A importância do trabalho do psicopedagogo na construção do diagnóstico...

Por Rita de Cássia Melo Guimarães | 17/08/2016 | Educação

A importância do trabalho do psicopedagogo na construção do diagnóstico pedagógico-Avaliação e Mediação.

Este artigo evidencia a importância de um professor psicopedagogo na instituição escolar a fim de ajudar a superar os problemas de aprendizagem como medida preventiva diagnosticando, avaliando e fazendo suas intervenções.

RESUMO

Levando em conta de que nem todas as escolas possuem um profissional que possa assessorar a comunidade de alunos frequentadores é que justifica a necessidade desse acompanhamento a fim de instrumentalizá-la tanto teórica quanto metodológica. O campo da psicopedagogia trazendo à luz essa indispensabilidade prepara o Psicopedagogo. Esse é o profissional indicado para assessorar e esclarecer a escola à respeito de variados modos desse processo todo de ensinar e aprender, bem como a atuação para prevenir o fracasso. Na escola, o profissional formado em Psicopedagogia cooperará na elucidação das dificuldades de aprendizagem que não têm como causa apenas deficiências do aluno como também outras causas. Seu ofício é analisar e assinalar os fatores que favorecem ou não, interferindo para uma melhor aprendizagem na rotina da comunidade escolar. Vem propor e ajudar quanto ao desenvolvimento de projetos que favoreçam as melhorias educacionais, tendo em vista a condução de uma melhor construção do conhecimento; ou seja, evitando o fracasso escolar. Dessa forma, a Psicopedagogia aflora o encontro com o prazer de trabalhar, de investigar, de aprender com os alunos numa comunidade escolar. Como diz Rubem Alves (2014), as escolas existem não para ensinar as respostas, mas para ensinar as perguntas. As respostas permitem que todos andem sobre a terra firme. Mas, somente as perguntas permitem entrar pelo mar que se desconhece. Sendo assim, este artigo evidencia a importância de um professor psicopedagogo na instituição escolar a fim de ajudar a superar os problemas de aprendizagem como medida preventiva diagnosticando, avaliando e fazendo suas intervenções.

INTRODUÇÃO

Espera-se que nesse artigo seja possível demonstrar a importância da atuação do psicopedagogo considerando a execução das ações escolares ao longo do ano letivo. É importante evidenciar as atividades dos agentes educacionais, não só os docentes, a equipe gestora, mas, sobretudo um de seus membros: o Professor.  É interessante ressaltar que, este como líder de um seguimento será o intermediário nas tarefas da comunidade escolar como ponto de apoio e mediano entre o aprendizado e o aluno, não só quando da construção do processo Pedagógico, bem como da sua execução. É relevante citar isso porque a ação pedagógica na escola dá-se quando há práticas pedagógicas que sejam capazes de emancipar os seres que nela atuam. Isso significa que na escola há efetivas atitudes tomadas que conduzem o ser humano a se tornar mais crítico, mais social, autônomo, comprometido com uma intencionalidade de melhorar o ambiente que o circunda, que, portanto, será conduzido por um trabalho bem realizado pelo Professor, nesse processo, através de suas funções diárias. Na concepção da didática tradicional, verifica-se que, num contexto anterior, a escola era tida como a multiplicadora do conhecimento. Seu compromisso social era a reprodução da cultura, a escola representava como único ambiente no qual haveria acesso ao conhecimento. Atualmente, muita coisa mudou, a escola considera os conhecimentos prévios dos alunos, ou seja, aqueles adquiridos também fora da escola. Porém, as realidades escolares são diversas. Cada uma com seus problemas e tentativas de soluções, apontando ações que educam com propostas educacionais, ações sociais que valorizem a cultura. Outras, em suas dificuldades demoram mais para encontrar o caminho.  Por tudo isso, percebendo que nem todas as escolas se afirmam sozinhas é que fundamenta o acompanhamento de um profissional que possa assessorar a comunidade de alunos frequentadores e a necessidade desse acompanhamento a fim de instrumentalizá-la tanto teórica quanto metodológica: o psicopedagogo. Scoz (1994), em seu livro, explora o modo de ver dos educadores na atuação escolar em relação aos problemas existentes de aprendizagem: os problemas, métodos a serem utilizados, fatores que interferem na rotina do processo do conhecimento. Ainda assim vem propor ações para contribuir nas necessidades entre o sujeito da comunidade escolar e o agente que administra, intermedeia esse conhecimento: o professor. Porém, vem demonstrar também como a Psicopedagogia pode entrar como coadjuvante nesse processo da construção do conhecimento, avaliando e diagnosticando, bem como intervindo nesse sistema.

1. ATUAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

Por ser responsável pela grande parte da formação e construção do conhecimento do sujeito, nota-se que a escola necessita da atuação de um profissional que seja coadjuvante a esse processo: um profissional que venha auxiliar a criar competências e habilidades para solucionar problemas que ocorrem dentro dela. Percebe, no entanto que, este trabalho vem ganhando espaço como caráter preventivo, já que o número de crianças que necessitam de apoio por suas deficiências na aprendizagem aumenta a cada ano. Faz-se necessário de uma correspondência entre o trabalho escolar e um preventivo. Por isso, o profissional da psicopedagogia entra em ação.

O objetivo principal do trabalho psicopedagógico é favorecer o processo de ensino e aprendizagem, estabelecendo vínculos entre os sujeitos envolvidos para que estes sempre tenham resultados positivos, além de provocar prazer em aprender de forma saudável, como Rubem Alves (2014), afirma em seu livro “ensinar e aprender” que é para isso que as escolas existem. Elas não precisam dar as respostas prontas, mas levar as perguntas para que esses que nela integram possam encontrá-las através de atividades propostas que são realizadas, através de jogos e recursos tecnológicos ao alcance de todos.

Tal caráter é demonstrado através da ação de pesquisar condições necessárias para que esse processo de aprendizagem aconteça, identificando os obstáculos e facilitando assim a intervenção precisa na relação professor/aluno/família; ou seja, entre o conteúdo e grupo social.

Na concepção de Fagali (FAGALI, 2002, p. 10) deve-se trabalhar as questões que pertencem às relações professor/aluno e redefinir os métodos pedagógicos, integrando, assim tanto o caráter afetivo e o cognitivo, através da aprendizagem do conteúdo, nas diferentes áreas do saber,  devendo levar de certa forma à melhoria das competências cognitivas.

O psicopedagogo pode interagir com a prática docente, envolver profissionais da educação no sentido de se prepararem adequadamente; orientar a dinâmica das relações da comunidade para favorecer a integração e troca adequada; promover também indicações metodológicas conforme as características individuais e coletivas; aplicar processo de orientação educacional, vocacional e ocupacional, individualmente ou em grupo; bem como atuar dentro da própria escola numa prática preventiva. Nessa função, o profissional da psicopedagogia observa e percebe possíveis transtornos, podendo atuar de forma preventiva.

Também o psicopedagogo pode zelar e remediar as dificuldades na aprendizagem, diagnosticando, desenvolvendo técnicas atenuantes, orientando pais e professores, estabelecendo contatos com outros profissionais das áreas psicológica, psicomotora, fonoaudiológica e educacional, pois trata de dificuldades multifatoriais na sua origem e, algumas vezes, no tratamento. Dessa forma, na linha terapêutica, esse profissional será um mediador em todo esse processo, não só unindo os conhecimentos da psicologia, mas somado à pedagogia, porque nesse contexto o psicopedagogo institucional, como um profissional qualificado, por meio de técnicas e métodos apreendidos estará apto a trabalhar na área da educação, dando assistência aos professores e a outros profissionais da instituição escolar para melhoria das condições que a Instituição escolar necessita no processo de ensinar, aprender e prevenir os problemas durante a aprendizagem.

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