A Importância de Entender a Guerra do Peloponeso.

Por Edjar Dias de Vasconcelos | 27/05/2013 | História

A Importância de Entender a Guerra do Peloponeso.

 431 a 404 antes da nossa era. 

Na Grécia antiga surgiram duas forças poderosas, por um lado a Liga Terrestre do Peloponeso, liderada pela cidade de Esparta, inimiga de outra Liga Marítima comandada pela cidade de Atenas.

Existiam diferenças fundamentais entre as duas ligas, sendo que a cidade de Atenas protegia os regimes democráticos, ou seja, os princípios da democracia, enquanto Esparta estava envolvida na defesa das oligarquias.

A guerra teve inicio praticamente no ano 431 antes da nossa era, o fato fundamental que desencadeou a referida está relacionado com auxílio que a cidade de Corinto, pediu a cidade de Esparta contra a cidade de Atenas.

A cidade de Atenas recusava renunciar seu domínio político e militar sobre as cidades que participavam da Liga Marítima, foi quando o exército da cidade de Esparta invadiu a Ática, provocando muita miséria devastações entre os trabalhadores da região.

Enquanto esse fato acontecia à cidade  de Atenas estava em briga entre os dois principais partidos: os defensores da guerra, comandados por Cleon, representantes dos interesses das camadas mercantis.

Por outro lado, os demos, defensores da paz liderados por Nícias, um rico dono de escravos que representava os interesses da Aristocracia, defendia a paz com Esparta.

Desenvolveu um conflito interno entre os partidários da paz e da guerra, com as constantes traições de Alcebíades, o descaso pelos interesses camponeses, a somatória dessas questões levou ao enfraquecimento da cidade de Atenas.  

Foram atacados por terra pelo exército de Esparta, e por mar pelo exército de Corinto, os atenienses, não resistiram e foram vencidos na famosa guerra de Egos Potamos.

Com a guerra do Peloponeso, chega ao fim o imperialismo ateniense, o que deu de certa  passividade a Pérsia  que procurou logo em seguida recuperar a Jônia.

 Passou  a ter vantagem dado ao mundo grego profundamente dividido, provocando grandes consequências para as denominadas  cidades Estados.

No pequeno período de domínio da cidade de Esparta entre os anos 404 a 371 antes da nossa era, o domínio espartano foi extremamente agressivo.

 Os regimes oligárquicos foram estabelecidos na maioria das cidades gregas, mantido pelo poder militar.

Outro fato político importante, os persas resolveram invadir as cidades gregas, a cidade de Atenas deu apoio à nova guerra, entretanto, a cidade vencedora foi Tebas, sobre o comando Epaminondas, um comandante muito inteligente.  

A guerra foi vencida no combate realizado  em Leuctras, ao que deu início ao pequeno predomino do período de supremacia tebana.

A cidade de Atenas recebeu com satisfação  a vitória do povo tebano, pois entendeu o fim do predomínio da cidade de Esparta, no entanto, entendia o perigo do crescimento de Tebas como  predomínio militar.

Diante do novo inimigo Atenas une-se com o velho inimigo, formando dois exércitos com objetivo de barrar o caminho de Epaminondas.

Em uma cruel batalha de Mantinéia, isso no ano 362 antes da nossa era, Epaminondas vence os dois exércitos, mas foi morto na guerra e com sua morte acabou-se a hegemonia tebana.

Essa guerra envolveu muitas forças militares, deixando campos devastados, o comércio foi aniquilado, as cidades gregas enfraquecidas, as principais forças militares, entre Esparta, Atenas e Tebas.

 O que facilitou para o inicio de uma nova guerra comandada pelo rei Felipe da Macedônia conquistando todas as cidades gregas.   

Logo após a tomada do poder, com sua morte transmite a coroa ao seu filho Alexandre que domina o grande império grego e outras regiões do mundo.

 Foi exatamente nesse momento que desenvolveu na cultura grega o que hoje denominamos de mentalidade helênica. 

Edjar Dias de Vasconcelos.