A IMPORTÂNCIA DAS METODOLOGIAS PARA O ENSINO DA QUÍMICA NO...

Por Elizabeth Costa de Almeida | 31/08/2016 | Educação

A IMPORTÂNCIA DAS METODOLOGIAS PARA O ENSINO DA QUÍMICA NO COTIDIANO: UMA EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA NO CENTRO DE ENSINO EUGÊNIO BARROS

RESUMO

Esta pesquisa bibliográfica e de campo empregou o método investigativo ao focar os seguintes aspectos: a importância da Química para o cotidiano; o papel do professor de Química para uma aula dinâmica e criativa. Quanto à fundamentação teórica, foi construída a partir de autores que tratam desta temática, tais como: Kindel (2012), Bizzo (2009), Fernandes (2007) entre outros, além dos mecanismos legais como a Constituição Federal (1988), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) e PCNs (1996). A pesquisa de campo que teve como universo as professoras da disciplina de Química dos 1º anos do Centro de Ensino Eugênio Barros em Caxias - Maranhão. Assim o presente estudo teve como objetivo pesquisar sobre a importância do estudo da Química para o uso no cotidiano. Observa-se que constantes transformações ocorrem no sistema educacional, entre elas um novo modelo de ensinar, com as tecnologias os professores precisam buscar metodologias que abarquem os interesses dos alunos como mostra os autores citados neste estudo, dessa forma conclui-se nesta investigação que as escolas precisam dispor de laboratórios de Química, para que os professores possam realizar pesquisas, experiências e assim a teoria e a prática estariam articuladas e presentes no fazer pedagógico de sala de aula, uma vez que a Química faz parte de quase todas as ações e acontecimentos diários do ser humano.

 1 INTRODUÇÃO

O tema, a Química no cotidiano, é bastante discutido atualmente, visto que se busca uma saída para que os alunos se interessem mais pelas aulas, e principalmente pela necessidade de compreender que a Química está presente no dia a dia dos seres humanos.  Entretanto, para que ocorra esta compreensão é preciso que se direcione para um novo jeito de ensinar, com aulas mais dinâmicas com o uso de laboratórios, experiências simples que podem ser realizadas na sala de aula com a participação de professores e de todos os alunos.
Observa-se diante da pesquisa que a maior problemática para que as aulas de Química aconteçam de forma mais significativa para os alunos, compreendendo a ligação direta daquela com a vida dos educandos é a falta de laboratório na escola, e sem este suporte tecnológico dificulta a realização das atividades práticas prejudicando o trabalho efetivo do professor de Química.
O principal objetivo desta pesquisa é investigar sobre a importância da Química no dia a dia das pessoas e compreender como o professor desta disciplina pode desenvolver suas aulas articulando teoria e prática.
Este estudo se justifica pela necessidade de compreender que o ensino de Química deve ser um facilitador da leitura do mundo de forma que permita ao aluno uma melhor interação com tudo que o cerca, pois a Química é a vida, portanto indispensável que as escolas disponham de recursos e metodologias para que atendam aos interesses e exigências de uma sociedade globalizada, preocupada em formar cidadãos críticos, com condições para que os alunos se apropriem das competências e habilidades necessárias para a inserção e o crescimento social.
Quanto à fundamentação teórica foi construída a partir de autores que tratam desta temática, tais como: de Kindel (2012), Bizzo (2009), Fernandes (2007) entre outros, além dos mecanismos legais como a Constituição Federal (1988), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) e PCNs (1996).


 2 DESENVOLVIMENTO

2.1 O BRASIL NO CONTEXTO CIENTÍFICO MUNDIAL

O Brasil vive um momento de ascensão tecnológica e científica, muitas pesquisas são realizadas com o apoio do governo federal como, por exemplo: o Instituto Osvaldo Cruz, que tem sido uma das instituições mais importantes do Brasil na área de descobertas científicas, recentemente no Controle do Aedes aegypti.
O Programa Internacional de Avaliação de Alunos - Pisa que busca medir o conhecimento e a habilidade em leitura, matemática e ciências de estudantes com 15 anos de idade, tanto de países membro da OCDE como de países parceiros que oferece o diagnóstico do Brasil com base nos dados obtidos em 2012.


O Brasil foi o 53º colocado em ciências na mais recente edição. Em ciências, o desempenho brasileiro também ficou abaixo da média, no nível da Argentina, Colômbia, Jordânia e Tunísia. O Brasil ficou, nesse item, atrás do Chile, da Costa Rica, do Uruguai e do México, mas à frente do Peru. Desde 2006, a performance brasileira saiu dos 390 pontos e chegou aos 405 em 2012. O estudo mostra que cerca da metade dessa evolução deve ser atribuída a mudanças demográficas e socioeconômicas da população. (TERRA, 2016)


Percebe-se que embora avanços estejam acontecendo, quando se trata dos avanços alcançados pelos alunos nas faixas etárias de 15 anos, das redes públicas no ensino médio, apresenta-se estagnado desde 2009, assim para participar da concorrência mundial é preciso que mais recursos sejam disponibilizados e novas metodologias de ensino sejam aplicadas nas escolas de educação básica, afinal são nessas escolas que surgem os grandes cientistas e, portanto, é preciso um olhar voltado para o financiamento e incentivo à pesquisa para este público.
É certo que o país passa por graves problemas políticos, econômicos e sociais, e por isso mesmo precisa investir mais em educação, pois um país sem educação estar fadado ao fracasso, toda vez que se acredita e financia com qualidade a educação de um povo, ele prospera, uma vez que os adolescentes de hoje são, sem dúvida, os adultos de amanhã que terão o poder de transformar a realidade de hoje, rumo ao fracasso ou sucesso em um país que se clama por justiça social.
Para Bernard Charlot (2005) apud Pátio (2012 p. 17):


"A relação com o saber evidenciou o inevitável ponto de partida de reflexão sobre o sucesso ou fracasso do ensino: a mobilização intelectual do próprio aluno. Só aprende um aluno que estuda, isto é, que mobiliza a si mesmo em uma atividade intelectual. Mas só estuda e continua estudando com paciência e esforço, o aluno que encontra sentido no que lhe propõe a escola".
    

As escolas precisam despertar nos alunos o interesse pelas disciplinas científicas, pois este é o caminho para grandes descobertas e futuramente encontrar soluções para grandes problemas mundiais, como a cura do câncer.
Muitos alunos do ensino médio têm grandes dificuldades com as disciplinas científicas entre elas a Química, porque para eles está disciplina é desgastante, uma vez que é muito complicado estudar tabela periódica, os cálculos e fórmulas que existem nesta disciplina, o que leva, muitas vezes, os alunos dessa modalidade de ensino ao fracasso nos primeiros meses de estudo, principalmente os alunos da rede pública que só começam a estudar a Química efetivamente no 1º ano do ensino médio.   Segundo o Artigo cujo tema é "As representações da química por alunos do ensino médio" publicado na Revista Pátio Ensino Médio (2012, p.20) "Uma das principais queixas dos alunos refere-se à questão das fórmulas e símbolos químicos". Os alunos reclamam muito e revelam que este método de ensinar "dá um bolo na cabeça" e que muitas vezes não suportam o professor.

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