A infinitude da Sombra.

Por Edjar Dias de Vasconcelos | 16/07/2013 | Poesias

A infinitude da Sombra.

Não sei dizer.

O que devo imaginar.

Uma  concepção díssona.

Vejo a luz com o brilho do sol.

E fico pasmo com tamanha escuridão.

A suposta  inefável doçura.

Procuro enxergar com o olhar ingênito.

O entendimento da  temeridade.

A  ausência do tempo.

O  silêncio  auscultando.

O descortinar  do amanhecer.

 Os sinais da fragilidade.

A respeito do entendimento.

Uma intuição profunda.

Conta-me todos os segredos da vida.

Sei o que devo ouvir.

As mensagens que devem ser excluídas.

Entendo o próprio distanciamento.

Pergunto por que tudo isso.

 Teve que existir exatamente.

 O mundo ser o que é.

Se tudo poderia  contrariamente.

  Ser diferente.

Entretanto, não sei se o movimento.

 Faria  algum sentido.

 Em existir ou não sua profundidade.

Inexaurivelmente.

 Na  possibilidade do vazio.

Na infinitude da sombra.

De tudo que é critico ou não.

A representação.

Da relação do futuro.

O que é apenas um mito.  

Cheia de fiúza metafísica.

 A consciência se define.

 Pela lógica da anti-razão.

No silogeu.

O entendimento de tudo que existe.

Como procedimento da não existência.

O real apenas uma ficção de ótica obscura.

O  nominalismo a ideia do insignificado.

A síntese  não tendo fundamento.

Na substância da realidade abstrata.

O que é a mais absoluta negação.

Não  representando a significação. 

Nada disso.

O que se vê.

É uma grande ilusão.

Acreditamos  na ausência.

De  veracidade.

Constitui-se a realidade.

A fantasia é o medo absurdo.

Tudo isso aqui um jogo indevido.

Sem regras e sem definição.

O tempo fingindo que passa.

O mundo esquece.

 O resto destempera-se.

Apenas uma sombra voando.

Litófilo.

Sobre nuvens distanciadas.

Uma  realidade distante.

Além do hidrogênio do sol.

 Quando  acaba o brilho de todas.

As belas estrelas.

O destino mitigado.

O que não era realidade.

 Volta-se a efetivar.

Escurece.

Tudo transforma em gelo.

Milhões de anos perdidos.

A existência.

 Um longo sono indeterminado.

Mefistofélico talvez.

 Um  conto de fada.

Provavelmente belo.

Para ser verdade.

Os olhos ficarão eternamente.

Fechados.

A imaginação perdida.

Na eterna noite sem luz.

O que nunca fora jamais será.

Mas a eternidade do não  ser.

 Por um bom tempo se repetirá.

 Como afago da eternidade.

Sem a palilogia significativa.  

O ditirâmbico entendimento.

Da véspera do término.

Edjar Dias de Vasconcelos