A inexistência do mundo.
Por Edjar Dias de Vasconcelos | 01/06/2013 | ArteA inexistência do mundo.
O mundo é sem princípio.
Sem início e sem fim.
O mundo tem apenas meio.
Tudo que existe não tem fundamento.
A vida a alma.
Deus e a realidade empírica.
Mesmo a empiria sendo científica.
O mundo é uma grande ilusão.
Temos que vivê-la.
Suportá-la.
Não existe alternativa.
Por que o absurdo seria normal.
Temos que ideologizar o absurdo.
Motivo pelo qual fabricaram os deuses.
Inventaram o castigo.
Criaram o pecado.
Céu e inferno.
Inventaram a morte.
Mas não existe a morte.
Porque não existe a alma.
A única coisa que existe é a matéria.
A mesma não morre.
Muda-se apenas de estado.
A matéria fundamenta-se.
Pelos princípios da Física.
A matéria não acaba.
Não morre.
Por um simples fundamento.
Ela é a eterna conservação da energia.
Essa conservação não tem limite.
Muito menos tempo histórico.
A Química sabe muito bem.
Também a Filosofia.
Desse mecanismo processual.
Do mesmo modo a Biologia.
Como é transcrita pela Matemática.
O grande filósofo Nietzsche.
Certa vez disse categoricamente.
O que está acontecendo agora.
Já aconteceu antes.
E milhões de vezes.
O mundo é apenas uma repetição.
Que retorna eternamente.
O universo se repete.
Em todos seus estágios.
No mais profundo silêncio.
Mas a alma é uma ilusão.
Dessa profunda repetição.
Então disse novamente Nietzsche.
Com sua imensa sabedoria.
Quando um estado do universo.
Repete-se.
Todos os estados seguintes.
Terão que repetir.
Porque são consequentemente.
Princípios naturalmente.
Do mesmo estado inicial.
Tudo que já existiu infinitas vezes.
É o conjunto das mesmas forças.
Que se repete eternamente.
As forças comandam a si mesmas.
Porque no mundo não existe.
Nenhuma realidade espiritual.
Deus é o fruto da ignorância coletiva.
Disse Nietzsche.
Deus só existirá enquanto o povo.
For essencialmente ignorante.
A alma não existe.
Confirma Nietzsche.
Todas as forças energéticas.
Repetem em suas voltas.
Para o mundo.
Posso afirmar.
Repetiu Nietzsche.
Não existe um estado final.
Se existisse.
Já teria acontecido.
O mundo material das contradições.
Não consegue nenhum desgaste.
Se assim não fosse.
Já teria esgotado a matéria.
No mundo as forças enérgicas.
Não tem repouso.
Portanto Newton estava errado.
Se o mundo esgotasse.
Em suas contradições.
A vida acabaria naturalmente.
Mas as forças contraditórias.
Nunca estão em equilíbrios.
Não existe descanso para matéria.
O que existe é o movimento.
Disse Nietzsche.
A quantidade das forças em movimento.
É sempre igual em qualquer parte.
Uma lei da natureza.
O fundamento da Física.
Mas o que é triste disse Nietzsche.
Esse eterno retorno.
Que é uma lei da natureza.
Retorna à matéria.
Mas a alma não.
Por um simples fundamento.
Ela não existe.
É apenas projeção da linguagem.
Refletiu Nietzsche.
É um ciclo que não tem teve início.
Do mesmo modo não terá fim.
Como explicou Edjar.
Entende-se a matéria.
Pelo princípio da incausabilidade.
Então tudo que se repete.
Não se leva a lugar nenhum.
Porque não existe finalidade.
Pela existência do mundo.
O mundo não tem objetivo.
Porque o universo.
Nunca teve origem.
Diz Nietzsche.
O mundo não torna melhor.
Nem mais bonito.
Muito menos mais perfeito ou imperfeito.
O universo originou por si mesmo.
Como explica Edjar.
Na sua teoria.
Pelo princípio da imaterialidade.
O mundo.
Originou por si mesmo.
Será o mundo em cada momento.
A sua permanente origem.
Quanto ao homem.
Apenas a realização de uma partícula.
Num dado momento.
Realizado esse tempo.
Será como se nunca tivesse.
Existido.
A particularidade não existe.
Edjar Dias de Vasconcelos.