A Imprensa Superficial Em Uma Época Que Necessita Originalidade
Por Annie Bitencourt | 16/02/2015 | FrasesEstamos em 2015, um ano que já começou sendo marcado com polêmicas no ramo da publicidade e preconceitos no ramo da política. Uma época onde a minoria luta por seus direitos mas raramente se tornam capa em um site de notícias. Estamos em um momento onde uma jovem moça defecando nas ruas na cidade de Salvador vira notícia. Mas alguém fazendo algo importante em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul por exemplo fica apagada. Alguns até defendem dizendo que a culpa não é da imprensa em si. Mas dos leitores. E eu me pergunto: será? Não creio que um senhor de idade queira ler que a BBB fulana de tal brigou com a ciclana de tal por causa de um pão de queijo. Ou que uma jovem de 13 anos queira ler que o partido x é melhor que o y. Não existem mais colunas divertidas, educativas e inteligentes nos jornais ou nas revistas. Existe sim uma jornalista que humilha pobre e deficientes e trabalha para uma empresa de grande porte. Ou aquele jornalista que adora causar intrigas políticas apenas em nome de alguma polêmica. Lembro das histórias de Machado de Assis relatando os podres da sociedade naquela época. E fico imaginando o que ele pensaria da sociedade atual. A imprensa não conhece os limites, na verdade, o ser humano em geral não conhece limites. Isso dá pena. Eu parei de ler jornal porque já não vejo isso um meio de informação. Não quero saber o que a presidenta comeu ou deixou de comer no café da manhã. Também não quero saber o que o ator tal comprou na Europa. Isso não me interessa. Eu quero sim saber quem está criando novos remédios para doenças até então sem cura. Quero sim saber quem é o físico que mais inovou nos tempos atuais. Quero notícias que me façam refletir a pessoa que sou. Quero gente jovem sem preconceito escrevendo artigos adequados para o público jovem. Quero a imprensa com conteúdos originais. Afinal todos os dias vejo a mesma notícia em diversos sites. E se duvidar até editados de forma semelhante. Eu quero criatividade. Não quero mais ter que acordar de manhã e jogar o jornal no lixo.