A importância do uso de metodologias ativas no curso de serviço social - relato de experiência

A importância do uso de  metodologias ativas no curso de serviço social - relato de experiência

 

Emmanuela Suzy Medeiros de Morais

Centro Universitário Paraíso do Ceará - UniFAP e mail: emmanuela.suzy@fapce.edu.br

Márcio Anderson do Nascimento

Centro Universitário Paraíso do Ceará - UniFAP 

Renata Costa Alencar

Centro Universitário Paraíso do Ceará - UniFAP 

 

Resumo: O referido trabalho refere-se a um relato de experiência, tendo como objetivo  descrever a experiência vivenciada em turmas do curso de serviço social numa a\Instituição de Ensino Superior privada IES. A metodologia ocorreu a partir de observação e aplicação, tendo foco a disciplina de Projeto Integrador Análise institucional e serviço social. Foram utilizados asa seguintes ferramentas tecnológicas tais como: seminário temático, jornal, podcast,  dramatizações, exposições interativas, kahoot, , gamificação,  PLB, vídeos, e mails. A referida disciplina oportunizou aliar a teoria a prática, a partir do momento em que o aluno foi protagonista do ensino, a partir da interação constante, de uma aula inovadora e criativa.

Palavras-chave: Metodologias Ativas; Ensino a Distância; Metodologia de ensino

 

ABSTRACT

This work refers to an experience report, with the objective of describing the experience lived in classes of the social service course in a\Institution of Private Higher Education IES. The methodology was based on observation and application, focusing on the discipline of Integrator Project Institutional analysis and social work. The following technological tools were used, such as: thematic seminar, newspaper, podcast, dramatizations, interactive exhibitions, kahoot, , gamification, PLB, videos, and emails. This discipline made it possible to combine theory and practice, from the moment the student was the protagonist of the teaching, from the constant interaction, of an innovative and creative class.

Keywords: Active Methodologies; Distance learning; Teaching methodology

 

INTRODUÇÃO

 

Cursar as disciplinas do curso de serviço social são pre-requisito para concluir o curso para uma formação baseada nas dimensões teórico-metodológica, ético-político e técnico-operativo existindo nos cursos de graduação, sejam estes a distância ou não, é de extrrema  importância em que no decorrer do curso é oportunizado uma visão holística e particularizada.  

Importante, salientar que as disciplinas práticas proporcionam uma  experiência   profissional previamente adquirida levando o discente a uma formação crítico-reflexivo, agregando muito valor ao processo de ensino-aprendizagem.

Destarte, é notório a influência no rendimento e/ou no processo  qualificação profisisonal em formação, a partir dos conhecimentos adquiridos torna-o  capaz de tomar decisões mediante as demandas na  área a partir dos conhecimentos adquiridas no período acadêmico.

O discente  passa a ter contato  com o campo de atuação do assistente social e experiências vividas contribuindo de forma prático-teórico e reflexivo.

Ao abordar sobre Metodologias ativas já é um tema bastante abordado ao longo da história  por diversos pesquisadores tais como Dewey (1950), Freinet (1975), Freire (1996), Rogers (1973), Bruner (1978), Vygotsky (1998), Moran (2000), Piaget (2006), dentre outros, expondo como cada indivíduo aprende de forma ativa a partir das diversas faixas  etárias.

Conforme aborda Teotonia; Moura (2020, p.196):

A escola mudou, o mundo mudou e não poderia ser diferente com os estudantes. Mas, se tudo mudou, por que os professores continuam os mesmos? Não seria a hora de mudarmos também? Mas, como mudarmos se em nossa formação não fomos conscientizados de que precisaríamos mudar? Se formados fomos e nesta concepção estávamos prontos e acabados?

Pode-se afirmar que o uso de metodologias ativas no processo de ensino aprendizagem, permite,  modificar a prática tradicional do ensinar.

Para Moran (2015, p. 16), com as novas metodologias de ensino hoje existentes, “ensinar e aprender acontece numa interligação simbiótica”, ou seja, permitindo ao estudante se conectar com o professor quase que diariamente, mas com a necessidade de encontros para sanar as dúvidas, tornando viável e equilibrado essa integração.

É preciso parar para notar que, [...] o estudante como o sujeito participativo na        construção da sua aprendizagem e o professor atento a intervir e chegar mais próximo ao sujeito aprendente, buscando compreendê-lo em sua complexidade.(TEOTONIA; MOURA, 2020, p.195)

Neste interim, é perceptível que a aprendizagem torna-o protagonista do processo de ensino-aprendizagem, em que há uma quebra de paradigmas na metodologia pedagógica. A forma como os docentes devem conduzir o processo de aprendizagem é de desencadear  nos alunos um  comportamento bastante pró-ativo, a fim de formar indivíduos críticos-reflexivos-criativos, que atuem na formação do próprio conhecimento e desenvolvem múltiplas competências (MELO et al., 2015).

Morán (2015, p. 17), acrescenta que:

As metodologias precisam acompanhar os objetivos pretendidos. Se queremos que os alunos sejam proativos, precisamos adotar metodologias em que os alunos se envolvam em atividades cada vez mais complexas, em que tenham que tomar decisões e avaliar os resultados, com apoio de materiais relevantes. Se queremos que sejam criativos, eles precisam experimentar inúmeras novas possibilidades de mostrar sua iniciativa.

Contudo,  é fundamental que o professor seja o mediador auxiliando  o discente construir o aprendizado,  a partir dessa ponte entre da mediação e a interação. Todavia, deve se atentar que o aluno muitas vezes não está preparado para mudanças principalmente se a instituição de ensino não está, não investe nas capacitações docentes.

Desse modo, é pertinente usar as metodologias ativas de forma adequada, para que haja um processo de ensino-aprendizagem efetivo, de modo que o discente seja autonomo, desperte a curiosidade, absorva e seja capaz de refletir acerca de determinado conteúdo.

É por meio das metodologias ativas de aprendizagem que se aprende a ver,  ouvir, perguntar, refletir e discutir. Portanto, possibilita o aprender a partir do desenvolvimento dos conhecimentos, habilidades e atitudes (MELO et al., 2015).

Assim sendo, propõe-se descrever a experiência vivenciada em turmas do curso de serviço social de uma Instituição de Ensino Superior privada.

 

 

MATERIAL E MÉTODO

 

O referido  estudo foi realizado no pólo do Centro Universitário Paraíso do Ceará - UniFAP em juazeiro do Norte CE.

No município, a UniFAP está consolidada há 16 anos, estando localizada num bairro de fácil acesso, recebendo alunos de diversos estados e cidades  circunvizinhos.

O curso de Serviço Social da UniFAP-CE está inserido no Cariri cearense, na Região Sul do Estado do Ceará, conta com professoras/res qualificados, desde especialistas, mestres e doutores, e atuam nas suas áreas de conhecimento, que proporcionam aprendizagem com interface entre a ciência e a profissão de forma multi e interdisciplinar na formação das/os alunas/os.

A formação de Serviço Social do Centro Universitário Paraíso (UniFAP-CE), possibilita aos alunos escolha diante dos diversos espaços sócio-ocupacionais existentes.  Assim como, a atuação nos estágios profissionais nas diversas instituições: publicas, privadas, organizações do terceiro, saúde, educação, esporte, movimentos sociais, jurídica, educacional dentre outros.

O curso de graduação de bacharelado em Serviço Social busca formado pela UniFAP deve ser capaz de atuar criticamente nas diferentes formas de expressão da questão social, formulando e implementando propostas de intervenção para seu enfrentamento, com capacidade de promover o exercício pleno da cidadania e a inserção criativa e propositiva dos usuários do Serviço Social no conjunto das relações sociais e no mercado de trabalho.

De modo particular, as disciplinas de Projeto Integrador busca mediante orientação em sala de aula  contribuir a partir do uso de metodologias ativas para o desenvolvimento de novos conhecimentos, atitude e habilidades, , nesse momento de aprendizgem fora do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). E a partir do conteúdo programado inserir as metodologias ativas oportunizando aos discentes uma reflexão teórico-prática.

“Essa mescla, entre sala de aula e ambientes virtuais é fundamental para abrir a escola para o mundo e para trazer o mundo para dentro da escola” (MORAN, 2015, p. 16).

As aulas de projeto integrador são de 60h sendo divido em 4 encontros 2 remotos e 2 presenciais. As disciplinas de projeto integrador é considerado um momento salutar para a  aprendizagem, pois o acadêmico coloca em prática a teoria contribuindo para construção de identidade profissional. Assim sendo, este trabalho objetivou descrever a experiência vivenciada em turmas do curso e serviço social de uma Instituição de Ensino Superior (IES) privada.

 

RESULTADOS E DISCURSSÃO 

As aulas de projeto integrador elas são estruturadas da seguinte forma: inicia-se com a apresentação da ementa a ser realizada ao longo dos encontros, constanto de 4 entregas a serem feitas no decorrer da disciplina, não há prova escrita, apenas entregas que são projetos idealizados pelos alunos de forma prática. O momento é  gratificante, riquíssimo em expectativas inerentes as  aprendizagens.

Sendo que o primeiro contato é de esclarecimento da disciplina, a proposta metodológica e explicação promenorizado do projeto a partir de entregas, após faz uma roda de conversa, propondo situações que  despertem e instigue os alunos a refletir e idealizar de forma criativa um projeto.

A proposta de  usar as metodologias ativas é aliar a teoria e a prática, baseado na inovação, na criatividade, incentivando  e promovendo o conhecimento que as tecnologias proporciona.

“As metodologias precisam acompanhar os objetivos pretendidos. Se queremos que os alunos sejam proativos, precisamos adotar metodologias em que os alunos se envolvam em atividades cada vez mais complexas, em que tenham que tomar decisões e avaliar os resultados, com apoio de materiais relevantes. Se queremos que sejam criativos, eles precisam experimentar inúmeras novas possibilidades de mostrar sua iniciativa” (MORAN, 2015, p. 17).

Desse modo, foi conduzido as atividades conforme elencados a seguir:

1º Momento: Usando as metodologias ativas, a sala foi organizada em círculo foi trabalhado o assunto os diferentes espaços-sócio ocupacionais do assistente social, em que foi explicado  o assunto utilizando Datashow, na sequência exposto um kahoot, é um game virtual, expoe um código na lousa e eles acessam o link e entram através do celular ou computador, e ao ser logado clicam na resposta correta a partir do questionário exposto. Ganha maior pontuação quem for mais rápido nas respostas e acerta.

2º Momento: Para o desenvolvimento das atividades escolheu ser grupos, escolhidos de forma aleatória para oportunizá los trabalhar com pessoas que outrora não tinha tanto contato, foi distribuidos textos temáticos sobre os diversos espaços sócio-ocupacionais, em que eles utilizaram a metodologia Metodologia Baseada em Problemas PLB a partir da resolução de um problema apresentado.  Para a apresentação do PLB cada grupo fez de uma forma inovadora e diversificada conforme elencado a seguir:

 uns fizeram em forma de paródia, outros de poemas, uns como um jornal televisivo, e outros como peça de teatro.

1º Grupo: Idealizou uma paródia sobre os diversos espaços-sócio ocupacionais do assistente social .

2º Grupo: Apresentou um poema em que mostrou o assistente social desde a saúde, educação, habitação dentre outros.

3º Grupo: A apresentação desse grupo se deu através de simulação de situação, dramatizaram o assistente social no âmbito profissional.

4º Grupo: Utilizou uma simulação de um jornal televisivo a partir de uma entrevista com um profissional famoso do serviço social com perguntas pertinentes espaços-sócio ocupacionais do assistente social .

5º Grupo: Apresentaram um podcast, em que gravaram as falas dos integrantes expondo os diversos espaços-sócio ocupacionais.

Nos encontros posteriores trabalhou a leitura previa postadas no AVA  dos temas e a idealização de um projeto final para determnada organização em que o assistente social estaria inserido.

A proposta da utilização das metodologias ativas era aliar teoria e prática de forma inovadora, promovendo a autonomia, reflexão e o conhecimento de novas metodologias de ensino-aprendizagem, em que levou o academico a interagir e discutir, tornando o processo prazeroso.

Foi perceptivel de inicio não houve tanta aceitação e recptividade quanto ao uso das metodologias ativas, mas após as apresentações eles ficaram simpatizantes, percebeu a dificuldade que alguns  alunos possue em lidar com as tecnologias digitais.

Todavia, o resultado foi positivo, levando em conta que muitas práticas tradicionais não podem ser abolidas, mas utilizadas de forma inovadora para atrair a atenção dos discentes, utilizar  mecanismo estimulante para o desenvolvimento de competências.

Diante do exposto, do relato de experiência acredita-se queé preciso inovar no ensino superior, através de meios que potencialize o ensino-aprendizagem principalmente no EaD.

 

 

CONCLUSÃO

 

É notório que através da realização do uso das metodologias ativas, os alunos sendo protagonistas do ensino,  os encontros se tornaram mais dinâmicos, percebendo que basta aguçar a criatividade que os discentes expõe de forma interativa, dinâmica e ativa,  em que é preciso quebrar paradigmas que somente com o ensino tradicional é efetivo.

Percebeu-se que a prática docente é desafiador principalmente quando propõe algo novo, diferente para os discentes, principalmente para o assistente social no âmbito institucional, devendo essa prática  ser repensada, refletida.

Contudo, é importante atentar para a implantação das metodologias ativas que  requer treinamento, atualização e que não é algo  imediato, nem fácil de ser implantado, devido as resistências mas é algo a ser tentado.

 

REFERÊNCIAS

 

MELO, L. A.; BEZERRA, M. V. M.; MELO, L. A.; MARTINS,    C.    M.    A.;    CORREIA,    M.    S.;

ALBUQUERQUE, R. S. Diálogo sobre construção de um mapa conceitual como recurso para aprendizagem: relato de experiência. Rev Iberoam Educ Invest Enferm., v. 5, n. 4, p. 50-58, 2015. Disponível em:

. Acesso em: 11 mai. 2023.

 

MELO, L. A.; BEZERRA, M. V. M.; MELO, L. A.; MARTINS,    C.    M.    A.;    CORREIA,    M.    S.;

ALBUQUERQUE, R. S. Diálogo sobre construção de um mapa conceitual como recurso para aprendizagem: relato de experiência. Rev Iberoam Educ Invest Enferm., v. 5, n. 4, p. 50-58, 2015. Disponível em:

. Acesso em: 11 mai. 2023.

 

MORÁN, José. Mudando a educação com metodologias ativas. PG: Foca Foto-PROEX/UEPG, 2015.            Disponível       em: . Acesso em: 11 mai. 2023.

TEOTONIA; MOURA. Metodologias ativas na aprendizagem: um desafio para o professor do século XXI. Formação Docente e Trabalho Pedagógico: Diálogos Fecundos. Org. Andréa Koachhann. Editora Scotti, Goiânia, 2020. p. 193- 209.