A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA A PRÁTICA EDUCATIVA

Por Maria Nilce S. Monteiro | 10/05/2011 | Educação

MARIA NILE SOUZA MONTEIRO1
RESUMO

Este artigo tem como objetivo compreender a importância do lúdico para a prática educativa, o mesmo foi apresentado à disciplina Dinâmica de Grupos e Jogos Pedagógicos em sala de aula na Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e Letras de Rondônia, para obter informações necessárias que auxiliam o professor na hora de ensinar, facilitando assim a aprendizagem dos alunos. O lúdico como instrumento facilitador é um recurso importantíssimo para a prática educativa.
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Palavras-chave: Lúdico, Aprendizagem, Professor e Prática.

INTRODUÇÃO

O lúdico no processo ensino-aprendizagem revela uma preocupação com a prática pedagógica sugere a necessidade de compreender a importância da ludicidade no processo de construção do conhecimento. A palavra se origina do latim ludus que significa jogo uma vez que a busca do alcance dos objetivos de brincadeiras implicam certas circunstâncias em esforços, além do próprio processo psicológico.
A atividade lúdica se torna importante a partir do momento em que o educador juntamente com os educandos torna suas aulas mais criativas. Acredita-se que o desenvolvimento de atividades lúdicas desenvolve o aprendizado mais concretamente permeando um espaço maior no desenvolvimento cognitivo da criança. Embora o lúdico seja de grande importância na prática educativa é de esforço próprio que o professor irá promover o desenvolvimento de aprendizagem do aluno. A vida nos impõe que sejamos educadores capazes de brincar, e ser educado capaz de aprender com sua prática. Lutar pelo direito de brincar é a expressão de resistência, toda via a sociedade está mais preocupada com a quantidade e a lucratividade da produção do que com a aprendizagem do aluno.

REVISÃO DE LITERATURA

O lúdico como fator facilitador da aprendizagem e o professor como mediador.

Fala-se muito em ludicidade nos dias de hoje, mas ainda não há aquela preocupação por parte de alguns educadores pela utilização do lúdico que é um recurso metodológico capaz de propiciar a aprendizagem espontânea e natural. Estimula a crítica, a criatividade e a socialização da criança. Quanto mais se amplia à realidade externa da criança mais ela tem uma organização interna ágil e coerente. O educador precisa ser sensível às contingências em sala de aula e as criatividades que serão realizadas para que possam ser criadas condições de ensino e saber.
Segundo Lopes o brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. Acredita-se que é no brinquedo que a criança aprende agir uma esfera cognitiva ao invés de uma esfera visual externa dependendo das motivações e tendências internas, e não por incentivos fornecidos por objetos externos.
Foi refletindo acerca dessa realidade que é vivida não só no Brasil, mas em toda América, que devemos considerar necessário resgatar o brincar como elemento essencial para o desenvolvimento integral da criança em sua criatividade, aprendizagem, socialização, enfim, em todos os ambientes e circunstâncias de sua vida, no lar, na vizinhança, na escola e na comunidade.
Hoje o tempo das crianças é habitualmente saturado por deveres e afazeres, restando muito pouco para as atividades lúdico-criativas. Assim, diminuem as possibilidades da criança descobrir sua própria maneira de ser, construir, sua afetividade e fazer suas próprias descobertas por meio da brincadeira. O lúdico facilita a aprendizagem da criança, mas o professor precisa conhecer as maneiras de aplicá-lo, pois se não procurar compreender a ludicidade seu trabalho não terá rendimentos suficientes. Percebemos que se o professor não aprende com prazer não poderá ensinar com prazer. É isso que procuramos fazer em nossa prática pedagógica, dando ênfase à formação lúdica: ensinar e sensibilizar o professor-aprendiz para que, através de atividades dinâmicas e desafiadoras, despertem no sujeito-aprendiz o gosto e a curiosidade pelo conhecimento. Curiosidade que segundo Freire (1997) é natural e cabe ao educador torná-la epistemológica.
Acredita-se, que para conhecer e entender os problemas que interferem na aprendizagem dos alunos, o professor deve ter uma busca constante. Para isso, ele deve refletir sobre sua prática pedagógica em sala de aula. Este aprender a refletir, está relacionado com sua formação, com sua preocupação em estar atualizado, em procurar novas metodologias em querer inovar, fazer diferente.
Através de jogos e brincadeiras a criança desenvolve a capacidade de perceber suas atitudes de cooperação e adquire oportunidades de descobrir seus próprios recursos e testar suas próprias habilidades, além do que, também, aprende a conviver com os colegas numa interação. No mundo infantil o espaço lúdico é essencial o período em que estamos na sala de aula precisa ser mágico e nesse momento onde conseguimos criar o encantamento necessário para que a criança se sinta apaixonada pelo instante em que vive na escola, estamos proporcionando um ambiente afetuoso necessário para envolvê-la. Piaget afirma que o desenvolvimento da inteligência está voltado para o equilibrio.
Entendemos, a partir dos princípios aqui expostos, que o professor deverá contemplar a brincadeira como princípio norteador das atividades didático-pedagógicas, possibilitando às manifestações corporais encontrarem significado pela ludicidade presente na relação que as crianças mantêm com o mundo.
É preciso que os profissionais de educação tenham acesso ao conhecimento produzido na área da educação infantil e da cultura em geral, para repensarem sua prática, se reconstruírem enquanto cidadãos e atuarem enquanto sujeitos da produção de conhecimento. E para que possam mais do que "implantar" currículos ou "aplicar" propostas à realidade em que atuam efetivamente participar da sua concepção, construção e consolidação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A formação lúdica possibilita ao educador conhecer-se como pessoa, saber de suas possibilidades, desbloquearem resistências e ter uma visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo para a vida da criança, do jovem e do adulto. Sua formação oportuniza o professor não só o saber da sua sala de aula possibilita também, conhecer as questões da educação, as diversas práticas analisadas na perspectiva histórico, sócio-cultural. A escola não deve apenas transmitir conhecimentos, mas também preocupar-se com a formação global dos alunos, numa visão em que o conhecer e o intervir no real se encontrem. Mas, para isso, é preciso saber trabalhar com as diferenças: é preciso reconhecê-las, não camufla-las, aceitando que, para conhecer a mim mesmo, preciso conhecer o outro.
A partir de uma opção democrática, almeja-se resgatar o verdadeiro papel social da escola e do professor, isto pressupõe mudanças, seja no campo profissional, visto que, perpassa pelas questões de formação, remuneração e conseqüentemente valorização bem como, institucional que inclui número de alunos, espaço adequado e material didático satisfatório.
Vale salientar que são muitas as habilidades motoras que a criança adquire ao longo de seu desenvolvimento, ajudando-a a desenvolver competências nas diversas atividades do seu cotidiano. Desde muito cedo, possui um anseio natural para brincar, isto é, para por em prática suas habilidades que desabrocham em crescentes variedades de formas para explorar a si própria e o ambiente ao seu redor.

REFERÊNCIAS

LOPES, Vanessa Gomes. Linguagem do Corpo e Movimento. Ed. Fael. Curitiba, 2006.
PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Rio de janeiro: Forense Universidade. 1976.
Piaget, Jean. A psicologia da criança. Ed.Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.

SANTOS, Santa Marli Pires. Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos.
Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

VYGOTSKY, Lev. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.




































































































A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA A PRÀTICA EDUCATIVA


MARIA NILE SOUZA MONTEIRO1
RESUMO

Este artigo tem como objetivo compreender a importância do lúdico para a prática educativa, o mesmo foi apresentado à disciplina Dinâmica de Grupos e Jogos Pedagógicos em sala de aula na Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e Letras de Rondônia, para obter informações necessárias que auxiliam o professor na hora de ensinar, facilitando assim a aprendizagem dos alunos. O lúdico como instrumento facilitador é um recurso importantíssimo para a prática educativa.
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Palavras-chave: Lúdico, Aprendizagem, Professor e Prática.

INTRODUÇÃO

O lúdico no processo ensino-aprendizagem revela uma preocupação com a prática pedagógica sugere a necessidade de compreender a importância da ludicidade no processo de construção do conhecimento. A palavra se origina do latim ludus que significa jogo uma vez que a busca do alcance dos objetivos de brincadeiras implicam certas circunstâncias em esforços, além do próprio processo psicológico.
A atividade lúdica se torna importante a partir do momento em que o educador juntamente com os educandos torna suas aulas mais criativas. Acredita-se que o desenvolvimento de atividades lúdicas desenvolve o aprendizado mais concretamente permeando um espaço maior no desenvolvimento cognitivo da criança. Embora o lúdico seja de grande importância na prática educativa é de esforço próprio que o professor irá promover o desenvolvimento de aprendizagem do aluno. A vida nos impõe que sejamos educadores capazes de brincar, e ser educado capaz de aprender com sua prática. Lutar pelo direito de brincar é a expressão de resistência, toda via a sociedade está mais preocupada com a quantidade e a lucratividade da produção do que com a aprendizagem do aluno.

REVISÃO DE LITERATURA

O lúdico como fator facilitador da aprendizagem e o professor como mediador.

Fala-se muito em ludicidade nos dias de hoje, mas ainda não há aquela preocupação por parte de alguns educadores pela utilização do lúdico que é um recurso metodológico capaz de propiciar a aprendizagem espontânea e natural. Estimula a crítica, a criatividade e a socialização da criança. Quanto mais se amplia à realidade externa da criança mais ela tem uma organização interna ágil e coerente. O educador precisa ser sensível às contingências em sala de aula e as criatividades que serão realizadas para que possam ser criadas condições de ensino e saber.
Segundo Lopes o brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. Acredita-se que é no brinquedo que a criança aprende agir uma esfera cognitiva ao invés de uma esfera visual externa dependendo das motivações e tendências internas, e não por incentivos fornecidos por objetos externos.
Foi refletindo acerca dessa realidade que é vivida não só no Brasil, mas em toda América, que devemos considerar necessário resgatar o brincar como elemento essencial para o desenvolvimento integral da criança em sua criatividade, aprendizagem, socialização, enfim, em todos os ambientes e circunstâncias de sua vida, no lar, na vizinhança, na escola e na comunidade.
Hoje o tempo das crianças é habitualmente saturado por deveres e afazeres, restando muito pouco para as atividades lúdico-criativas. Assim, diminuem as possibilidades da criança descobrir sua própria maneira de ser, construir, sua afetividade e fazer suas próprias descobertas por meio da brincadeira. O lúdico facilita a aprendizagem da criança, mas o professor precisa conhecer as maneiras de aplicá-lo, pois se não procurar compreender a ludicidade seu trabalho não terá rendimentos suficientes. Percebemos que se o professor não aprende com prazer não poderá ensinar com prazer. É isso que procuramos fazer em nossa prática pedagógica, dando ênfase à formação lúdica: ensinar e sensibilizar o professor-aprendiz para que, através de atividades dinâmicas e desafiadoras, despertem no sujeito-aprendiz o gosto e a curiosidade pelo conhecimento. Curiosidade que segundo Freire (1997) é natural e cabe ao educador torná-la epistemológica.
Acredita-se, que para conhecer e entender os problemas que interferem na aprendizagem dos alunos, o professor deve ter uma busca constante. Para isso, ele deve refletir sobre sua prática pedagógica em sala de aula. Este aprender a refletir, está relacionado com sua formação, com sua preocupação em estar atualizado, em procurar novas metodologias em querer inovar, fazer diferente.
Através de jogos e brincadeiras a criança desenvolve a capacidade de perceber suas atitudes de cooperação e adquire oportunidades de descobrir seus próprios recursos e testar suas próprias habilidades, além do que, também, aprende a conviver com os colegas numa interação. No mundo infantil o espaço lúdico é essencial o período em que estamos na sala de aula precisa ser mágico e nesse momento onde conseguimos criar o encantamento necessário para que a criança se sinta apaixonada pelo instante em que vive na escola, estamos proporcionando um ambiente afetuoso necessário para envolvê-la. Piaget afirma que o desenvolvimento da inteligência está voltado para o equilibrio.
Entendemos, a partir dos princípios aqui expostos, que o professor deverá contemplar a brincadeira como princípio norteador das atividades didático-pedagógicas, possibilitando às manifestações corporais encontrarem significado pela ludicidade presente na relação que as crianças mantêm com o mundo.
É preciso que os profissionais de educação tenham acesso ao conhecimento produzido na área da educação infantil e da cultura em geral, para repensarem sua prática, se reconstruírem enquanto cidadãos e atuarem enquanto sujeitos da produção de conhecimento. E para que possam mais do que "implantar" currículos ou "aplicar" propostas à realidade em que atuam efetivamente participar da sua concepção, construção e consolidação.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A formação lúdica possibilita ao educador conhecer-se como pessoa, saber de suas possibilidades, desbloquearem resistências e ter uma visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo para a vida da criança, do jovem e do adulto. Sua formação oportuniza o professor não só o saber da sua sala de aula possibilita também, conhecer as questões da educação, as diversas práticas analisadas na perspectiva histórico, sócio-cultural. A escola não deve apenas transmitir conhecimentos, mas também preocupar-se com a formação global dos alunos, numa visão em que o conhecer e o intervir no real se encontrem. Mas, para isso, é preciso saber trabalhar com as diferenças: é preciso reconhecê-las, não camufla-las, aceitando que, para conhecer a mim mesmo, preciso conhecer o outro.
A partir de uma opção democrática, almeja-se resgatar o verdadeiro papel social da escola e do professor, isto pressupõe mudanças, seja no campo profissional, visto que, perpassa pelas questões de formação, remuneração e conseqüentemente valorização bem como, institucional que inclui número de alunos, espaço adequado e material didático satisfatório.
Vale salientar que são muitas as habilidades motoras que a criança adquire ao longo de seu desenvolvimento, ajudando-a a desenvolver competências nas diversas atividades do seu cotidiano. Desde muito cedo, possui um anseio natural para brincar, isto é, para por em prática suas habilidades que desabrocham em crescentes variedades de formas para explorar a si própria e o ambiente ao seu redor.

REFERÊNCIAS

LOPES, Vanessa Gomes. Linguagem do Corpo e Movimento. Ed. Fael. Curitiba, 2006.
PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Rio de janeiro: Forense Universidade. 1976.
Piaget, Jean. A psicologia da criança. Ed.Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.

SANTOS, Santa Marli Pires. Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos.
Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

VYGOTSKY, Lev. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.