A importância do lúdico no processo de aprendizagem das crianças na língua inglesa

Por ADRIANA MARIANO PEDROSO | 13/03/2012 | Educação

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS NA LÍNGUA INGLESA

 

  1. INTRODUÇÃO

 

Em primeiro lugar, Dallabona e Mendes (2004, p.1) referem que as pessoas, durante toda sua trajetória de vida, estão sempre em busca de descobertas e aprendizados novos através do contato com as outras pessoas e através do seu meio. As autoras ponderam que o ser humano nasceu para desenvolver seu aprendizado, para realizar descobertas e “apropriar-se dos conhecimentos, desde o mais simples até os mais complexos”. Enfim, esse modo de agir é que faz com que as pessoas sobrevivam e se integrem na sociedade como “ser participativo, crítico e criativo”.

Bem, diante dessa breve introdução, faz-se necessário dizer que o presente paper tem por finalidade abordar a importância do lúdico no processo de aprendizagem das crianças especialmente na língua inglesa.

            Em segundo lugar, é necessário conceituar o que significa lúdico.  Segundo Pinho (2011), a origem de lúdico vem da palavra latina “ludus” que significa “jogo”. Bem, ainda segundo a autora Pinho (2011, p.1) temos uma definição mais completa:

O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. De modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. O lúdico apresenta valores específicos para todas as fases da vida humana. Assim, na idade infantil e na adolescência a finalidade é essencialmente pedagógica.

 É importante ressaltar que conforme Souza (apud Silva, 2011), que já na Antiguidade já se falava na importância das brincadeiras e jogos, especialmente entre egípcios, romanos e maias. O lúdico tinha destaque e importância, pois a cultura era passada dos velhos para os mais jovens através de jogos.

Dallabona e Mendes (2004) partem do princípio que há uma necessidade de diferenciar jogo, brinquedo e brincadeira conforme o dicionário Larousse (1982):

- Jogo: ação de jogar; folguedo. Brinco, divertimento. Ex.: jogo de futebol, jogos olímpicos, jogo de damas, jogos de azar, etc.

- Brinquedo: objeto destinado a divertir uma criança, suporte da brincadeira.

- Brincadeira: ação de brincar, divertimento. Gracejo, zombaria. Festinha entre amigos e parentes. Qualquer coisa que se faz por imprudência ou leviandade e que custa mais do que se esperava: aquela brincadeira custou-me caro.

Dallabona e Mendes (2004) consideram em seu artigo, entitulado de “O Lúdico na educação infantil: jogar, brincar, uma forma de educar”, que:

 Brincadeira basicamente se refere à ação de brincar, ao comportamento espontâneo que resulta de uma atividade não-estruturada; Jogo é compreendido como uma brincadeira que envolve regras; Brinquedo é utilizado para designar o sentido de objeto de brincar; já a Atividade Lúdica abrange, de forma mais ampla, os conceitos anteriores.

 Mais adiante Pinho (2011) refere/pondera que o lúdico é relevante para a mentalidade da pessoa. Dessa forma, é necessário que pais e educadores dêem a devida atenção a esse aspecto.

Já, Dallabona e Mendes (2004, p. 1) vem de encontro a essa idéia ao referir que:

 A infância é a idade das brincadeiras. Acreditamos que por meio delas a criança satisfaz, em grande parte, seus interesses, necessidades e desejos particulares, sendo um meio privilegiado de inserção na realidade, pois expressa a maneira como a criança reflete, ordena, desorganiza, destrói e reconstrói o mundo.

             Dallabona e Mendes (2004) vão mais além nas suas ponderações ao dizer que o lúdico se traduz como uma das formas “mais eficazes” (trocar) de “envolver o aluno nas atividades”, pois a brincadeira faz parte da criança, é a forma com que ela percebe e descobre o mundo.

 

  1. SOBRE A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO

 

De acordo com Silva (2011), as atividades lúdicas nas escolas devem trazer como contribuição melhoria nos resultados dos alunos. É importante dizer que as atividades lúdicas auxiliariam na busca de melhores resultados por parte dos educadores que desejam mudanças. Essas atividades seriam responsáveis por avanços e tornariam a sala de aula num ambiente melhor, mais agradável.

Snyders (apud Silva, p.2) pondera que:

A maior parte das crianças em situação de fracasso são as de classe popular e elas precisam ter prazer em estudar; do contrário, desisitirão, abandonarão a escola, se puderem. Se não puderem, continuarão, mas não aprenderão muito. Quanto mais os alunos enfrentam dificuldades – de ordem física e econômica – mais a escola deve ser um local que lhes traga outras coisas. Essa alegria não pode ser uma alegria que os desvie da luta, mas eles precisam ter o estímulo do prazer. A alegria deve ser prioridade para aqueles que sofrem mais fora da escola. Sei que é um pouco utópico, mas de vez em quando é necessário sonhar.

 Silva (2011, p.2) faz um importante comentário ao mencionar que as crianças que se envolvem em atividades lúdicas “sentem-se mais livres para criticar, argumentar e criar”. Porém, em relação aos métodos tradicionais de ensino, o aluno “se torna apático ao conhecimento, como se o que estivesse aprendendo não tivesse relevância para o seu mundo”.

 Rego (2000, p. 79) complementa a idéia de Silva ao mencionar que os jogos tornam “os ambientes desafiadores, capazes de estimular o intelecto proporcionando a conquista de estágios mais elevados do raciocínio”.

 

  1. SOBRE O PERFIL DO PROFESSOR DE LE

 

Em relação ao perfil do professor de língua estrangeira, Andrade e Sá (apud Nunes, 2011, p. 4) menciona que o professor deve ter conhecimentos didáticos que são “filtrados pela prática”, ou seja, ele deve ser capaz de fazer uma reflexão sobre esses conhecimentos.

      Nunes (2011) menciona que, relação ao aspecto pedagógico, o professor deve respeitar as “transformações educacionais” que ocorrem em nossa sociedade. Dessa forma, ele deve ter em mente que ele não detém o poder de transmitir o saber, sendo que deve corresponder às novas formas de aprendizagem, as quais sofrem influência da tecnologia.

 

  1. CONCLUSÃO

 

O lúdico traz à aprendizagem do aluno, seu saber, sua compreensão do que é mundo e seu conhecimento. Dessa forma, o lúdico é essencial para o ensino-aprendizagem de inúmeras disciplinas. Neste aspecto, podemos incluir a Língua Inglesa.

Incluir o lúdico nesse processo é desafiador porque existem profissionais que não estão preparados para assimilá-lo em suas aulas. Essa falta de preparo leva à resistência de aceitá-lo e utilizá-lo em sala de aula.

Em relação à Língua Inglesa, o lúdico deverá auxiliar na aquisição da língua, pois traz à aula um pouco de descontração e deixam o aluno à vontade levando-o a se motivar e aprender mais.

Torna-se relevante que mais e mais professores sejam levados a aderir a esse elemento tão importante à formação do estudante de língua estrangeira.

 

REFERÊNCIAS

 DALLABONA, Sandra Regina; MENDES, Sueli Maria Schmitt. O lúdico na educação infantil: jogar, brincar, uma forma de educar. Revista de divulgação técnico-científica do ICPG. Vol. 1 n. 4 – jan – mar/2004.

 LAROUSSE, K. Pequeno dicionário enciclopédico Koogan. Larousse. Rio de Janeiro: Larousse, 1982.

 NUNES, Ana Raphaella S. C. de Abreu. O lúdico na aquisição da segunda língua. Disponível em: HTTP://www.linguaestrangeira.pro.br/artigos_papers/ludico_linguas.htm Acesso em 06 de Agosto de 2011.

 PINHO, Raquel. O lúdico no processo de aprendizagem. Disponível em: http://www.webartigosos.com/articles/21258/1/O-LUDICO-NO-PROCESSO-DE-APRENDIZAGEM/pagina1.html Acesso em 07 de Agosto de 2011.

 REGO, T.C. Vygotsky: Uma perspectiva histórico-cultural da educação. 10 ed. Petrópolis: Vozes, 2000.

 SILVA, Ana Paula Carvalho Rezende. O uso de atividades lúdicas no ensino de língua inglesa para alunos do 6º ano do ensino fundamental II. Disponível em: HTTP//www.pedagogia.com.br/artigos/atividadesludicasnalinguainglesa/índex.php?pagina=0. Acesso em 06 de agosto de 2011.