A importância do filosofar
Por Adilson Marinho | 15/08/2016 | FilosofiaResumo
O presente estudo tem a intenção de fazer uma breve explicação do processo do surgimeno da filosofia, primordialmente na grécia antiga, bem como evidenciar seu poder desalienador como demonstrado no mito da caverna de Platão.
Evidenciar também como o poder racional organizado pela cosntrução da lógica Aristotélica pode ainda hoje em tempos de discursos nos levar ao bom entendimento de questões pertinentes a nosso cotidiano, evitando um saber fragmentário que por coindência se inicia com a divisão das matérias, primeiro por Aristóteles e posteriormente por Descartes que levou a uma separação excessiva dos saberes.
Perante isso o problema que se propõem é tentar responder a questão: Como podemos vencer a transmissão de um conhecimento científico e sistemático, isolado e compartimentado em disciplinas separadas e ensinar aos nossos alunos a analisar criticamente tais formas de separação?
Buscou-se, outrossim, demonstrar a capacidade do ato de filosofar para ampliar a capacidade crítica que consiga superar as disciplinas estanques em seu próprio mundo visando a cooperação e visão transdisciplinar.
INTRODUÇÃO
Ninguém vive sem filosofia. Menos ainda educadores.Movidos a projetos, sonhos, opiniões, paixões,crenças, ciências, simbolos, percepções, racionalidades e irracionalidades
O ser humano caracterizado por um ser imperfeito, que busca sua perfeição e superação principalmente pelo conhecimento, desde sempre procurou dar explicações ao mundo a sua volta. No inicio de sua história essas explicações estavam voltadas para o sobrenatural, com estórias que retratavam o ambiente a sua volta (Doxa). Por longo tempo essas explicações foram suficientes, porém, num dado momento elas perderam sua força.
A partir de então as pessoas procuram explicações baseadas no âmbito, digamos mais racional, exigindo uma visão mais refletida dos fenômenos observáveis (Episteme). Surge então o pensamento filosófico, pautado na reflexão e em primeiro momento, na observação da natureza e seu comportamento (Pré-socráticos).
Um dos pensadores que mais se destacou, foi Platão, neste trabalho apresento a Alegoria da caverna um de seus textos mais lidos e debatidos durante toda a história, me aterei apenas a uma breve interpretação do referido texto devido sua riqueza e grandiosidade.
E hoje, como utilizaríamos a lógica de Aristóteles para tentarmos encontrar as verdades para além dos discursos vazios, e desta maneira bem conduzir a razão? Essas indagações me levaram ao seguinte questionamento: Como criar um conhecimento polivalente e interdisciplinar consciente, que una as diversas áreas de estudo, sem fragmentar e volte sua reflexão para os grandes problemas do conhecimento e da condição humana? Problemas inerentes ao ato do filosofar.
Durante o desenvolvimento deste pequeno trabalho ficou evidente que o conhecimento científico e sistematizado vem sendo isolado e compartimentado em disciplinas separadas. Isso ocorre para, em tese, facilitar o conhecimento; é verdade que esse método funcionou aparentemente bem e possibilitou à ciência um enorme avanço tecnológico. Mas este modelo pagou um alto preço, pois, as pessoas são compartimentadas, consideradas segundo categorias sócio-profissionais, seu nível de vida, sua idade, seu sexo, de acordo com questionários de opinião ou documento de identidade.
Pode-se notar que há um progressivo aumento nas incertezas e uma diminuição das certezas que, são ocasionadas por uma visão simplista do pensamento e uma redução da pessoa do sujeito. Para tentar contornar esse problema recorro ao pensamento do pensador Edgar Morin que pode nos dar uma luz sobre esta questão. Morin apresenta o conhecimento enciclopedante, ou seja, colocar o conhecimento em ciclo ou pensamento sistêmico. Ele fala da imensa dificuldade da implantação desse conhecimento, por causa da dissociação dos saberes, onde as ciências separadas não conseguem perceber a necessidade de um estudo em conjunto para dar respostas coerentes, sobretudo no que concerne ao ser humano, ser multifacetário.
Não devemos nos resignar ao saber fragmentado, nem a isolar os objetos de estudo de seu contexto natural, pois assim estaríamos menosprezando as qualidades inerentes a ele, assim como suas relações com o meio, dificultando a percepção de um pensamento multidimensional. (MARINHO, 2006, p.12).
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