A INCLUSÃO PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA: O Papel do Ensino de Artes
Por Gisele Moura de Jesus | 16/06/2020 | EducaçãoA INCLUSÃO PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA:
O Papel do Ensino de Artes
JESUS, Gisele moura de [1]
RESUMO
A arte é uma importante estratégia de promover a inclusão social no ambiente escolar, por permitir um desenvolvimento expressivo com representatividade. Pensando nisso realizamos uma pesquisa no ambiente escolar com uma turma do Ensino Fundamental. É preciso ter um olhar diferenciado para o ensino de artes, não apenas como ora de desenhar ou pintar, mas valorizada como uma disciplina curricular como tal, necessária e de suma importância para o desenvolvimento cognitivo do aluno, principalmente para alunos com necessidades especiais. Neste sentido o problema de estudo em questão é como a escola pode trabalhar o ensino de artes para promover a inclusão. E teve como objetivo verificar a importância da artes no processo ensino aprendizagem.
Palavras-chave: Artes, Inclusão, Conscientização, Alunos.
INTRODUÇÃO
O presente artigo vem abordar uma importante temática dentro de contexto escolar a fim de promover uma reflexão, contribuindo para o fazer pedagógico. Para melhor resultado elaboramos uma pesquisa dentro do ambiente escolar com uma turma do Ensino Fundamenta da escola Fernão Dias Paes, Distrito de Pingador, no Município de Lambari D´oeste –MT,sobre a temática a arte como promotora da inclusão.
Nos dias atuais, tem se enfatizado sobre os processos inclusivos para crianças com deficiências. Apesar de este tema ter recebido maior ênfase, percebemos que estes alunos ainda convivem com uma árdua realidade, pois sua aprendizagem se mantém arraigada no conceito da exclusão, mesmo estando presente na sala de aula, seu desenvolvimento é inferior a de crianças considerada pelo meio social como ‘’normais’’.
Isto tem ocorrido em razão da temática abordada pela escola, que muitas vezes sua metodologia não condiz com a necessidade do aluno, pois este requer um ensino diferenciado, sendo que a educação inclusiva se apoia na premissa de que é preciso olhar para este aluno de maneira individualizada, dando-lhe oportunidades para que desenvolva suas habilidades. Consequentemente as crianças especiais que não contemplam esta realidade sofrem duras penas tanto no nível intelectual quanto social. Assim a presença destes indivíduos no âmbito escolar apenas cumpre com a obrigatoriedade exigida pelas políticas públicas de acesso e permanência.
Como se sabe, uma das principais tarefas da escola é ensinar a viver em sociedade e o desenvolvimento global do aluno. Dessa forma a cada ano/série, o aluno precisa desenvolver cada vez mais sua capacidade de relacionar-se com o outro e a si mesmos. Sendo assim é um trabalho que se faz em parceria com os pares, para que o resultado do ensino e da aprendizagem e inclusão em sala de aula sejam os melhores possíveis.
A arte se mostra como uma importante aliada neste processo de inclusão de alunos com deficiência, por permitir trabalhar de uma forma diferenciada, motivadora e criativa. Diante esta perspectiva, para que a educação seja considerada inclusiva, é de suma importância que o professor adquira conhecimentos relacionados a educação especial para contribuir na aprendizagem de crianças com deficiência. E também compreender quais metodologias deve ser abordada para que a criança com deficiência tenha um desenvolvimento significativo.
Os procedimentos metodológicos realizou-se através da pesquisa qualitativa, utilização de meios bibliográficos, envolvendo livros, artigos, dentre vários trabalhos relacionados ao tema.
A pesquisa qualitativa bibliográfica, realizou-se num período de dois meses, sendo setembro e outubro de 2017, em acervos bibliográficos: particular e municipal.
2 CONCEPÇÃO TEÓRICA QUE SUSTENTA A PRATICA DO ENSINO DE ARTES COMO CAMINHO PARA INCLUSÃO
2.1 Educação especial no Brasil
A educação inclusiva é um aspecto que tem recebido maior ênfase com o passar do tempo, esta tem sido formulada pelas políticas públicas em busca de atender e dar direitos de oportunidades para crianças com deficiência. No entanto, nem sempre foi assim, de acordo com Silva (2012), a história da educação especial no Brasil, teve início somente no século XIX, sendo que anteriormente as pessoas com necessidades especiais sofriam vários tipos de abusos, como maltrato, abandono e negligencia por parte dos familiares, em alguns casos, eram trancados em sua própria casa.
Mas, na maioria das vezes estes indivíduos eram segregados em centros específicos como clínicas psiquiatras que hoje é conhecido como APAE, (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Pois até então, a sociedade os considerava como impossibilitados de conviver no meio social, assim as pessoas portadora de alguma deficiência sofriam vários tipos de descriminação.
Com o passar do tempo percebeu-se a necessidade de incluí-los no âmbito social. Montoan; Prieto (2006) enfatiza que a formulação de leis voltadas na integração de crianças com deficiência nas escolas regulares foi possível graças a movimentos sociais. Deste modo a população percebeu a importância de integrar estes indivíduos na escola para que pudesse interagir com o meio social, e também receber um ensino especializado que contribuísse no desenvolvimento de suas potencialidades e que fossem obtivessem os mesmos direitos a igualdade e oportunidade.
Para isto foi formulada a LEI N. 7.853, De 24 de Outubro De 1989, que tem como objetivo a inserção de crianças com deficiência no sistema educacional, das escolas especiais, privadas e públicas.
2.2 O papel da escola para inclusão
O desafio é assegurar um ensino de qualidade que alcance e beneficie os alunos em quaisquer que forem sua situação: biológico social, cultural e histórico. Sem dúvidas, assegurar o direito de frequentar a escola tem sido um avanço muito importante, mas não é tudo, de acordo com Aquino (1998), a questão crucial não é apenas que os alunos frequentem a escola, mas que permaneçam e progridem qualitativa e quantitativamente em seus estudos, esta tarefa é de todos aqueles que regem o trabalho educativo.
Para que esta educação seja significativa, é preciso que o atendimento prestado para os alunos com deficiências múltiplas, ou seja, físicas e psíquicas seja realizado de maneira diferenciada. Com isto a Constituição Federal tem formulado leis para atender esta demanda, no qual prevê o desenvolvimento de suas potencialidades.
Tendo em vista este princípio, precisamos nos remeter na função da escola, que segundo Oliveira (2009), a escola como um espaço social, deve possibilitar o desenvolvimento do pensamento crítico, trazer informações, contextualizá-las e oferecer para o aluno caminhos para ir em busca de novos conhecimentos. Estes componentes curriculares devem estar presentes na educação especial, sendo que, é preciso dar subsídios para que o aluno com deficiência possa agir de maneira independente.
É evidente que a escola é de suma importância para a sociedade, mas se esta não estiver devidamente preparada para atender as necessidades dos alunos, pode comprometer a estrutura organizacional do meio social e principalmente o desenvolvimento cognitivo dos educandos.
Por esta razão a escola deve estar apta para atender estas crianças, efetuando quantas mudanças forem preciso ou até mesmo ‘’ adaptações curriculares, são respostas educativas que devem ser dadas pelo sistema educacional, de forma a favorecer a todos os alunos e, dentre eles, os que apresentam necessidades educacionais especiais’’ (STEINLE 2015, p. 1). A prática pedagógica deve estar alicerçada em um ensino pautado na investigação e reflexão, que só é possível através das trocas de experiência que são mediadas pelo diálogo em sala de aula.
O profissional da educação precisa construir uma intima ligação com o aluno com necessidades especiais, pois somente assim, este irá adquirir maior confiança no educador e em si mesmo. Tendo em vista que a confiança em si mesmo é um dos principais fatores requeridos na aprendizagem, em razão de proporcionar maior força de vontade para realizar as atividades.
No entanto a diferença física gera exclusão pelos alunos, apesar de todos sermos diferentes, como na cor da pele, cabelos, olhos, entre outros, crianças com características modificadas pela deficiência, são deixados de lado nas brincadeiras, nas atividades em grupos e nas amizades. São vários os questionamentos no qual os professores precisam responder, este se vê em uma encruzilhada, pois precisam saciar a curiosidade de mentes cujo preconceito foi estalado pelo meio social.
Podemos perceber que o preconceito está presente na sociedade, através dos entretenimentos oferecidos pela mídia como os desenhos, filmes, novelas entre outros, dificilmente haverá algum personagem deficiente, e quando há, é sempre vítima de agressões e preconceito, também os pais não cometam este assunto com seus filhos, nos livros didáticos não enfatizam o aspecto da diferença.
Desta maneira a criança chega à escola sem ter compreensão sobre esta concepção, o que gera na maioria das vezes estranheza e discriminação. Vianna e Silva (2014) relatam que [...] se a escola deve se tornar inclusiva é porque ela não o tem sido, ainda que os preceitos constitucionais nos apontem para uma visão de sociedade justa e igualitária, sem qualquer tipo de discriminação.
Com isto a pergunta requerida nesta questão é como trabalhar a diferença se estamos imerges em uma sociedade preconceituosa? Ibidem apud Mantoan e Prieto, (2006), sugerem que o professor deve ressaltar o principio da igualdade de oportunidades, mas não deixar de enfatizar a diferença existente no meio social. Pois não é possível instaurar uma condição de igualdades na escola, sendo que todos somos diferentes. A inclusão não ocorre quando a diferença é escondida como se fosse um crime, mas quando se aprende a conviver e aceitar, contribuindo para que o deficiente tenha melhor qualidade de vida.
- Preciso direcionar as práticas educativas, de maneira que elimine toda forma de exclusão, sendo que a educação é um direito de todos e deve ser orientada para construção da cidadania. Desta maneira a escola será conhecida como uma instituição socializadora como tem destacado (Oliveira, 2009).
Através deste processo a escola estará desempenhando seu papel principal, que é se tornar um espaço para todos, e também estará encaminhando seus estudantes para inserção social. Uma vez que é através da escola e principalmente nas séries iniciais que suas percepções e atitudes são desenvolvidas. Entretanto isto só será possível se houver uma uma transformação no sistema educacional como afirma (ROYO, 2012).
2.3 O surgimento da arte como disciplina curricular
A arte como disciplina curricular obrigatória, tem uma recente história. Ao longo do tempo a arte foi surgindo na escola com diferentes interpretações em cada tempo, implementada pela Lei 5692 em 1971.
Por volta do início do século XX o ensino de artes era voltado para o domínio de técnicas, conceitos e códigos, através da reprodução. O professor escolhia nos livros didáticos os modelos a serem copiados pelos alunos. Eram valorizadas as habilidades manuais de precisão.
Como a educação tradicional visava formar o cidadão para o trabalho, podemos afirmar que o desenho era a linguagem mais valorização, assemelhando-se mais a uma ferramenta do que expressão (Cunha, 2011).
A livre expressão no ensino de artes iniciou-se por volta dos anos 30 por estudiosos ligados a tendências renovadoras. As primeiras experiências sobre a arte livre foi promovida por Anita Malfatti (1860 – 1964) em um curso livre de arte que ela promovia em seu ateliê para crianças. A ideia foi tão boa que começou a ganhar novos incentivadores, vários artistas passaram a promover esses cursos em seus ateliês. E com a valorização da ideia não demorou muito para que as escolinhas de artes do brasil criadas em 1948, aderissem esta ideia.
Com a criação das escolas experimentais na década de 60 a ideia da criatividade e expressão foi se consolidando. Mas com o golpe de militar de 64 qualquer formar de expressão era perseguida e as escolinhas de arte não ficaram de fora da lista. Após os anos 80, que profissionais na área da arte começaram a mobilizar-se para dar um novo conceito ao ensino de artes tendo como base a escola nova de Hebert Read.
Na visão de Ana Mae Barbosa, “o caminho para sobreviver, é tornar claros os diversos conteúdos da arte na escola” (1999, p.23), neste sentido os caminhos começaram a surgir quando MAC‐USP em 1989 organizou um simpósio para falar sobre a importância da arte. E em 1996 a LDB assegura o ensino de artes LDB 9394/96, que mantém e assegura a obrigatoriedade do seu ensino nas escolas de Educação Básica. Posteriormente nos PCNS o “Ensino de Artes” foi alterado para “Artes”.
2.4 o Ensino de artes para Inclusão de alunos com Deficiência
A arte esta presente na vida humana desde quando o homem começou a lutar pela sua sobrevivência. Essas manifestações teve inicio nas gravuras antigas, que representavam animais. O homem acreditava que ao pintar o animal, sua alma era apreendida e assim séria fácil capturá-lo. Com o desenvolvimento o homem buscou e descobriu novas formas de expressar-se Na educação a Arte tem um papel fundamental para a formação do educando. Através da arte o ser torna-se mais criativo, expressivo e crítico, agindo de forma autônoma e contribuindo com a sociedade.
Na educação infantil a arte está ligada a atividades artísticas voltada para o desenvolvimento integral do aluno, um momento onde a criança pode referir-se e expressar, lagrimas, tristezas, alegrias, expressar-se de maneira espontânea. Existem várias maneiras de trabalhar a Arte na educação infantil, como; pintura, dança, colagem, modelagem e muitas outras. A medida que os educadores vão conhecendo o pensamento de seus alunos, este adapta os conteúdos preservando o caráter lúdico para a necessidade de sua turma. Portanto analisar e observar o desenvolvimento e a concepção de mundo dessas crianças no ensino Infantil é fundamental.
Para o Ensino de Artes no Fundamental, Proença (2000) nos diz que, nesse período a criança é menos criativa e espontânea que a fase anterior. A vivencia desse momento nos leva a trabalhar de maneira a incentivar aos alunos trabalhos próprios, com marcas individuais.
Entendendo a importância da arte, podemos prosseguir falando sobre a arte e o seu papel na inclusão.
Na escola onde fizemos a pesquisa a arte é muito importante para inclusão de alunos portadores de deficiência, a professora que exerce essa função na escola possibilita e viabiliza atividades onde todos os alunos podem interagir entre si, de maneira que os alunos especiais interagem satisfatoriamente com os colegas. Em uma das aulas a professora trabalha a produção de artes visuais em auto relevo, onde uma aluna portadora de deficiência visual interage e sente a produção junto com seus colegas, a aluna perdeu a visão após os 15 anos por isso ela não apresenta grande dificuldade de aprendizado.
A realidade da criança não esta distante de seu pensamento, através da arte a criança expressa e torna-se transparente aos olhos de quem a observa, por isso o professor deve ser minucioso em suas observações cotidianas. Também precisar ser um constante pesquisador, deve buscar compreender a arte e a sensibilidade que ela expressa em gestos, fala, representações.
Coutinho (2005) diz que; “todos possuem em si, núcleos saudáveis que poderão ser ativos (e a arte costuma ser um privilegiado meio para isso)”. E para Saldanha et al (1999), “o ensino da arte nas escolas possibilitará aos alunos portadores de necessidades especiais o despertar da criatividade, facilitará o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética do homem”.
A proposta de inclusão tem por objetivo garantir ao aluno freqüentar a escola com todos os direitos de um educando, incluindo a liberdade de locomoção e sentir-se seguro e acolhido no ambiente escolar. Esse direito esta amparado por lei, cabe então as escolar se adequar as necessidades exitentes. E para que a inclusão seja verdadeiro o professor precisa acreditar neste aluno especial, acreditar na sua competência, oferecendo oportunidade para se sentir bem e útil na comunidade escolar.
Neste sentido o Ensino de Artes tem maiores oportunidades de promover a inclusão de forma satisfatória. Através da arte a criança desenvolve suas habilidades motoras e psicológicas, auxiliando na compreensão do seu eu em relação ao mundo ao seu redor.
3 CAMINHO METODOLOGICO
O tema surgiu após algumas indagações sobre a inclusão. Para chegar a uma ideia do papel da escolar em incluir um aluno deficiente de maneira satisfatória no ambiente escolar, iniciamos com questionamentos acerca das disciplinas que melhor contempla e pode ser adaptada a necessidades desses alunos. Após algumas observações a disciplina que melhor nos pareceu eficiente foi o ensino de Artes.
Esta pesquisa foi feita na Escola Municipal Fernão Dias Paes, localizada no Distrito de São José do Pingador, na Rua Principal, s/nº, que foi inaugurada em 22/05/1990 criada pelo Decreto nº 1355/88, autorizada pelo parecer da resolução nº 144/2012 CEB/CEE-MT, seu órgão mantenedor é a Prefeitura Municipal de Lambari d’Oeste, com CNPJ é 02585084000106. No Ano letivo de 2016 atende alunos das modalidades: Educação Infantil (Pré I e Pré II) e Ensino fundamental de (1ºAno a 9º Ano), com total de 241 alunos.
A metodologia consistiu de pesquisas exploratória e Documental em análise em trabalhos já existentes sobre o assunto, pesquisas e observação no ambiente escolar. Para finalizar uma pesquisa com os professores que desenvolvem atividades artísticas e lúdica na escola.
Observamos atividades desenvolvidas diariamente na escola por professores de Artes em turmas com alunos especiais.
4 DISCUSSÕES E RESULTADOS
Ao finalizar este artigo, pode-se dizer que a Arte em todos os momentos do desenvolvimento humano é usada como meio de expressão e interação entre os seres. A Arte tem um papel muito interessante e primordial na vida do aluno. Portanto a formação de bons “alunos artistas” precisa ser um compromisso de todas as instituições de Ensino.
E quando essa arte é pensada para a inclusão do aluno deficiente, ela precisa ser planejada e executada para o bem estar do aluno. Na escola pesquisada podemos perceber que os educadores tem esse compromisso em inserir o aluno especial nas atividades cotidianas da sala de aula de maneira que esse possa construir e agir junto com seus colegas.
Percebemos que na disciplina de Artes todos os alunos interagiram de uma maneira que cada um faz seu papel seja na dança, teatro, música ou mesmo pinturas de acordo com suas potencialidades e nem um sente-se inferior ou maior, mas sim fazendo parte de um conjunto de atividades que forma um todo.
Ficou evidente também que Artes no Ensino Fundamental é uma das disciplinas que oferece um leque de opções de maneiras diferentes de trabalhar com uma turma com alunos especiais e também apresenta os maiores avanços em se tratando de limitações de alguns alunos.
5 CONCLUSÃO
Ao final da pesquisa fica evidente a importância da inclusão e como podemos realizar este processo de maneira mais acertada e prazerosa para esses alunos. A arte precisa ser entendida em sua individualidade, pluralismo, sensibilidade e força. O aluno tem que ser incentivado
É preciso uma maior conscientização por parte dos educadores. Alguns tentam e conseguem encontrar o caminho certo, já outros cruzam os braços por acharem sua prática correta, sem se preocupar em buscar formas alternativas de trabalho.
Daí a importância desta pesquisa em propor uma reflexão sobre as questões relacionadas à inclusão entre alunos do Ensino Fundamental e os demais, visto que ainda há uma grande defasagem de educadores comprometidos e estimulados nas salas de aula. Geralmente, a escola responsabiliza o aluno e suas condições familiares pela falta de interesse e não assume como sua a tarefa de incentivar o exercício da inclusão.
Nesse sentido, se torna pertinente discutir algumas condições importantes que precisam ser garantidas para cultivar a motivação dos alunos pela Arte.
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[1] A autora é professora na rede Estadual de Ensino no Município de Lambari d’Oeste – MT. Formada em Matemática pela Universidade do Estado de Mato Grosso( UNEMAT), formada em Pedagogia na Universidade Norte do Paraná ( UNOPAR). Especialista em Educação Infantil, e Matemática e Física pela FAVENI.