culturais produzidas no planeta desde que o mundo é mundo. O que quero dizer é que a internet é nosso contexto de comunicação, é o que temos, é o que vivemos, não é uma coisa estranha, é como pensar como vivemos com eletricidade. Nem pensamos nisso. Para os jovens de 20 anos, para não falar das crianças de cinco anos, o mundo é a internet. Não se concebe outro mundo que o da internet.[30]
Para um pesquisador a internet é preciosa, porque em grande medida não necessitas da presença física da biblioteca, sendo, porém, fundamental o acesso às pesquisas mais recentes. Não obstante, pode-se observar o crescente, apesar incipiente, uso da internet em sala de aula, sendo assim é uma ferramenta que deve e pode ser utilizada como auxiliar do ensino, por intermédio do celular. Na certa, o uso do celular como aliado pedagógico trará mudanças. Drucker (2000) enfatiza que, nos próximos anos as instituições de ensino, entrarão em nova fase, devido ao advento da tecnologia de informação e comunicação, a qual faz surgir demandas inexistentes. Neste contingente, as instituições necessitam de tomadas de decisões imediatas com cerceamento no processo burocrático.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A proposta de inserção do aparelho celular como ferramenta pedagógica é proposta inovadora, não possuindo, até o momento referências bibliográficas que lhe confira caráter científico. Contudo, fica aqui, nossa proposta de que este relevante tema seja discutido no âmbito acadêmico e pós-acadêmico.
Sendo o celular equipamento de largo uso pelos acadêmicos e ainda, capaz de fornecer ao aluno uma gama de informações e manejo de forma rápida, é necessária ampla discussão para a inserção de seu uso em sala de aula.
Porém, a instituição educacional carece identificar-se com o uso do equipamento e seus sistemas. Primando-se pela ética, os envolvidos necessitam de capacitação para a interação, onde a busca de conhecimento é o mote, é a ideia expressa que condensa valores comuns, justificando a ação do uso do aparelho movel celulares em sala de aula. Tal justificativa se sedimenta na possibilidade do acesso aos conteúdos estabelecidos para o curso, bem como pela interação discentes/docentes/discentes e corpo administrativo escolar.
Todavia, por elevado que seja a impossibilidade da generalização do uso do celular em sala de aula, em específico no ensino superior, há que se destacar o valor atribuído às mídias móveis e, portanto, aos aspectos comunicacionais no processo educativo. Quando se consideram os principais usos do celular, é notável o interesse do serviço de mensagens curtas–(SMS) para fins educativos, visto ser uma prática comum entre os alunos.
Na linha de impedimentos do uso do celular em sala, muitos estados criaram regras por meio do legislativo estadual, com estabelecimento de uma lei proibitiva. Sabemos que as leis são criadas para disciplinar as relações humanas atentando para o limite individual em relação ao direito de outrem. Seu poder emana do povo, contudo o povo necessita ser inserido no processo da criação e elaboração da lei, sob pena de tornar inviável sua aplicação social.
Quando da elaboração e promulgação pelos estados das leis proibitivas do uso dos celulares em sala, será que a população usuária dos celulares e a população acadêmica foram auscultadas? Se sim, não o foi apresentada como ferramenta pedagógica. Provavelmente, a criação da lei nestes entes federativos, teve fundamento na falta de habilidade da instituição escolar em discutir com seu corpo técnico, administrativo e docente o uso de tal ferramenta como aliada educacional.
O mundo de hoje em processo acelerado exige pessoas habilidosas e flexíveis às mudanças, portanto, pelo esboçado neste artigo, é premente a discussão, com quem e para quem de direito, referente ao uso do celular como ferramenta pedagógica. Quiçá isto possa acontecer no ambiente acadêmico em breve espaço de tempo, para que o mesmo não fique na contramão do processo de implantação das novas tecnologias, que podem contribuir para a melhoria na qualidade do ensino superior.
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WIKIPÉDIA, a Enciclopédia Livre. Wi-Fe. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Wi-Fi>. Acesso em: 20 set. 2010.
[1]Acadêmica do Curso de Pós-Graduação – Docência no Ensino Superior – Centro Universitário de Maringá-CESUMAR. Graduação em biologia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul; Especialização em Gestão e Planejamento Ambiental pela Universidade de Campo Grande – MS (UNAES) e Gestão de Recursos Hídricos pela Universidade Estadual de Maringá (UEM); Técnica em meio ambiente pelo Instituto de Meio Ambiente – Pantanal – Campo Grande MS; Gestora ambiental da Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, com atuação na Gerência de Recursos Hídricos como chefe do Setor de Colegiado; Coordenadora da implantação do Comitê de Bacia hidrográfica do rio Miranda-MS; Membro do Grupo Técnico para a implantação do Comitê Federal da Bacia Hidrográfica do Paranaíba-MS, Participante da Comissão Executiva para elaboração do Plano Nacional de Recursos Hídricos; Técnica Ambiental do Instituto Ambiental do Paraná, escritório Regional de Maringá. Ministrante de Curso de MBA em Formação de Auditores Ambientais na disciplina – Gestão de Recursos Hídricos da Trecsson Business e Univel. Atualmente Coordenadora de Projetos Ambientais no CESUMAR e Membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Pirapó/Paranapanema III e IV.
[2] Escola tradicional - a relação pedagógica é determinada pelo autoritarismo e totalitarismo docente, o aluno é receptor, não há espaço para iniciativas por parte do aluno. Sob a influência do cartesianismo, caracterizado, neste caso, pela atomização dos conhecimentos, os pedagogos tradicionais "puseram-se a construir a instrução letra a letra, palavra a palavra, noção após noção. Da mesma maneira e pelas mesmas razões, chegou-se a codificar a didática, encorajou-se a divisão dos horários, atingindo-se assim aquela admirável composição acadêmica que se chama o método oficial" (Gilbert, 1976, pp.50-51). Herbart deu um contributo muito especial para a definição deste "método oficial", sendo de destacar o seu método dos passos formais, que representa como que uma síntese da metodologia seguida pela Escola Tradicional. Disponível em: <http://www.ipv.pt/millenium/pce6_jmc.htm>. Acesso em: 19 jun. 2011.
[3] Brasil. Lei das diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei 9.394/1996. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Lamparina, 2010.
[4] Texto transcrito de uma palestra de Moran, na Universidade Federal de Pelotas e publicado no livro Saberes e Linguagens de educação e comunicação, organizado por Tânia Maria E. Porto, editora da UFPel, Pelotas, 2001, páginas 19-44.
[5] TELEFONE CELULAR. Wikipédia a Enciclopédia Livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Telefone_celular>. Acesso em: 19 jun. 2011.
[6] Oglobo.com. Telefonia Móvel. Número de celulares no Brasil ultrapassa os 176 milhões em fevereiro. O Globo Digital .Disponível em: <http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/03/18/numero-de-celulares-no-brasil-ultrapassa-os-176-milhoes-em-fevereiro-916109345.asp>. Acesso em: 23 jun. 2011.
[7] TECNOLOGIA. In: Miniaurélio Eletrônico versão 5.12. Corresponde à 7. ed, revista e atualizada, do Minidicionário Aurélio, da Língua Portuguesa, 2004 by Regis Ltda. Direitos cedidos com exclusividade para a língua portuguesa em todo o mundo para a Editora Positivo Ltda. Edição eletrônica autorizada à POSITIVO INFORMÁTICA LTDA. Acesso em: 18 jun. 2011.
[8] MORAN, José Manuel. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias audiovisuais e telemáticas. In.: MORAN, José Manuel; BEHRENS, Marilda Aparecida e MASETTO, Marcos T. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 10. ed. Campinas, SP: Papirus, 2006.
[9] MORAN, 2007, p. 90.
[10] DRUCKER, P. A nova sociedade das organizações. In: HOWARD, R. (Org.) Aprendizado organizacional. Rio de Janeiro: Campus, 2000. p.7.
[11] IMBERNÓN, F. (Org.) A educação no século XXI. Porto Alegre: ARTMED, 2000 p. 80
[12] Op.cit. (2000, p.85)
[13] LÉVY, 1993: p. 176 .Tecnologias da Inteligência
[14] LÉVY, Pierre (2003). Estamos todos conectados. Disponível em: <http://novaescola.abril.com.br/index.htm?ed/164_ago03/html/falamestre>. Acesso em: 20 jun. 2011.
[15] Dispositivos de rede local sem fios. Para se ter acesso à internet por meio de rede Wi-Fi deve-se estar no raio de ação ou área de abrangência de um ponto de acesso (normalmente conhecido por hotspot) ou local público onde opere rede sem fios e usar dispositivo móvel, como computador portátil, Tablet PC ou PDA com capacidade de comunicação sem fio, deixando o usuário do Wi-Fi bem à vontade em usá-lo em lugares de "não acesso" à internet, como aeroportos. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Wi-Fi>. Acesso em: 20 set. 2010.
[16] O sistema de posicionamento global, popularmente conhecido por GPS (acrónimo do original inglês Global Positioning System, ou do português "geo-posicionamento por satélite") é um sistema de navegação por satélite que fornece a um aparelho receptor móvel a posição do mesmo, assim como informação horária, sob todas quaisquer condições atmosféricas, a qualquer momento e em qualquer lugar na Terra, desde que o receptor se encontre no campo de visão de quatro satélites GPS. Encontra-se em funcionamento dois sistemas de navegação por satélite: o GPS americano e o GLONASS russo. Existem também dois outros sistemas em implementação: o Galileo da União Europeia e o Compasschinês. O sistema americano é detido pelo Governo dos Estados Unidos e operado por intermédio do Departamento de Defesa. Inicialmente o seu uso era exclusivamente militar, estando actualmente disponível para uso civil gratuito. No entanto, poucas garantias apontam para que em tempo de guerra o uso civil seja mantido, o que resultaria num serio risco para a navegação. O GPS foi criado em 1973 para superar as limitações dos anteriores sistemas de navegação. Disponível em:<http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_Posicionamento_Global>. Acesso em: 30 set. 2010.
[17] Leia mais em: <http://www.tecmundo.com.br/2140-historia-a-evolucao-do-celular.htm#ixzz1Uf61Cz8m>.
[18] Legislação. Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br/topicos/900199/uso-de-celular>. Acesso em: 25 set. 2010.
[19]Deputada Federa Ângela Portela (PT/RR)- Audiência com o ministro Hélio Costa: uma revolução nas telecomunicações em Roraima. Disponível em: <http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia>. Acesso em: 26 set. 2010.
[20]Disponível em: <http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia>. Acesso em 26 set. 2010.
[21] LEI 1.989/2008. Assembleia Legislativa. Disponível em: <http://www.ale.ro.gov.br/noticias/lei-proibe-uso-de-celulares-nas-aulas>. Acesso em: 19 jun. 2011.
[22] A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro derrubou, por 28 votos, em sessão extraordinária no dia 26 de dezembro, o veto do prefeito Cesar Maia ao projeto de lei nº 1107 que proíbe o uso de telefone celular, games, ipod, MP3 e qualquer outro equipamento eletrônico na sala de aula do Ensino Fundamental, Médio e Superior da cidade do Rio. De autoria da vereadora pastora Márcia Teixeira, o projeto só aguarda publicação para virar lei. Em seu site, a vereadora diz que o dia-a-dia dos professores ‘tornou-se um transtorno’ desde que surgiram os equipamentos eletrônicos. Segundo Márcia Teixeira, a utilização dos equipamentos tira a concentração dos alunos e inibe a memorização do que está sendo ensinado. “Com a nova lei, os professores serão mais respeitados e o ensino dentro das salas de aula será resgatado”, justifica a vereadora. Em seu parecer dirigido à Câmara, no qual veta integralmente o projeto, o prefeito Cesar Maia afirma que os aparelhos eletrônicos são uma necessidade da vida contemporânea, podendo ser utilizados, inclusive, como instrumentos pedagógicos [...]. O prefeito também questiona a inconstitucionalidade do projeto uma vez que não cabe à legislação municipal ditar normas sobre telecomunicações e que a proposta ultrapassa o âmbito da política educacional do município que atua prioritariamente apenas no Ensino Fundamental. Disponível em: <http://www.ive.org.br/IVE/index.php?option=com_content&task=view&id=379&Itemid=0>. Acesso em: 19 jun.11.
[23] Qual a importância dos educadores discutirem mídia na escola? A possibilidade de o professor agregar novos recursos como suportes midiáticos em sala de aula implica na oportunidade de facilitar o desenvolvimento dos conteúdos programáticos de forma mais contextualizada. [...]O que vocês pensam do uso do celular na sala de aula? Como os professores podem se aproveitar dessa tecnologia? De acordo com a Lei aprovada pelo governador de SP José Serra, que proíbe o celular em sala de aula, essa mesma Lei não prevê o seu uso como um suporte pedagógico. Mas independente de Lei, propomos o uso do celular como de forma dirigida pelo professor, como um suporte pedagógico que sirva de ponte, de encontro entre produções textuais diferentes e que propicie o fim das rígidas fronteiras entre os textos. O uso do celular programado pode ser um facilitador da leitura/navegação e convida o leitor a construir ativamente seu próprio percurso pelos signos e hipertexto. Existe disposição dos educadores, em geral, para trabalhar com mídia na escola? Não, pois há um receio em dominar as diferentes mídias, pois nós, professores, ao contrário de nossos alunos, somos imigrantes digitais e não tivemos uma formação adequada para trabalhar com esse tipo de linguagem. O que o grupo RAC tem oferecido aos educadores que fazem parte do programa Correio Escola em termos de oficinas e capacitações? O grupo RAC, pelo seu Departamento de Educação, busca as diferentes formas de apresentação de um trabalho com a mídia impressa e outros recursos midiáticos para a atualização dos professores, que se inscrevem a cada ano para o curso de extensão “A importância da leitura e prática do texto jornalístico. “Partindo do pressuposto de que os conceitos piagetianos como “esquema, assimilação, acomodação e equilíbração”, que são usados para explicar como e por que o desenvolvimento cognitivo ocorre, utiliza os jornais, demais publicações da mídia escrita, palestras com jornalistas e professores de diferentes universidades, práticas pedagógicas com jargão e gêneros jornalísticos, para que os professores inscritos não se limitem somente às práticas pedagógicas usuais, mas também estejam capacitados para trabalhar o processo de aquisição de conhecimento utilizando-se das diferentes linguagens e diferentes mídias na sua prática de sala de aula. Vocês darão a oficina “Leitura de diferentes mídias e uso de celular na sala de aula”. Como vão desenvolvê-la? O que os professores podem esperar dela? A nossa abordagem será focada no histórico da origem da escrita e da necessidade de registrar os acontecimentos desde que a escrita surgiu com o homem primitivo no tempo das cavernas, quando este começou a gravar imagens nas paredes. Os meios de comunicação atuais podem dar continuidade ao desenvolvimento da linguagem escrita e de outros suportes comunicacionais, como as diferentes mídias, o celular e a interação com as novas possibilidades que eles proporcionam para as atividades pedagógicas. Disponível em: <www.anj.org.br/jornaleeducacao>, <http://www.alb.com.br/portal/5seminario/index.html>. Acesso em: 24 jun. 2011.
[24] Diretor de Serviços do Núcleo Estratégico de Informação de cidadeportuguesa na ilha da Madeira, capital da Região Autónoma da Madeira Secretaria Regional de Educação Núcleo Estratégico da Sociedade da Informação Caminho da Penteada, Edifício Madeira Tecnopolo 9020-105 Funchal. Disponível em: Email: <nesi@nesi.com.pt / http: www.nesi.com.pt>. Acesso em: 26 set. 2010.
[25] Um blog ou blogue (contra(c)ção do termo inglês Web log, diário da web) é um site cuja estrutura permite a atualização rápida a partir de acréscimos dos chamados artigos, ou posts. Estes são, em geral, organizados de forma cronológica inversa, tendo como foco a temática proposta do blog, podendo ser escritos por um número variável de pessoas, de acordo com a política do blog. Muitos blogs fornecem comentários ou notícias sobre um assunto em particular; outros funcionam mais como diáriosonline. Um blog típico combina texto, imagens e links para outros blogs, páginas da Web e mídias relacionadas a seu tema. A capacidade de leitores deixarem comentários de forma a interagir com o autor e outros leitores é uma parte importante de muitos blogs. Alguns sistemas de criação e edição de blogs são muito atrativos pelas facilidades que oferecem, disponibilizando ferramentas próprias que dispensam o conhecimento de HTML. A maioria dos blogs são primariamente textuais, embora uma parte seja focada em temas exclusivos como arte, fotografia, vídeos, música ou áudio, formando uma ampla rede de mídias sociais. Outro formato é o microblogging, que consiste em blogs com textos curtos. Em dezembro de 2007, o motor de busca de blogs Technorati rastreou a existência de mais de 112 milhões de blogs. Com o advento do videoblog, a palavra blog assumiu um significado ainda mais amplo, implicando qualquer tipo de mídia onde um indivíduo expresse sua opinião ou simplesmente discorra sobre um assunto qualquer. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Blog>. Acesso em: 23 jun.11.
[26] iPod é uma marca registada da Apple Inc. e refere-se a uma série de tocadores de áudio digital projetados e vendidos pela Apple. O "POD" é a sigla de "Portable On Demand", o que numa tradução livre seria algo como "portátil desejado" e a letra "i" na frente, que se lê "ai" e significa "eu" em inglês, teria um sentido pessoal, como "o portátil que eu desejo/desejei" ou "o portátil que eu sempre quis". Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/IPod>. Acesso em: 23 jun. 2011.
[27] Vitorino Seixas. 2008. Disponível em: <http://blogdaformacao.wordpress.com/2008/09/15/escolas-analogicas/>. Acesso em 23 jun 2011.
[28] USO DO CELULAR EM SALA DE AULA. Disponível em: <http://www.contosdaescola.net/uso-do-celular-em-sala-de-aula>. Acesso em: 26 set. 2010.
[29] Hi there, my name’s Chris Fuller and I’m a Spanish teacher in Devon, South West England. My audio doesn't seem to be coming through, so I thought I'd upload a text comment as well. I started to use mobile phones in my teaching about 6 months ago, looking into ways to enhance both the effectiveness of my teaching and the motivation of my pupils in an area where Spanish is not a priority. The first element that we looked into using was the voice recorder function, be it to record explanations during the lesson or even for pupils to record presentations for homework in a stress-free, confident environment. These can be bluetoothed to other pupils for peer assessment or even uploaded onto a blog. We’ve also used the video camera to create documentaries which the pupils have scripted and then recorded, allowing great enjoyment and a heightened state of learning. Services such as gabcast.com are also fantastic- be it for moblogging on a school trip or even for pupils to leave messages on for their homework- the opportunities are endless. Shozu.com’s another great way to get the pupils using language for real purposes, not just for the "traditional" classroom activities, which often bear little resemblance to how people actually use language in the real world.Over here one of the main concerns is that pupils can’t be trusted with mobile phones in the classroom. For me, that’s a huge shame. If pupils are properly educated about responsible usage it can really help to alleviate these problems. In my classes the groups would be terrified of losing what they see as a fun way to learn. So thanks for all your hard work Liz, I just wish that more of the great services you come across were appropriate for use over here as well!!
[30] Diretor de Serviços do Núcleo Estratégico de Informação de cidadeportuguesa na ilha da Madeira, capital da Região Autónoma da Madeira Secretaria Regional de Educação Núcleo Estratégico da Sociedade da Informação Caminho da Penteada, Edifício Madeira Tecnopolo 9020-105 Funchal. Disponível em: Email: <nesi@nesi.com.pt / http: www.nesi.com.pt>. Acesso em: 26 set. 2010.