A IMPORTÂNCIA DO GORRO PRETO, BREVÊ E DEMAIS SIMBOLOGIAS PARA OS MILITARES DE OPERAÇÕES ESPECIAIS.

Por Wallace Hernane Pereira dos Santos | 05/11/2017 | História

Síntese:

Acompanhando os fatos históricos dentro do universo militar, especificamente 2ª Guerra Mundial, deparamo-nos com  aspectos de suma importância para compreensão e valorização dos símbolos assim como da doutrina, principalmente aqueles que são referenciados e utilizados até na atualidade por militares e policiais por todo mundo, mais especificamente, dentro do contexto das Forças Especiais. Segundo Denecé (2009),  temos por inicio das Forças Especiais militares, e concomitantemente policiais, a idealização de Wiston Churchill, Primeiro Ministro britânico sendo feito refém em 1899 na Guerra do Bôers, na África do Sul; vislumbrou os kommandos que tendo por proporção de um para cada dez britânicos, foram vencidos com severa dificuldade.

Concomitantemente, outros símbolos, apetrechos ou objetos surgiram em conjunto com estes citados anteriormente. Passaram então a acompanhar com mesmo valor histórico e doutrinário, compondo a mística dos operadores, criando caráter de identidade deste seleto grupo de Operações Especiais.

O Gorro Preto, que inicialmente surge como boina preta assevera a revista de 50 anos das Operações Especiais do Exército Brasileiro, que seu surgimento se deu com a necessidade da criação de uma identidade, vez que as tropas de paraquedistas brasileiras assemelhavam-se aos do EUA quanto à dobradores utilizarem gorros amarelos e os precursores gorros vermelhos.

Os homens desde os primórdios sempre se ajuntaram e precisavam sentir que faziam parte de um determinado grupo onde neste se identificavam com seus “iguais”. Segundo endereço eletrônico dicionário informal, o sentimento de pertencimento é a crença subjetiva numa origem comum que une distintos indivíduos. Os indivíduos pensam em si mesmos como membros de uma coletividade na qual símbolos expressam valores, medo e aspirações. (grifo nosso). Desta maneira, os símbolos, representam determinados grupos e por vezes expressam e/ou são criados para identificar nichos sociais, culturas, etnias, países, marcas, religiões, exércitos, frações militares, entre outros. Dentro da esfera de forças militares, rememorando o passado, limitando a pesquisa ao tempo da Roma antiga como marco inicial, vislumbra-se a existência de uma gama de símbolos que foram criados como forma de identificar e diferenciar-se. Em âmbito geral, conforme site História de Gelo e Fogo (2013) a águia era o animal sagrado de Júpiter, deus supremo do panteão e o símbolo-mor das legiões, o seu estandarte – chamado Áquila – imprescindível que dava moral aos legionários, incentivava o espírito de luta e bravura. O site Wikipédia, registra que águia romana era protegida por suboficial legionário, denominado aquilífero, que em ocasião de batalhas deveria defender a qualquer custo, mesmo da própria vida, pois era o sinal de grande desgraça a sua perda.

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