A IMPORTÂNCIA DAS CANTIGAS DE RODA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por LAISE CECILIA SLOBODA | 20/04/2017 | EducaçãoRESUMO
Esta pesquisa relatou a Importância das Cantigas de Roda na Educação Infantil. É muito importante que o lúdico seja utilizado no cotidiano dos alunos para que as crianças desenvolvam todas as coordenações motoras no crescimento físico, intelectual, caráter social e cultural. A principal característica desta pesquisa foi de valorizar o lúdico fundamentando-se através de leituras das obras de educadores e estudiosos da educação, para que podemos ensinar e aprender de maneira prazerosa, devido a isso o aprendizado é ensino através do lúdico onde as crianças não ficam ociosas e tendo a criticidade e a integração dos alunos e professores, mostrando não somente aos educadores mas sim para as pessoas sobre o bom desenvolvimento da criança. Brincar reequilibra as emoções do ser humano. A metodologia utilizada foi de observações, estudo bibliográfico dos autores. KISHIMOTO, RICHTER, VYGOTSKY, CASCUDO, ALMEIDA. Este trabalho mostrou os resultados de pesquisas bem como da prática, através de observações que é possível trabalharem com a música nas salas da educação infantil e pode-se utilizar a música em qualquer área da educação.
1 INTRODUÇÃO
Este artigo apresenta os caminhos percorridos e os resultados da pesquisa desenvolvida durante o curso de extensão da Uninter, analisou o tema a Importância das Cantigas de Roda na Educação Infantil. Sendo que a música na Educação Infantil visa melhor desenvolvimento social, linguístico e afetivo dos alunos, foi elaborado com o objetivo de contribuir para o processo do ensino e da aprendizagem através das Cantigas de Roda, acreditando proporcionar a confiança para que as crianças desenvolvam suas habilidades e auxilia na interação com outros indivíduos. Sabendo-se que a música faz parte da vida do ser humano mesmo antes do seu nascimento, pois as crianças ouvem diversos sons e ruídos que se propagam através do corpo da mãe, esta pesquisa dará ênfase aos benefícios que da cantiga de roda traz ao desenvolvimento integral da criança, (Brito 2003, pág. 35).
Analisando os benefícios que o ensino na educação infantil proporciona às crianças, compreendo que as cantigas de rodas e música como meio de desenvolvimento da inteligência e a integração do ser, no desenvolvimento cognitivo, linguístico, psicomotor e sócio afetivo. Com base nessas informações, pode-se verificar que a utilização da música que é importante não somente na educação infantil, mas também nas séries iniciais, bem como pode ser trabalhada juntamente com todas as outras matérias.
A importância das cantigas de roda na educação infantil é que se trabalha muito com música e deve ser mais utilizada na escola, não somente em apresentações, mas como disciplina para que as crianças conheçam ritmo, melodia, som, harmonia e ate mesmo como forma de arte. A criança necessita ter contato com instrumentos musicais para que possa fazer o reconhecimento de diferentes sons e identificá-los em determinada canção, com isso, é preciso instigar a criança para que ela possa manusear algum instrumento que a escola possua ou que ela tenha em casa.
O brincar constitui-se, dessa forma, em uma atividade interna das crianças, baseada no desenvolvimento da imaginação e na interpretação da realidade, sem ser ilusão ou mentira. Também se tornam autores de seus papéis, escolhendo, elaborando e colocando em prática suas fantasias e conhecimentos, sem intervenção direta dos adultos, podendo pensar e solucionar problemas de forma livre das pressões situacionais da realidade imediata na escola música, porque com contos, música que as crianças aprendem.
A metodologia utilizada para esta pesquisa foi à fundamentação teórica através de pesquisas bibliográficas dos autores tais como: Kishimoto, Richter, Vygotsky, Cascudo, Almeida, a observação veio para somar teoria e prática acadêmica, e mostra que as cantigas de roda na educação infantil se faz necessária em todos os momentos. O conteúdo música faz parte da Proposta Pedagógica, pois para a criança que está desenvolvendo a fala e a coordenação, a música é um ótimo instrumento a ser trabalhado. Segundo Wallon (apud Dantas, 1992, p. 86), “as reações de bem estar ou mal- estar da criança, se manifesta mediante essas descargas motoras indiferenciadas (reflexos) é que suscitam nos adultos que a cercam reações de natureza afetiva e emocional, provocando respostas a suas necessidades”.
- AS CANTIGAS DE RODA
As cantigas de roda teve origem em Portugal e Espanha. Porém esta origem não é notada, pois as mesmas já são utilizadas no folclore brasileiras e se tornando de extrema importância para a cultura local. Através das cantigas de roda podemos conhecer os costumes, o cotidiano das pessoas, as festas típicas do local, as comidas, as brincadeiras, a paisagem, a flora, a fauna, as crenças, dentre outros.
O folclore de um determinado local vai sendo construído aos poucos através não só de cantigas de roda, mas também de histórias populares contadas oralmente, de cantigas de ninar e de lendas.
O folclore inclui nos objetos e fórmulas populares uma quarta dimensão sensível ao seu ambiente, porém não há como identificar os compositores das cantigas de roda, já que elas não têm sua autoria identificada e são continuamente modificadas, adaptando-se à realidade do grupo de pessoas que as cantam. Contudo, é preciso notar que em vários pontos do País, as crianças já se apropriaram de toadas locais para as suas rodas, cantando-as, porém, com um caráter próprio (CASCUDO, 2001, p. 240).
É muito difícil conversar sobre cantigas de roda de roda nos dias de hoje, visto que tudo é voltado para o mundo virtual em que estas manifestações da cultura popular espontânea estão com o seu espaço tão diminuído. Nas ruas, nas praças e nos quintais está mais raro de se ver ou ouvir das bocas infantis aquelas canções que, na simplicidade das suas melodias ritmos e palavras, guardam anos e mais anos de sabedoria (Cascudo, 2001, pág. 32).
Precisam-se reviver as manifestações das cantigas, implica em entrar em contato com forças vitais do nosso passado, presente e também em reviver conteúdos que estão na base da construção da identidade dos povos.
Essas melodias passam de geração em geração, entoadas pelos adultos ajudam a entreter, embalar e fazer adormecer as crianças. Hoje em dia elas não são tão presentes na realidade infantil como antigamente devido às tecnologias existentes como os computadores, celulares, tablets, entre outras tecnologias. As cantigas geralmente eram usadas para o entretenimento e aprendizado das crianças de todas as idades em locais como colégios, Cemeis, parques, ruas, etc. CASCUDO (2001, p.102)
As canções populares são as cantigas de roda que está diretamente relacionada com as brincadeiras de roda. A prática é comum em todo o Brasil e tem caráter folclórico brasileiro. Estas cantigas acolhem as crianças em socializar umas com as outras para cantar, dançar com características próprias.
As mesmas possuem melodia e ritmo equivalentes à cultura local, com letras de fácil compreensão, temas referentes à realidade da criança ou ao seu universo imaginário e, geralmente, com coreografias e letras que as crianças memorizam com facilidade.
As cantigas têm letras simples e comum onde as crianças aprendem com facilidades e vem recheada de rimas, repetições e trocadilhos, o que faz da cantiga um jeito de aprender brincando, frequentemente falando da vida dos animais, das plantas, do alfabeto, dos adultos, das crianças, e de muitas outras coisas (Cascudo 200, pág. 46).
Nestas brincadeiras são usados episódios fictícios e estes são comparados com a realidade humanas se tornando histórias que fazem prender a atenção das crianças em sala de aula.
O folclore estuda a solução popular na vida em sociedade. Brincando como estas canções, ou, mergulhando no tempo e nos recordando das Cantigas de roda vivenciadas na infância, percebemos que algo precioso se processa. Trata-se de um movimento de entrega, de alegria e de vontade de brincar e cantar cada vez mais (CASCUDO, 2001, p. 240).
Quando o professor começa cantar em voz baixa, de repente em meio a sons, trechos de ritmos e melodias surgem o tema de uma cantiga de roda, trazida por um aluno ou por um professor; outra voz se junta e mais uma e outra. Aos poucos as crianças se juntam, dão-se as mãos e formam uma roda.
2.1. Importância das cantigas de roda na educação infantil é essencial para o desenvolvimento da criança.
Para os alunos os mesmos aprendem através da brincadeira considerando que não é uma perda de tempo. A criança antes de brincar explora tudo em seu redor e sempre possível inventar brinquedos através de objetos e até mesmo antes entender que as palavras são usadas para representar objetos e ações. Através do brincar a criança trazem as representar ações. A criança cria em sua imaginação um brinquedo, ela simboliza um cenário até mesmo através de uma caixa de papelão forma um carrinho ou outro objeto.
Esta simboliza imaginação um pré-requisito para a linguagem. a criança aprende a brincar, jogar de diversas maneiras e de forma apropriada, pois constitui algo essencial para o seu desenvolvimento e a sua comunicação efetiva.
A escola precisa criar condições e ter lugar privilegiado de vida e aprendizagem para o aluno realizar atividades lúdicas livremente e, ao mesmo tempo, precisa usar este espaço para o ensino-aprendizagem, que a criança necessita.
Muitas vezes as pessoas dizem: Brinca direito menino! Será que há precisão no brincar? Não precisa ter receitas a serem seguidos numa livre brincadeira?
Todavia, não é o objeto, mas a atividade da criança com ele (seu movimento e gestos) que lhe atribui sua função de substituto adequado. A criança pode, assim, atingir uma definição funcional dos conceitos ou de objetivos (Vygotsky, 1984, p.113).
“O brinquedo simbólico das crianças pode ser entendido como um sistema muito complexo de fala através de gestos que comunicam e indicam os significados dos objetos usados para brincar”. (VYGOTSKY, 1984, p. 123).
A criança precisa de objetos para poder recriar a função simbólica da brincadeira infantil é como brinquedos e a possibilidade de executar com eles um gesto representativo. Desta maneira, os jogos, assim como os desenhos infantis, unem os gestos e a linguagem escrita (Vygotsky, 1984, p. 122).
Chegamos num ponto bastante discutido na área educacional escolar ou não: a intencionalidade pedagógica perante a atividade lúdica infantil e a seriedade no tratamento do tema, ou seja.
Lúdico, que vem do latim ludere (ilusão) é o adjetivo explica e qualifica todas as palavras que condiz sobre as brincadeiras e jogos. O lúdico refere-se sobre o que tem na brincadeira ou no jogo: de prazer e divertimento.
Existem muitas regras a ser vencida, uma imitação fazendo de conta que é um objeto, o mesmo se socializa muitas vezes sozinho isso são regras ao ganho que aprova a competição.
O jogo e a brincadeira são, com frequência, percebidos pelo adulto sendo que o mesmo vê de forma controversa, pensando que este trabalho lúdico seria inútil.
Através do brincar, os alunos se sentem mais a vontade, nenhuma dívida é paga, e isso é verdade. Realmente, a criança no brincar já é a paga de uma vida inteira.
Brincar é muito importante para a saúde, todos os seres humanos precisam, pois é fundamental praticar para o emocional e intelectual do ser humano. Brincar é coisa séria, porque na brincadeira a criança se reequilibra reinventar a realidade.
As cantigas de rodas juntamente com a brincadeira, proporciona a criança o seu mundo, posto que o início da capacidade de significar esteja nas palavras, mas antes nas brincadeiras. Enquanto brincam, a criança, o jovem ou o adulto experimenta uma vida mais leve. É brincando que a criança vai se atualizando com outras pessoas, objetos ao seu redor; na troca com o outro, vai se constituindo sujeito humano, posto que simbolize o resultado do socialmente acumulado, pela capacidade de estar no momento de ócio, livre. Pode não ganhar nada com aquilo, não pagar também, mas recebe muito.
Faz uma ideia que só o homem sabe fazer: simbolizar, significar, e ser significado. Desde os tempos da caverna o homem já manifestava sua humanização através do brincar.
Atualmente, há um movimento de educadores brasileiros empenhados na retomada do ensino musical nas escolas públicas, de modo que toda criança passe a cantar nas escolas, pois o canto favorece a auto-estima e tem um forte apelo social, além de contribuir para o desenvolvimento educacional e cultural da pessoa e do país.
O lúdico precisa ser estudado na prática pedagógica para que não se torne um vazio no tempo e que venha contribuir para a aprendizagem da criança e possibilita que o professor não seja ocioso em suas aulas, fazendo com que a criança sinta prazer em participar das atividades escolares.
Assim, pode-se dizer que o lúdico é um recurso pedagógico e deve ser usado da melhor forma, pois, o verdadeiro sentido da educação lúdica está na preparação do professor ao aplicá-lo corretamente (Almeida, 2004. Pag. 12).
A liberdade interna oferecida pelo equilíbrio ótimo entre a fantasia através dos contos e a realidade, suas possibilidades criativas e, portanto reparatória, enriquecem-na (criança) permanentemente, permitindo-lhe aprender da experiência.
A criança pode brincar livre e sempre, o que não significa que isso seja banal. De tão importante, a brincadeira ganhou lugar próprio para sua manutenção: A brinquedoteca, um espaço preparado para estimular a criança a brincar, possibilitando o acesso a uma grande variedade de brinquedos, dentro de um ambiente especialmente lúdico. É um lugar onde tudo convida a explorar, a sentir, a experimentar.
A possibilidade encontrada na brinquedoteca de poder brincar com brinquedos emprestados também é válida, pois existem muitos professores que a criança usa as interações sociais como formas privilegiadas de acesso a informações: aprendem à regra do jogo.
Para Vygostky, existem duas zonas de desenvolvimento: real e proximal. A zona de Desenvolvimento real é o conhecimento já adquirido, ou seja, é o que a pessoa traz consigo, já a proximal, só é atingida, de inicio, com o auxilio de outras pessoas, que já tenham adquirido esse conhecimento.
2.2 Aprender através dos Contos
Os Contos infantis oferecem a oportunidade para a criança aprender através do lúdico e os mesmos vão explorar e aprender a solucionar problemas.
Segundo TIZUKO MORCHIDA (Kishimoto, 1992, p. 26) “Educar e desenvolver a criança significa introduzir brincadeiras mediadas pela ação do adulto, sem omitir a cultura, o repertoria de imagens sociais e culturais que enriquece o imaginário infantil.”
Isto significa que o adulto deve e pode ajudar as crianças a ler os contos nos livros e através desta leitura observar as brincadeiras, investigar, mas deixar que as regras sejam criadas pelas crianças ou com participação da mesma, pois desta maneira terá facilidade para obedeces-lhes.
“Se brincar é essencial é porque é brincando que o paciente se mostra criativo”. (Richter, 1998, p. 21).
Os contos de roda são visto como um mecanismo psicológico que garante ao sujeito manter certa distância em relação ao real, brincar é o modelo do principio do prazer oposto ao principio da realidade.
Através das brincadeiras a criança desenvolve várias coordenações, habilidades e competências, dependendo dos objetivos bem traçados e do condutor da mesma.
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