A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS DE COOPERAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO 3º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL

Por GILENA OLIVEIRA DE SOUZA | 24/01/2018 | Educação

RESUMO

Este trabalho busca apresentar a importância da prática dos jogos de cooperação nas aulas de educação física, reconhecendo que, essa atividade contribui para o processo de construção e mudança de valores humanos, onde os alunos do 3º ano do ensino fundamental realizarão atividades que prezam pela cooperação, companheirismo, diversão, respeito, inclusão e principalmente pela valorização de si mesmo e do próximo. Assim, é imprescindível considerar a relevância dessa atividade e expor a importância da realização de mais atividades de cooperação e menos atividade de competição. A problemática de atividades competitivas, é que elas contribuem para o aumento de índices de casos notificados de violência verbal/física motivados pela exclusão e rivalidade. Desta forma, este trabalho objetiva construção e mudança de valores humanos, a partir metodologia de aclaramento e compreensão fundamentada na importância de inserção dos Jogos de Cooperação. O tempo de realização é de dois bimestres, onde será acompanhando e avaliado a participação e mudança comportamental dos alunos. A fundamentação teórica é referenciada por Vieira (2013) que consideram importante os jogos cooperativos na fase da educação física infantil apresentando princípios que orientam uma consciência grupal e visa a cooperação para o sucesso de todos, além de Ferreira (2014) que depara a cooperação como fator de inclusão social na escola e Palmiere (2015) que afirma que os Jogos Cooperativos evoca a reflexão sobre o tipo de relação que temos vivenciado em nossa sociedade como uma forma de superar tendências individualistas e competitivas que perpetuam a desigualdade social.

Palavras-chave: Jogos de Cooperação. Valores Humanos. Socialização.Respeito. Rivalidade.

1INTRODUÇÃO

“O professor tem o compromisso de difundir valores positivos para que seus alunos entendam que a verdadeira vitória não depende necessariamente da derrota dos outros” (Vieira, 2013).

A sociedade vive em constantes transformações, objetivando proporcionar melhores condições de vida para a humanidade. Dentro desse contexto, as Instituições Educacionais no decorrer dos anos também sofreram muitas mudanças no processo metodológico de ensino aprendizagem. As tendências educacionais foram as que causaram as maiores transformações, eapesar de serem influenciadas pelo momento político e cultural da época elas primavam por desenvolver norteadores que contribuíam para aprimorar a prática pedagógica educacional.

No entanto, as aulas de Educação Física(EF) nos dias atuais, apesar de contemplar “jogos” em seus conteúdos, as atividades dos jogos acontecem sobre o prisma de competição onde o fracasso seja do atleta ou da equipe,vai “taxar” os perdedores como fracassados. Essa concepção contribui efetivamente para exclusão social, rivalidade e violência nas instituições educacionais.

Contudo, os jogos de cooperação veem para desconstruir esse protótipo de rivalidade e proporcionar inclusão, integração, participação, fazendo com que os participantes sejam todos vencedores. Terry Orlick, pesquisador canadense da Universidade de Ottawa foi o principal estudioso dos jogos cooperativos, ele pesquisou a relação entre jogo e sociedade (Palmiere,2015)e encontrou nos jogos cooperativos uma base e um caminho para começar mudanças positivas em prol de uma ética cooperativa.No Brasil, os jogos cooperativos foram “experimentados” na área da educação por volta de 1980, primeiramente no Estado de São Paulo, ganhando reconhecimentos e várias pesquisas no campo científico a partir de muitas publicações de autores renomados na Educação Física Escolar.

Este trabalho, portanto, busca romper esse paradigma através das aulas de Educação Física educacional, uma vez que as crianças do 3º ano (8 a 9 anos de idade)ainda estão aprendendo e construindo seus valores morais. Nesta fase a criança ainda não consegue identificar e assimilar entre o bem e o mal, entretanto se ela estiver inserida dentro de um grupo social que segrega, exclui e discrimina certamente essa criança começará a desenvolver valores pautados nessa concepção de preconceito e exclusão, neste sentido Palmiere (2015) reconhece a dimensão conceitual e teórica de cooperação, conferindo um caráter direcional aos processos de desenvolvimento humano sempre orientado para o futuro, a perspectiva sociocultural construtivista focaliza, em especial, os elementos essenciais para a compreensão dos conceitos de internalização e de socialização como um processo bidirecional, o que auxilia a investigação de diferentes padrões de interação social.

Desta forma, é importante que as metódicas educacionais busquem promover atividades de interação/integração/união/inclusão escolar que ensinem ao alunado a importância de atividades cooperativas, e mais importante ainda é que esses conceitos sejam aprendidos e praticados posteriormente no seu meio social, familiar, amigável e profissional.

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