A Importância do Filtro de Conteúdo da Internet para as Escolas
Por Gleyson Cezar Leme da Silva | 26/09/2008 | SociedadePor Gleyson Cezar Leme da Silva – 26/09/2008.
Sabemos que a Internet revolucionou os meios de comunicação e de pesquisa no mundo, levando as informações de forma rápida e precisa aos seus usuários. Essa tecnologia está cada vez mais incorporada na vida das pessoas, e as políticas públicas de educação de nosso país nos mostram, através dos investimentos feitos nesta área, que é um caminho sem volta. Geralmente, o primeiro passo realizado com os investimentos em tecnologia na educação é a montagem dos laboratórios de informática nas escolas, que já é uma realidade para muitos municípios. Seguindo esta linha, o segundo passo, e não menos importante, é a conexão destes laboratórios de informática com a Internet, que proporciona aos alunos uma inserção nesta nova cultura que foi criada, a cultura virtual. Porém, devemos lembrar que o acesso à Internet nas escolas gera muitas possibilidades para que ocorram sérios problemas na vida desses alunos, dos quais podemos citar os mais comuns:
- Exposição das crianças aos conteúdos pornográficos, de violências, de racismo e de drogas;
- Falta de controle do que os alunos acessam;
- Exposição das crianças aos abusos realizados por pedófilos ou a outras formas de crimes;
Para contornar esses problemas, muitas prefeituras estão seguindo o exemplo que ocorre nas grandes empresas, que é a instalação do filtro de conteúdo. Este filtro nada mais é, que a instalação e configuração de um servidor de Internet. Esse por sua vez faz o controle de tudo que é acessado pelos alunos e bloqueia automaticamente os conteúdos indesejados, além de deixar tudo registrado. Muitas cidades brasileiras, cientes destes problemas que a Internet pode causar, já possuem instalados esses filtros de conteúdo em suas escolas e algumas cidades vão ainda mais longe, criam leis municipais para que a utilização deste filtro de conteúdo se torne uma obrigatoriedade. Um exemplo é a cidade de São Paulo. Em 2005, o então prefeito José Serra sancionou a Lei Nº 14.098/2005, que dá ao executivo paulistano poderes absolutos para bloquear sites impróprios de todos os computadores da rede municipal conectados à Internet. Países mais avançados no uso da Internet já seguiram estes mesmos caminhos. Os Estados Unidos, por exemplo, criou uma Lei Federal no ano de 2000, que determina o uso do filtro de conteúdo nas escolas públicas e bibliotecas para evitar que as crianças sejam expostas à pornografia entre outros.
Apesar de existir muitas opiniões contrárias ao bloqueio de conteúdos, por ferir o direito à liberdade de expressão, o assunto parece não merecer debates no momento, e sim providências da classe política e das autoridades, pois no ano de 2006, para o espanto dos brasileiros, foi divulgada uma pesquisa realizada pelo site nacional Censura, no qual apontava que o Brasil ocupava o primeiro lugar no ranking mundial da pedofilia pela Internet. Os números divulgados pela pesquisa eram assustadores, pois revelavam a existência de mais de 6,2 mil sites comerciais de pedófilos em todo o mundo, lembrando que estes números são de dois anos atrás. Após sua publicação, a pesquisa ganhou muita repercussão na mídia, e uma das matérias publicada na Revista Isto é, acrescentou em seu título a seguinte pergunta aos leitores: "Seu filho está seguro?"
A boa notícia é que esta prestes a ser aprovada pelos nossos deputados, a lei que tipifica crimes eletrônicos na Internet, tornando mais clara a legislação brasileira para coibir de forma mais severa a prática da pedofilia. Porém, sabemos que apenas punir muitas vezes não é suficiente para impedir que estes crimes aconteçam em nosso país. É necessário o uso da prevenção. É neste ponto que percebemos a grande importância da utilização dos filtros de conteúdos da Internet nas escolas e até mesmo em nossas casas. Acredito que esse é o melhor caminho para proteger nossas crianças de todos os males que a Internet pode ocasionar, e agora que você conhece um pouco mais sobre este assunto, pode se juntar a esta luta, e começar a exigir dos políticos e dos diretores das escolas, a instalação destes recursos tecnológicos.
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